Datena declara voto em Boulos no segundo turno em vídeo publicado por jornal

Política
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Após descartar apoio aos candidatos que disputam o segundo turno das eleições em São Paulo, o apresentador José Luiz Datena, quinto colocado na corrida eleitoral com 1,84% dos votos, mudou de discurso e declarou voto no candidato Guilherme Boulos (PSOL) na noite deste sábado, 12, conforme divulgado pela coluna da Monica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo. Boulos enfrenta no segundo turno o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que, por sua vez, conta com o apoio oficial do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), partido ao qual Datena disputou o pleito.

"Contra a infiltração do crime organizado em São Paulo, contra a infiltração do crime organizado no poder público, eu apoio o Boulos. Eu voto no Boulos para parar com essa criminalidade que torna a cidade de São Paulo, que torna o Estado de São Paulo, que torna o País refém do narcotráfico. Nós não queremos isso, por isso eu apoio o Boulos para o segundo turno de São Paulo. Vote com ele, vote contra o crime", disse Datena em vídeo.

O jornalista, que classificou seu desempenho nas urnas como "péssimo" e "horrível", e disse não pretender "experimentar novas posições políticas", havia anteriormente negado qualquer apoio a Nunes ou Boulos no segundo turno. "Com a quantidade de votos que eu tenho, não sei se faria muita diferença", disse.

Agora, Datena se alinha à deputada federal Tabata Amaral (PSB), que declarou, ainda na noite de domingo, voto no candidato do PSOL. Tabata afirmou que "não consegue e não conseguiria jamais votar em um projeto liderado por Ricardo Nunes".

"Esse é um voto por convicção. Não é um voto negociado. Eu não vou subir em nenhum palanque. Não vou desfazer quem eu sou e no que eu acredito. Vocês não vão me ver integrando nenhum governo. Independente de qual seja o governo eleito", afirmou Tabata.

Apesar da declaração individual de Datena, o PSDB oficializou seu apoio a Nunes logo após o resultado do primeiro turno. O prefeito de Ribeirão Preto e presidente da Federação PSDB-Cidadania em São Paulo, Duarte Nogueira, divulgou uma nota declarando que Nunes "tem se destacado como um gestor dedicado, com uma visão sólida para o desenvolvimento da cidade de São Paulo".

Para ele, o desempenho do candidato à reeleição na pesquisa e nos debates demonstram "que é o melhor candidato para governar a cidade de São Paulo. Um reflexo claro do reconhecimento de seu trabalho pela população paulistana".

Nunes também obteve apoio da economista Marina Helena, que recebeu 1,38% dos votos no pleito, logo abaixo de Datena. Já Pablo Marçal, que ficou em terceiro lugar, com 28,14% dos votos - menos de 1% abaixo de Boulos, que fez 29,07% -, descartou apoio e 'liberou' eleitores. Ainda assim, o prefeito afirmou esperar conquistar o voto dos apoiadores de Marçal. "É um eleitor que tem, na nossa proposta, muita sintonia", disse.

As primeiras pesquisas publicadas durante a última semana mostram uma vantagem considerável de Nunes sobre Boulos. A medição da Paraná Pesquisas indica o atual prefeito com 52,8% dos votos totais contra 39% do adversário. Segundo a medição, outros 4,8% votariam em branco ou nulo, enquanto 3,4% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de 2,9 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. Foram ouvidos 1.200 eleitores entre os dias 7 e 9 de outubro, por meio de entrevistas presenciais. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) sob o protocolo: SP-08049/2024.

Já no levantamento realizado pelo Datafolha, o candidato à reeleição tem vantagem de 22 pontos porcentuais. Nunes registra 55% de menções no cenário estimulado, enquanto Boulos figura com 33%. Segundo o levantamento, 10% dos eleitores afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto. Outros 2% não sabem em quem votar. O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores de São Paulo entre os dias 8 e 10 de outubro. A margem de erro do levantamento é de três pontos para mais ou para menos, e o nível e confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o SP-04306/2024.

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A líder da extrema direita francesa, Marine Le Pen, disse nesta segunda-feira, 225, que pode derrubar o governo da França até o final do ano, a menos que mudanças sejam feitas no projeto de lei orçamentária do país para 2025. O projeto de lei deve ser aprovado até 21 de dezembro.

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