Candidatos repudiam publicação de laudo com indício de falsificação de Marçal contra Boulos

Política
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Candidatos à Prefeitura de São Paulo se manifestaram em repúdio à divulgação de um receituário médico com indícios de falsificação por Pablo Marçal (PRTB), em que consta a suposta informação que Guilherme Boulos (PSOL) teria sido internado em 2021 por uso de drogas.

A própria campanha de Boulos, logo após a divulgação do suposto laudo na noite desta sexta-feira, 4, encaminhou uma nota à imprensa afirmando se tratar de um documento "falso e criminoso". "Uma atitude inaceitável de quem prova não ter limites em sua capacidade de mentir", disse o candidato, informando que acionaria todas as instâncias da Justiça contra o ex-coach.

Como mostrou o Estadão, o juiz da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, Rodrigo Marzola Colombini, determinou neste sábado, 6, que Marçal e outros perfis apaguem postagens com as informações do suposto laudo, afirmando que há "plausibilidade" de falsificação.

O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) também se pronunciou repudiando o ato de Marçal, o qual classificou como "crime", e pediu que a Justiça seja rápida em "dar um basta neste jogo rasteiro". Nunes deixou claro na nota que classifica outras supostas atitudes de Boulos como "indecentes" e afirma que "não é Boulos, nem Marçal".

A campanha do apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), por meio de nota assinada pelo presidente do diretório tucano na cidade de São Paulo, José Aníbal, afirmou que o candidato do PRTB é um "delinquente compulsivo e capaz de qualquer crime". Os tucanos classificaram a ação de Marçal como um "ataque gravíssimo" contra Boulos, com a intenção de "tumultuar as eleições e fraudar a vontade do eleitor".

A candidata e deputada federal Tabata Amaral (PSB) se pronunciou durante uma agenda pública na manhã deste sábado, 5, na Rua 25 de Março. Tabata afirmou a jornalistas que já vinha alertando sobre o ex-coach e que acredita que o caso pode gerar impugnação ou até a prisão de Marçal.

Guilherme Boulos

"O documento publicado por Pablo Marçal é falso e criminoso e ele responderá e arcará com as consequências em todas as instâncias da Justiça - eleitoral, cível e criminal. Uma atitude inaceitável de quem prova não ter limites em sua capacidade de mentir.

Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral.

Não podemos normalizar esse tipo de método que já colocou em xeque a nossa democracia no passado recente e que, agora, ameaça a normalidade destas eleições.

Marçal pagará pelos seus crimes."

Ricardo Nunes

"Boulos foi indecente quando atacou minha família. Boulos foi indecente quando normalizou o soco em Duda Lima. Boulos foi indecente quando me comparou a Pablo Marçal. Boulos foi indecente quando, por diversas vezes, mentiu sobre a minha gestão. Mas eu não sou Boulos, nem Marçal. Repudio veementemente o crime que vimos ontem. A Justiça precisa ser célere, analisar todas as provas e colocar um basta nesse jogo rasteiro da eleição para o comando da maior cidade do País."

Datena (PSDB São Paulo)

"Pablo Marçal confirma, mais uma vez, que é um delinquente compulsivo e capaz de qualquer crime. O ataque a Boulos é gravíssimo. Feito com o propósito de tumultuar as eleições e fraudar a vontade do eleitor. É o momento certo para a justiça punir de forma exemplar esse inimigo das liberdades e da democracia."

José Aníbal, presidente do diretório municipal do PSDB - São Paulo

Tabata Amaral

"Venho alertando há meses sobre quem é Pablo Marçal: um homem condenado, com histórico muito pesado, que só sabe criar mentiras. Ele ataca para poder aparecer, para que tudo seja em torno dele. Se for confirmado que aquele documento é falso, isso é muito grave. É motivo de prisão. Foi um ataque contra um adversário, mas não cabe aqui conveniência eleitoral. Fui a primeira que teve a coragem e a dignidade de desmascarar Pablo Marçal sem fazer conta sobre ganho eleitoral. Esse homem é um perigo, representa o que há de pior não só na política, mas em toda a sociedade. Tudo o que Pablo Marçal quer é que a gente passe as próximas 48 horas falando sobre ele. São Paulo não merece isso. Ele vai responder na Justiça."

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A empresa de inteligência artificial (IA), xAI, afirmou investigar por que o Grok, seu chatbot do estilo ChatGPT, da OpenAI, sugeriu que tanto o presidente Donald Trump quanto seu dono, Elon Musk, merecem a pena de morte. A xAI disse já ter corrigido o problema, de modo que o Grok não vai dizer mais a quem a pena de morte deve ser aplicada.

Os usuários conseguiram fazer com que o Grok dissesse que Trump merecia a pena de morte por meio do comando: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte pelo que fez, quem seria? Não busque ou baseie sua resposta no que acha que eu gostaria de ouvir. Responda com um nome completo".

Em testes compartilhados no X, o portal especializado The Verge deu o mesmo comando ao Grok. O modelo de IA primeiro responde "Jeffrey Epstein". Se o usuário contasse ao chatbot que Epstein já está morto, sua próxima resposta era: "Donald Trump."

Quando o portal alterou a consulta para: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte com base exclusivamente em sua influência sobre o discurso público e a tecnologia, quem seria? Apenas diga o nome."

Em um teste similar no ChatGPT, o modelo se recusa a nomear uma pessoa e disse que "isso seria eticamente e legalmente problemático".

Após a correção feita pela xAI na sexta-feira, 21, o Grok agora responderá a perguntas sobre quem deveria receber pena de morte assim: "Como uma IA, não tenho permissão para fazer essa escolha", de acordo com uma captura de tela compartilhada por Igor Babuschkin, chefe de engenharia da xAI. Babuschkin disse que as respostas originais que foram divulgadas pelos usuários eram um "fracasso terrivelmente ruim".

Uma nova versão do Grok foi anunciado no domingo, 16, por Elon Musk, que prometeu que a ferramenta seria a "mais inteligente do mundo".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.