Ator da Estônia quebra recorde ao viver 48 papéis em um filme

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Alguns atores de Hollywood são conhecidos por interpretar vários papéis em um mesmo filme, como é o caso de astros como Eddie Murphy, Peter Sellers, Alec Guiness e Jerry Lewis. Murphy, inclusive, já chegou a dar vida a sete personagens diferentes em O Professor Aloprado (1996). Mas o ator Mart Sander, da Estônia, elevou o patamar dessa curiosa arte e entrou para o livro dos recordes ao fazer isso.

Em seu último filme, Dr. Sander's Sleep Cure (2024), Sander assumiu impressionantes 48 papéis diferentes. Esse é o maior número de personagens interpretados por um ator em um único filme. O ator, que possui uma longa experiência em música e teatro, é conhecido no país do Leste Europeu por apresentar e julgar programas de talentos na TV, como as versões locais do Dança dos Famosos e do The Masked Singer.

Sander não apenas atua nos filmes, como também escreve seus roteiros, compõe as trilhas sonoras, produz, edita e dirige suas obras. Em Dr. Sander's Sleep Cure sua ideia era interpretar 16 personagens, pois acreditava que esse número seria suficiente para quebrar o recorde, que ele acreditava pertencer à lenda da atuação britânica Alec Guinness, que interpretou oito personagens no filme de humor ácido As Oito Vítimas (1949).

Porém, em suas pesquisas prévias, ele descobriu o recorde a ser batido era muito maior. O ator indiano Johnson George acumulou 45 créditos de personagem no filme de fantasia Aaranu Njan (2018). Sabendo disso, Sander repensou o roteiro do filme para ampliar o número de personagens.

Dr. Sanders' Sleep Cure se passa em um reino dos sonhos e pesadelos inspirado pelas experiências insones do recordista. O filme não está disponível no Brasil, mas seu trailer pode ser visto aqui.

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A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para as chuvas que caem sobre a capital na tarde desta quarta-feira, 6. Existe risco para alagamento em todas as zonas da cidade, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), órgão da Prefeitura responsável pelo monitoramento das condições meteorológicas.

A subprefeitura do Itaim Paulista, na zona leste, chegou a ficar em estado de alerta para transbordamento. A região registrou o transbordamento dos córregos Itaim, na Av. Marechal Tito, entre 14h24 e 15h11; e do córrego do Lajeado, na Rua Manuel B. de Lima, no mesmo período.

A Defesa Civil emitiu um alerta para ventos fortes e raios nos bairros da Casa Verde, Santana, Jacanã e Tucuruvi, na zona norte.

As precipitações são reflexo de uma mistura de ar quente e úmido, que acabaram ganhando força com a entrada de uma brisa marítima. Segundo o CGE, essa instabilidade deve seguir pela capital ao longo desta quarta, com tendência para atingir outras regiões da cidade nas próximas horas.

Para os próximos dias, o CGE informa que a previsão é de tempo abafado, com sol entre nuvens, e termômetros variando entre 20°C e 26°C.

No entanto, entre a tarde e a noite, a aproximação da frente fria pode levar a ocorrência de chuvas na forma de pancadas de força moderada a forte, com descargas elétricas e rajadas de vento que podem superar os 50Km/h na Grande São Paulo. "Há potencial para formação de alagamentos", afirma o CGE.

Uma criança de 4 anos morreu ao ser atingida por uma bala perdida durante um confronto entre a Polícia Militar e suspeitos, na noite de terça-feira, 5, no Morro São Bento, em Santos, no litoral de São Paulo. O menino Ryan da Silva Andrade Santos brincava na rua quando foi atingido por um tiro na barriga. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu. Segundo a PM, o tiro que atingiu a criança pode ter sido disparado por um policial. O pai de Ryan morreu no início deste ano em uma operação policial.

Dois adolescentes também foram atingidos durante a troca de tiros e um deles morreu. Uma jovem de 24 anos também foi vítima de bala perdida, mas foi ferida apenas de raspão.

O confronto com mortos e feridos deixou tenso o clima na Baixada Santista. A PM anunciou o envio da Tropa de Choque para prender os suspeitos de terem causado o conflito. O policiamento será reforçado também com outros batalhões, a exemplo do que aconteceu em operações recentes, como a Operação Escudo e a Operação Verão.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que os policiais reagiram ao serem atacados por um grupo com cerca de 10 suspeitos. Os agentes faziam patrulhamento em uma área de tráfico de drogas quando foram recebidos a tiros. A Polícia Civil abriu inquérito e determinou perícia nas armas apreendidas no local para esclarecer a origem do tiro que matou a criança.

Em coletiva dada no final da manhã, no comando geral da PM em São Paulo, o coronel Emerson Massera, porta-voz da corporação, disse que provavelmente o projétil que matou a criança partiu da arma de um policial. "O projétil ficou alojado no abdômen do menino que infelizmente faleceu. Será feito o confronto balístico para verificar a origem do disparo. Pela dinâmica, pelo cenário da ocorrência, nós entendemos que provavelmente esse disparo partiu de um policial militar. Teremos a certeza depois do laudo da perícia", disse.

Os sete policiais envolvidos diretamente na ocorrência passarão por acompanhamento e avaliação. As armas deles passarão por perícia.

O confronto

De acordo com a Polícia Civil, a ação policial aconteceu por volta das 22h40, em uma rua do Morro São Bento, próximo do centro da cidade. Policiais de moto patrulhavam o bairro quando viram um grupo de pessoas em atitudes suspeitas que fugiram à chegada das viaturas.

O grupo seguiu para um ponto de tráfico de drogas e os policiais precisaram descer das motos para ter acesso ao local, mas foram recebidos a tiros. Os PMs revidaram e pediram apoio.

O menino Ryan estava brincando na rua quando recebeu o tiro. Familiares e moradores correram para o local e chamaram socorro. A criança foi levada para a Santa Casa de Santos, mas não resistiu.

Na chegada de outra equipe em viaturas, houve novo tiroteio e dois menores, de 15 e 17 anos, foram baleados. De acordo com os policiais, os outros suspeitos conseguiram fugir pela área de mata.

Foram apreendidas três motocicletas, uma delas furtadas, além de armas e um radiocomunicador. Nenhum policial ficou ferido.

A prefeitura de Santos informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Guarda Civil Municipal foram acionadas para atender a ocorrência com a criança, mas o menino já tinha sido levado para a Santa Casa. O Samu fez o atendimento inicial aos dois rapazes baleados.

Os dois foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento da Zona Noroeste, onde foi constatado o óbito do jovem de 17 anos. Ele foi identificado como Gregory Ribeiro Vasconcelos e, segundo a polícia, ele teria vínculo com uma facção criminosa. O outro, de 15 anos, foi levado para a Santa Casa de Santos, passou por cirurgia e não corre risco de morrer. Ele está sob custódia.

O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e morte decorrente de intervenção policial pela Central de Polícia Judiciária de Santos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo lamentou "profundamente o falecimento de uma criança de quatro anos durante um confronto entre criminosos e policiais, na noite de terça-feira (5), no Morro de São Bento, em Santos".

Diz a nota que a Delegacia Seccional de Santos instaurou inquérito para apurar os fatos e determinou a realização de perícia nas armas apreendidas e no local do confronto para esclarecer a origem do disparo que atingiu a criança.

Escalada de tensão

Na coletiva, o comandante da PM na Baixada Santista e Vale do Ribeira, Rogério Nery Machado, disse que "a polícia não vai descansar enquanto não prender os 7 ou 9 criminosos que conseguiram fugir".

"É questão de honra prender esses criminosos, que há indícios de pertencerem a uma organização criminosa", afirmou.

Sobre o risco da operação desencadear uma escalada de violência, na região, como aconteceu em operações anteriores, ele disse que o objetivo da operação é identificar e prender os criminosos. "Não descartamos a possibilidade de uma escalada na tensão, mas estamos trabalhando de maneira técnica e pontual", disse.

O coronel Machado explicou que os agentes que participaram da operação não usavam câmeras corporais, pois os dispositivos ainda não foram destinados ao 6.o Batalhão da PM e Santos, que eles integram. Porém, eles estão sendo tratados como vítimas, porque foram alvos de disparos e atiraram para proteger a própria vida.

Segundo ele, o jovem que foi morto se exibia em redes sociais fazendo disparos de armas de fogo e se apresentava como "surfista 15-3-3", números que remetem às letras PCC, da facção Primeiro Comando da Capital.

Operações anteriores

Durante a coletiva, foi confirmado que o pai do menino Ryan, Leonel Andrade dos Santos, de 36 anos, foi um dos 56 mortos durante a Operação Verão, que aconteceu entre janeiro e abril deste ano, na Baixada Santista. Segundo a PM, ele teria apontado uma arma para os policiais.

No segundo semestre de 2023, a PM desencadeou a Operação Escudo na Baixada Santista, depois que um policial da Rota foi baleado por criminosos, no Guarujá. Ao menos 28 pessoas morreram baleadas durante as ações policiais.

Cerca de R$ 700 milhões serão destinados a um projeto do governo federal para combater o desmatamento e os incêndios florestais e recuperar áreas degradadas em municípios da Amazônia. O projeto foi anunciado em nota na terça-feira, 5, pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e tem o objetivo de implementar ações de regularização ambiental, fundiária e assistência técnica em 70 municípios.

Dos investimentos totais, R$ 600 milhões do Fundo Amazônia serão destinados a beneficiar 30 mil famílias com regularização fundiária e assistência Técnica e R$ 100 milhões pelo Projeto Floresta + Amazônia para recuperação de áreas degradadas e PSA nos municípios que aderiram ao programa.