Klara Castanho sobre consciência política após exposição midiática: 'falar abertamente'

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Klara Castanho, 24 anos, está de volta às novelas com Garota do Momento, trama da faixa das 18h da Globo, em que interpreta a jovem Eugênia. A atriz enfrentou intensa exposição midiática em 2022, quando se viu forçada a revelar em carta aberta que foi vítima de um estupro, engravidou e entregou o bebê para a adoção.

O processo doloroso despertou na atriz maior consciência sobre temas como política e sexualidade feminina. Em entrevista à revista Marie Claire, Klara contou que vive uma nova fase, mais madura.

Neste ano, ela fez uma campanha com o Supremo Tribunal Federal (STF) nas redes sociais, para incentivar jovens a votar.

"Não ter consciência política não está na moda, não faz sentido. A gente tem que conhecer o nosso País e a nossa história. Sou a favor de termos direitos, da possibilidade de se renovar a cada eleição, a cada momento emblemático. Sou a favor da gente estar em lugares que não necessariamente poderíamos estar. Estou a favor de onde estão os direitos", disse à publicação.

Outro tema caro para a atriz é a importância de se falar sobre saúde e sexualidade das mulheres. Ela considera que o Brasil ainda precisa avançar nessa discussão. "Temos um longo caminho para que a gente normalize certas coisas e fale abertamente sobre certos assuntos. Temos que falar cada vez mais. Tive sorte em participar de campanhas e ser porta-voz de discussões sobre saúde, sobre conhecer o seu corpo e conhecer a si mesmo", disse.

Diante de sua personagem em Garota do Momento, uma jovem que esconde cicatrizes resultantes de um acidente, Klara refletiu sobre autoestima. Ela estreou na novela em Viver a Vida (2009), aos nove anos, e passou um período dedicando-se a projetos no streaming e no cinema antes do retorno à TV aberta.

"Hoje, eu e minha autoestima temos uma boa relação. Somos amigas. É claro que existem momentos em que a gente acorda e está contra tudo e todos. Crescer sendo uma pessoa pública me fez ser muito consciente do meu rosto e de tudo que era relacionado a mim. Acho que isso foi assustador e benéfico", contou à Marie Claire.

Relembre o Caso Klara Castanho

Em junho de 2022, Klara Castanho revelou em uma carta aberta que gerou um bebê após um estupro. No relato, a jovem explicou que só descobriu que esperava uma criança no final da gestação, e por isso, optou por dar o bebê à adoção.

"Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la dessa maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recentes. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui estuprada", escreveu a atriz na carta, publicada em seu Instagram.

No dia do parto, Klara disse que uma enfermeira a questionou. "Imagina se tal colunista descobre essa história?". Ao chegar no quarto, ela já havia recebido mensagens do colunista, o qual não citou o nome. "Eu conversei com ele, expliquei tudo o que tinha me acontecido. Ele prometeu não publicar", disse.

A carta foi publicada após rumores surgirem quando a apresentadora Antonia Fontenelle disse em uma live que "uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção". Após a carta, ela questionou por que os internautas estariam "revoltados com ela", por ter mencionado a história. "Se eu soube disso foi através dele [o colunista Leo Dias], agora cobrem dele, e se ele não quer falar, também é um direito dele", disse Antonia.

Leo Dias, então, publicou no portal Metrópoles uma matéria intitulada "Estupro, gravidez indesejada e adoção: a verdade sobre Klara Castanho", que foi retirada do ar após pressão de internautas.

Em setembro de 2022, Klara entrou com uma queixa-crime contra Antonia Fontenelle, Leo Dias e a influenciadora Adriana Kappaz, conhecida como Dri Paz, pelos crimes de difamação, calúnia e injúria. Na ação por danos morais movida contra Antonia, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decretou vitória de Klara em primeira instância, em junho do ano passado.

Já o processo contra Dri Paz corre em segredo de Justiça em São Paulo. Conforme os advogados da atriz, na época, Adriana teria gravado um vídeo na rede social Kwai "imputando" o crime de abandono de incapaz à atriz. A defesa da influenciadora alega que a ação teria corrido de forma "irregular", já que Adriana não teria tomado conhecimento sobre o processo e, por esse motivo, não teria tido direito de defesa.

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Um lote de água mineral da marca Mineratta foi recolhido pela prefeitura de Garça, no interior de São Paulo, após suspeita de intoxicação. Veja abaixo o que se sabe sobre o assunto:

O que ocorreu?

De acordo com o secretário de saúde de Garça, Pedro Scartezini, um morador da cidade procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com sintomas de intoxicação. Ele relatou que começou a passar mal após consumir a água mineral da marca Mineratta.

"Ele foi prontamente atendido, foi medicado e realmente constatou que essa água foi contaminada com algum tipo de produto", disse o secretário em vídeo postado no perfil da prefeitura.

Qual é o lote e a recomendação?

Lote 253.1, com fabricação em 10/09/2025 e validade até 10/09/2026. A prefeitura orienta a população a não consumir essa água até seja confirmado se a contaminação ocorreu em apenas uma garrafa.

O que foi feito?

A Vigilância Sanitária e a Polícia Militar foram acionadas e foi feita a apreensão do lote.

"O paciente recebeu todo o suporte necessário e passa bem. A Secretaria continua acompanhando o caso e tomando todas as medidas para garantir a segurança da população", diz o comunicado da Prefeitura de Garça.

O que diz a empresa?

Em nota, a DBG Distribuidora de Bebidas Garça informou que teve conhecimento, por meio das redes sociais, de uma possível ocorrência de intoxicação relacionada a uma embalagem de água mineral da marca Mineratta, que está acompanhando o caso e reforçou que a empresa cumpre padrões de controle de qualidade.

"Desde o primeiro momento, estamos tomando todas as providências cabíveis, tanto no acompanhamento do caso do consumidor envolvido quanto na verificação do lote mencionado, em conjunto com o fabricante. Reforçamos que a empresa envasadora responsável segue rigorosos padrões de controle de qualidade, cumprindo integralmente as normas e protocolos exigidos pela legislação vigente", diz a empresa.

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil do Estado de São Paulo, realiza na manhã desta quinta-feira, 16, operação contra uma quadrilha de roubos de celulares, alianças e motos nas zonas central e sul da capital paulista e em Brasília (DF).

Os alvos são suspeitos de envolvimento em casos de latrocínio. Ao menos 43 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, além de mandados de prisão. Não há informações sobre detidos até o momento.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), durante o cumprimento dos mandados, um suspeito reagiu à abordagem dos policiais na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Ele foi atingido e morreu no local. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionado para o local.

Ainda de acordo com a polícia, Guilherme Heisenberg da Silva Nogueira, conhecido como Bronx, integrava o esquema de receptação e fornecimento de armas de Suedna Barbosa Carneiro, a "Mainha do crime".

Ainda durante a ação, um policial civil foi atingido no colete por um disparo.

Segundo o Deic, a operação é uma ofensiva contra a estrutura da quadrilha especializada em roubo e receptação de celulares, alianças e motos. Ela é realizada após um ano e meio de investigações e levantamentos, com informações que surgiram a partir de prisões de envolvidos no esquema.

Ao todo, participam mais 170 policiais, com o apoio do Grupo Especial de Reação (GER) e do helicóptero do Serviço Aerotático (SAT).

A Câmara dos Deputados aprovou em votação simbólica nesta quarta-feira, 15, um Projeto de Lei (PL) que endurece as penas a crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. A proposta agora vai para o Senado Federal analisar e dar o último aval para poder ir a sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PP-MT) e de relatoria da deputada Delegada Katarina (PSD-SE), ainda cria punições para quem descumprir medidas protetivas de urgência para esses tipos de crime.

Além do endurecimento das punições, o texto diz que o juiz, caso constate existência de indícios da prática de crime contra a dignidade sexual ou caso a vítima seja criança ou adolescente, pode aplicar medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha imediatamente contra o infrator.

O infrator condenado caso usufrua qualquer benefício que o leve a saída da prisão deverá usar tornozeleira eletrônica.

No total, o projeto aumenta a pena dos seguintes crimes:

- Ato libidinoso com uma criança ou adolescente - a pena de 8 a 15 anos de prisão passaria para 10 a 18 anos, enquanto o agravante lesão corporal de natureza grave passaria de 10 a 20 anos para 12 a 24 anos;

- Induzir uma pessoa menor de 14 anos a satisfazer lascívia de outra pessoa - a pena de 2 a 5 anos aumentaria para 6 a 14 anos de reclusão;

- Praticar ato libidinoso na presença de uma criança ou adolescente de idade ou induzi-la a presenciar o ato - a pena de 2 a 4 anos de prisão aumentaria para 5 a 12 anos;

- Submeter à prostituição pessoa menor de 18 anos de idade ou pessoa que não tem discernimento para entender - a pena de 4 a 10 anos de prisão aumentaria para 7 a 16 anos; e

- Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia - a pena de um a cinco anos de prisão aumentaria para quatro a dez anos de prisão, se o fato não constitui rime mais grave.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), parabenizou os parlamentares após a aprovação. "É uma matéria importante no combate à pedofilia. É uma matéria importante na área da proteção das nossas crianças e na segurança pública", afirmou.

O projeto faz parte do pacote de propostas legislativas pautado por Motta em celebração ao dia das crianças e o dia do professor.