Grammy Latino 2024 será nesta quinta; veja como assistir, shows, indicados e mais

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Nesta quinta-feira, 14, a partir das 21h (horário de Brasília), a Academia Latina de Artes e Ciências da Gravação transmite, direto de Miami, a edição de 2024 do Grammy Latino. A premiação contará com shows dos brasileiros Anitta e Tiago Iorc, além outros nomes como Ángela Aguilar, Álvaro Díaz, Quevedo, Residente, Myke Towers, Trueno e Jon Bon Jovi.

Indicada nas categorias Gravação do Ano e Melhor Performance Urbana em Língua Portuguesa, Anitta deve interpretar a música Mil Veces. Já Iorc, que concorre na categoria Melhor Canção Cantor/Autor, canta Antes que o mundo acabe.

O Brasil terá a maior delegação da história do País na premiação, com 400 integrantes, incluindo 92 artistas, como Xande de Pilares, Alok, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda, Ivan Lins, Hermeto Pascoal, Iza, Jão, Luísa Sonza, Gabriel O Pensador, Gloria Groove, Alcione, Marcelo D2, Thiaguinho, Djavan, Marisa Monte, Milton Nascimento, Ana Castela, Simone Mendes, Luana Prado, Mariana Aydar, João Gomes, Marcelo Janeci, Gabriel Sater, Criolo e Chitãozinho e Xororó.

Além dos brasileiros, nomes como Shakira, Jorge Drexler, Jon Bon Jovi, Karol G, Juan Luis Guerra, Mon Laferte, Kali Uchis & Peso Pluma e Luis Fonsi concorrem nas 58 categorias do Grammy Latino.

No Brasil, a cerimônia vai ser transmitida ao vivo pelos canais TNT e E! Entertainment, além da plataforma de streaming HBO Max.

Confira a lista de indicados nas principais categorias do Grammy Latino

Gravação do Ano

"Mil veces" - Anitta

"Monaco" - Bad Bunny

"Una vida pasada" - Camilo & Carín León

"Catalina" - Cimafunk & Monsieur Perine´

"Derrumbe" - Jorge Drexler

"Con dinero y sin dinero" - Fonseca & Grupo Niche

"Mi ex tenía razón" - Karol G

"Mambo 23" - Juan Luis Guerra 4.40

"Tenochtitla´n" - Mon Laferte

"Igual que un ángel" - Kali Uchis & Peso Pluma

Álbum do Ano

Bolero - Ángela Aguilar

Cuatro - Camilo

Xande canta Caetano - Xande de Pilares

Mañana será bonito (Bichota Season) - Karol G

García - Kany García

Radio güira - Juan Luis Guerra 4.40

Autopoiética - Mon Laferte

Boca chueca, vol. 1 - Carín León

Las letras ya no importan - Residente

Las mujeres ya no lloran - Shakira

Canção do Ano

"A fuego lento" - Dayme´ Arocena & Vicente Garciía

"A la mitad" (Banda Sonora Original de la serie Zorro) - Julio Reyes Copello & Mariana Vega, compositores (Maura Nava)

"Au´n me sigo encontrando" - Gian Marco & Rube´n Blades

"Caracas en el 2000" - Elena Rose, Danny Ocean & Jerry Di)

"Derrumbe" - Jorge Drexler

"(Entre pare´ntesis)" - Shakira e Grupo Frontera

"Mi ex tenía razón" - Karol G

"Según quieén" - Maluma & Carín León

"Te lo agradezco" - Kany Garci´a & Cari´n Leén

"313" - Residente, Silvia Pe´rez Cruz & Penélope Cruz

Melhor Artista Revelação

Agris

Kevin Aguilar

Darumas

Nicolle Horbath

Latin Mafia

Cacá Magalha~es

Os Garotin

Iñigo Quintero

Sofi Saar

Ela Tauber

Melhor Álbum de Música Cristã (Língua Portuguesa)

Ele É Jesus - Ao Vivo - Bruna Karla

Deixa Vir - Vol II (Ao Vivo) - Thalles Roberto

In Concert (Ao Vivo) - Rosa de Saron

Vida (Ao Vivo) - Eli Soares

Temporal - Vocal Livre

Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa

Afrodhit - Iza

Super - Jão

Amaríssima - Melly

Os Garotin De São Gonçalo - Os Garotin

Escândalo Íntimo - Luísa Sonza

Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa

Erasmo Esteves - Erasmo Carlos

No Rastro de Catarina - Cátia de França

Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua - Ana Frango Elétrico

Ontem Eu Tinha Certeza (Hoje Eu Tenho Mais) - Jovem Dionisio

Lagum Ao Vivo - Lagum

Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa

Joga Pra Lua - Anitta Featuring Dennis & Pedro Sampaio

Cachimbo da Paz 2 - Gabriel O Pensador, Lulu Santos, Xamã

Da Braba - Gloria Groove Featuring Ludmilla & Mc Gw

Carta Aberta - Mc Cabelinho

Fé nas Maluca - Mc Carol, Iza

La Noche - Yago Oproprio Featuring Patricio Sid

Melhor Álbum de Samba/Pagode

Alcione 50 Anos (Ao Vivo) - Alcione

Xande Canta Caetano - Xande De Pilares

Iboru - Marcelo D2

Tardezinha Pela Vida Inteira (Ao Vivo) - Thiaguinho

Subúrbio (Ao Vivo) - Tiee

Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira

D Ao Vivo Maceió - Djavan

Se o Meu Peito Fosse o Mundo - Jota.Pê

Portas (Ao Vivo) - Marisa Monte

Outros Cantos - Milton Nascimento, Chitãozinho & Xororó

No Tempo da Intolerância - Elza Soares

Melhor Álbum de Música Sertaneja

Boiadeira Internacional (Ao Vivo) - Ana Castela

Paraíso Particular (Ao Vivo) - Gusttavo Lima

Cintilante (Ao Vivo) - Simone Mendes

Raiz Goiânia (Ao Vivo) - Lauana Prado

Luan City 2.0 (Ao Vivo) - Luan Santana

Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa

Mariana e Mestrinho - Mariana Aydar, Mestrinho

Aguidavi do Jêje - Aguidavi Do Jêje, Luizinho Do Jêje

De Norte a Sul - João Gomes

Night Clube Forró Latino ( Volume I ) - Marcelo Jeneci

Faróis do Sertão - Gabriel Sater

Melhor Canção em Língua Portuguesa

Alinhamento Milenar - Jão

Ata-me - Alaíde Costa

Chico - Luísa Sonza

Esperança Criolo, Dino D'Santiago e Amaro Freitas

Ouro Marrom - Jota.Pê

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje uma espécie de "mapa do caminho" com estratégias para alcançar a independência econômica em relação aos combustíveis fósseis. Repetindo o discurso diplomático tradicional, ele voltou a defender uma transição "justa e planejada" para a superação da dependência do petróleo e derivados.

A fala sugere que qualquer caminho neste sentido será no longo prazo, sendo que no curto prazo o Brasil e outros países continuarão dependentes desses insumos. Esse é o argumento defendido, inclusive, pelos defensores da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Isto é, enquanto houver demanda, a oferta desses itens continuará existindo.

"Espero que a serenidade da floresta inspire em todos nós a clareza de pensamento necessária para ver o que precisa ser feito", declarou Lula em seu discurso de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Lula também comentou sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) - iniciativa financeira que buscará a conservação e restauração de florestas tropicais em diversos países. O presidente ressaltou que o mecanismo angariou em um só dia cerca de US$ 5,5 bilhões

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu há pouco um dos argumentos centrais na defesa do financiamento climático, ao defender o desvio do fluxo de recursos para ações socioambientais, em detrimento de gastos com guerras. Lula participa neste momento da cerimônia de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

"Se os homens que fazem guerra estivessem aqui, eles veriam que é mais barato ajudar o clima do que fazer guerra", declarou. Antes da fala do presidente brasileiro, o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Simon Stiell, usou seu discurso de abertura para traçar as vantagens econômicas para a transição para o desenvolvimento sustentável.

Lula reconheceu que seria mais fácil realizar a COP em uma cidade sem problemas do ponto de vista logístico, mas alegou que a Conferência em Belém estaria sendo proeza. Lula pediu ainda para os delegados e outros participantes aproveitarem a cultura da cidade. "Trazer a COP para o coração da Amazônia foi uma tarefa árdua, mas necessária", declarou.

O governo está refutando os argumentos sobre a possível falta de estrutura da capital paraense para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. "Quando se tem disposição política, compromisso com a verdade, não tem nada impossível para o homem", afirmou Lula.

Os países reunidos a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) precisam antecipar a meta do Acordo de Paris de net zero (saldo zero entre emissões e captações de gases de efeito estufa) "Tem que mudar a meta do Acordo de Paris", afirmou Carlos Nobre, professor da cátedra clima e sustentabilidade e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Estamos muito perto de chegar ao 1,5º grau Celsius de aquecimento global. Se mantivermos a direção de zerar as emissões líquidas só em 2050, vamos passar de 2º graus Celsius", afirmou, acrescentando que alguns estudos mostram o risco de a temperatura média global do planeta aumentar em 2,5º graus Celsius.

Além do derretimento de geleiras, extinção de 18% a 25% da biodiversidade dos oceanos, um aquecimento mais alto vai aumentar o já "risco gigantesco de epidemias, como já vimos na Amazônia em 2024", segundo Nobre. "Se continuarmos a perturbar a natureza desse jeito, vamos ver mais epidemias e pandemias. No ano passado, a região da Amazônia já viu epidemias da febre mayaro e da febre oropouche", afirmou Nobre, único cientista brasileiro a participar da coalizão de universidades e organizações científicas chamada Planetary Science. A coalizão tem um estande na zona azul da COP30 com uma programação de painéis nas duas semanas.

O cientista afirmou também que ele participou de um estudo que mostra que o Brasil tem total condição de zerar as emissões líquidas dez anos antes da meta, em 2040. O estudo foi lançado na Academia Brasileira de Ciências na última quarta-feira e vai ser apresentado no estande da Planetary Science na COP30. "O Brasil tem um plano geral para reduzir desmatamento, tem condições de fazer a transição energética para não usar mais combustível fóssil depois de 2040 e também de migrar para uma agropecuária com menos emissões, que chamamos de regenerativa", afirmou Nobre.

O cientista também destacou a oportunidade que o Brasil em restauração florestal. Ele citou que há iniciativas públicas e privadas nessa área e apontou a importância das empresas nessa frente. "O setor privado tem que acelerar os projetos de restauração florestal", afirmou Nobre. Ele pontuou que há dois problemas nesse setor. Um deles é o desafio gigante de produzir ou coletar as 20 bilhões de mudas e sementes para restaurar 240.000 quilômetros quadrados.

O outro problema é financiamento. Nesse ponto, Nobre elogiou a iniciativa do Fundo Florestas Para Sempre (TFFF), mecanismo financeiro proposto na COP28 em Dubai e lançado oficialmente na cúpula de líderes em Belém, na semana passada. O fundo, que já conta com mais de US$ 5,5 bilhões, irá remunerar os países em desenvolvimento que comprovarem a conservação das suas florestas tropicais úmidas. "O TFFF é ideia muito boa e a primeira vez que vai se pagar por serviço ecossistêmico na história", afirmou Nobre.

O cientista defendeu o aumento do financiamento da adaptação, um tema que perpassa o conceito da justiça climática. "O tema da justiça climática é de total urgência. Temos mais de 2 bilhões de pessoas muito vulneráveis a todos esses eventos extremos que já estão acontecendo. Elas não estão preparadas para esses eventos extremos. Então, é preciso megainvestimento em adaptação, é preciso retirar essas pessoas das áreas de risco. No Brasil, são milhões de pessoas", disse Nobre.

Esperança

Nobre demonstrou grande preocupação com o fato de o número de países que apresentaram as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) ainda estar baixo. No domingo, o número estava em 109.

Ele lembrou que, nas últimas quatro COPs, mais de 190 países submeteram as metas nacionais. "É uma preocupação se o número de países que apresentaram NDC não chegar a 190", disse.

"Temos de ter uma esperança enorme que a COP30 seja tão importante quanto a COP que fechou o Acordo de Paris. Os países aqui presentes precisam entender a gravidade da situação, acelerar as ações e parar com os combustíveis fósseis o mais rapidamente possível", comentou Nobre.

Ele destacou que os preços da energia renovável caíram e, em alguns casos, chegam a ser mais baratos que os fósseis. "A transição energética é totalmente factível", disse.