X começa a cumprir determinação de Moraes e bloqueia contas de bolsonaristas

Política
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O X (antigo Twitter), do bilionário Elon Musk, começou a cumprir as ordens do ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quarta-feira, 18, e tirou do ar perfis que tinham determinação judicial para serem suspensos. Entre os alvos que já tiveram as contas retidas estão o influenciador digital Allan dos Santos e o jornalista Paulo Figueiredo, que moram atualmente nos Estados Unidos.

As decisões de Moraes foram tomadas no âmbito de dois inquéritos conduzidos pelo ministro contra a propagação de desinformação nas redes sociais: o das fake news e o das milícias digitais. Influenciadores, empresários e políticos bolsonaristas já tiveram perfis em outras redes sociais suspensos por decisões relativas a esses inquéritos. Os alvos das investigações ainda não se pronunciaram sobre a suspensão.

Musk se recusava a cumprir as ordens da Justiça brasileira, o que causou a suspensão temporária da plataforma no País. O bilionário encerrou as atividades da representação brasileira do X - um dos requisitos para que empresas estrangeiras operem no Brasil.

Nesta quinta-feira, 19, o X informou ao ministro do STF a indicação de novo representante legal da plataforma no Brasil e disse que cumprirá as ordens do magistrado, em um recuo do empresário sul-africano Elon Musk, dono da plataforma.

Por determinação de Moraes no final de agosto, o X ficou fora do ar após Musk recusar nomear um novo representante legal da plataforma e pagar as multas, que chegaram na casa das dezenas de milhões de reais.

Na última quarta-feira, 19, o X chegou a voltar. Segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações houve o uso de um "IP dinâmico" como "burla" para mudar o registro dos servidores do X. Moraes determinou nova multa de R$ 5 milhões à plataforma por isso.

Histórico de bloqueios

Em maio de 2020, Moraes determinou o bloqueio das contas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Twitter, no Facebook e no Instagram. No mesmo despacho, proferido no âmbito do inquérito das fake news, estavam ordens de buscas e apreensões cumpridas em operação da Polícia Federal (PF) em endereços ligados aos aliados do governo.

Em julho de 2020, as plataformas Twitter, Facebook e Instagram chegaram a suspender as contas de 16 nomes ligados ao bolsonarismo, entre os quais os influenciadores Allan dos Santos, Bernardo Kuster e Sara Winter, além dos empresários Luciano Hang e Edgard Corona, em cumprimento a uma decisão de Moraes no inquérito das fake news. Segundo o ministro, a restrição aos perfis foi justificada "para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".

Em alguns casos, o bloqueio foi revertido, voltando a vigorar com decisões posteriores da Justiça. É o caso de Hang, que criou novos perfis no Twitter, no Facebook e no Instagram, mas teve as contas bloqueadas mais uma vez em julho de 2022. Allan dos Santos também teve perfis suspensos por ordem judicial em mais de uma ocasião, voltando a ser alvo de decisão do STF em outubro de 2021.

Políticos como Roberto Jefferson e Daniel Silveira, ex-deputados federais, também já foram alvos de restrições. Os perfis de Roberto Jefferson no Twitter e no Facebook foram alvos de bloqueio por decisão de julho de 2020, enquanto Silveira teve contas em todas as redes sociais suspensas ao defender o AI-5 e atacar ministros do Supremo em fevereiro de 2021.

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O chanceler alemão Olaf Scholz conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin nesta sexta-feira (15). A ligação, de iniciativa alemã, foi a primeira desde dezembro de 2022, segundo comunicado do governo russo. Na conversa, os dois líderes discutiram sobre a guerra da Ucrânia. De acordo com ambos os governos, Putin se mostrou disposto a retornar às negociações pelo fim da guerra.

Scholz pediu a Putin que retire as tropas que invadiram a Ucrânia em fevereiro de 2022. Em contrapartida, o presidente russo voltou a responsabilizar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelo conflito e reiterou que as condições de paz são as mesmas anunciadas em junho deste ano, no discurso que proclamou no Ministério das Relações Exteriores. Na próxima semana, a guerra completa mil dias de duração.

Os dois líderes também discutiram a relação diplomática e comercial entre Alemanha e Rússia, e os conflitos no Oriente Médio.

Ainda, segundo a nota do governo russo, Putin se mostrou aberto a negociar com o país germânico. "A Rússia sempre honrou seus compromissos sob diversos tratados e contratos no setor energético e ainda estava disposta a promover cooperação mutuamente benéfica".

*Com Associated Press

A Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova York (NYSERDA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, abriu consulta para que empresas de energia atômica demonstrem interesse em desenvolver projetos nucleares na região. Em documento oficial publicado nesta sexta-feira, a autoridade diz que o anúncio demonstra "o compromisso contínuo do Estado em permanecer na vanguarda das tecnologias emergentes".

De acordo com a NYSERDA, a consulta deve apoiar o avanço dos recursos de energia renovável e promover o desenvolvimento econômico contínuo.

A presidente e CEO da autoridade, Doreen M. Harris, disse reconhecer que "agora é o momento" de posicionar Nova York para se envolver totalmente com o setor de energia nuclear que pode impulsionar um "desenvolvimento econômico significativo".

"Entender as oportunidades potenciais nos permitirá começar a desenvolver parcerias e iniciativas estratégicas para recursos complementares que apoiarão a implantação crescente de energias renováveis à medida que trabalhamos em direção a uma rede de emissão zero do futuro", afirmou.

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que a população chinesa passou de um aumento para uma queda, à medida que a economia e a sociedade do país se desenvolveram, de acordo com a mídia estatal chinesa Xinhua. No texto, o líder chinês menciona que, por conta do cenário, é esperado uma China com menos crianças e com envelhecimento populacional.

"Devemos promover a construção de uma sociedade favorável à fertilidade. Devemos fortalecer as estatísticas populacionais, além melhorar o sistema legal para proteção populacional", disse.

Para Xi Jinping, é preciso entender "completamente" a nova situação de desenvolvimento populacional da China e analisar a eficácia da política de planejamento familiar. "Uma população enorme é a condição nacional básica de nosso país", explicou.