Gotham Awards: 'Anora' liderava indicações ao prêmio, mas foi esnobado; veja os vencedores

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O Gotham Independent Film Awards, voltado para o cinema independente, abriu a temporada de premiações de 2025 com cerimônia realizada na noite de segunda-feira, 2, em Nova York.

Anora, de Sean Baker, que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes em maio, liderava as indicações da 34ª edição, concorrendo em quatro categorias - melhor filme, protagonista, coadjuvante e direção. O filme, no entanto, não levou nenhuma estatueta.

A trama sobre uma jovem profissional do sexo do Brooklyn que foge com o filho de um oligarca russo é uma das fortes apostas para o Oscar, assim como a atriz Mikey Madison, que vive a protagonista.

Vale destacar, porém, que o Gotham Awards não é considerado um dos 'termômetros' mais fortes para o Oscar - caso, por exemplo, do Screen Actors Guild Awards, PGA Awards, Globo de Ouro, BAFTA e Critics' Choice Awards, que acontecem entre janeiro e fevereiro.

Um Homem Diferente foi o grande vencedor da noite, levando a estatueta de melhor filme. Do diretor Aaron Schimberg e produzido pela A24, o suspense psicológico acompanha Edward (Sebastian Stan), um aspirante a ator que se submete a um procedimento médico radical para transformar sua aparência.

O drama Sing Sing levou dois prêmios nas categorias de atuação, enquanto Nickel Boys foi celebrado em melhor direção e melhor ator estreante. Confira a lista completa abaixo, com os indicados e vencedores (em negrito) de cada categoria.

Vencedores do Gotham Independent Film Awards 2024

Melhor Filme

Anora

Babygirl

Rivais

Um Homem Diferente

Nickel Boys

Melhor Protagonista

Pamela Anderson, por The Last Showgirl

Adrien Brody, por O Brutalista

Colman Domingo, por Sing Sing

Marianne Jean-Baptiste, por Hard Truths

Nicole Kidman, por Babygirl

Keith Kupferer, por Ghostlight

Mikey Madison, por Anora

Demi Moore, por A Substância

Saoirse Ronan, por The Outrun

Justice Smith, por I Saw the TV Glow

Melhor Coadjuvante

Yura Borisov, por Anora

Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor

Danielle Deadwyler, por Piano de Família

Brigette Lundy-Paine, por I Saw the TV Glow

Natasha Lyonne, por As Três Filhas

Clarence Maclin, por Sing Sing

Katy O'Brian, por Love Lies Bleeding: O Amor Sangra

Guy Pearce, por O Brutalista

Adam Pearson, por Um Homem Diferente

Brian Tyree Henry, por O Fogo Interior

Melhor Diretor

Payal Kapadia, por Tudo Que Imaginamos Como Luz

Sean Baker, por Anora

Guan Hu, por Gouzhen

Jane Schoenbrun, por I Saw the TV Glow

RaMell Ross, por Nickel Boys

Melhor Filme Internacional

Tudo Que Imaginamos Como Luz

Zona de Exclusão

Hard Truths

Inside the Yellow Cocoon Shell

Vermiglio

Melhor Documentário

Dahomey

Intercepted

No Other Land

Soundtrack to a Coup d'Etat

Sugarcane

Union

Melhor Roteiro

Between the Temples

O Mal Não Existe

Femme

As Três Filhas

Janet Planet

Melhor Diretor Estreante

Shuchi Talati, por Girls Will Be Girls

India Donaldson, por Good One

Alessandra Lacorazza, por In the Summers

Vera Drew, por The People's Joker

Mahdi Fleifel, por To a Land Unknown

Melhor Ator ou Atriz Revelação

Lily Collias, por Good One

Ryan Destiny, por O Fogo Interior

Maisy Stella, por My Old Ass

Izaac Wang, por Dìdi Y

Brandon Wilson, por Nickel Boys

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ao Financial Times que a nova legislação ambiental aprovada pelo Congresso representa "o maior retrocesso potencial" na proteção ambiental do Brasil em quatro décadas. "O mundo hoje não precisa de menos proteção ambiental, precisa de mais proteção", disse em entrevista.

O projeto, impulsionado pela bancada ruralista e aprovado às pressas antes do recesso parlamentar, permite a aprovação acelerada de projetos estratégicos e a autodeclaração de impacto ambiental por proponentes, inclusive em empreendimentos agropecuários. "O Brasil já mostrou que é possível desenvolver e proteger ao mesmo tempo", afirmou Marina ao FT.

Com a COP30 marcada para novembro, em Belém, a ministra expressou preocupação com os efeitos da nova lei na imagem internacional do país. "Certamente nos preocupa" o conflito entre a legislação e os compromissos ambientais assumidos no acordo Mercosul-UE, disse, citando também que "essa lei realmente não ajuda", como reconheceu um diplomata europeu.

Em vez de recomendar o veto presidencial integral, Marina disse ao FT que o governo tentará modificar o texto até 8 de agosto e negociar um novo projeto com o Congresso. "Acredito sempre no poder do diálogo", afirmou. "A sociedade está muito mobilizada para que as mudanças que o governo federal fará no projeto sejam aceitas pelo Congresso."

Ela alertou ainda que é "ilusão" pensar que projetos como a exploração de petróleo na foz do Amazonas ou a pavimentação da BR-319 poderão avançar sem licenciamento rigoroso. "Não tem base legal e seria questionado judicialmente", afirmou.

Marina também destacou os efeitos já visíveis das mudanças climáticas na floresta. "Pela primeira vez, o desmatamento por fogo foi maior do que por corte raso." Ainda assim, disse confiar no compromisso de Lula com metas climáticas mais ambiciosas. "O presidente Lula colocou muitas 'linhas verdes', o que me dá conforto para continuar."

Com ataques vindos do Congresso, a ministra afirmou ao FT que segue apostando no convencimento. "Para um democrata, mesmo em situações hostis, é preciso persistir", disse. "Proteger o meio ambiente não é ser contra o desenvolvimento, é ser a favor de um desenvolvimento que dure."

Um homem de 59 anos foi preso em flagrante neste domingo, 3, suspeito de matar a companheira no apartamento em que vivia com ela, em Barueri, na Grande São Paulo. Ele acionou o serviço de resgate alegando que a mulher, a empresária Bruna Martello Carvalho, de 35 anos, estava tendo convulsões.

Agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) encontraram sinais de violência no local. Levado à Delegacia da Mulher (DDM), ele foi autuado por feminicídio. Até a publicação deste texto, a reportagem não havia conseguido contato com a defesa do suspeito. À polícia, ele negou o crime.

De acordo com Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), os guardas municipais foram acionados para atender a ocorrência e, chegando ao local, encontraram a vítima sem vida, com sinais de agressão. O companheiro dela estava no imóvel e foi conduzido à DDM de Barueri. Foi constatado um mandado de prisão contra ele emitido pela justiça de Blumenau (SC) por descumprimento à medida protetiva em um caso anterior de violência doméstica.

Fábio Seoane Soalheiro foi indiciado por feminicídio e, em audiência de custódia realizada no domingo, 3, foi mantido preso.

De acordo com o registro policial, os guardas municipais constataram que Bruna tinha ferimentos na cabeça, nos braços e na perna. O homem também apresentava ferimentos nas mãos, nas costas e nas pernas. O apartamento estava revirado, tinha mechas de cabelo pelo chão e sinais de sangue, denotando episódio de violência.

Segundo a GCM, Soalheiro negou agressão à vítima e disse que os ferimentos eram decorrentes da convulsão que ela sofreu, mas os guardas consideraram que os sinais eram incompatíveis com um quadro convulsivo. A Polícia Civil enviou perícia ao local.

O corpo de Bruna foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e a polícia aguarda o laudo da necropsia.

Bruna morava no apartamento com o companheiro e uma filha de cinco anos, que não estava no local no momento da morte da mãe. O relacionamento do casal começou há pouco mais de um ano.

O corpo da mulher foi sepultado nesta segunda-feira, 4, no cemitério Parque das Garças, em Santana de Parnaíba, cidade vizinha a Barueri. A empresária era de Concórdia (SC), onde ainda tinha familiares.

Um marsupial "fluorescente" da espécie Dasyurus viverrinus, conhecida como quoll oriental, foi flagrado "brilhando" no ano passado em uma floresta na Tasmânia, na Oceania. Agora, o registro rendeu um prêmio internacional ao fotógrafo australiano de paisagens naturais Ben Alldridge, responsável pela captura.

Trata-se de uma imagem rara - possivelmente a primeira fotografia de um marsupial exibindo biofluorescência em habitat natural. O prêmio Beaker Street de 2025 de Fotografia Científica reconheceu a importância da imagem, e por isso foi entregue a Alldridge neste mês de julho.

A espécie está ameaçada de extinção e, para fazer o registro, foi necessário utilizar uma tecnologia de iluminação ultravioleta invisível. Dessa forma, as manchinhas características do animal, parecidas com pintas, ganharam novos tons.

"'Qualquer cor que você quiser...' Mais de doze meses de trabalho resultaram em duas visões muito diferentes: a mesma espécie, o mesmo local, as mesmas ferramentas, mas totalmente diferentes", publicou o fotógrafo em sua página no Instagram.

"O quoll oriental da Tasmânia (Dasyurus viverrinus) é amplamente reconhecido por ter duas cores... mas apague as luzes e isso vai por água abaixo", disse o australiano.

De acordo com o fotógrafo, a espécie está próxima da extinção por conta da perda de seu habitat natural. Mudanças climáticas, acidentes em estradas e novas espécies introduzidas no local em que vivem estão "levando-os à beira do abismo", alertou ele no Dia das Espécies Ameaçadas da Austrália.