Lula: há pessoas que não queriam programa para agroecologia e dizem que política social é gasto

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (16) que muitas pessoas não gostariam que o governo lançasse o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, agora anunciado, e reclamou que jornais e o mercado tratam política social sempre como gasto. Ele deu as declarações em discurso que ainda estava em andamento pouco antes das 11h no lançamento do programa.

"Está cheio de gente que não gostaria que a gente estivesse fazendo isso, e essa gente vai estar notando para ver se estamos fazendo direito", declarou o presidente da República. "É um problema que repercute nas manchetes de jornais, nos editoriais de jornais, no chamado mercado. Toda vez que a gente está cuidando de fazer política social é tratado como gasto. Isso não é à toa. Essa foi uma doutrina de palavras criadas para induzir a gente a determinados erro", disse o petista.

Lula também deu como exemplo as vezes em que seu governo destina dinheiro para educação, e citou o exemplo dos professores: "Salário merreca para pessoa que toma conta de 40 crianças na sala de aula, ou de 50." Lula também disse que será necessário um programa para incentivar estudantes a se tornarem professores.

O presidente também criticou a descontinuidade de programas lançados na gestão do PT nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. "Historicamente a gente semeia, a gente aduba, a gente joga água, e quando a gente sai vem alguém e destrói tudo com a maior desfaçatez. E mais incrível é que não há reação do movimento contra a destruição", disse Lula.

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O governo americano anunciou hoje mais US$ 425 milhões em ajuda militar à Ucrânia, elevando o total para mais de US$ 64 bilhões nos dois anos e meio desde a invasão da Rússia. O pacote desta quarta-feira, 16, inclui mísseis terra-ar para proteger a infraestrutura ucraniana de ataques russos e foguetes de longo alcance e artilharia para ajudar seu esforço de guerra.

O anúncio ocorre antes da viagem do presidente Joe Biden a Berlim amanhã, onde deve se encontrar com o chanceler alemão Olaf Scholz para discutir o apoio de seus países à Ucrânia na guerra com a Rússia.

O itinerário inicial de Biden incluía uma reunião sobre a guerra na Ucrânia com nações aliadas em uma base militar americana na Alemanha antes de ele seguir para Angola. Mas a Casa Branca afirma que o encontro ocorrerá virtualmente no mês que vem.

Biden falou por telefone na quarta-feira com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, mas eles não se encontrarão enquanto o presidente americano estiver na Alemanha.

Os dois líderes discutiram o "plano de vitória" de Zelensky, logo após o líder ucraniano apresentá-lo ao parlamento. Zelensky deve apresentar o plano de cinco pontos ao Conselho Europeu na quinta-feira.

O plano inclui um convite para a Ucrânia se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e permissão para usar mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente para atingir alvos militares bem no interior do território russo - medidas que foram recebidas com relutância pelos aliados de Kiev até agora.

O Irã está monitorando e tomando medidas para conter um vazamento de petróleo no seu principal terminal de exportações Kharg Island, localizado na Ilha Khark.

Segundo a agência Tasnim News, o diretor-geral de Portos e Assuntos Marítimos da Província de Bushehr, Mohammad Shakibi-Nasab, afirmou que o vazamento atingiu uma área a cerca de seis quilômetros de distância do terminal, e que imediatamente após a notificação as autoridades passaram a monitorar e "tomar as medidas necessárias".

O navio "Naji 23" foi enviado ao local da poluição e mais duas manchas de óleo foram detectadas no monitoramento aéreo por drones, acrescentou Shakibi-Nasab. Procedimentos para interromper a poluição marítima e limpar as águas também foram iniciados, com uso de "métodos novos e especializados". No entanto, a causa do incidente não foi informada.

De acordo com a Reuters

Julia Sinitsky, analista de country Risk da Fitch Solutions, afirmou que caso a candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, vença as eleições à Casa Branca, sua política de imigração "será mais restritiva" do que do governo do presidente Joe Biden.

A postura de Kamala estará vinculada à avaliação de boa parte da opinião pública no país que é favorável a políticas que limitem o fluxo de imigrantes no território norte-americano.

Julia Sinitsky fez os comentários em evento promovido pela BMI, empresa da Fitch Solutions.