SP recebe festivais de cinema italiano, francês, húngaro, MixBrasil e mais; veja os destaques

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Novembro será um mês movimentado para os cinéfilos paulistanos. São Paulo receberá uma série de diferentes festivais de cinema, internacional e nacional, já a partir desta quinta-feira, 7. Os eventos contarão com exibições de filmes da França, Hungria e Itália, além de uma mostra dedicada a autores negros.

A capital paulista também será palco do 32º Festival MixBrasil, maior evento cultural LGBT+ da América Latina, que contará com filmes, palestras e ativações em diferentes pontos da cidade.

Os filmes serão exibidos em salas de cinema espalhadas por toda a cidade, com diversas sessões distribuídas pelas próximas semanas.

Festival Varilux de Cinema Francês

Entre 7 e 20 de novembro, o Brasil recebe o Festival Varilux de Cinema Francês, que exibirá 20 produções francesas em salas por todo o país. Em São Paulo, os filmes entrarão em cartaz no Cine Marquise, Cine LT3, Cinemark Iguatemi, Cinépolis Jardim Pamplona, Cinesystem Frei Caneca, Cinesystem Pompéia e Reag Belas Artes.

Entre os filmes exibidos durante o festival estão O Conde de Monte Cristo, nova adaptação do clássico de Alexandre Dumas, O Segundo Ato, Bolero, Daaaaaali!, Mega Cena e O Roteiro da Minha Vida - François Truffaut.

O evento também contará com a presença de artistas e realizadores das obras exibidas, incluindo o roteirista Marc Salbert (Apenas Alguns Dias), o ator Raphaël Personnaz (Bolero), o diretor Matthieu Delaporte e o ator Patrick Mille (O Conde de Monte-Cristo), e as atrizes Marie-Josée Croze e Jeanne Boudier (Madame Durocher).

O Festival Varilux também traz, já a partir do dia 7, oito produções em realidade virtual, que serão exibidas no Espaço Augusta de Cinema, de 7 a 13 de novembro, e no Centro Cultural São Paulo, de 21 a 28 de novembro, sempre das 14h às 21h. As sessões serão gratuitas e contarão com cadeiras giratórias e óculos especiais para uma experiência em 360°.

Além das sessões dos filmes, o Festival Varilux contará também com palestras e masterclasses de cinema. Os horários e locais estão disponíveis no site oficial do evento.

Mostra de Cinema Húngaro no MIS

Realizada em 7 e 8 de novembro, a Mostra de Cinema Húngaro levará ao Museu de Imagem e Som (MIS) de São Paulo três produções: Semmelweis, cinebiografia do médico húngaro que comprovou a importância de lavar as mãos para a saúde, com sessão às 19h do dia 7; Um Por Todos, documentário sobre o tricampeão olímpico de esgrima Áron Szilágyi, que será exibido às 17h do dia 8; e Sangue nas Águas, um romance que se passa durante a Revolução Húngara de 1956 e os jogos olímpicos do mesmo ano, exibido às 19h do dia 8.

Os ingressos para as sessões são gratuitos e devem ser retirados na bilheteria do MIS com até uma hora de antecedência.

Festival de Cinema Italiano

De 7 de novembro a 8 de dezembro, será realizado o Festival de Cinema Italiano. A abertura do evento acontecerá nesta quinta-feira, 7, no Auditório Oscar Niemeyer, no Ibirapuera. Além de contar com 18 novas produções italianas inéditas e 14 clássicos, o evento também promoverá uma retrospectiva de comédias do país, que lembrarão obras de Totò, Roberto Benigni e mais.

Entre os filmes exibidos em sessões presenciais e via streaming, estão Romeu É Julieta, Mia, Um Mundo À Parte, O Penitente e Parece Bastante Paris. Em São Paulo, os longas podem ser conferidos no Petra Belas Artes, Centro Cultural Banco do Brasil, no CINUSP (cinema da USP), na Escola Eugênio Montale e no Circolo Italiano di San Paolo.

A programação do Festival de Cinema Italiano é inteiramente gratuita.

Nicho Novembro 2024

Entre 9 e 16 de novembro, acontece o Nicho Novembro 2024, festival focado em autores e histórias negros. O evento acontece no Centro Cultural de São Paulo e no Instituto Moreira Salles. A programação terá início com uma cerimônia de abertura, que terá ainda a exibição ao ar livre do documentário Ernest Cole: Achados e Perdidos, vencedor do prêmio de Melhor Documentário em Cannes.

O Nicho Novembro também exibirá filmes como A Revolta do Videotape, Bom Dia, Eternidade, Tijolo por Tijolo, Um É Pouco, Dois É Bom, Othelo, O Grande e mais. Além dos filmes, o evento também contará com debates, painéis e palestras sobre cinema com convidados brasileiros e estrangeiros.

A programação completa do Nicho Novembro pode ser conferida no site oficial do evento.

32º Festival MixBrasil

O maior evento cultural LGBTQIA+ da América Latina retorna para mais uma edição em São Paulo. Realizado entre 13 e 24 de novembro, o Festival MixBrasil contará com 93 filmes de 32 países, incluindo Tudo Vai Ficar Bem, premiado no Festival de Berlim, Rainha dos Meus Sonhos e Avenida Beira-Mar, vencedor do Festival do Rio.

Com sessões e instalações no Cinesesc, Centro Cultural São Paulo, Spcine Olido, MIS, Teatro Sérgio Cardoso, Instituto Moreira Salles, Biblioteca Mário de Andrade, Ocupação Artemisia/naUapi, Galeria Vermelho e Galeria Piege, o MixBrasil terá ainda uma homenagem ao cineasta canadense Bruce LaBruce, que ganha uma exibição baseada em seu filme O Intruso.

Por fim, o MixBrasil também contará com exibições imersivas em realidade virtual, incluindo Her Name was Gisberta, história da mulher trans brasileira Gisberta, que imigrou para Portugal e sofreu um dos ataques transfóbicos mais divulgados na história do país, e Urso, Veado, Gato e Outros Bichos, experiência criada na França com inspiração no animismo dos povos indígenas do Grande Norte.

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Pela primeira vez desde 2019, o Brasil registrou queda no desmatamento do Cerrado. Segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), foram desmatados desde agosto de 2023 a julho de 2024, 8.174 km² no bioma, uma queda de 25,7% em relação a 2023, quando o desmate foi de 11.002 km² no período.

Além do Cerrado, o desmatamento na Amazônia caiu 30,6% em relação a 2023, chegando ao menor patamar registrado em nove anos. De agosto de 2023 a julho de 2024 foi desmatada uma área de 6.288 km², ante 9.064 km² no período anterior. A taxa confirma a tendência de queda no desmatamento da Amazônia. No ano passado, foi registrada uma queda de 21,8% em relação a 2022.

O desmatamento do Cerrado era uma pedra no sapato do governo Lula, que desde o primeiro ano de mandato já registrava queda do desmate na Amazônia, mas ainda não tinha obtido resultados positivos no Cerrado.

Na última divulgação do Prodes, o Cerrado vivia um cenário de estabilidade em relação ao desmatamento, com um aumento de 3% na área desmatada em relação a 2022, porcentual dentro da margem de erro. Apesar disso, em 2023, a área desmatada bateu recorde.

O governo assinou ainda, nesta quarta-feira, 6, o Pacto para a Prevenção e Controle do Desmatamento e de Incêndios no Cerrado dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba).

"O dado que acabamos de ver de queda do desmatamento no Cerrado, que para muitos parecia impossível, é fruto desse trabalho integrado e que começa a ganhar força cada vez mais", disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Matopiba corresponde às siglas dos Estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e é considerada por especialistas uma área crítica, onde a combinação de alta aptidão agrícola, expansão de infraestrutura, desafios na fiscalização, pressões econômicas e questões de governança a faz uma região crítica para o desmatamento no Brasil.

Na Amazônia, apesar das quedas, a seca histórica na região e outros fatores têm colocado a floresta em risco. De janeiro a novembro deste ano, foram registrados 123.361 focos de incêndio no bioma, segundo dados do Inpe. O número representa um aumento de cerca de 48% no número de queimadas em comparação com o mesmo período de 2023 (83.356).

Na próxima semana, o Brasil participa da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-29) em Baku, no Azerbaijão. Os dados sobre desmatamento são um trunfo importante do País na intenção de mostrar ao mundo a disposição de atuar no combate às mudanças climáticas. A queda do desmatamento, segundo o governo, rendeu a redução de emissões da ordem de 400,8 milhões de toneladas de gases do efeito estufa.

"O que deixou de ser emitido nesse período é toda a emissão da Argentina. Reduzimos a Argentina inteira. É uma conquista realmente importante", afirmou o vice-presidente, Geraldo Alckmin. "Vamos levar para a COP essas conquistas que não são só do Brasil, ajudam planetariamente e são exemplos, mostram que é possível, sim, descarbonizar e segurar as mudanças climáticas gerando emprego, gerando renda."

Neste ano, o principal tema discutido na conferência é o financiamento climático. A expectativa é de que os países entrem em um acordo sobre o valor a ser pago aos países em desenvolvimento para que possam implementar ações que minimizem o aquecimento global. O governo brasileiro considera fundamental que o tema seja resolvido neste ano para que não se arraste até a COP-30, que será realizada em Belém, no Pará.

Inicialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaria do anúncio dos dados do desmatamento, mas foi substituído pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin. Antes da divulgação dos dados, Alckmin, a ministra Marina Silva, e outros ministros participaram de uma reunião com Lula sobre as metas do País para limitar gases do efeito estufa, a chamada Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).

As NDCs foram estabelecidas pelo Acordo de Paris, em 2015, e serão revistas na COP-30, no ano que vem, em Belém, no Pará. Há uma expectativa de que o governo apresente sua NDC na COP-29, em Baku, no Azerbaijão, que começa na próxima semana. Até o momento, no entanto, o Planalto ainda não bateu o martelo sobre as metas. O Ministério do Meio Ambiente apresentou três modelos de NDC que levam em conta três cenários distintos: um conservador, um meio termo e outro mais ousado.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista (mais tempo para análise) e suspendeu nesta quarta-feira, 6, o julgamento sobre a lei que proíbe a laqueadura e a vasectomia de mulheres e homens menores de 21 anos ou com menos de dois filhos.

Não há data para a retomada da votação. O regimento interno do STF prevê que os ministros têm até 90 dias para devolver o processo a julgamento. Depois disso, cabe à presidência do tribunal pautar novamente o caso.

Até o momento, apenas os ministros Kassio Nunes Marques e Flávio Dino votaram. Os dois são a favor da restrição de idade. No entanto, eles defenderam que o STF deve proibir a esterilização de adolescentes, mesmo que já tenham dois filhos ou mais.

"A lei não surgiu com o propósito de restringir a liberdade de homens e mulheres sobre os seus próprios corpos, mas como resposta a um quadro de clandestinidade e excesso de cirurgias esterilizadoras", defendeu Nunes Marques, relator do processo.

O ministro argumentou ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece métodos contraceptivos alternativos e reversíveis. Também citou estudos sobre os índices de arrependimento de homens e mulheres que se submetem ao procedimentos de vasectomia e laqueadura antes dos 30 anos.

A Lei do Planejamento Familiar foi aprovada em 1996. O texto prevê que a esterilização voluntária só pode ser feita "em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 21 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, inclusive aconselhamento por equipe multidisciplinar, com vistas a desencorajar a esterilização precoce".

Flávio Dino também defendeu que o STF remova da legislação o trecho que impõe aos profissionais de saúde a obrigação de "desencorajar" a esterilização "precoce". "Não é papel do Estado encorajar ou desencorajar alguém a fazer ou deixar de fazer nesse caso", criticou.

O Supremo Tribunal Federal debate a constitucionalidade da lei a partir de uma ação proposta pelo PSB. Os ministros precisam decidir se as restrições impostas pela legislação são legítimas ou se configuram uma interferência indevida do Estado nas liberdades individuais.

A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para as chuvas que caem sobre a capital na tarde desta quarta-feira, 6. Existe risco para alagamento em todas as zonas da cidade, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), órgão da Prefeitura responsável pelo monitoramento das condições meteorológicas.

A subprefeitura do Itaim Paulista, na zona leste, chegou a ficar em estado de alerta para transbordamento. A região registrou o transbordamento dos córregos Itaim, na Av. Marechal Tito, entre 14h24 e 15h11; e do córrego do Lajeado, na Rua Manuel B. de Lima, no mesmo período.

A Defesa Civil emitiu um alerta para ventos fortes e raios nos bairros da Casa Verde, Santana, Jacanã e Tucuruvi, na zona norte.

As precipitações são reflexo de uma mistura de ar quente e úmido, que acabaram ganhando força com a entrada de uma brisa marítima. Segundo o CGE, essa instabilidade deve seguir pela capital ao longo desta quarta, com tendência para atingir outras regiões da cidade nas próximas horas.

Para os próximos dias, o CGE informa que a previsão é de tempo abafado, com sol entre nuvens, e termômetros variando entre 20°C e 26°C.

No entanto, entre a tarde e a noite, a aproximação da frente fria pode levar a ocorrência de chuvas na forma de pancadas de força moderada a forte, com descargas elétricas e rajadas de vento que podem superar os 50Km/h na Grande São Paulo. "Há potencial para formação de alagamentos", afirma o CGE.