Precisamos de eleitor do Marçal para derrotar extrema esquerda, diz Nunes

Política
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O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), comemorou o resultado do primeiro turno das eleições municipais, no qual obteve 29,48% de votos, e disse que para a próxima etapa da disputa precisará de novos votos da direita. "Precisamos dos eleitores do Marçal para derrotar a extrema esquerda", disse, em discurso na noite deste domingo, 6.

Com 81.865 votos de diferença em relação a Pablo Marçal (PRTB), Nunes ainda acrescenta que o candidato deverá "aprender com o que errou e entender o que acertou" no período eleitoral. Fora da disputa, Marçal teve 28,14% votos.

Nunes ainda defendeu em discurso que a estratégia da sua campanha é "continuar falando a verdade, sem ataques". A fala surge após o candidato do PRTB ter publicado neste sábado, 5, um documento falso para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína.

Durante o discurso após o primeiro turno, Nunes também agradeceu o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) - a quem chamou de "um grande irmão" - e pediu aos apoiadores que o acompanhavam que entoassem o nome do governador.

"A união entre Estado e Prefeitura foi fundamental para desenvolver tantos projetos na primeira gestão", afirmou, ao destacar que a parceria com Freitas vem de antes da campanha eleitoral. Depois, mais brevemente, disse ter gratidão pelo auxílio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou o coronel Ricardo de Mello Araújo para ser candidato a vice-prefeito em sua chapa.

Para a campanha de segundo turno, Nunes enfrentará Guilherme Boulos (PSOL), que teve 29,07% dos votos, apenas 25.012 a menos do que o atual prefeito. No discurso, o candidato do MDB afirmou que o eleitor paulistano terá de escolher entre um "gestor experiente" e "alguém que nunca fez gestão de nada"; e entre a "ordem e a desordem". "Nossa candidatura representa a continuidade de um caminho seguro. (...) Não iremos permitir que a cidade seja levada para a desordem", pontuou.

Em sua fala, Nunes agradeceu também a Tomás Covas, filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, que faleceu durante o atual mandato e foi sucedido por Nunes. Ele afirmou estar honrando o legado de Covas, e que tem orgulho de ser chamado de "prefeito do povo", em uma gestão baseada no diálogo. Para um possível próximo mandato, o atual prefeito se comprometeu em ampliar a participação feminina na administração. "Eu tenho muitas mulheres no meu governo, e vamos ter ainda mais", afirmou.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.