Corpo de Liam Payne será entregue à família após testes clínicos pendentes

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O corpo de Liam Payne, morto na quarta-feira, 16, será entregue à família para repatriação somente depois que os testes clínicos pendentes forem finalizados. A informação foi obtida pela CNN norte-americana por meio de uma fonte em Buenos Aires, na Argentina, onde o britânico morreu.

A expectativa das autoridades é que os testes terminem durante a semana; porém, elas não descartam a possibilidade de conclusão dos resultados ainda neste fim de semana.

Na sexta-feira, 18, Geoff Payne, pai do ex-One Direction, chegou à cidade argentina. Segundo a CNN, as autoridades permitiram que ele visitasse o corpo do filho no necrotério.

Ele também foi ao hotel CasaSur, onde Liam esteve hospedado - e de onde caiu do terceiro andar - mas não foi liberado para visitar o quarto devido às investigações. Ele pôde ver um quarto parecido, em outro andar.

Geoff ainda protagonizou uma cena comovente ao visitar um altar improvisado, montado por fãs, em frente ao hotel. Em silêncio, admirou as fotografias, flores, cartas e velas. Ele agradeceu aos fãs presentes pelo apoio.

A autópsia do corpo apontou que Payne, 31 anos, morreu em decorrência dos ferimentos múltiplos sofridos na queda do terceiro andar.

De acordo com o relatório oficial, os traumas na cabeça já foram o suficiente para levar o cantor à morte. Os testes toxicológicos ainda estão pendentes.

As autoridades locais continuam investigando a morte para reconstituir as últimas horas de Payne.

Outros hóspedes ouvidos pela imprensa britânica e pela polícia argentina relataram a presença de um "homem agressivo que pode estar sob efeito de drogas e álcool" no hotel.

Em outra categoria

Policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon), com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), deflagraram neste domingo, 20, a segunda fase da "Operação Verum", contra os suspeitos de envolvimento na emissão de laudos falsos emitidos pelo Laboratório PCS Saleme, que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV, o vírus causador da Aids, no Rio.

De acordo com nota da Polícia Civil, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além de uma prisão. A Polícia Civil não revelou sua identidade.

O delegado Wellington Pereira, responsável pelas investigações, disse ao canal GloboNews que a pessoa presa exercia o cargo de chefia. "Essa pessoa que foi presa exercia uma função importante no contexto do laboratório. Ela era coordenadora de uma unidade operacional e teria sido uma das pessoas que teria passado uma ordem para controlar os gastos do laboratório", disse.

Na primeira fase da operação, realizada na segunda-feira, 14, duas pessoas foram detidas e outros dois mandados de prisão foram executados nos dias seguintes. "Atualmente, além das diligências de hoje, estão em andamento a análise dos documentos e materiais apreendidos", informa a Polícia Civil.

Segundo as investigações, conduzidas pela Delegacia do Consumidor, houve uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes, com o objetivo de diminuir custos. A análise das amostras deixou de ser realizada diariamente e se tornou semanal, dizem as autoridades policiais.

Em nota enviada ao Estadão, a Polícia Civil destacou que a contratação do laboratório PCS Saleme pelo Governo do Estado também está sendo investigada. As novas fases da investigação, contudo, estarão sob sigilo.

Em nota enviada à Agência Brasil na sexta-feira, 11, o laboratório disse que informou à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024, período em que prestou serviços à fundação.

Nesses procedimentos, segundo o posicionamento, foram utilizados os kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O laboratório afirmou ainda que abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso, um episódio "sem precedentes na história da empresa".

O desembargador Christiano Jorge, do Tribunal de Justiça de São Paulo, cassou a decisão de primeira instância que colocou em liberdade provisória um homem preso em flagrante com 832 quilos de cocaína. Foi decretada a prisão preventiva do suspeito.

Victor Gabriel Alves foi detido na rodovia SP 270, na altura de Ourinhos, no interior de São Paulo, no dia 16 de outubro. A droga, avaliada em R$ 50 milhões, estava escondida em um caminhão, em meio a pacotes de polenta.

Em depoimento na Delegacia da Polícia Federal em Marília, ele confessou que havia sido contratado por R$ 15 mil para levar a remessa de cocaína de Londrina, no Paraná, para Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo. A distância entre as cidades é de 550 quilômetros.

Como ele não tem antecedentes criminais, conseguiu autorização da Vara Única da Comarca de Ipaussu, na audiência de custódia, para aguardar a conclusão da investigação em liberdade.

O Ministério Público recorreu e o desembargador Christiano Jorge restabeleceu a prisão. A nova decisão afirma que a ausência de ficha criminal não é "salvo conduto para a prática de crimes".

"Não é nem um pouco crível que um indivíduo a quem foram confiados 832 (oitocentos e trinta e dois) quilos de cocaína, para realização de transporte interestadual de drogas, não tenha alguma ligação com organizações criminosas ou, ainda, esteja envolvido de forma profunda na cadeia de produção do tráfico de drogas. E, assim sendo, resta claro o perigo de sua evasão e/ou obstrução da Justiça, caso fique em liberdade", escreveu o desembargador.

Diante da repercussão do caso, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, elogiou a decisão. Ele informou que o suspeito foi preso novamente.

Às vésperas do início das sessões de julgamento contra a mineradora BHP em Londres, associações e comunidades atingidas pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG) intensificaram os pleitos para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue presencialmente uma ação do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) que questiona ações judiciais de brasileiros contra companhias no exterior.

No início da semana passada, o ministro Flávio Dino, do STF, atendeu parcialmente ao pedido do Ibram no Brasil e determinou liminarmente que os municípios responsáveis por mover ações no exterior sobre fatos ocorridos no País não paguem honorários aos advogados antes de apresentar os contratos firmados com esses escritórios.

A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF 1178) movida pelo Ibram, foi incluída na pauta do julgamento virtual de 25 de outubro até o dia 5 de novembro.

Na iminência do julgamento e após a liminar de Dino, os movimentos querem mais tempo e discussões mais profundas a respeito do caso. Após o Consórcio Público para Defesa e Revitalização do Rio Doce (Coridoce) entrar com o pedido no último dia 17, a Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab) e a Associação Indígena Tupinikim da Aldeira Areal (AITAA) também se manifestaram no mesmo sentido.

Na segunda-feira, 21, terão início as audiências numa corte inglesa que visa responsabilizar a anglo-australiana BHP pelo rompimento da barragem do Fundão, da Samarco, uma joint venture entre a BHP e a Vale.

O processo lá fora foi iniciado pelo escritório Pogust Goodhead em nome de vítimas e municípios afetados. O argumento do Ibram - que citou explicitamente o julgamento na corte londrina - é de que esses processos ferem a soberania nacional.

A associação indígena AITAA destacou que o caso "expõe falhas sistêmicas na gestão de recursos naturais e na proteção dos direitos de comunidades vulneráveis" e que a resposta jurídica ao desastre "servirá como um precedente crucial para a forma como o Brasil lidará com questões ambientais e de direitos humanos no futuro, influenciando a legislação e as políticas públicas em todo o território nacional".

Já para a Anab, dos atingidos por barragens, "em última análise questiona-se se os 5.570 Municípios brasileiros, os 26 Estados e o Distrito Federal podem, no cumprimento de suas atribuições constitucionais e no exercício de sua autonomia administrativa, ajuizar ações no exterior contra empresas que os tenham causado dano".

A associação menciona que, em quatro meses, já foram juntados "oito extensos pareceres de renomados juristas e protocolados dezessete pedidos de ingresso como amicus curiae" [terceiros interessados na causa].