Prefeito de Taboão é baleado durante ataque

Política
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O prefeito de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, José Aprígio (Podemos), de 72 anos, sofreu um atentado na tarde desta sexta, 18, na BR-116, e foi baleado no ombro, segundo informou a Secretaria de Comunicação da prefeitura. "O incidente ocorreu enquanto o prefeito realizava uma visita aos bairros atingidos pelas fortes chuvas da semana passada. No caminho para uma coletiva de imprensa na nova sede da prefeitura, o veículo oficial foi alvo de tiros", disse a secretaria, por meio de nota.

Aprígio foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Akira Tada, em Taboão da Serra, onde recebeu os primeiros socorros. Posteriormente, foi transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital. De acordo com a prefeitura, o quadro de saúde do prefeito era estável.

Blindado

Depois de compromissos de campanha, Aprígio - que disputa a reeleição em segundo turno - foi almoçar na Churrascaria Essência Gaúcha, na Avenida Marechal Castelo Branco. Dali, saiu com o carro blindado da prefeitura, um Jeep Renegade preto. Quando passava pela pista local da Rodovia Régis Bittencourt, a BR-116, um veículo emparelhou e um de seus ocupantes disparou pelo menos cinco vezes em direção ao carro do prefeito. Uma das balas perfurou o vidro da porta traseira. Teria sido esse disparo que acertou a clavícula do prefeito.

Os momentos que se seguiram ao disparo foram gravados por um assessor de Aprígio com um celular, e o vídeo foi compartilhado nas redes sociais. As imagens mostram o prefeito baleado no banco de trás do veículo enquanto o motorista se dirige à UPA.

O diretor do Departamento de Polícia da Macro São Paulo (Demacro), delegado Julio Guebert, afirmou ao Estadão que o veículo usado no crime foi incendiado no km 21,7 do Rodoanel Norte, em Osasco, também na Grande São Paulo. O carro usado pelos criminosos provavelmente era um Nissan March. Ainda não se sabe qual foi a motivação.

A Delegacia Seccional de Taboão da Serra abriu inquérito para apurar o caso. Os veículos estão sendo periciados. Além disso, os policiais buscam imagens em câmeras de vídeo no trajeto dos carros. Policiais do Demacro foram até a churrascaria em Taboão. Uma outra equipe foi ao hospital para tentar ouvir o político.

A Polícia Rodoviária estadual informou que o carro dos criminosos estava em fuga "quando, no quilômetro 21,7, o ocupante desceu do carro e incendiou o veículo intencionalmente". Já o veículo em que o prefeito estava era um carro oficial do Executivo municipal. Imagens cedidas mostram que o tiro perfurou a janela do passageiro (esquerda). O prefeito estava no banco de trás.

Aprígio disputa a reeleição contra o candidato Engenheiro Daniel (União Brasil). No primeiro turno, Daniel recebeu 48,98% dos votos válidos. O prefeito teve 25,93% dos votos. Taboão da Serra fica na Grande São Paulo e faz divisa com a zona sul da capital paulista, Embu das Artes e Cotia.

A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, defendeu uma investigação minuciosa para esclarecer os fatos. "O Podemos reitera o repúdio a qualquer forma de violência e reafirma seu compromisso com o respeito, a democracia e o diálogo. Esperamos que o prefeito Aprígio se restabeleça rapidamente e que todas as circunstâncias deste triste episódio sejam esclarecidas o mais breve possível", disse ela em nota.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Sirenes soaram na manhã deste sábado, 19 em Israel, alertando sobre fogo vindo do Líbano, com um drone lançado em direção à casa do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em Cesareia, segundo o governo do país. Nem ele nem sua mulher estavam em casa e não houve vítimas, disse seu porta-voz em uma declaração.

O drone foi lançado em direção à casa do primeiro-ministro após forças israelenses anunciarem a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, no sul da Faixa de Gaza, na tarde de quinta-feira, 17.

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu que o grupo terrorista Hamas continuaria sua luta contra Israel após o assassinato do mentor do ataque mortal de 7 de outubro do ano passado. "O Hamas está vivo e continuará vivo", disse Khamenei.

Além do drone lançado na residência de Netanyahu, as forças israelenses afirmaram que cerca de 55 projéteis foram disparados contra o norte de Israel a partir do Líbano na manhã deste sábado. Alguns foram interceptados, segundo o Exército, e não houve relatos imediatos de vítimas.

Ataques

Em setembro, os rebeldes Houthi do Iêmen lançaram um míssil balístico em direção ao aeroporto Ben Gurion quando o avião de Netanyahu estava pousando. O míssil foi interceptado.

Os ataques em Israel ocorrem enquanto a guerra com o Hezbollah do Líbano - um aliado do grupo terrorista Hamas apoiado pelo Irã - se intensificou nas últimas semanas. O Hezbollah disse na sexta-feira que planejava lançar uma nova fase de combate enviando mais mísseis guiados e drones explosivos para Israel.

Hassan Nasrallah, líder de longa data da mílicia xiita radical libanesa, foi morto em um ataque aéreo israelense no final de setembro, e Israel enviou tropas terrestres para o Líbano no início de outubro.

Um impasse também está ocorrendo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que está lutando em Gaza, com ambos sinalizando resistência ao fim da guerra após a morte de Sinwar.

Faixa de Gaza

Mais ataques atingiram Gaza neste sábado, 19. O ministério da Saúde do enclave palestino, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas, afirmou em um comunicado que bombardeios israelenses atingiram os andares superiores do Hospital Indonésio em Beit Lahiya e que as forças de Israel abriram fogo contra o edifício do hospital e o seu pátio, causando pânico entre pacientes e médicos. No hospital Awda, em Jabaliya, os ataques atingiram os últimos andares do edifício, ferindo vários funcionários, informou o hospital em comunicado.

No centro de Gaza, pelo menos 10 pessoas morreram, incluindo duas crianças, quando uma casa foi atingida na cidade de Zawayda, segundo o Hospital dos Mártires de al-Aqsa, para onde as vítimas foram levadas. Um repórter da Associated Press contou os corpos no hospital.

A guerra destruiu vastas áreas de Gaza, deslocou cerca de 90% da sua população de 2,3 milhões de pessoas e deixou-os com dificuldades para encontrar alimentos, água, medicamentos e combustível.

O conflito começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista da história de Israel e o maior contra judeus desde o Holocausto./com AP

Um apagão atingiu nesta sexta-feira, 18, toda o território de Cuba, após uma falha na maior usina do país. Segundo o governo, a ilha está em "emergência energética". As atividades das estatais foram suspensas e 10 milhões de pessoas estão no escuro - quase a totalidade da população de 11 milhões de habitantes.

O país enfrenta uma crise energética há pelo menos três meses, com várias províncias registrando apagões de até 20 horas nas últimas semanas. Segundo o diretor-geral de eletricidade do Ministério de Energia e Minas, Lázaro Guerra, o sistema elétrico entrou em colapso total após a central termoelétrica Antonio Guiteras parar de funcionar. "Parou tudo", disse.

Embargo

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou que o governo trabalha "com absoluta prioridade" para restabelecer a energia o mais rápido possível, mas não deu previsão de quando a energia retorna.

Ele suspendeu o comércio e os serviços não essenciais por três dias. O presidente culpou o embargo econômico dos EUA, por dificultar a importação de combustível. "A causa principal é a guerra econômica, a perseguição financeira e energética dos EUA", disse.

O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, disse que o governo não teve outra escolha a não ser "paralisar a economia". Em discurso televisionado, ele também responsabilizou o embargo. "A falta de combustível é o principal fator", disse o premiê, em uma aparição ironicamente cortada por falhas técnicas. "Apesar dos apagões, ainda estamos longe do abismo."

Sucateamento

A energia elétrica em Cuba é gerada por oito centrais termoelétricas sucateadas, que em alguns casos apresentam avarias ou estão em manutenção, além de sete usinas flutuantes - que o governo aluga de empresas turcas - e de grupos de geradores. A infraestrutura requer combustível para se manter.

Autoridades disseram também que, para piorar a situação, a infraestrutura sofreu danos graves, na semana passada, com os ventos fortes e mares agitados que começaram com a passagem do furacão Milton, prejudicando a entrega de combustível para as usinas de energia.

Os cubanos enfrentam há três meses apagões generalizados, que se prolongam e se tornam cada vez mais frequentes, com um déficit em muitos dias de 30% na cobertura nacional. Interrupções no serviço de quatro horas ou mais por dia são registradas até em amplas zonas de Havana, região prioritária para as autoridades por ser a mais populosa e a capital do país.

Nos arredores da Praça da Revolução, em Havana, as autoridades suspenderam "todos os serviços que não são vitais", com exceção de hospitais e centros de produção de alimentos. As aulas também foram suspensas até segunda-feira e locais de entretenimento e lazer permanecerão fechados até a situação normalizar.

Protestos

A direção da empresa elétrica da Província de Camagüey, no centro do país, anunciou medidas severas na quarta-feira. "A Empresa Elétrica de Camagüey trabalha para garantir o serviço por cerca de três horas aproximadamente", indicou a companhia em uma postagem no X.

De acordo com a imprensa independente de Cuba, dezenas de pessoas protestaram no início da semana nas províncias de Sancti Spíritus e Holguín, por causa dos apagões. Em março, uma onda de manifestações tomou conta de Santiago, a segunda maior cidade da ilha, após um apagão de 13 horas. Na ocasião, o governo também culpou o embargo americano e acabou com os protestos à força - três pessoas foram presas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas e não diferencia terroristas de civis, acusou neste sábado, 19, o Exército de Israel de ter bombardeado um hospital na cidade de Beit Lahia, no norte do enclave palestino.

Segundo as autoridades de saúde, 40 pessoas ficaram feridas após o bombardeio. "Os tanques israelenses cercaram completamente o hospital, cortaram a eletricidade e bombardearam, atacando o segundo e terceiro andares com artilharia", disse o diretor do centro, Marwan Sultan. "Existem sérios riscos para a equipe médica e os pacientes", acrescentou. O número de mortos no hospital não foi divulgado.

A pasta acrescentou que os "tiros fortes" contra o hospital e o pátio provocaram um estado de grande pânico entre pacientes e funcionários.

Israel lançou uma nova ofensiva no início deste mês no norte de Gaza, onde afirma que o grupo terrorista Hamas está se reagrupando. A Defesa Civil de Gaza apontou que 33 pessoas foram mortas em um bombardeio israelense lançado sexta-feira à noite no campo de refugiados de Jabaliya, também no norte.

A agência da ONU para assuntos humanitários (OCHA) alertou na sexta-feira sobre a situação "cada vez mais grave e perigosa enfrentada pelos civis no norte de Gaza". "As famílias de lá tentam sobreviver em condições atrozes, sob fortes bombardeios", denunciou.

Yahya Sinwar

Apesar da morte do líder do grupo terrorista Hamas, Yahya Sinwar, a guerra continua na Faixa de Gaza. O líder do grupo terrorista foi morto na quarta-feira, 16, após um encontro com tropas israelenses no sul do enclave palestino. A sua morte só foi divulgada no dia seguinte.

Sinwar é o arquiteto dos ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro do ano passado, quando integrantes do grupo invadiram o sul de Israel, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista da história de Israel e o maior contra judeus desde o Holocausto.

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu que o grupo terrorista Hamas continuaria sua luta contra Israel após o assassinato do mentor do ataque mortal de 7 de outubro do ano passado. "O Hamas está vivo e continuará vivo", disse Khamenei./com AP e AFP