Nunes diz que filho de Covas é 'bem-vindo' ao MDB caso seja expulso do PSDB

Política
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que Tomás Covas (PSDB), filho do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), seria "super bem-vindo" ao partido caso fosse expulso da sigla tucana. Tomás apoiou o mandatário no primeiro turno das eleições, e não o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) - quinto colocado na disputa. Procurado, o PSDB não respondeu às tentativas de contato.

Nunes foi questionado sobre o futuro político do herdeiro de Covas neste domingo, 6, logo após a votação. Ele classificou os tucanos interessados em expulsar Tomás de "escória da política" e ressaltou a importância dos jovens na política.

Ao lado de Nunes, Tomás Covas disse estar "emocionado" pela parceria entre ele e o prefeito, que agora vai disputar o segundo turno com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O jovem de 21 anos também alfinetou o PSDB dizendo que, se seu pai estivesse vivo, o partido "não estaria assim" e afirmou que a legenda vive um "momento triste" na capital.

Nas eleições de 2024, o PSDB apresentou Datena como candidato à Prefeitura após disputas internas. Parte dos tucanos protestou e tentou impedir a convenção partidária que escolheu o jornalista como candidato. Datena foi derrotado na disputa após ter 112.344 dos votos válidos (1,84%). O apresentador de TV classificou seu desempenho como "péssimo" em conversa com jornalistas depois dos resultados.

Tomás agradeceu Nunes pelo apoio em seu processo de luto na morte do ex-prefeito. "Não tenho palavras. Foi uma emoção muito grande [por] tudo aquilo que ele [Nunes] fez comigo após perder meu pai. Foi um grande irmão para mim. Isso, para mim, representa muito. Fico até emocionado."

Tomás afirmou que pensa em entrar para a política. "Vou me preparar para, quem sabe, nas próximas eleições, estar preparado [para concorrer]. Não é fácil. Tem que estar com os pensamentos e construções em dia para concorrer em uma eleição representando muitas pessoas. Tem que estar preparado para isso", disse neste domingo.

Bruno Covas se tornou prefeito de São Paulo em 2018 quando João Doria, de quem era vice, deixou o cargo para concorrer ao governo do Estado. Em 2020 foi reeleito em uma disputa contra Guilherme Boulos. Em maio de 2021, morreu em decorrência de um câncer. Ricardo Nunes, seu vice, então assumiu a cadeira de prefeito.

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O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a injeção de mais de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia, com o intuito de conservar a floresta amazônica. "Os Estados Unidos estão anunciando US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, o que elevará as contribuições totais dos EUA para o Fundo Amazônia para US$100 milhões, sujeito à notificação do Congresso", afirmou a Casa Branca, em comunicado.

No comunicado à imprensa é reforçado ainda que o governo Biden, juntamente com o BTG Pactual e mais 12 parceiros, está anunciando o lançamento da Coalizão Financeira de Restauração e Bioeconomia do Brasil. A coalizão pretende mobilizar pelo menos US$ 10 bilhões em investimentos públicos e privados para projetos de restauração de terras e relacionados à bioeconomia até 2030.

A Casa Branca também destacou o apoio da administração Biden à Iniciativa Tropical Forest Forever Facility (TFFF) - um novo fundo de US$ 125 bilhões para conservar as principais florestas do mundo -, proposta pelo governo Lula.

"A TFFF atrairá capital privado substancial e fará uma contribuição significativa para a conservação das florestas tropicais. Os Estados Unidos estão anunciando apoio para ajudar a finalizar o trabalho técnico e analítico necessário para projetar e configurar a Facility", ressaltou.

Neste domingo, Biden realiza visita a Manaus e deve se reunir com lideranças indígenas, antes de seguir para o Rio de Janeiro, para a cúpula do G20. Ele é o primeiro presidente americano em exercício a visitar a Amazônia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, neste domingo, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, na primeira reunião bilateral com um chefe de Estado vindo ao Brasil para o G20. Durante o encontro, Lula relatou a reunião e o trabalho do G20 Social e pediu que a África do Sul continue com essa prática inaugurada pela presidência brasileira, dado que Ramaphosa será o próximo a assumir a presidência do grupo.

O presidente sul-africano garantiu que deve dar continuidade ao trabalho do Brasil no G20, enquanto o Brasil se colocou à disposição da África do Sul para "transferir toda a experiência brasileira na presidência do G20", informou comunicado do Palácio do Planalto, divulgado há pouco.

Lula e Ramaphosa também conversaram sobre a retomada das reuniões do IBAS, grupo que reúne Brasil, Índia e África do Sul, e sobre a presidência brasileira do grupo BRICS, que deve se reunir ano que vem no Brasil. Além disso, os dois presidentes conversaram sobre o financiamento da preservação ambiental discutido em fóruns ambientais e sobre a proposta de taxação de 2% dos três mil indivíduos mais ricos do planeta, que detém um patrimônio de US$ 15 trilhões.

Ainda segundo o comunicado, participaram da reunião os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Gestão e da Inovação, Esther Dweck. Também participaram o assessor especial, Celso Amorim, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Márcio Elias Rosa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, publicou no X que já está no Rio de Janeiro para a cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira, 18, e vai até terça-feira, 19. "Estou aqui para aprofundar nossas parcerias globais e criar novas. Isso importa mais do que nunca", frisou na postagem.

Ela também ressaltou que serão dois dias intensos de discussões e que está "totalmente pronta para apoiar as ambições da presidência brasileira".