Conheça a 'vovó gamer' de 71 anos que conquistou mais de 800 mil seguidores no TikTok

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Maria de Lourdes já trabalhou na prefeitura de sua cidade, foi empregada doméstica, babá e cuidadora de idosos. Hoje aposentada, ela virou criadora de conteúdo. Na internet, é conhecida como Dona Maria Gameplays, ou simplesmente Vovó Gamer, por fazer vídeos e lives jogando on-line.

Com 890 mil seguidores e 7,6 milhões de curtidas no TikTok, Dona Maria, de 71 anos, foi apresentada ao universo dos games em 2020 pelo filho Lucas, que teve a ideia de gravá-la jogando o popular League of Legends pela primeira vez.

No início, o vídeo foi publicado no YouTube. Ela calcula que tenha feito cerca de 80 vídeos na época. Antes, na mesma plataforma, ela apostava na culinária, ensinando receitas. "Comecei na brincadeira e fui evoluindo, mas ficou difícil. Eu não tinha um equipamento legal para gravar uma boa receita, nem estrutura na cozinha. Acabei largando", conta Dona Maria ao Estadão.

Foi quando passou a se dedicar ao nicho gamer, sobretudo no TikTok, que ganhou maior visibilidade. Hoje, com a ajuda do filho, grava dois ou três vídeos por semana e faz transmissões ao vivo, as famigeradas lives, de segunda a sábado, sempre às 19h.

Em 2023, Dona Maria foi indicada como streamer do ano no TikTok Awards, premiação que busca reconhecer os criadores de conteúdo brasileiros de maior visibilidade na rede social. "Fui convidada para ir a São Paulo e acabei em segundo lugar, mas foi muito, muito legal. Estava competindo contra um famoso, fazer o quê?", brinca.

Ela diz que ganhou um troféuzinho, e também já conquistou a conhecida placa do YouTube que certifica o marco de 100 mil inscritos. "Estão guardados com muito carinho", garante.

Risonha, Dona Maria confessa ser uma pessoa tímida. O que cativa os usuários da rede social é justamente o jeitinho bem-humorado com o qual reage aos joguinhos. "Gosto muito de jogar. Estou super feliz", diz.

"Minha vida foi muito difícil, estudei muito pouco, e hoje eu falo muita coisa errado, mas é meu jeito", conta. Dona Maria nasceu no Paraná, "no meio do mato", como descreve, e vive em Ilha Solteira, cidade de 26 mil habitantes no interior de São Paulo.

Antes de adentrar o universo dos games mais complexos, ela já gostava dos mais simples: seu preferido era paciência on-line, que vem instalado no sistema do Windows.

Agora joga Free Fire, Elden Ring, Valorant, Fortnite, League of Legends e Roblox - seu favorito. É uma plataforma onde se pode criar diferentes games e interagir com outros jogadores, em uma espécie de mundinho virtual. Sua personagem é caracterizada, claro, como uma vovó.

"É muito divertido. Converso com as crianças, ganho presentinho. Sou apaixonada por esse, jogo quase todos os dias", diz Dona Maria, contente com o carinho. Muitos de seus seguidores são jovens, e a chamam de vó, embora as diretrizes do TikTok estabeleçam que a idade mínima para ter uma conta na rede social é 13 anos.

A vovó gamer é apenas uma entre os criadores de conteúdo da terceira idade, que encontraram no TikTok uma oportunidade para desenvolver hobbies ou compartilhar suas vivências. Há senhoras que ensinam receitas, outras mostram dicas de maquiagem para peles maduras, e as mais desinibidas contam fofocas sobre a própria vida.

Assim como muitas delas, Dona Maria também deseja se tornar uma influenciadora. "Tenho muita boa vontade e quero evoluir aos poucos", diz.

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Um chileno de 65 anos foi preso pela Polícia Civil suspeito de praticar furtos em série no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista. A identidade dele não foi divulgada pela polícia, o que impediu o contato da reportagem com a defesa.

A prisão ocorreu no dia 25 de outubro e foi resultado da investigação de um furto a um piloto. A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista (Deatur) identificou o suspeito e o deteve no bairro do Tatuapé, na zona leste. Os crimes eram praticados há ao menos três meses.

De acordo com as investigações, o homem é apontado como autor de pelo menos nove furtos no Aeroporto Internacional de Guarulhos e é investigado por outros três crimes semelhantes ocorridos no Aeroporto de Congonhas. O suspeito foi encaminhado à delegacia e permaneceu à disposição da Justiça.

O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) chega à Conferência das Partes (COP30), em Belém, com uma missão clara: mostrar como a filantropia brasileira vem se consolidando como força essencial na adaptação climática. Durante o evento, a organização lança dados inéditos sobre a atuação do Investimento Social Privado (ISP) na agenda climática e reforça o papel do setor na transição para uma economia mais justa e sustentável. Só em 2022, as organizações associadas ao GIFE mobilizaram recursos da ordem de R$ 5 bilhões direcionados a ações filantrópicas de impacto social.

"Este é um momento histórico que demanda a mobilização de toda a sociedade", afirma o secretário-geral do GIFE, Cassio França. "A filantropia climática avança no Brasil, construindo pontes entre agendas ambientais, sociais e econômicas e reafirmando seu papel estratégico neste processo emergencial de adaptação climática, regeneração ambiental, transição para uma economia justa e redução das desigualdades", completa.

O chamado "Roadmap Baku-Belém" - plano político e técnico que estabeleceu compromissos entre a COP29, no Azerbaijão, e a COP30, no Brasil - prevê a necessidade de US$ 1,3 trilhão em investimentos públicos e privados para apoiar as nações em desenvolvimento na implementação de suas metas climáticas até 2035.

Entretanto, o relatório Funding Trends 2024, da ClimateWorks Foundation, aponta que apenas 2% de todo o investimento filantrópico global é destinado à ação climática - um volume ainda insuficiente diante da crise crescente. No Brasil, contudo, 6% das organizações filantrópicas já investem diretamente na agenda climática, três vezes mais que a média mundial, segundo aponta o GIFE.

"O País dá um bom exemplo de incorporação do clima no universo filantrópico, cujo potencial de crescimento é expressivo", observa França. "Estamos alinhados com o governo brasileiro: clima tem de estar relacionado a todos os demais temas sociais, culturais e econômicos", complementa.

Durante a COP30, o GIFE coordena e participa de uma série de painéis e lançamentos. No dia 15 de novembro, promove o painel "O Papel e o Lugar da Filantropia no Financiamento Climático no Brasil", com lançamento dos dados de clima do novo Censo GIFE 2024-2025. No dia 17 de novembro, participa da ação "Dia da Filantropia: parcerias inovadoras por um futuro sustentável". No dia 18 de novembro, estará no debate "Filantropia em Ação: Acelerando Implementação e Impacto no Clima", promovido pela WINGS, parceira do GIFE. E no dia 19 de novembro, lança os dados do Relatório de Monitoramento do Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas, durante o painel "Filantropia Brasileira na Ação Climática".

Capitaneado pelo GIFE, o Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas é o primeiro documento desse porte em um país do Sul Global. "Além de estimular a ação climática no campo filantrópico, também estamos monitorando os avanços das fundações e dos institutos associados ao GIFE", destaca França.

Ao assinarem o Compromisso, as organizações assumem o desafio de repensar suas práticas - da gestão interna às decisões de investimento, passando pelas estratégias de financiamento, comunicação e incidência.

A mão de obra de detentos está sendo usada no trabalho de reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu, a cidade paranaense destruída por um tornado na última sexta-feira, 7. O fenômeno, com ventos de até 330 km/h, destruiu 90% das construções e deixou um saldo de 6 mortos e 750 feridos. Os encarcerados vão trabalhar na reconstrução das escolas, creches e outras estruturas de ensino atingidas pelo tornado.

Nesta segunda-feira, 10, um grupo de 14 detentos de unidades prisionais de Guarapuava já atuava na remoção de detritos e limpeza das unidades. Outros 16 presos da regional de Cascavel se juntam ao grupo nesta terça-feira, 11. O trabalho de encarcerados faz parte do programa Mãos Amigas e é acompanhado por monitores da Polícia Penal.

Construção emergencial

O governo do Paraná anunciou também a construção emergencial de 320 casas para famílias de baixa renda que tiveram perda total em seus imóveis. Segundo o governo, as moradias serão entregues gratuitamente às famílias.

A construção será feita por empresas que atuam no programa Casa Fácil do governo. As obras terão início assim que as equipes de engenharia concluírem os diagnósticos técnicos dos terrenos.

Segundo o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Jorge Lange, cada casa terá cerca de 45 metros quadrados. "Nós temos um valor de referência por metro quadrado no programa Casa Fácil e vamos definir um preço específico para essas construções. Ainda nesta semana será aberto o chamamento público das empresas interessadas, com prioridade para aquelas que apresentarem o menor prazo de entrega", afirmou Lange.

A expectativa é de que os primeiros lotes de moradias sejam concluídos em 90 dias.

Para as famílias menos vulneráveis, o governo vai liberar até R$ 50 mil para a reconstrução das casas de forma direta, com recursos de até R$ 50 milhões do Fundo Estadual de Calamidade Pública. O recurso poderá ser usado na compra de materiais de construção. As famílias que podem obter o repasse estão sendo cadastradas pela prefeitura. Os critérios para acesso serão definidos por decreto.

Conta de água com valor simbólico

Equipes do governo estadual e de 15 prefeituras da região trabalham na limpeza das ruas e remoção dos destroços para liberar o acesso a todas as regiões da cidade.

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) diz que o sistema de abastecimento foi restabelecido, mas muitos imóveis estão com as redes internas afetadas. Com isso, os caminhões-pipas continuam operando. Copos de água potável são distribuídos aos desabrigados. Nos próximos três meses, a conta de água terá o valor simbólico de R$ 1 para todos os domicílios.

A companhia de energia elétrica Copel mobiliza 200 profissionais e 20 equipes para recuperar os estragos do tornado na rede elétrica. O trabalho inclui a troca de 300 postes danificados e a reconstrução da rede elétrica destruída pelo tornado. Os pontos estratégicos, como hospitais, unidades policiais e de serviços públicos já estão com luz elétrica.