Em debate, Nunes ganha direito de resposta e diz que Boulos é 'agressivo' e 'extremista'

Política
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O atual prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ganhou, em debate da Record e do Estadão, direito de resposta após seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), o chamar de "bandido".

Boulos voltou a falar do caso da máfia das creches. "Concordo com o Ricardo de que bandido tem que estar preso, não em debate, inclusive bandido de máfia da creche e de tantos outros esquemas de corrupção que tem acontecido hoje em São Paulo".

Nunes, então, teve direito de resposta concedido e chamou o adversário de "extremista". "A gente sabe e conhece a personalidade de Guilherme Boulos. Sempre agressivo e extremista, que é o que estamos percebendo aqui. Sempre tenho falado da importância de separar o perfil de um candidato e de outro. Aqui, o equilíbrio, lá, o extremismo. Aqui, a experiência, lá, a inexperiência."

Segundo Nunes, Boulos representa a "desordem". "Uma pessoa que invadiu e depredou a Fiesp. Uma pessoa que invadiu, sim, vários locais. Tudo terreno particular e privado."

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O governo de Cuba anunciou que parte da eletricidade foi restaurada no país na noite de sábado, 19, após o país sofrer o pior apagão elétrico nos últimos dois anos. Milhões de pessoas ficaram sem eletricidade por dois dias.

O ministro da Energia de Cuba, Vicente de la O Levy, disse que o país tinha 500 megawatts em sua rede elétrica na manhã de sábado, em comparação com os 3 gigawatts normalmente gerados. Em uma publicação na rede social X, antigo Twitter, Levy apontou que "várias subestações no oeste agora têm eletricidade".

Levy disse ainda que duas termelétricas retornaram o funcionamento e mais duas retomarão suas operações "nas próximas horas". Metade do país ficou no escuro na noite de quinta-feira, 17. Na sexta-feira, 18, toda a ilha estava sem luz.

Impacto

As ruas da capital cubana, onde vivem 2 milhões de pessoas, estavam silenciosas no sábado, com poucos carros passando depois de uma noite iluminada por velas e lâmpadas. O impacto do apagão vai além da iluminação, uma vez que serviços como o abastecimento de água também dependem de eletricidade.

O apagão foi considerado o pior em Cuba em dois anos, depois que um furacão de categoria 3 danificou instalações de energia e levou dias para o governo consertá-las. Este ano, algumas casas passaram até oito horas por dia sem eletricidade.

Não há estimativa oficial de quando a energia retornará completamente. Mesmo em um país que está habituado a cortes de energia como parte de uma crise econômica cada vez mais profunda, o colapso de sexta-feira foi enorme.

A energia elétrica na ilha é gerada por meio de oito termoelétricas antigas, que, em alguns casos, apresentam avarias ou estão em manutenção, além de sete unidade flutuantes - que o governo arrenda de empresas turcas.

Medidas de emergência

O governo cubano anunciou medidas de emergência para reduzir a procura de eletricidade, incluindo a suspensão de aulas em escolas e universidades, o cancelamento de alguns locais de trabalho estatais e de serviços não essenciais.

As autoridades locais disseram que a interrupção, que começou em pequena escala na quinta-feira, resultou do aumento da demanda de pequenas e médias empresas e de aparelhos de ar condicionado residenciais.

Cuba atravessa uma crise com falta de alimentos, remédios e apagões crônicos que limitam o desenvolvimento das atividades produtivas, além de uma inflação galopante nos últimos anos.

(Com agências internacionais)

Ataques israelenses a várias casas no norte da Faixa de Gaza deixaram, na noite de sábado para domingo, pelo menos 87 pessoas mortas ou desaparecidas. As informações são do Ministério da Saúde do território.

O órgão afirmou que outras 40 pessoas ficaram feridas nos ataques à cidade de Beit Lahiya, que esteve entre os primeiros alvos da invasão terrestre de Israel há quase um ano.

Os ataques ocorrem em paralelo a uma investigação dos Estados Unidos sobre a divulgação não autorizada de documentos confidenciais que avaliam os planos de Israel para atacar o Irã, segundo três autoridades norte-americanas. Um quarto oficial americano disse que os documentos parecem ser legítimos.

Os documentos, atribuídos à Agência de Inteligência Geoespacial e à Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, são marcados como ultrassecretos e indicam que Israel estava movimentando recursos militares para conduzir um ataque em resposta à ofensiva de mísseis balísticos do Irã em 1º de outubro.

As autoridades norte-americanas falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a discutir o assunto publicamente.

Os EUA querem que Israel pressione por um cessar-fogo em Gaza após o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar, na semana passada. Mas nem Israel nem o Hamas demonstraram qualquer interesse renovado num acordo do tipo, depois de meses de negociações que foram interrompidas em agosto.

O Irã apoia o Hamas e o grupo militante Hezbollah no Líbano, onde um ano de tensões crescentes se transformou numa guerra total no mês passado. Israel enviou tropas terrestres para o Líbano no início de outubro.

Não houve comentários imediatos sobre os ataques em Beit Lahiya por parte dos militares israelenses, que afirmaram estar "operando em Gaza tanto em ataques aéreos como em operações terrestres".

Mounir al-Bursh, diretor-geral do Ministério da Saúde em Gaza, disse num post no X que a onda de feridos agravou "uma situação já catastrófica para o sistema de saúde" na região.

A conectividade com a Internet caiu no norte de Gaza na noite de sábado e ainda não havia sido restaurada ao meio-dia de domingo, dificultando a coleta de informações sobre os ataques.

O Norte de Gaza já sofreu a destruição mais pesada da guerra e está cercado pelas forças israelenses desde o final do ano passado, na sequência do ataque mortal do Hamas a Israel. Fonte: Associated Press

A população da Moldávia vai às urnas neste domingo, 20, para decidir sobre dois temas importantes: o próximo presidente do país e se a ex-nação soviética continua no processo de adesão à União Europeia (UE). A votação ocorre em meio a temores de uma possível interferência da Rússia, que deseja que os moldavos não se aproximem do Ocidente. Moscou nega que esteja interferindo na Moldávia.

A atual presidente da Moldávia, Maia Sandu, é favorita para garantir outro mandato presidencial em uma eleição em que 11 candidatos estão concorrendo. Em 2020, Sandu tornou-se a primeira mulher a liderar o país, que fica entre a Romênia, país que está na União Europeia e na Otan, e a Ucrânia, nação invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.

Se Sandu não conseguir obter mais de 50% dos votos neste domingo, um segundo turno será realizado no dia 3 de novembro, o que poderá colocá-la contra Alexandr Stoianoglo, um ex-procurador-geral que tem posições mais favoráveis a Moscou e está com 10% das intenções de voto.

Referendo

Os eleitores também escolherão "sim" ou "não" no referendo sobre a entrada no bloco europeu. As sondagens preveem uma vitória do sim com 55%, mas a incógnita será a participação eleitoral, que precisa atingir pelo menos 33% para que o referendo seja válido.

Os partidos da Moldávia que têm uma tendência pró-Rússia estão tentando boicotar o referendo para que a participação não chegue a 33%.

"Esta votação determinará o nosso destino durante muitas décadas", declarou Sandu neste domingo. "É a vontade do povo moldavo que tem de ser expressa, e não a vontade de outras pessoas, nem dinheiro sujo", insistiu a candidata, conhecida pela sua reputação de incorruptibilidade.

Acusação de interferência russa; Moscou nega

O governo da Moldávia acusa a Rússia de estar por trás de uma campanha de "guerra híbrida" para desestabilizar o país e inviabilizar o seu caminho em direção ao bloco europeu. As alegações incluem o financiamento de grupos de oposição pró-Moscou, difusão de desinformação, intromissão nas eleições locais e o apoio a um importante esquema de compra de votos. Moscou tem negado repetidamente que esteja interferindo na Moldávia.

No início de outubro, as autoridades moldavas afirmaram ter descoberto um enorme esquema de compra de votos orquestrado por um oligarca pró-Rússia exilado que atualmente reside na Rússia. Autoridades acreditam que ele pagou € 15 milhões a 130 mil cidadãos para minar os resultados das duas cédulas.

A Moldávia, uma antiga república soviética com uma população de cerca de 2,5 milhões de habitantes, candidatou-se à adesão à União Europeia após a Rússia invadir a Ucrânia. Bruxelas concordou em junho com o início das negociações de adesão.

(Com agências internacionais)