Gkay cancela Farofa de 2024 e diz que quer fazer do evento 'maior festival de música do Brasil'

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Gkay anunciou o cancelamento da Farofa da Gkay em 2024. O evento, que aconteceria nos dias 3, 4 e 5 de dezembro, foi adiado para 2025, sem data definida.

 

Em vídeo publicado nos Stories do Instagram, Gkay explicou que precisa de mais tempo para transformar a Farofa no evento que ela idealiza. "Vocês sabem que eu gosto de fazer as coisas gigantes, de um jeito diferente. Isso envolve muita coisa, muitos detalhes... E a gente precisa ganhar tempo para a Farofa vir daquele jeito que vocês já sabem, como um grande festival. Se Deus quiser, será um dos maiores festivais de música do Brasil", disse a influenciadora.

 

Pela primeira vez, a Farofa da Gkay, que começou como um evento exclusivo para convidados, seria aberta ao público. Os ingressos - a partir de R$ 1,5 mil - estavam esgotados.

 

No perfil oficial da festa, que não publicava nada desde 29 de outubro, o comunicado oficial diz que o evento foi cancelado "por questões de logística e burocráticas".

 

A produção do evento informou que os compradores podem reagendar os ingressos para a nova data ou solicitar o reembolso.

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As divergências entre a juíza e os promotores de Justiça da investigação sobre suposta lavagem de dinheiro do jogo ilegal por meio de casas de apostas, em Pernambuco, ganharam um novo capítulo nesta sexta-feira, 13, depois que a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) optou por arquivar a parte da apuração que atingiu o cantor Gusttavo Lima e a paraibana Vaidebet.

Em uma nova decisão, nesta sexta, a juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, afirmou que os promotores têm sido inertes por não terem apresentado uma denúncia formal contra os investigados e determinou que a PGJ examine o caso e "tome providências necessárias diante da inércia processual observada".

A decisão foi tomada no início desta tarde, no processo que tem entre os alvos o empresário Darwin Henrique da Silva Filho e a casa de apostas dele, a pernambucana Esportes da Sorte. A juíza cobra providências contra o que considera "arquivamento implícito" causado pelo "silêncio" e pela "inércia" dos promotores.

Em virtude da dimensão e da complexidade do caso, atuam nele os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE).

"Este juízo determinou, em diversas ocasiões, precisamente quatro vezes, em uma investigação que se arrasta por mais de um ano e que após a sua deflagração já alcança mais três meses, que fossem tomadas as providências cabíveis para dar andamento à investigação, e consequentemente à persecução penal, especialmente no que tange à formalização de atos processuais necessários à continuidade da ação", escreveu a juíza.

"No entanto, o Gaeco, por sua vez, manteve-se inativo e silencioso, não cumprindo as ordens que foram impostas, uma vez que não ofereceu denúncia, não requereu o arquivamento e não requereu diligências", completou.

Entretanto, ao determinar o arquivamento da investigação contra Gusttavo Lima e Vaidebet por não ter detectado "lastro probatório mínimo para deflagração de ação penal", a PGJ já se manifestou sobre a parte referente à Esportes da Sorte.

Neste caso da bet pernambucana, a Procuradoria destacou "a necessidade de vinda definitiva aos autos de todas as diligências requisitadas, com o relatório resultante das quebras de sigilos bancário e fiscal indispensáveis à formação da opinio delicti [formação de opinião para oferecer denúncia]".

Na segunda-feira, os promotores do Gaeco também afirmaram que aguardam relatórios fiscais e bancários que devem ser enviados pela Polícia Civil, titular da investigação. Só a partir da análise desse material que uma denúncia criminal por crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa poderá ser oferecida ou não.

Na semana passada, os promotores também haviam tomado uma medida contra a juíza do caso. Eles apresentaram ao Tribunal de Justiça de Pernambuco um pedido de correição parcial contra decisão dela e de abertura de procedimento disciplinar. Esse dispositivo é usado nos casos de "abusos" ou "erros". O requerimento, no entanto, foi negado.

O idoso de 76 anos que morreu no naufrágio de um catamarã, nesta sexta-feira, 13, em Maragogi, no litoral de Alagoas, era um empresário do setor de transportes. Silvio Bispo Romão fundou, em 1988, uma empresa de transportes em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ele fazia parte do quadro diretivo do Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg), que representa os transportadores de veículos automotivos. A empresa proprietária do catamarã informou que ainda atende as vítimas e que se manifestará oportunamente.

O empresário tinha ligações também com a Cooperativa de Consumo dos Cegonheiros (Cooperceg), sediada em São Bernardo. Em nota, o Sinaceg lamentou o falecimento e prestou homenagem ao seu diretor, Silvio Bispo Romão, "grande companheiro de profissão e estrada". Silvio foi um dos pioneiros nesse tipo de transporte na região do Grande ABC. Sua empresa foi fundada quando a região concentrava montadoras de veículos.

Silvio havia viajado para o Nordeste acompanhado da esposa, outros familiares e amigos. O grupo estava hospedado em um resort de luxo, em Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco. Silvio, a esposa e uma parte do grupo decidiram ir para Maragogi, que fica a cerca de 80 quilômetros, no Estado vizinho, em busca das famosas piscinas naturais com águas transparentes e muitos peixes que fazem a fama do chamado 'Caribe brasileiro".

O naufrágio aconteceu na região da Praia de Barra Grande, a cerca de 3 km da costa. Quando o catamarã Ocean II, que levava 47 passageiros e três tripulantes, começou a adernar, muitos pularam na água. O barco virou e todos acabaram arremessados para o mar.

A esposa do aposentado foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros com a ajuda de embarcações que estavam na região. O piloto de uma moto aquática tentou ajudar Silvio, mas ele afundou. Os bombeiros, que usaram até um helicóptero no socorro, o recolheram das águas, mas o idoso já estava morto quando chegou à unidade de saúde.

O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e a previsão é de que seja transladado para o sepultamento em São Paulo. Outras nove pessoas, inclusive uma mulher grávida e um bebê de cinco meses, receberam atendimento em unidades de saúde, mas todas já foram liberadas, segundo a secretaria municipal de saúde.

A prefeitura de Maragogi informou que está dando todo suporte possível aos familiares das vítimas. O município abriu uma sindicância para apurar as circunstâncias do naufrágio. A Polícia Civil abriu inquérito e começou a ouvir a tripulação, o dono do barco e testemunhas.

A Marinha do Brasil informou que abrirá um inquérito administrativo para investigar as causas do naufrágio. Conforme a Marinha, a embarcação Ocean II transportava 47 pessoas e três tripulantes. Os náufragos foram resgatados por lanchas que estavam próximas do local.

Uma pesquisa de tese de doutorado da Universidade de São Paulo (USP) identificou componentes da cocaína, cafeína, anti-inflamatórios, analgésicos e anti-hipertensivos, entre outros fármacos e produtos de uso pessoal, na água do mar de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. A descoberta representa risco ao ecossistema marinho da região e uma menor absorção de gás carbônico pelo oceano, podendo piorar, portanto, o efeito estufa.

A doutoranda Luciana Rocha Frazão, do Instituto de Oceanografia da universidade (IO/USP), investigava a presença de fármacos e suas possíveis consequências à biota regional em "áreas de alto valor ecológico" da Enseada do Flamengo e Baía de Ubatuba. Nas amostras coletadas desde a região litorânea até áreas mais afastadas da costa, ela identificou 15 de 22 componentes-alvos.

Esses tipos de poluentes chegam ao oceano principalmente pelo despejo de esgoto no mar - a urina e fezes de humanos que consomem esses medicamentos e produtos transporta os compostos.

"As características físico-químicas deles não permitem uma diluição por completo e os tratamentos de esgoto não eliminam esses compostos, até porque são muitos e não se sabe os efeitos deles", disse Luciana em uma publicação do IO/USP. Segundo o instituto, o fato de haver componentes tanto na costa, quanto mais adentro no oceano, indica "extensa contaminação com baixo nível de diluição por toda a costa marinha".

De acordo com a pesquisadora, as consequências da contaminação afetam tanto a cadeia alimentar oceânica, como também as trocas gasosas entre o oceano e a atmosfera. Pode haver perda ou mudanças no comportamento de espécies, diminuindo a diversidade regional e a pesca. Assim como menor absorção de gás carbônico pelo mar e liberação de oxigênio para a vida terrestre.

Os fitoplâncton, microorganismos marinhos fotossintetizantes, são são responsáveis por cerca de 50% na produção de gás oxigênio para a vida terrestre, conforme o Instituto de Oceanografia da USP. Mas eles são sensíveis ao aumento da temperatura - o que também tem ocorrido por conta do aquecimento global - e à presença de poluentes na água do mar, como os que foram encontrados na pesquisa.

Quanto menos gás carbônico e oxigênio os mares captam e liberam, respectivamente, maiores são as chances de um agravamento do efeito estufa e vice-versa. É por isso que, em sua tese, Luciana ressalta a definição da Organização das Nações Unidas (ONU) de Tripla Crise Planetária, considerando que as três principais crises ambientais da atualidade são a mudança climática, a perda de biodiversidade e a contaminação química.

"De forma semelhante às emissões de dióxido de carbono na atmosfera, cujo acúmulo de longo prazo levou ao efeito estufa e à atual crise climática, os PPCPs (poluição por produtos farmacêuticos e de uso pessoal, na sigla em inglês) também podem se acumular lentamente. Esse acúmulo pode resultar em mudanças significativas que passam despercebidas até que um ponto de inflexão seja atingido, o que pode levar a consequências graves e irreversíveis para os ecossistemas marinhos", diz a pesquisadora da USP.