Piloto que treinou atores de 'Top Gun: Maverick' morre após queda de avião durante show

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Um piloto conhecido por treinar os atores do filme Top Gun: Maverick morreu neste domingo, 20, após o avião que em ele pilotava cair durante o Las Cruces Air and Space Expo, show aéreo no Novo México, Estados Unidos.

De acordo com a imprensa local, Charles Thomas "Chuck" Coleman pilotava um monomotor modelo Extra Flugzeugbu EA 300 quando, de repente, a aeronave despencou. Ele já havia realizado acrobacias em centenas de shows e ajudou a treinar os atores de Top Gun: Maverick para voos nos caças F-18 da Marinha dos EUA.

Conforme as autoridades, Coleman estava realizando acrobacias aéreas quando o avião caiu a cerca de 800 metros do aeroporto Las Cruces Air. O show foi cancelado após o acidente.

O ator Miles Teller, que participou de Top Gun: Maverick e foi treinado pelo piloto, lamentou a morte de Coleman.

O prefeito de Las Cruces, Eric Enriquez, expressou condolências à família e aos fãs de "Chuck" Coleman. A polícia estadual do Novo México, a Administração Federal de Aviação (FAA) e o Conselho Nacional de Segurança em Transportes (NTSB) estão investigando o acidente.

O aeroporto foi temporariamente fechado durante a investigação inicial, permitindo apenas voos agendados e de emergência.

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O projeto Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, Tropical Forest Forever Facility) é o tema principal de um artigo publicado nesta terça-feira, 22, de autoria dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente, Marina Silva, e do presidente do Banco Mundial, Ajay Banga. Os três, que divulgaram o texto no 'Project Syndicate', plataforma com artigos de opinião de audiência global, estiveram reunidos nesta terça em meio à programação das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem nesta semana em Washington.

A publicação chama atenção para a necessidade urgente de conservação das florestas e aponta caminhos projetados para o TFFF. A iniciativa, lançada pelo governo brasileiro durante a COP28 nos Emirados Árabes, busca viabilizar um mecanismo financeiro atrelado a uma recompensa para países manterem suas florestas protegidas.

No artigo, os ministros brasileiros e o presidente do Banco Mundial explicam que, ao invés de créditos de carbono, o TFFF fornece um apoio financeiro "previsível" e de longo prazo vinculado aos hectares de florestas em pé, alinhando assim incentivos econômicos aos resultados ambientais. Para os autores, a iniciativa é ousada, inovadora e capaz de fazer a "real diferença" na luta contra as mudanças climáticas. Uma vantagem do mecanismo, descrevem, é sua independência de doações, demandando, por outro lado, um investimento único e totalmente reembolsável de eventuais patrocinadores.

Haddad, Marina e Banga mencionam também que, no âmbito do projeto, há estudos para simplificar os modelos de desembolso por meio de sistemas digitais de monitoramento, relatórios e verificação. Outro ponto em foco é a tentativa de melhorar o acesso de povos indígenas, comunidades locais e donos e administradores florestais. "Os países que estão trabalhando no TFFF pretendem abordar essas questões até a COP30", escrevem, segundo tradução livre do inglês, língua na qual o artigo foi publicado.

Para eles, o período entre Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), que acontecerá na Colômbia neste ano, e a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada pelo Brasil em 2025, pode ser o momento perfeito para o lançamento do TFFF. "Devemos começar a recompensar adequadamente os países que controlaram o desmatamento e redobrar nossos esforços para conservar as florestas existentes para as gerações futuras", concluem.

O texto ainda afirma que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva já reduziu "significativamente" o desmatamento, citando dados entre agosto de 2023 e julho de 2024, quando a perda de florestas tropicais na Amazônia brasileira foi reduzida em 46%, em comparação com os 12 meses anteriores.

"Além de reduzir as emissões geradas pela queima de combustíveis fósseis, uma das maiores prioridades deve ser a proteção e a conservação das florestas tropicais remanescentes no mundo", apontaram.

Antes de o caça F-5M, da Força Aérea Brasileira (FAB), se chocar contra o solo nesta terça, 22, em acidente aéreo registrado na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, o piloto da aeronave conseguiu realizar o procedimento de ejeção.

Ele foi resgatado por uma equipe da Brigada de Salvamento e levado em bom estado de saúde ao Hospital da Base Aérea de Natal (BANT) para exames complementares e já entrou em contato com oficiais das Forças Armadas. A identidade do militar não foi revelada.

Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que o piloto foi "hábil" ao levar a aeronave para um campo aberto, desabitado, e ter conseguido se ejetar, mesmo com a aeronave em chamas.

"O piloto foi hábil. Conseguiu, mesmo com fogo já no avião, desviar da área que tinha casas e caiu numa área sem residência. O piloto conseguiu se ejetar e, graças a Deus, não tivemos vítima", afirmou o ministro.

Ainda segundo Múcio, o piloto entrou em contato com o comandante da FAB, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, assim que chegou na base aérea. "O piloto ligou imediatamente, logo que ele chegou na base, foi recolhido. Ligou para o brigadeiro Damasceno, que é o comandante. Está bem, não teve nada. Vamos agora verificar o que houve com o avião", completou.

O avião caiu em uma área de mata próxima a condomínios residenciais da cidade de Parnamirim. Antes da queda, a aeronave foi gravada por populares pegando fogo na parte traseira. Outros aviões foram vistos em treinamento na região.

Está previsto para o período de 3 e 15 de novembro o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex). O objetivo é promover um treinamento conjunto em cenários de conflito e a troca de experiências entre os países participantes. Trata-se do maior treinamento de guerra da América Latina, com a participação também da Marinha e do Exército.

A edição de 2024 vai reunir 16 países, entre eles: Brasil, África do Sul, Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Equador, França, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, Suécia e Uruguai. Estarão envolvidos mais de 2 mil militares e cerca de 50 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras. Ainda não há confirmação se a aeronave fazia parte dessa operação.

O acidente será investigado pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) com o objetivo de identificar os possíveis fatores que contribuíram para o acidente e evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou nesta terça-feira, 22, a extradição do britânico Allan Graham Sice, preso em novembro de 2023, acusado de liderar uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas no Reino Unido.

A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, votou a favor da extradição, argumentando que o crime é tipificado tanto no Brasil quanto no Reino Unido, sem caracterização de "crime político" e sem prescrição. Os demais ministros da turma acompanharam o voto.

Com a decisão, o tempo de prisão cumprido no Brasil será descontado de uma eventual pena no Reino Unido, sendo que a pena não poderá exceder 30 anos.

Sice foi preso pela Polícia Federal (PF) em Balneário Camboriú (SC), em 30 de novembro de 2023. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça britânica e validado pelo Supremo.

Segundo o processo, ele é suspeito de envolvimento em crimes cometidos em 2020, incluindo fornecimento de cocaína e "conspiração para contornar a proibição de importação de cocaína", ambos tipificados pela legislação britânica.

De acordo com informações enviadas pela Justiça do Reino Unido, Sice é apontado como líder de uma organização criminosa sediada em Manchester, que atua no fornecimento em larga escala de drogas controladas, principalmente cocaína.