Correção: Ananda vai à delegacia após áudio racista de Ana Paula Minerato: 'Precisava digerir'

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A nota publicada anteriormente seguiu com uma incorreção no autor. Segue a nota corrigida e com posicionamento de Ana Paula Minerato:

A cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca, contou ter ido à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) na Lapa, no Rio de Janeiro, após ser alvo de um áudio racista da apresentadora Ana Paula Minerato. O vazamento da gravação ocorreu na última segunda, 25. A artista também prometeu um pronunciamento sobre o ocorrido.

Na terça, 26, Ana Paula fez uma live no Instagram em que pediu desculpas à cantora e alegou ter vivido um relacionamento tóxico com o cantor KT Gomez - ele nega envolvimento no vazamento do áudio. Leia mais abaixo.

"Eu precisava desse tempo para poder digerir o que está acontecendo na minha vida nesse momento e tudo o que eu vou precisar falar", disse Ananda em stories do Instagram. "Para que eu pudesse me pronunciar de forma adequada, não só falando por mim, mas por tudo o que isso envolve, eu precisava de um pouco de tempo."

Na terça, a Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo (SJC) confirmou ao Estadão que vai investigar a apresentadora. Após o episódio, Ana Paula foi desligada de seu programa de rádio da Band e demitida da Gaviões da Fiel, escola de samba onde era musa de carnaval.

Entenda o caso

Um áudio de Ana Paula Minerato para o cantor KT Gomez, em que ela proferia ofensas de cunho racista contra a cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca, vazou nesta segunda. Entre seus comentários estavam: "A empregada, a do cabelo duro. Você gosta de cabelo duro, KT? Eu não sabia que você gosta de mina do cabelo duro".

O cantor tentou interromper Ana Paula, mas foi cortado: "Você gosta de cabelo duro? Você gosta de mina de cabelo duro, de neguinha? Por que aquilo ali é neguinha, né? Alguém ali, um pai ou mãe, veio da África", disse também.

Na noite de segunda, 25, a mãe da apresentadora, Sylvia Regina Minerato, informou o estado de saúde de Ana Paula após o vazamento dos áudios. "A verdade vai aparecer e faremos justiça", escreveu.

Sylvia postou nos stories do Instagram uma foto da apresentadora aferindo a pressão. Lia-se: "Sei que todos estão aguardando um pronunciamento, mas minha filha está sem condições de falar qualquer coisa nesse momento". A postagem, que foi apagada, prometia um pronunciamento da ex-musa na terça: "Internet não é terra sem lei".

O que disse Ana Paula Minerato

Na terça, Ana Paula Minerato fez uma live no Instagram em que, aos prantos, pediu desculpas a Ananda. "Quero muito pedir desculpas para todo mundo, para a Ananda. Desculpa, de verdade, queria deixar registrado meu pedido de perdão", disse.

Ela também alegou ter vivido um relacionamento tóxico com KT Gomez. "Essa pessoa só falava para mim que queria três coisas comigo: que eu indicasse ele para um reality, que a música dele tocasse na Band, que eu postasse ele nas minhas redes sociais. Escutei isso várias vezes. Essa pessoa ia e voltava da minha vida, fazia o maior inferno e pressão psicológica gigantesca. Ele também falava que queria ter um filho comigo. Tentei sair por diversas vezes dessa relação e botei um ponto final na sexta-feira", afirmou.

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Um lote de água mineral da marca Mineratta foi recolhido pela prefeitura de Garça, no interior de São Paulo, após suspeita de intoxicação. Veja abaixo o que se sabe sobre o assunto:

O que ocorreu?

De acordo com o secretário de saúde de Garça, Pedro Scartezini, um morador da cidade procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com sintomas de intoxicação. Ele relatou que começou a passar mal após consumir a água mineral da marca Mineratta.

"Ele foi prontamente atendido, foi medicado e realmente constatou que essa água foi contaminada com algum tipo de produto", disse o secretário em vídeo postado no perfil da prefeitura.

Qual é o lote e a recomendação?

Lote 253.1, com fabricação em 10/09/2025 e validade até 10/09/2026. A prefeitura orienta a população a não consumir essa água até seja confirmado se a contaminação ocorreu em apenas uma garrafa.

O que foi feito?

A Vigilância Sanitária e a Polícia Militar foram acionadas e foi feita a apreensão do lote.

"O paciente recebeu todo o suporte necessário e passa bem. A Secretaria continua acompanhando o caso e tomando todas as medidas para garantir a segurança da população", diz o comunicado da Prefeitura de Garça.

O que diz a empresa?

Em nota, a DBG Distribuidora de Bebidas Garça informou que teve conhecimento, por meio das redes sociais, de uma possível ocorrência de intoxicação relacionada a uma embalagem de água mineral da marca Mineratta, que está acompanhando o caso e reforçou que a empresa cumpre padrões de controle de qualidade.

"Desde o primeiro momento, estamos tomando todas as providências cabíveis, tanto no acompanhamento do caso do consumidor envolvido quanto na verificação do lote mencionado, em conjunto com o fabricante. Reforçamos que a empresa envasadora responsável segue rigorosos padrões de controle de qualidade, cumprindo integralmente as normas e protocolos exigidos pela legislação vigente", diz a empresa.

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil do Estado de São Paulo, realiza na manhã desta quinta-feira, 16, operação contra uma quadrilha de roubos de celulares, alianças e motos nas zonas central e sul da capital paulista e em Brasília (DF).

Os alvos são suspeitos de envolvimento em casos de latrocínio. Ao menos 43 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, além de mandados de prisão. Não há informações sobre detidos até o momento.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), durante o cumprimento dos mandados, um suspeito reagiu à abordagem dos policiais na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Ele foi atingido e morreu no local. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionado para o local.

Ainda de acordo com a polícia, Guilherme Heisenberg da Silva Nogueira, conhecido como Bronx, integrava o esquema de receptação e fornecimento de armas de Suedna Barbosa Carneiro, a "Mainha do crime".

Ainda durante a ação, um policial civil foi atingido no colete por um disparo.

Segundo o Deic, a operação é uma ofensiva contra a estrutura da quadrilha especializada em roubo e receptação de celulares, alianças e motos. Ela é realizada após um ano e meio de investigações e levantamentos, com informações que surgiram a partir de prisões de envolvidos no esquema.

Ao todo, participam mais 170 policiais, com o apoio do Grupo Especial de Reação (GER) e do helicóptero do Serviço Aerotático (SAT).

A Câmara dos Deputados aprovou em votação simbólica nesta quarta-feira, 15, um Projeto de Lei (PL) que endurece as penas a crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. A proposta agora vai para o Senado Federal analisar e dar o último aval para poder ir a sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PP-MT) e de relatoria da deputada Delegada Katarina (PSD-SE), ainda cria punições para quem descumprir medidas protetivas de urgência para esses tipos de crime.

Além do endurecimento das punições, o texto diz que o juiz, caso constate existência de indícios da prática de crime contra a dignidade sexual ou caso a vítima seja criança ou adolescente, pode aplicar medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha imediatamente contra o infrator.

O infrator condenado caso usufrua qualquer benefício que o leve a saída da prisão deverá usar tornozeleira eletrônica.

No total, o projeto aumenta a pena dos seguintes crimes:

- Ato libidinoso com uma criança ou adolescente - a pena de 8 a 15 anos de prisão passaria para 10 a 18 anos, enquanto o agravante lesão corporal de natureza grave passaria de 10 a 20 anos para 12 a 24 anos;

- Induzir uma pessoa menor de 14 anos a satisfazer lascívia de outra pessoa - a pena de 2 a 5 anos aumentaria para 6 a 14 anos de reclusão;

- Praticar ato libidinoso na presença de uma criança ou adolescente de idade ou induzi-la a presenciar o ato - a pena de 2 a 4 anos de prisão aumentaria para 5 a 12 anos;

- Submeter à prostituição pessoa menor de 18 anos de idade ou pessoa que não tem discernimento para entender - a pena de 4 a 10 anos de prisão aumentaria para 7 a 16 anos; e

- Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia - a pena de um a cinco anos de prisão aumentaria para quatro a dez anos de prisão, se o fato não constitui rime mais grave.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), parabenizou os parlamentares após a aprovação. "É uma matéria importante no combate à pedofilia. É uma matéria importante na área da proteção das nossas crianças e na segurança pública", afirmou.

O projeto faz parte do pacote de propostas legislativas pautado por Motta em celebração ao dia das crianças e o dia do professor.