Filho de Renato Russo notifica Pablo Marçal por uso de música sem autorização

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Giuliano Manfredini, filho do cantor e compositor Renato Russo, do grupo Legião Urbana, enviou uma notificação extrajudicial ao ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). O herdeiro do músico acusa Marçal de utilizar a música "Que País É Este" sem autorização nas redes sociais em uma publicação feita no Instagram através do perfil "@pablomarcalpor_sp_".

Procurado pela reportagem, Marçal não havia respondido às tentativas de contato até a publicação deste texto.

A publicação mostrava Pablo Marçal com a boca tampada por uma fita adesiva onde se lia "sistema" com a música tocando ao fundo. Na legenda, o perfil escreve "não iremos nos calar! Pra cima do sistema. Me sigam por aqui", indicando que o perfil em questão pertenceria ao coach.

A publicação foi feita antes do primeiro turno quando os perfis do então candidato foram tirados do ar por determinação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo depois que Marçal publicou um laudo falso sobre suposto uso de drogas por Guilherme Boulos (PSOL). Nem a postagem, nem o perfil estão ativos na plataforma.

A notificação, a qual o Estadão teve acesso, cita a Lei de Direitos Autorais que prevê necessidade de autorização prévia para utilização de obra musical por terceiros. O documento ressalta que a legislação aponta possibilidade de indenização.

Por fim, a notificação pede que Marçal não utilize mais a canção no Instagram e em nenhum outro meio. Nestas condições, Manfredini se abstém do direito de pedir a indenização prevista.

Ao Estadão, Leonardo Furtado, advogado de Manfredini, disse que a notificação mostra que o herdeiro presa pela obra do pai e não autoriza sua utilização para fins políticos diferentes das posições demonstradas por Renato Russo em vida. Sendo assim, Manfredini não considera que Renato Russo autorizaria a utilização da canção por Marçal.

Em outra categoria

O parlamento do Líbano votou nesta quinta-feira, 9, para eleger o comandante do exército Joseph Aoun como chefe de estado, preenchendo um vácuo presidencial de mais de dois anos.

A votação ocorreu semanas depois que um tênue acordo de cessar-fogo interrompeu um conflito de 14 meses entre Israel e o grupo militante libanês Hezbollah, e em um momento em que os líderes do Líbano buscam assistência internacional para reconstrução.

Aoun, sem parentesco com o ex-presidente Michel Aoun, era amplamente visto como o candidato preferido dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. A sessão foi a 13ª tentativa da legislatura de eleger um sucessor para Michel Aoun, cujo mandato terminou em outubro de 2022.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse acreditar que os comentários do presidente eleito Donald Trump sobre a anexação do Canadá têm como objetivo desviar a atenção das consequências que os consumidores americanos enfrentam com uma tarifa de 25% sobre todas as importações canadenses.

"Isso não vai acontecer", disse Trudeau sobre a ideia de anexação.

"Isso é algo em que acho que precisamos nos concentrar um pouco mais", disse Trudeau em entrevista quinta-feira à CNN.

"Os canadenses têm orgulho de ser canadenses. Uma das maneiras que nos definimos de maneira mais fácil é: não somos americanos", disse.

"O que penso é que o Presidente Trump, que é um negociador muito hábil, está distraindo as pessoas com essa conversa" para tirar o foco das ameaças de tarifas sobre petróleo, gás, eletricidade, aço.

O premiê defendeu que o futuro presidente americano trabalhe em conjunto com os canadenses, em uma estratégia "ganha-ganha", que favoreça os dois lados. "Fazemos melhor, quando trabalhamos juntos", disse.

O premiê anunciou sua renúncia esta semana, mas permanecerá como primeiro-ministro até que os membros do Partido Liberal escolham um novo líder.

Os incêndios florestais em Los Angeles estão prestes a se tornar os mais caros da história dos Estados Unidos, com estimativas de danos que já chegam a cerca de US$ 50 bilhões, o dobro da previsão anterior, conforme o analista do JPMorgan, Jimmy Bhullar. Esse valor inclui perdas seguradas, estimadas em mais de US$ 20 bilhões.

Outras projeções também colocam o desastre entre os mais onerosos do país. A agência de classificação de risco Morningstar DBRS prevê perdas seguradas superiores a US$ 8 bilhões. No entanto, o total final de perdas pode variar, especialmente em previsões feitas enquanto os eventos ainda estão em curso. Analistas calculam os custos comparando o número e o valor das propriedades destruídas com incêndios anteriores. O incêndio Camp Fire de 2018, o mais destrutivo dos EUA até o ano passado, causou perdas de US$ 12,5 bilhões, ajustados pela inflação.

As perdas bilionárias devem pressionar ainda mais o já fragilizado mercado de seguros residenciais da Califórnia. A analista Denise Rappmund, da Moodys, alerta que o impacto será negativo para o mercado de seguros do estado, provavelmente elevando prêmios e reduzindo a disponibilidade de coberturas.

Além disso, seguradoras podem ser forçadas a resgatar o Fair Plan, plano da Califórnia de última instância para proprietários rejeitados por seguradoras privadas. Esse plano pode exigir que as seguradoras privadas paguem as perdas que o programa não consegue cobrir. Embora ainda não esteja claro o quanto das perdas recairá sobre o Fair Plan, ele tem grande exposição a áreas severamente afetadas pelos incêndios, como Pacific Palisades, que apresentava uma exposição de cerca de US$ 6 bilhões até setembro.

A presidente do Fair Plan, Victoria Roach, afirmou que a situação é um "jogo de azar", com muita exposição e poucos recursos disponíveis. Uma porta-voz do plano garantiu que há mecanismos de pagamento, incluindo resseguro, para garantir que todas as reivindicações com cobertura sejam pagas.