Nunes diz que, se Bolsonaro indicar Paulo Guedes para secretaria da Fazenda, será aceito

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O atual prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que aceitará indicação do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) ao seu possível secretariado em um novo mandato. Desde que o nome seja qualificado, emendou, citando o ex-ministro da Economia Paulo Guedes. O prefeito participou de sabatina da TV Record, nesta quinta-feira, 10.

Sobre seu secretariado, Nunes afirmou que terá uma "equipe técnica" e as escolhas serão dele. "Meu secretariado será um secretariado técnico ... Tenho uma equipe técnica e não abro mão disso. A escolha do secretário será minha."

Questionado se Bolsonaro indicará algum secretário assim como indicou o candidato a vice, Mello Araújo (PL), Nunes disse que aceitará se for técnico.

"Vamos supor que ele indique o Paulo Guedes para a Fazenda, é um nome bom. Não fiz acordo de cargo com ninguém, com nenhum dos partidos", disse ele. "Se ele indicar o Paulo Guedes para a Fazenda, eu aceito", ressaltou.

Em outra categoria

Um grupo de cerca de 2 mil migrantes deixou a fronteira sul do México neste domingo, 20, esperando chegar ao norte do país e, finalmente, aos Estados Unidos. A peregrinação ocorre às vésperas da eleição presidencial dos Estados Unidos, na qual a imigração tem sido uma questão fundamental.

Tanto a falta de empregos no sul do México, devido a uma nova onda de estrangeiros chegando, quanto o atraso nos agendamentos de asilo nos EUA motivaram mais grupos de migrantes a deixar a região no mês passado.

Esse grupo que saiu neste domingo do México é o terceiro e o maior desde o início da administração da nova presidente mexicana Claudia Sheinbaum, que até agora não fez nenhuma mudança nas políticas de imigração estabelecidas por seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador.

Grupos de 800 e 600 migrantes deixaram a região no início de outubro. Fonte: Associated Press

A Sérvia, candidata à União Europeia, continuará se recusando a impor sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, apesar da pressão ocidental, disse o líder da Sérvia, o populista Aleksandar Vucic, após sua conversa telefônica com o presidente russo Vladimir Putin, neste domingo.

Vucic disse que acredita que a ligação, que segundo ele é a primeira em mais de dois anos com o presidente russo, ajudará a "desenvolver ainda mais as relações e a confiança entre a Rússia e a Sérvia".

"Conversamos como pessoas que se conhecem há muito tempo, como amigos, e a conversa de dez minutos foi marcada por uma nota pessoal, e também falamos sobre aqueles que são líderes fracos (pró-ocidentais)", disse Vucic, pelo Instagram.

Conforme, ainda, o presidente da Sérvia, Putin disse "o que é bom para a Sérvia também é bom para a Rússia, o que é bom para os sérvios também é bom para os russos".

Contudo, Vucic não disse se aceitaria um convite anterior de Putin para participar da cúpula do Brics de economias emergentes, liderada pela Rússia e pela China, em Kazan no final desta semana.

Embora formalmente buscando a adesão à UE, a tradicional aliada Sérvia se recusou a aderir às sanções ocidentais contra a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, embora tenha relutantemente condenado à agressão de Moscou. Vucic disse que impor as sanções não era do interesse nacional da Sérvia.

Soberania

Neste domingo, Vucic disse ainda que espera críticas do Ocidente sobre sua conversa com Putin, mas afirmou que "a Sérvia é um país soberano que toma suas próprias decisões". Ele também agradeceu à Rússia "por fornecer quantidades suficientes de gás para a Sérvia a preços favoráveis". O país era quase completamente dependente do gás russo, mas recentemente concordou em começar a diversificar seus suprimentos.

A Sérvia, que nunca fez parte do bloco soviético, marcou no domingo o 80º aniversário da libertação de sua capital Belgrado da ocupação nazista da Segunda Guerra Mundial, que foi realizada principalmente graças aos partidários comunistas da antiga Iugoslávia, mas também ao Exército Vermelho Soviético.

Em reunião marcando o aniversário, Vucic fez um discurso na língua russa, em "sinal de respeito" ao Exército Vermelho, sem o qual "não teria havido a libertação de Belgrado". Fonte: Associated Press

O plano do presidente Volodymyr Zelensky para acabar com a guerra de quase três anos da Ucrânia com a Rússia recebeu reações mistas dos aliados ocidentais até agora. O "plano da vitória" que Zelensky delineou dentro e fora do país inclui um convite formal para a Ucrânia aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e permissão para usar mísseis ocidentais de longo alcance para atacar alvos militares na Rússia - duas medidas que os aliados de Kiev relutaram em apoiar anteriormente.

O apoio dos Estados Unidos é crucial para que Zelenskyy obtenha o suporte de outros aliados para propostas que ele acredita serem necessárias para fortalecer a posição da Ucrânia no campo de batalha e antes de quaisquer negociações de paz. Mas analistas dizem que é improvável que o governo Biden tome uma decisão antes da eleição presidencial norte-americana em 5 de novembro.

"Eles parecem estar fazendo muito pouco agora e aguardando as eleições", disse Phillips O'Brien, professor de estudos estratégicos na Universidade de St. Andrews, na Escócia. "Grande parte da estratégia viverá ou morrerá em Washington."

Analistas apontaram que o plano é um passo na direção certa para os esforços militares da Ucrânia. Eles também o descreveram como ambicioso, dados os temores dos aliados de uma escalada com a Rússia, que possui armas nucleares.

A Ucrânia já garantiu o apoio ocidental para pedidos antes considerados irrealistas, como os sistemas de defesa aérea Patriot e os jatos F-16.

Depois de apresentar o seu caso ao Conselho Europeu, Zelenskyy disse que espera que a Casa Branca dê um feedback. "Eles estarão aqui em breve com alguma forma de resposta", falou. Fonte: Associated Press