Sharon Stone diz que EUA são 'ignorantes e arrogantes' após vitória de Trump

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Sharon Stone falou sobre as eleições americanas e a vitória e Donald Trump no Festival de Cinema de Torino, na Itália. A atriz disse que os Estados Unidos são "ignorantes" e "arrogantes" por deixar o ex-presidente retornar à Casa Branca.

A declaração foi dada em entrevista ao USA Today. "Temos que parar e pensar sobre quem escolhemos para o governo e se, de fato, estamos escolhendo nosso governo ou se o governo está escolhendo a si mesmo. Você sabe, a Itália viu o fascismo. A Itália viu essas coisas, pessoal. Vocês entendem o que acontece. Vocês já viram isso antes", disse.

Ela afirmou que acredita que o país está "no meio da adolescência". "A adolescência é muito arrogante. A adolescência acha que sabe tudo. A adolescência é ingênua, ignorante e arrogante. E nós estamos em nossa adolescência ignorante e arrogante."

Em julho, Sharon disse ao The Daily Mail que estava considerado comprar uma casa na Itália para se mudar de país caso Trump fosse eleito.

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A Comissão de Direito Digital do Senado aprovou, por 9 votos a favor e nenhum contra, um projeto de lei que amplia as medidas de segurança para crianças e adolescentes na internet. A proposta, aprovada nesta quarta-feira, 27, segue para a análise da Câmara dos Deputados, salvo se houver recurso para apreciação no plenário principal do Senado.

O texto exige aprovação pelos deputados e sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para se transformar em lei.

Entre as principais medidas, o texto determina que plataformas digitais assumam o chamado dever de cuidado, adotando ações para prevenir danos a menores de idade. Esse princípio permite, ainda, a responsabilização de empresas que negligenciarem essas obrigações.

De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e relatada pelo senador Flávio Arns (PSB-PR), a proposta estabelece que serviços digitais voltados ou acessados por crianças e adolescentes adotem medidas preventivas contra conteúdos prejudiciais, incluindo:

- Exploração e abuso sexual infantil;

- Violência física, bullying virtual e assédio;

- Incentivo a transtornos mentais e automutilação;

- Promoção de jogos de azar, tabaco, álcool e drogas;

- Publicidade enganosa voltada a menores.

Além disso, as empresas deverão realizar avaliações de risco, implementar controles para restringir o acesso de crianças a conteúdos inadequados e criar ferramentas que protejam usuários jovens.

O projeto também obriga as empresas a removerem, sem necessidade de ordem judicial, materiais que violem os direitos de crianças e adolescentes, como vídeos e imagens de abuso sexual infantil. A retirada deve ocorrer assim que as plataformas forem notificadas, com a denúncia feita por usuários através dos canais de reporte disponíveis. Essas notificações devem, em seguida, ser encaminhadas pelas plataformas às autoridades competentes no Brasil e no exterior.

Plataformas que disponibilizam conteúdos pornográficos serão obrigadas a implementar ferramentas confiáveis para verificar a idade e identidade dos usuários, impedindo o acesso por menores. O texto ainda proíbe que redes sociais utilizem dados de menores para criar perfis comportamentais ou direcionar publicidade.

No caso de jogos eletrônicos, a venda de "loot boxes" (caixas de recompensa) será proibida para jogos com classificação indicativa para menores. Essas caixas oferecem itens virtuais aleatórios sem seu conhecimento prévio (como pacotes de figurinhas) ou garantia de utilidade. Além disso, jogos com interação entre usuários deverão fornecer opções para que responsáveis bloqueiem ou restrinjam essas funcionalidades.

Redes sociais também precisarão vincular perfis de menores à conta de um responsável legal, permitindo verificações de identidade e oferecendo ferramentas de controle parental. Essas funcionalidades incluirão bloqueios, restrição de conteúdos e limitação de tempo de uso. Diretrizes específicas para essas ferramentas serão estabelecidas pelo governo federal, após a sanção do projeto.

As medidas, se aprovadas, seriam aplicadas a todos os produtos ou serviços de tecnologia disponíveis no Brasil "direcionado ou de provável acesso" por crianças e adolescentes. As penalidades para seu descumprimento incluem advertência, multas (que podem ser de até 10% do faturamento ou por usuário cadastrado, limitada a R$ 50 milhões por infração), suspensão e proibição de funcionamento do serviço no País. Os valores arrecadados com as multas seriam destinados ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente.

Quatro grupos disputam a concessão da Nova Raposo, que prevê obras como a construção de 43 quilômetros de marginais contínuas na Rodovia Raposo Tavares, entre as cidades de São Paulo e Cotia, na região metropolitana. O leilão ocorre nesta quinta-feira, 28, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. O projeto prevê ainda túneis e viadutos na chegada da rodovia à capital.

As concorrentes - Via Appia, CCR, EPR 2 e Ecorodovias - já administram outros sistemas rodoviários pelo País. Três deles disputaram o leilão do Lote Sorocabana, vencido pela CCR pelo lance de R$ 1,6 bilhão, em outubro. A ata de recebimento das propostas foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo na terça-feira, 26.

Desde que o projeto foi anunciado, entidades ambientais e associações de moradores criticam a proposta devido ao impacto na área urbana e ambiental. O movimento 'Nova Raposo, Não!' promete protestar durante o pregão, em frente ao prédio.

O governo estadual tem afirmado que a concessão vai trazer mais segurança e fluidez no trânsito, além de destacar os canais de envio de sugestões para o plano.

- A Raposo vai ganhar cinco novos pedágios do sistema free flow (sem cabines) entre a capital e Cotia. Hoje, o trecho é duplicado e não tem pedágio. Outros cinco novos pedágios estão previstos em toda a concessão.

O lote, com extensão de 92 km de rodovias, deve receber investimento total de R$ 7,9 bilhões em 30 anos, prazo da concessão. Cerca de 80% do valor serão investidos nos primeiros sete anos do contrato. A vencedora do leilão vai cobrar pedágio nos valores entre R$ 0,64 e R$ 4,84 em toda a malha concedida.

- Nos cinco pórticos da Raposo entre São Paulo e Cotia, os valores variam de R$ 0,64 a R$ 1,54. Três deles vão ficar na capital e dois em Cotia: o primeiro será no km 11,9, depois km 15,1, 19,8, 24,7 e o último no km 29.

- Outros três pórticos serão instalados na Estrada da Roselândia (SP-029), de Itapevi a Cotia, e na Estrada Embu-Cotia, com valores entre R$ 0,75 e R$ 2,44. Antes administradas pelo DER, essas rodovias entraram na concessão. Os pedágios na SP-029 serão nos km 32,5 e 43,7. Na Estrada Embu-Cotia, a posição ainda não está definida.

- Na Castello Branco, onde hoje operam três pedágios entre Araçariguama e São Paulo, passarão a ser cinco - Araçariguama, Itapevi, Carapicuíba, Barueri e Osasco -, com tarifas de R$ 1,59 a R$ 4,84. O pedágio de Itapevi, que já existe e cobra tarifa só no sentido interior, vai cobrar nos dois sentidos.

O governo afirma que, com os novos pórticos na Castello, o valor do pedágio passará a ser proporcionalmente menor e mais justo, pois a cobrança será feita por trecho percorrido.

Nos novos pedágios, segundo o governo, a cobrança só começa depois que as obras estiverem prontas, o que, no caso da Raposo, está previsto para o oitavo ano de contrato.

Ponte até Alto de Pinheiros foi tirada do plano

O projeto original da Nova Raposo foi alterado pelo governo, após pressão de entidades da sociedade civil. Uma ponte-viaduto que ligaria a Raposo ao bairro Alto de Pinheiros foi suprimida. No lugar, será construída uma alça de acesso da Avenida Escola Politécnica para a Marginal Pinheiros.

Também houve ajustes no traçado para reduzir o impacto sobre áreas verdes e desapropriações. As paradas de ônibus, que ficariam no eixo principal da rodovia, serão nas marginais. Uma ciclovia de 25 km foi incluída no projeto.

Além da construção das marginais, a Raposo ganhará uma faixa adicional em cada pista expressa. Na Avenida São Camilo, foram incluídas novas alças de ligação com a Granja Viana.

Na região do Butantã, na zona oeste capital, estão previstas várias intervenções, como a construção de três novas pontes sobre o Rio Pinheiros, próximo à Ponte Eusébio Matoso, e de túnel e valas na ligação da Rua Sapetuba com a Avenida Francisco Morato.

Entidades protestam

Desde que foi anunciado, o projeto enfrenta protestos de ambientalistas e associações de moradores. O 'Nova Raposo Não', que reúne mais de 100 entidades, chegou a pedir o adiamento do leilão para mais discussão do projeto, mas não recorreu à Justiça.

Uma audiência marcada para segunda-feira, 25, com representantes do governo estadual foi cancelada. "É a terceira vez que os responsáveis pelo projeto se furtam a discutir com representantes da comunidade", disse Ernesto Maeda, da coordenação do movimento.

Pesquisa encomendada pelo movimento ouviu 2.166 pessoas em outubro e 63% desconheciam o projeto. Dos 37% que disseram saber das obras, 77% consideravam que os impactos seriam negativos. Apenas 23% dos ouvidos disseram acreditar em melhora no trânsito.

O movimento convidou a população a comparecer no leilão desta quinta, na sede da B3, "para expressar sua posição favorável a mudanças (no projeto), que sejam mais responsáveis no âmbito socioambiental e menos rodoviaristas". O leilão começa às 16 horas.

Os municípios brasileiros avançaram em políticas de gestão e regulamentação de saneamento básico para a população, mas parte expressiva seguia sem cumprir tais pré-requisitos para acesso à contratação, à concessão ou ao recebimento de recursos financeiros para esses serviços. Três em cada dez municípios brasileiros ainda não tinham Política Municipal de Saneamento Básico finalizada nem em elaboração no ano de 2023. A existência de Plano Municipal de Saneamento Básico foi mais frequente, existente ou em elaboração em 83,7% dos municípios brasileiros em 2023, mas ainda distante da universalização.

Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2023 - Suplemento de Saneamento, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O saneamento é uma temática muito importante porque ele afeta diretamente a qualidade da saúde dos habitantes, ele é condição essencial, quando a gente avalia como é que está a sociedade brasileira, no que diz respeito a essas condições. Ele é muito importante para que se possa acompanhar, ao longo do tempo, inclusive para a implementação de políticas e melhoria de políticas relacionadas a essas temáticas", disse a coordenadora de População e Indicadores Sociais do IBGE, Cristiane dos Santos Moutinho.

Em 2023, 3.112 municípios, ou 55,9% do total, contavam com política de saneamento finalizada, número significativamente superior aos 2.126 (38,2%) registrados em 2017. Outras 833 cidades (15,0%) declararam estar em processo de elaboração da política em 2023, ante 1.342 (24,1%) em 2017. Ao todo, 70,8% dos munícipios brasileiros tinham uma política local para saneamento, ante 62,3% em 2017.

"Para o Brasil, na comparação entre o Plano (83,7%) e a Política (70,8%), nota-se que o primeiro é um instrumento mais regular, com maior frequência na gestão do saneamento básico nos Municípios", apontou o IBGE. "No Brasil, 90,2% dos Municípios com população acima de 500.000 habitantes responderam positivamente para a situação conjunta de Política efetivada e em desenvolvimento. É palpável que as cidades mais populosas reúnam esses instrumentos administrativos para a gestão da política de saneamento básico em maior proporção, mas as menos populosas também respondem com participação elevada na distribuição de tais recursos de planejamento. Inclusive por que esses mecanismos desempenham papel de critérios para acesso a fundos públicos dos governos federal e/ou estaduais e de instituições sob controle das entidades públicas", acrescentou.

Em 2023, 3.975 municípios, ou 71,4% do total, tinham Plano Municipal de Saneamento Básico, embora 8,7% deles ainda não estivessem regulamentados. Uma fatia de 12,3% dos municípios tinham seu plano ainda em elaboração.

"Por sua natureza regulatória e normativa, os Planos Municipais de Saneamento Básico são peças necessárias para a política pública de saneamento municipal. Contudo, colocados enquanto critérios obrigatórios para a contratação ou concessão de serviços e também para o recebimento de recursos financeiros da União, passam a ser indispensáveis, incontornáveis. Em que pese a exigência para todos os municípios, aqueles com população inferior a 20.000 habitantes foram autorizados a apresentar planos simplificados", lembrou o IBGE.