Sérgio Mendes morreu por insuficiência respiratória, diz site

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O músico Sérgio Mendes, responsável por popularizar a bossa nova no exterior, morreu por insuficiência respiratória em setembro. A informação foi confirmada pelo site norte-americano TMZ, que teve acesso à certidão de óbito do artista, na terça-feira, 12.

À época da morte, a família já havia divulgado que Mendes sofria de complicações de covid longa.

Segundo o site norte-americano, uma das causas da insuficiência respiratória foi uma pneumonia por aspiração, infecção causada pela inalação de alimentos ou líquidos para os pulmões.

Ainda conforme o TMZ, o músico também sofria de uma doença pulmonar crônica.

Mendes morreu no início de setembro, aos 83 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde vivia.

O artista nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, e começou a carreira no início dos anos 1960, estimulado pela bossa nova.

Ele ficou conhecido por lançar sua versão para Mas Que Nada, de Jorge Ben Jor, no disco Herp Albert presents Sergio Mendes & Brasil 66, com uma mistura de bossa, jazz e ritmos latinos.

Ao todo, Mendes foi indicado seis vezes ao Grammy, mas ganhou o prêmio apenas em 1992 pelo álbum Brasileiro.

O músico também chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Canção Original em 2012 pela canção Real in Rio, tema da animação Rio, de Carlos Saldanha.

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O presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), André Corrêa do Lago, divulgou, neste sábado, 08, a nona carta aberta à comunidade internacional, conclamando governos, instituições e atores globais a responder à mudança do clima com ação determinada e propósito compartilhado. O texto destaca o desafio crucial de manter vivo o objetivo de 1,5 ºC, por meio da aceleração da implementação e do reforço da cooperação internacional.

O documento convida todos os atores a transformar as lacunas climáticas globais em alavancas de transformação. Com base em relatórios recentes - incluindo o Global Tipping Points Report, os Relatórios de Lacuna de Emissões e de Adaptação do PNUMA, e a Síntese de NDCs da UNFCCC - a carta reconhece a dimensão dos desafios e as ferramentas disponíveis para enfrentá-los.

"O desafio que se coloca não é apenas identificar o que falta, mas mobilizar o que impulsiona - converter os déficits de ambição, financiamento e tecnologia em forças de aceleração", escreve Corrêa do Lago, ressaltando que a carta reafirma que o Acordo de Paris está funcionando.

O texto também reitera as três prioridades interconectadas que orientam a visão da Presidência brasileira para a COP30: reforçar o multilateralismo e o regime climático sob as tratativas de mudanças climáticas das Organização das Nações Unidas, conectar o regime climático à vida real das pessoas e à economia real e acelerar a implementação do Acordo de Paris.

Na carta, a presidência da COP30 faz um apelo para os países e atores globais acelerarem a implementação das tratativas do Acordo de Paris que vai desde energia limpa à restauração florestal, da mitigação do metano à infraestrutura digital.

Essas soluções estão sendo promovidas na agenda de negociações, na Agenda de Ação, na Cúpula do Clima de Belém e no Mutirão Global. Estruturada em seis eixos temáticos, a Agenda de Ação funcionará como uma plataforma para canalizar a cooperação e a coordenação globais em torno de pontos de inflexão positivos. De finanças a florestas, de energia a empreendedorismo, Belém oferecerá uma plataforma de convergência - onde esforços locais e globais se fortalecem mutuamente.

A Presidência também enfatiza a Amazônia como contexto e catalisador. Com o desmatamento em queda pelo terceiro ano consecutivo no Brasil, e com novos mecanismos financeiros como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), a carta destaca que proteger ecossistemas e pessoas deve caminhar lado a lado.

"Em Belém, a verdade deve encontrar a transformação, e a ciência deve tornar-se solidariedade," escreve Corrêa do Lago. "A COP30 pode ser a COP em que mudamos o rumo da luta climática."

A prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo, sancionou uma lei que aprova a obrigatoriedade em tornar subterrâneo todo o cabeamento elétrico, telefônico, de internet e TV a cabo no município. A nova regulamentação foi assinada pelo prefeito Farid Madi (Podemos-SP) em 31 de outubro e publicada no Diário Oficial da última quinta-feira, 6.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara de vereadores em 7 de outubro e informa que concessionárias, empresas estatais e outros prestadores de serviço precisarão não apenas fazer a instalação subterrânea de novos fios como também fazer o mesmo processo aos já existentes.

O prazo máximo de implementação é de cinco anos e a multa prevista é de 1 mil UFM (o equivalente a R$ 4.630,00 atualmente). Especialistas defendem que a prática, mesmo tendo altos custos, teria benefícios a longo prazo, inclusive no aspecto visual.

Em relação à Capital paulista, em 2024, a Enel, distribuidora que abastece a região metropolitana de São Paulo, afirmou que o tema seria de alta complexidade: "Apesar da maior confiabilidade do fornecimento de energia proporcionada pelas redes subterrâneas, quando ocorrem falhas, o trabalho de recomposição do serviço é mais complexo, pois exige maior cuidado com as condições de segurança". Na ocasião, foi divulgado que teriam 40 mil km dos fios de forma aérea e apenas 2,6 mil km na subterrânea.

Segundo um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) em 2022 referente à fiação elétrica, apesar de ter um investimento maior do que na estrutura aérea, os custos de operação e manutenção acabam sendo menores na subterrânea, que também conta com menos interrupções de energia. A tendência é que a longo prazo isso gere economia para as distribuidoras.

A diarista Eloina da Silva, de 45 anos, estava na cozinha fazendo o jantar para a família quando o teto da casa começou a ruir durante o tornado que deixou rastros de destruição, mortos e feridos nesta sexta-feira, 7, em Rio Bonito do Iguaçu (PR). A mulher contou ao Estadão que foi socorrida desacordada após ser atingida pela estrutura do imóvel.

"Só vi quando a minha casa desabou em cima de mim. É o que eu consigo lembrar", contou a diarista. Um dos dois filhos de Silva também estava dentro da casa no momento do fenômeno sem precedentes na história do Estado, mas ele não ficou ferido.

De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o município localizado a aproximadamente 380 quilômetros de Curitiba registrou ventos acima de 250 km/h.

"Foi dentro de segundos. Uma destruição. Foi muito feio", lembrou. A estrutura desabou, e parte da casa caiu sobre ela. "Eu estava sangrando muito e tiveram que me levar desacordada para o hospital. A estrutura da casa caiu em cima de mim. Acho que foi um pedaço de madeira que caiu na minha cabeça", relatou.

A diarista conta que sofreu ferimentos graves e foi levada para um hospital da região que estava lotado. Segundo o Governo do Paraná, ao menos 750 pessoas que ficaram feridas no tornado foram atendidas até o início da tarde deste sábado, 8.

O atendimento inicial das vítimas está sendo feito em duas unidades hospitalares, uma unidade básica de saúde (UBS) e uma faculdade de Laranjeiras do Sul. Os pacientes que precisam de transferências são encaminhados ao Hospital Universitário de Cascavel e ao Hospital Regional de Guarapuava.

"Na cabeça, estou com um corte. Em um braço, levei sete ou oito pontos. Em uma perna, do joelho para baixo, estou com 15 pontos. Do joelho para cima, tem dez. Na boca, estou com sete pontos", diz Silva, que recebeu alta por volta das 4h da madrugada.

Ao Estadão, a mulher afirmou que está com os filhos na casa da irmã, no Campo do Bugre, distrito de Rio Bonito do Iguaçu. Segundo ela, um de seus vizinhos está entre os seis mortos em decorrência do tornado.

Do total de vítimas, cinco são de Rio Bonito do Iguaçu e uma é de Guarapuava. Em Rio Bonito do Iguaçu morreram três homens e duas mulheres, sendo uma adolescente de 14 anos a mais jovem. A vítima de Guarapuava é um homem de 53 anos.

Quem são as vítimas do tornado no PR

No início da tarde deste sábado, 08, a Polícia Científica do Paraná informou que até o momento cinco vítimas que morreram foram oficialmente identificadas. A adolescente, porém, não teve o nome divulgado.

Veja a lista abaixo:

- Adriane Maria de Moura, 47 anos;

- Jurandir Nogueira Ferreira, 49 anos;

- José Neri Geremias, 53 anos;

- Claudino Paulino Risse, 57 anos;

- José Gieteski, 83 anos.

O governador Ratinho Junior (PSD) decretou luto oficial de três dias em razão das mortes dos moradores das cidades afetadas.

As equipes do Corpo de Bombeiros ainda fazem buscas por uma vítima presa sob escombros de um imóvel. "Essa operação conta com apoio de equipes do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), inclusive com uso de cães. O número de desabrigados e desalojados ainda está sendo levantado", afirmou o governo estadual.