'Não se mexe em instituições que estão funcionando', afirma Barroso

Política
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Um dia após aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de propostas que limitam os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte Suprema, disse que "não se mexe em instituições que estão funcionando". Ele não fez menção direta ao avanço dos textos na Câmara, mas fez alusão aos 36 anos da Constituição, completados na semana passada.

"Não existem unanimidades, mas não se mexe em instituições que estão funcionando e cumprindo bem a sua missão por injunção dos interesses políticos circunstanciais e dos ciclos eleitorais", afirmou Barroso.

O presidente do STF ainda destacou que "no Brasil, assim como na maior parte das democracias do mundo, o STF é guardião da Constituição e seu intérprete final". Um dos textos aprovados na CCJ prevê que o Congresso atue como revisor de decisões do Supremo.

"As constituições existem precisamente para que os valores permanentes não sejam afetados pelas paixões de cada momento", disse Barroso, e depois complementou que a Corte segue "firme na defesa da democracia, do pluralismo e da independência e harmonia entre os Poderes".

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O aeroporto internacional de Dunedin, cidade da Nova Zelândia, criou um limite de três minutos para abraços para manter o fluxo de passageiros e carros na área de desembarque do aeroporto. Uma placa colocada no local alerta: "Tempo máximo de abraço: 3 minutos. Para despedidas mais calorosas, por favor, use o estacionamento". As informações são da CNN e do jornal The Guardian.

Em um post viral no Facebook, alguns comentários mostravam indignação com o limite de tempo para abraços. Outros ficaram surpresos que o aeroporto ainda ofereça uma área de desembarque gratuita e elogiaram a medida, já que muitos aeroportos estão introduzindo taxas na área de desembarque.

'Não sobra espaço para os outros'

Para a rádio RNZ da Nova Zelândia, o CEO do Aeroporto de Dunedin, Daniel De Bono, mencionou um estudo que sugere que um abraço de 20 segundos é suficiente para liberar o "hormônio do amor," a oxitocina. Ele diz que a regra faz com que mais pessoas recebam abraços, já que o fluxo de passageiros deve se tornar mais rápido.

Ele também comentou que as mensagens de aviso em zonas de desembarque de aeroportos podem ser "bem rígidas", incluindo ameaças de bloquear as rodas dos carros ou aplicar multas, e que o aeroporto quer evitar isso.

"Estamos tentando nos divertir com isso. É um aeroporto, e essas áreas de desembarque são locais comuns para despedidas," disse De Bono à RNZ. Ele disse que muitas pessoas estavam demorando muito na área de desembarque. "Não sobra espaço para os outros", disse ele. "É sobre permitir que outras pessoas também possam dar seus abraços."

De Bono afirmou que o aeroporto não terá uma equipe especial de "polícia dos abraços" para aplicar a regra, mas que os funcionários podem educadamente pedir às pessoas que demoram demais para se moverem para o estacionamento.

"Não estamos aqui para dizer quanto tempo as pessoas devem abraçar, é mais a mensagem de por favor, siga em frente e dê espaço para os outros", disse ele.

Um grupo de cerca de 2 mil migrantes deixou a fronteira sul do México neste domingo, 20, esperando chegar ao norte do país e, finalmente, aos Estados Unidos. A peregrinação ocorre às vésperas da eleição presidencial dos Estados Unidos, na qual a imigração tem sido uma questão fundamental.

Tanto a falta de empregos no sul do México, devido a uma nova onda de estrangeiros chegando, quanto o atraso nos agendamentos de asilo nos EUA motivaram mais grupos de migrantes a deixar a região no mês passado.

Esse grupo que saiu neste domingo do México é o terceiro e o maior desde o início da administração da nova presidente mexicana Claudia Sheinbaum, que até agora não fez nenhuma mudança nas políticas de imigração estabelecidas por seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador.

Grupos de 800 e 600 migrantes deixaram a região no início de outubro. Fonte: Associated Press

A Sérvia, candidata à União Europeia, continuará se recusando a impor sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, apesar da pressão ocidental, disse o líder da Sérvia, o populista Aleksandar Vucic, após sua conversa telefônica com o presidente russo Vladimir Putin, neste domingo.

Vucic disse que acredita que a ligação, que segundo ele é a primeira em mais de dois anos com o presidente russo, ajudará a "desenvolver ainda mais as relações e a confiança entre a Rússia e a Sérvia".

"Conversamos como pessoas que se conhecem há muito tempo, como amigos, e a conversa de dez minutos foi marcada por uma nota pessoal, e também falamos sobre aqueles que são líderes fracos (pró-ocidentais)", disse Vucic, pelo Instagram.

Conforme, ainda, o presidente da Sérvia, Putin disse "o que é bom para a Sérvia também é bom para a Rússia, o que é bom para os sérvios também é bom para os russos".

Contudo, Vucic não disse se aceitaria um convite anterior de Putin para participar da cúpula do Brics de economias emergentes, liderada pela Rússia e pela China, em Kazan no final desta semana.

Embora formalmente buscando a adesão à UE, a tradicional aliada Sérvia se recusou a aderir às sanções ocidentais contra a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, embora tenha relutantemente condenado à agressão de Moscou. Vucic disse que impor as sanções não era do interesse nacional da Sérvia.

Soberania

Neste domingo, Vucic disse ainda que espera críticas do Ocidente sobre sua conversa com Putin, mas afirmou que "a Sérvia é um país soberano que toma suas próprias decisões". Ele também agradeceu à Rússia "por fornecer quantidades suficientes de gás para a Sérvia a preços favoráveis". O país era quase completamente dependente do gás russo, mas recentemente concordou em começar a diversificar seus suprimentos.

A Sérvia, que nunca fez parte do bloco soviético, marcou no domingo o 80º aniversário da libertação de sua capital Belgrado da ocupação nazista da Segunda Guerra Mundial, que foi realizada principalmente graças aos partidários comunistas da antiga Iugoslávia, mas também ao Exército Vermelho Soviético.

Em reunião marcando o aniversário, Vucic fez um discurso na língua russa, em "sinal de respeito" ao Exército Vermelho, sem o qual "não teria havido a libertação de Belgrado". Fonte: Associated Press