De olho em votos de Tabata, Boulos promete incorporar três propostas da deputada

Política
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Em busca dos eleitores de Tabata Amaral (PSB), o candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, anunciou nesta terça-feira, 8, que vai incorporar três propostas do programa de governo da deputada ao seu plano. Tabata, que ficou em quarto lugar na eleição, com 9,91% dos votos, declarou apoio a Boulos logo após a apuração dos votos no domingo, 8.

O compromisso foi assumido durante sua primeira agenda de rua no segundo turno, em visita a comércios na Estrada do M'Boi Mirim, no Jardim Capela, zona sul da capital. No primeiro turno, Boulos venceu na zona eleitoral do bairro (Piraporinha) com 36,98% dos votos válidos, superando o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que obteve 26,04%, e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), com 25,35%.

"Fiquei muito grato pelo apoio da Tabata Amaral, um apoio direto e de coração, sem condições. Nossa campanha decidiu incorporar três propostas que ela apresentou em seu programa de governo ao nosso plano de mudança para São Paulo", disse Boulos.

A primeira dessas propostas é o Jovem Empreendedor, que pretende oferecer crédito para quem deseja empreender e abrir seu próprio negócio. A segunda é o Rampa, que visa fornecer suporte para mães de crianças autistas e com deficiência. A terceira é a criação de um Polo Tecnológico na zona leste, com o objetivo de ser um centro de inovação na periferia da cidade.

"Tabata levou essas propostas na campanha dela e eu decidi incorporar", afirmou o candidato do PSOL. Ele acrescentou que ainda não conversou com a deputada após o primeiro turno, mas expressou seu desejo de encontrá-la para agradecer pessoalmente pelo apoio. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também manifestou apoio a Boulos por meio de uma publicação no Instagram.

Questionado sobre o apoio formal do PSB, Boulos disse que mais apoios estão previstos para os próximos dias, mas não especificou quais.

Durante o evento, o candidato reafirmou promessas como a expansão da Estrada do M'Boi Mirim e a criação da Ponte Graúna-Gaivotas. Além disso, assinou uma carta de compromissos apresentada por lideranças locais. Entre as ações previstas, Boulos prometeu, se eleito, inaugurar na região uma unidade do Poupatempo da Saúde, uma das principais propostas de sua campanha, que visa acabar com as filas para exames na cidade.

Boulos seguiu o roteiro típico de candidatos, cumprimentando comerciantes e tirando fotos com apoiadores. Ao final do evento, discursou em cima de um carro de som, pedindo que seus apoiadores se mobilizassem nas próximas três semanas para aumentar o número de votos na região. Ele ressaltou que a meta não era apenas vencer, mas abrir uma vantagem significativa. "Aqui a gente tem que ganhar e abrir vantagem. Não pode ser 1x0, tem que ser um 7x1", declarou.

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A empresa estatal russa de gás natural Gazprom vai cortar o fornecimento para a companhia austríaca de gás OMV na manhã de sábado, 16, disse o chanceler austríaco, Karl Nehammer, nesta sexta-feira, 15. Ele acrescentou que o armazenamento de gás do país está cheio e que há alternativas de abastecimento ao gás russo.

O corte ocorre após a OMV anunciar que deixará de pagar pelo gás da Gazprom para sua operação na Áustria com o propósito de receber 230 milhões de euros como indenização decidida em um processo de arbitragem, em razão de um corte anterior no fornecimento de gás da Gazprom para a subsidiária da OMV na Alemanha.

Nehammer garantiu que a Áustria tem um fornecimento alternativo seguro de combustível e que "ninguém vai congelar", referindo-se ao frio do inverno que se aproxima no Hemisfério Norte. "O abastecimento está seguro", declarou. "Nossas instalações de armazenamento de gás estão cheias e temos capacidade suficiente para obter gás de outras regiões", acrescentou.

A Associated Press não havia conseguido contatar representantes da OMV e da Gazprom para comentar o assunto até a publicação desta nota.

A administração da presidente mexicana Claudia Sheinbaum pretende reduzir o déficit fiscal no próximo ano por meio de uma combinação de cortes de gastos e um aumento nas receitas fiscais, de acordo com a proposta orçamentária apresentada nesta sexta-feira, 15, ao Congresso.

A redução do déficit é vista pelos economistas como uma das primeiras e mais urgentes tarefas da nova presidente, que assumiu o cargo em 1 de outubro. O antecessor e apoiador de Sheinbaum, Andrés Manuel López Obrador, aumentou o déficit no seu último ano de mandato, em parte para completar uma série de projetos importantes de infraestrutura antes de deixar o cargo.

A proposta de orçamento para 2025 prevê que as necessidades de financiamento do setor público - uma medida ampla do déficit fiscal - diminuam para 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 5,9% este ano. A dívida do setor público deverá se manter estável em 51,4% do PIB em 2025.

O total de despesas do orçamento propostas de 9,226 bilhões de pesos (US$ 453 bilhões) diminuiu 1,9% em relação a 2024, prevendo-se que os custos mais elevados de financiamento da dívida compensem parcialmente a redução de outras despesas, incluindo investimento. As receitas fiscais deverão aumentar 3% em relação a este ano, apoiadas pelo crescimento econômico e por medidas para reduzir a evasão fiscal.

"No geral, um orçamento difícil, mas não impossível de executar", disse Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, em nota. O ajuste depende fortemente de cortes nas despesas e "as receitas também podem decepcionar, dado que o crescimento real do PIB está provavelmente superestimado em pelo menos 1,5%, mas a administração pode eventualmente beneficiar de um peso mais depreciado e de preços mais elevados do petróleo", acrescentou.

A proposta orçamentária estima um crescimento econômico no próximo ano entre 2% e 3%, "apoiado por um mercado de trabalho sólido, um consumo privado robusto e elevados níveis de investimento público e privado", afirmou o Ministério das Finanças.

O chanceler alemão Olaf Scholz conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin nesta sexta-feira (15). A ligação, de iniciativa alemã, foi a primeira desde dezembro de 2022, segundo comunicado do governo russo. Na conversa, os dois líderes discutiram sobre a guerra da Ucrânia. De acordo com ambos os governos, Putin se mostrou disposto a retornar às negociações pelo fim da guerra.

Scholz pediu a Putin que retire as tropas que invadiram a Ucrânia em fevereiro de 2022. Em contrapartida, o presidente russo voltou a responsabilizar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelo conflito e reiterou que as condições de paz são as mesmas anunciadas em junho deste ano, no discurso que proclamou no Ministério das Relações Exteriores. Na próxima semana, a guerra completa mil dias de duração.

Os dois líderes também discutiram a relação diplomática e comercial entre Alemanha e Rússia, e os conflitos no Oriente Médio.

Ainda, segundo a nota do governo russo, Putin se mostrou aberto a negociar com o país germânico. "A Rússia sempre honrou seus compromissos sob diversos tratados e contratos no setor energético e ainda estava disposta a promover cooperação mutuamente benéfica".

*Com Associated Press