Veja quem lidera entre evangélicos, mais pobres e mulheres na pesquisa Datafolha em SP

Política
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Conforme mostrou a nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 26, as preferências do eleitor paulistano entre os três principais candidatos na disputa pela Prefeitura de São Paulo continua sendo diferente conforme o segmento ao qual ele pertence. Para os mais pobres, por exemplo, Ricardo Nunes (MDB) é o preferido, com 32% das intenções de voto - no resultado geral do levantamento, o prefeito aparece com 27% das menções.

Já o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) ultrapassou numericamente o prefeito e, atualmente, é o preferido entre as mulheres, com 27% do voto feminino. No cenário geral da pesquisa, que leva em conta todos os segmentos, o psolista aparece com 25%.

Entre as mulheres, comparado ao resultado do levantamento da semana passada, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) foi o único que cresceu, indo de 12% para os atuais 16% de eleitoras mulheres. Já Nunes e Boulos oscilaram negativamente entre elas.

O voto dos evangélicos, alvo de batalha travada entre Marçal e Nunes, aparece em vantagem para o ex-coach. Numericamente, ele ultrapassou o prefeito e oscilou positivamente quatro pontos desde a última pesquisa, chegando aos atuais 30%, ante 29% de Nunes.

A margem de erro geral do novo levantamento do Datafolha é de dois pontos porcentuais, mas, analisando os votos por segmento, cada categoria pode ter margens distintas.

Evangélicos

Em uma semana, Marçal oscilou positivamente e ultrapassou numericamente o prefeito, com 30%, ante 29% de intenções de voto em Nunes. A margem de erro no segmento varia entre cinco e seis pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Antes, Nunes tinha 32% e Marçal, 36% entre os evangélicos. Conforme apurou o Estadão, os dois intensificaram a disputa por esse eleitorado, que pode ser decisivo para levar um deles ao segundo turno.

Enquanto Marçal aposta em uma abordagem com um discurso direto ao fiel evangélico, o prefeito reforçou os acenos às pautas ideológicas e tem procurado se aproximar das principais lideranças evangélicas da cidade.

Mulheres

Boulos lidera numericamente entre as eleitoras, sendo o candidato preferido delas, com 27%. Mesmo assim, o candidato viu a intenção de voto feminino oscilar negativamente em dois pontos porcentuais em uma semana. O prefeito aparece empatado tecnicamente, com 26% das intenções de voto delas (ante 30% na semana passada). O eleitorado paulistano é composto, atualmente, por 54% de mulheres - na pesquisa estimulada, elas também são as mais indecisas, representando 4%, ante 2% de indecisos do sexo masculino.

Entre os três mais bem posicionados, o único que cresceu no segmento foi Marçal, que na semana passada tinha 12% dos votos das mulheres e na nova pesquisa marca 16%. A margem de erro nesse segmento varia entre 3 e 4 pontos porcentuais, para mais ou para menos. Desde o início do mês, os três candidatos intensificaram estratégias para atrair o voto feminino.

Renda de até 2 salários mínimos

Desde o levantamento divulgado em 5 de setembro, Nunes mantém larga liderança entre a intenção de voto dos eleitores de menor renda em São Paulo. Naquela data, ele, Boulos e Nunes tinham, cada um, 18% do eleitorado mais pobre. Desde então, o prefeito disparou (recuperando-se da queda que teve em comparação ao levantamento imediatamente anterior, em 7 de agosto, quando tinha 24%), enquanto Boulos permaneceu dentro da margem de erro, oscilando para cima, e o ex-coach, para baixo.

Entre aqueles que recebem até dois salários mínimos, o atual prefeito aparece na nova pesquisa com 32% das menções, numericamente 11 pontos a frente do segundo colocado no segmento, Boulos, com 21%. Marçal tem 15%.

A margem de erro da pesquisa nesse segmento varia entre 4 e 5 pontos porcentuais, para mais ou para menos. O voto dos paulistanos que vivem na periferia também tem sido alvo de disputa entre os candidatos, com estratégias distintas, mas explícitas, de cada postulante ao cargo de prefeito da capital paulistana.

Em outra categoria

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.