Wagner Moura se emociona com homenagens na CCXP24

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Ao longo de suas 11 edições, a CCXP homenageou diversos nomes que mudaram a cultura pop brasileira. Xuxa, Laerte, Cao Hamburger e Fernanda Montenegro são apenas algumas das personalidades celebradas em edições passadas. Em 2024, foi a vez de Wagner Moura ser homenageado pelo maior evento de cultura pop da América Latina. Nesta sexta-feira, 6, o ator e cineasta teve sua carreira relembrada no Palco Thunder, principal palco da feira, que ficou lotado de fãs do intérprete de Olavo, Pablo Escobar, Capitão Nascimento e tantos outros personagens marcantes - nacionais e internacionais.

O ator admite que, antes de vir à CCXP24, nunca tinha comparecido ao evento. O resultado o surpreendeu. "Isso aqui é um negócio gigantesco", disse ele em entrevista coletiva antes do painel que o homenageou. "Um evento desse achar que vale a pena me homenagear, eu fiquei super, super feliz. Não tem muito o que dizer, na hora que eles me convidaram, aceitei na hora."

Em uma retrospectiva de sua carreira, Moura relembrou uma frase de Adriana Falcão, autora da peça Máquina, estrelada pelo ator nos anos 1990. "Ela diz uma frase que eu gosto muito, que é 'sucesso é quando a mesma coisa que você sempre fez, só que todo mundo começa a prestar atenção'."

"Eu sempre tive muita coerência do tipo de artista que eu quero ser. Então tem coisas que eu nunca quis fazer. Porque quando você começa a ficar famoso, tem uma série de coisas, da indústria, da celebridade, não sei o quê, que eu nunca gostei", afirmou. "Pra falar a verdade, primeiro eu faço as coisas pra mim mesmo. Alguma coisa que me faça aprender alguma coisa sobre mim mesmo, que faça que eu entenda algo que eu não sei."

Com três décadas de TV, teatro e cinema na bagagem, Moura vê com bons olhos a troca de experiências com atores mais jovens e de vivências distintas. "Quando eu fiz Marighella, eu tive uma troca tão grande com atores jovens que viraram meus grandes amigos. Humberto Carrão, Bella Camero, são pessoas que eu adoro, tô observado".

Engajado, Moura diz que sempre viu a arte como um movimento político. "Sempre gostei muito de cinema político. O cinema que mais me influenciou na vida é o neorealismo italiano, aqueles filmes italianos do pós-Guerra, que são referência para o Cinema Novo (1960-1972), até para filme brasileiro mais recente, como Cidade de Deus. É uma estética que eu gosto."

"Eu sou um homem que gosta de política, me interesso por política, me interesso por justiça social, por coisas que, a mim, me tocam. Então, me parece natural [fazer produções políticas]. Como eu disse no começo [da coletiva]: eu faço as coisas para mim."

Isso não quer dizer que ele não tenha desejo de fazer obras de gêneros que se afastem da política. "Não quero ficar preso. Eu quero fazer um lobisomem", exclamou ele.

"Eu nunca fiz um filme de lobisomem", comentou. "Eu nunca fiz um filme assim de terror, assim, sabe? De suspense. (...) Lobisomem, além de ter o negócio de gênero [cinematográfico], tem a coisa do personagem em si, que é você entender o que é uma pessoa ser amaldiçoada a ponto de virar uma besta selvagem e de repente devorar as pessoas que ela ama."

Painel com depoimentos e retrospectiva

Fechando a noite no Palco Thunder, Wagner Moura foi homenageado num auditório lotado, momento que mexeu com o ator. Emocionado, ele acompanhou uma retrospectiva que incluía até mesmo uma entrevista que ele deu ainda criança a uma reportagem local em Rodelas, cidade do interior da Bahia.

Ao longo do painel, o ator recebeu homenagens por vídeos de amigos e colegas próximos, como Vladmir Brichta, Lázaro Ramos, Seu Jorge e Bruno Garcia, além de receber um abraço surpresa no palco de Alice Braga.

Seguindo as homenagens da noite, Kleber Mendonça Filho também apareceu em vídeo. Além de elogiar o ator, o cineasta revelou a primeira prévia de seu próximo filme, O Agente Secreto, estrelado por Moura e Gabriel Leone.

Por fim, o elenco do Vitória, clube do coração de Moura, também mandou um recado por vídeo e uma camisa autografada e personalizada para o ator, que encerrou sua participação no Palco Thunder sambando ao som de Alcione.

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi vaiado nesta quarta-feira, 15, por professores em um evento no Rio com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para marcar a abertura dos pedidos de emissão da Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB), no bojo do programa Mais Professores, do Ministério da Educação. "Só para garantir mais uma vez: os professores do município do Rio que mais uma vez terão o reajuste anual, que eu dou todo ano, e o acordo entre os trabalhadores", afirmou o prefeito carioca em meio às vaias.

Paes disse ainda que o ministro Camilo Santana (Educação) tem sido "um parceiro" e colaborado com as iniciativas da prefeitura do Rio. O ministro, por sua vez, agradeceu ao presidente da Câmara, Hugo Motta, também presente, porque os projetos relativos à educação têm sido aprovados na Casa.

"Eu queria aqui dizer, presidente Hugo Motta, presidente Lula, semana passada, depois de 16 anos, aprovamos o Sistema Nacional de Educação, que é o SUS da educação brasileira, que vai definir mais claro o papel de cada ente federado na educação brasileira", afirmou Santana, após citar outras iniciativas do governo no setor.

O ministro também afirmou que o Plano Nacional de Educação será aprovado. "Nós vamos aprovar o nosso Plano Nacional de Educação, dentro do eixo da valorização do magistério deste país, para o professor ter que ser bem remunerado."

Santana indagou ao público quem já havia recebido a CNDB, obtendo como resposta uma ampla negativa do público.

De acordo com a comunicação do Planalto, a celebração desta quarta marcou a abertura do sistema de solicitação da carteira. "Nós estamos entregando aqui 1.500 carteiras para os professores no Rio de Janeiro, com o início da entrega de 2,7 milhões de carteiras que poderão ser emitidas no Brasil."

Santana também anunciou a entrega de vouchers de R$ 3.000 para 100 mil professores para a compra de notebooks e tablets. Também informou sobre parcerias com as empresas Ifood e Decolar que darão descontos aos professores. Segundo ele, também haverá parcerias com a Amazon e a Samsung para compra de equipamentos. Citou ainda parceria com a Caixa e com uma rede de farmácias, sem citar o nome.

Ainda no evento, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, anunciou que os professores terão acesso a cartões de crédito com anuidade gratuita, empréstimos pessoais com condições especiais, descontos em consignado e antecipações com taxa de 1,4% ao mês com a CNDB.

O evento foi realizado no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, estádio olímpico transformado em escola pública. A expectativa era de que cerca de 3 mil professores das redes de ensino municipais, estaduais e federal participassem do evento.

Francisco Mairlon Barros Aguiar deixou o presídio da Papuda na madrugada desta quarta-feira, 15, após ficar 15 anos preso. Em 2013, ele foi condenado pelo Tribunal do Júri a 55 anos de prisão por participação no crime que ficou conhecido como 113 da Sul. A pena foi reduzida para 47 anos na segunda instância. A soltura ocorreu por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STF), que na terça-feira, 14, anulou a condenação por conta de irregularidades no processo.

Em 2009, o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a mulher dele, Maria Carvalho Villela, e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva, foram mortos a facadas no apartamento em que moravam, localizado na Superquadra 113 Sul. As vítimas foram encontradas mortas com 78 facadas, os corpos já estavam em estado de decomposição.

Em agosto de 2016, a delegada responsável pelas primeiras investigações, Martha Geny Vargas Borraz, foi condenada a mais de 16 anos de prisão por falsidade ideológica, fraude processual, violação de sigilo funcional e tortura. Ela foi acusada de, durante o inquérito, plantar provas para responsabilizar inocentes pelos assassinatos - no caso, Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal morava; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar.

Na mesma época, o agente da Polícia Civil José Augusto Alves, que também participou das investigações, foi condenado a três anos, um mês e dez dias de reclusão pela prática do crime de tortura.

Quem cometeu os crimes?

Em setembro deste ano, o STJ anulou a condenação da arquiteta Adriana Villela a 61 anos de prisão. Adriana é filha do casal Villela e foi acusada de ser a mandante do crime. Segundo o processo, os executores foram um ex-porteiro do prédio, seu sobrinho e outro comparsa. A motivação seria dinheiro.

Adriana Villela teve a condenação anulada, assim como Francisco Mairlon. No caso da filha do casal morto, o STJ entendeu que houve cerceamento da defesa e determinou que o processo fosse retomado na fase de recolhimento de provas. A filha continua como ré no caso, diferentemente de Mairlon que teve a ação trancada.

Já os outros dois envolvidos no crime, condenados como os executores do casal, Leonardo Campos e Paulo Cardoso, continuam presos e condenados. Leonardo foi condenado a 60 anos de prisão, em regime inicial fechado e Paulo Cardoso condenado à pena de 62 anos e 1 mês de reclusão, em regime inicial fechado, mais 20 dias-multa.(Com informações da Agência Brasil)

Os professores dos sistemas público e privado terão acesso cartões de crédito com anuidade gratuita, empréstimos pessoais com condições especiais, descontos em consignado e antecipações com taxa de 1,4% ao mês com a Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB), anunciou nesta quarta-feira, 15, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, em evento para marcar a abertura dos pedidos de emissão da CNDB.

O evento, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi realizado no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, estádio olímpico transformado em escola pública.

A expectativa era de que cerca de 3 mil professores das redes de ensino municipais, estaduais e federal participassem.

Na mesma ocasião, foi anunciada a assinatura de parceria entre o Ministério da Educação e o iFood para oferecer desconto aos professores.

A iniciativa e a CNDB são parte do programa Mais Professores, de valorização e qualificação da categoria.

No mesmo evento, o presidente da Câmara, Hugo Motta, destacou a aprovação do Sistema Nacional de Educação no Senado. Mas, enquanto saudava os presentes, foi vaiado pelos professores presentes. Às vaias se seguiram gritos de "sem anistia".