Debate: Boulos diz que há descaso da prefeitura de Nunes com população em situação de rua

Política
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O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse, durante o debate do Flow, nesta segunda-feira, 23, que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) não priorizou a população em situação de rua.

 

Ele complementou a resposta de José Luiz Datena (PSDB), que criticou a falta de ação do poder público. "É uma vergonha você ter 80 mil pessoas em uma cidade, maior do que muitas cidades do Estado, em situação de rua, em São Paulo. Três mil crianças abandonadas ao relento. Aonde estão os conselhos tutelares? Aonde estão os extensos braços da sociedade e da prefeitura para atingir essas pessoas? São tidas como invisíveis. Só se sabem quem elas são quando morrem de fome, frio ou calor intenso dividindo a rua com baratas e ratos", disse o candidato do PSDB.

 

Datena citou que é necessário melhorar "imediatamente" os abrigos que, segundo ele, são "indecentes" e recebem essas pessoas. "As pessoas preferem ficar na rua, dividindo o lugar com pestes, do que ficar nesses abrigos".

 

Boulos concordou com a melhoria dos abrigos e, então, disse que "não faz nenhum sentido" São Paulo ter 80 mil pessoas na rua. "Dinheiro não falta. O que tem tido é descaso, falta de prioridade. Atuei muito tempo no movimento de luta por moradia. Conheço esse tema não de ouvir falar, mas de história, de nome".

 

Ele elencou que é necessário moradia e "porta de saída" para essas pessoas conseguirem ter independência. "A atual gestão falhou vergonhosamente nisso construir casas, porque não tem como prioridade. Um prefeito que não sinta no fundo da alma a dor de alguém que mora na rua, não merece governar São Paulo".

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".