Críticos do NYT elegem as melhores músicas de 2024; veja listas

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Beyoncé, Taylor Swift, Sabrina Carpenter, Billie Eilish, Kendrick Lamar. O ano de 2024 foi o escolhido para grandes lançamentos de grandes artistas. Novos álbuns e novos singles começaram a disputar os rankings das músicas mais ouvidas, que mudavam completamente a cada novo disco lançado.

Mas, afinal, quais foram as melhores músicas lançadas em 2024? A tarefa de selecioná-las é difícil, mas o The New York Times pediu para que três críticos musicais montassem listas com as melhores faixas do ano. O resultado é uma seleção das 61 canções (com algumas que se repetem) para resumir o que foi o ano.

Os críticos responsáveis pelos rankings foram Jon Pareles, crítico musical no jornal desde 1988, Jon Caramanica e Lindsay Zoladz. Veja, abaixo, a lista de cada um deles.

Abraçando o Inesperado - Lindsay Zoladz

"Julgando por esta lista de músicas que chamaram minha atenção em 2024, eu mais apreciei os momentos em que os músicos pop expandiram os limites de sua forma e ficaram um pouco estranhos - e os momentos em que músicos mais extravagantes não tiveram medo de adotar um pouco do pop. Para variar este ano, eu não repeti nenhum material que apareceu na minha lista de álbuns. Em geral, esta lista representa a música que eu achei que funcionou melhor como singles - e muito frequentemente, singles que eu tinha no repeat."

1. Sabrina Carpenter, 'Espresso', 'Please Please Please' e 'Taste'

2. Charli XCX e Lorde, 'Girl, So Confusing Featuring Lorde'

3. Jade, 'Angel of My Dreams'

4. Billie Eilish, 'Birds of a Feather'

5. Father John Misty, 'Mahashmashana'

6. Tommy Richman, 'Million Dollar Baby'

7. Chappell Roan, 'Good Luck, Babe!'

8. Arooj Aftab, 'Raat Ki Rani'

9. GloRilla, 'TGIF'

10. Tinashe, 'Nasty'

11. Magdalena Bay, 'She Looked Like Me!'

12. Clairo, 'Juna'

13. St. Vincent, 'Broken Man'

14. Jessica Pratt, 'Life Is'

15. Hello Mary, '0%'

16. Haley Heynderickx, 'Gemini'

17. Caroline Polachek, 'Starburned and Unkissed'

18. Cassandra Jenkins, 'Delphinium Blue'

19. Brittany Howard, 'What Now'

20. Horsegirl, '2468'

21. Wishy, 'Love on the Outside'

22. Maggie Rogers, 'Don't Forget Me'

23. A.G. Cook, 'Britpop'

Indo Direto ao Coração da Questão - Jon Caramanica

"Em qualquer esquina - na verdade, em todas as esquinas - existe grandeza. Pode ser apenas um minuto ou dois de uma combinação inesperada de sons; pode ser um artista aprimorando um estilo finamente lapidado uma música de cada vez; pode ser um oceano oculto de som que está borbulhando logo fora do alcance auditivo. Algumas das melhores músicas deste ano foram as mais altas do ambiente, sim, mas muitas outras chegaram por caminhos bem mais estranhos. Quer antecipem ou não uma mudança estilística mais ampla, elas empurraram os limites da grandeza um pouco mais, o suficiente para deixar uma impressão. (Para distribuir a riqueza, estou incluindo apenas músicas que não estão em álbuns que entraram na minha lista dos melhores do ano.)"

1. Cash Cobain, Bay Swag e Ice Spice, 'Fisherrr' (remix); Cash Cobain, 'Dunk Contest'; Cash Cobain e Laila!, 'Problem' (remix); Cash Cobain e J. Cole, 'Grippy'; A Boogie Wit da Hoodie e Cash Cobain, 'Body'; Don Toliver, Charlie Wilson e Cash Cobain, 'Attitude'

2. Kendrick Lamar, 'Not Like Us'; Drake, 'Family Matters'; Kendrick Lamar, 'Meet the Grahams'; Drake, 'The Heart Part 6'

3. NewJeans, 'Supernatural'

4. Addison Rae, 'Diet Pepsi'

5. GloRilla, 'TGIF'; GloRilla, Megan Thee Stallion e Cardi B, 'Wanna Be' (remix); GloRilla e Sexyy Red, 'Whatchu Kno About Me'; GloRilla, 'Yeah Glo!'

6. Tommy Richman, 'Million Dollar Baby'

7. Chappell Roan, 'Good Luck, Babe!'

8. Playboi Carti e Travis Scott, 'Backr00ms'; Camila Cabello e Playboi Carti, 'I Luv It'

9. Ian, 'Figure It Out'

10. 2hollis, 'Jeans'

11. Shaboozey, 'A Bar Song (Tipsy)'

12. Evilgiane, xaviersobased e Nettspend, '40'

13. NLE Choppa, 'Slut Me Out 2'

Um Pouco de Conflito, Muito Ritmo - Jon Pareles

"Aqui está uma porção de faixas valiosas do oceano de músicas lançadas este ano. O topo da minha lista são as músicas de grandes declarações, aquelas que tiveram repercussões além de como soam. Abaixo delas, não é uma classificação, mas sim uma playlist, um cruzeiro mais ou menos guiado pelo que 2024 soou para um ouvinte ávido. Não incluí nenhuma música da minha lista de melhores álbuns, que valem a pena ouvir do começo ao fim. Mas, no multiverso da música por streaming, há muitas outras possibilidades."

1. Kendrick Lamar, 'Not Like Us'

2. Beyoncé, 'Texas Hold 'Em'

3. Sabrina Carpenter, 'Please Please Please'

4. Shaboozey, 'Good News'

5. Mavis Staples, 'Worthy'

6. Mdou Moctar, 'Funeral for Justice'

7. The Smile, 'Eyes & Mouth'

8. Leon Bridges, 'Peaceful Place'

9. Flo, 'Caught Up'

10. Tyla, 'Safer'

11. Kacey Musgraves, 'Deeper Well'

12. Laura Marling, 'Patterns'

13. FKA twigs, 'Eusexua'

14. Norah Jones, 'Staring at the Wall'

15. Joy Oladokun, 'Drugs'

16. Usher e Pheelz, 'Ruin'

17. Nia Archives, 'Unfinished Business'

18. St. Vincent, 'Flea'

19. Jade Bird e Mura Masa, 'Burn the Hard Drive'

20. Phosphorescent, 'Revelator'

21. Mustafa, 'Old Life'

22. Saya Gray, 'AA Bouquet for Your 180 Face'

23. Kamasi Washington, 'Prologue'

24. A.G. Cook, 'Silver Thread Golden Needle'

25. Djrum, 'Codex'

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A cidade de São Paulo não deve ter fortes chuvas na noite deste sábado, 8, segundo boletim divulgado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura. As chances de rajadas de vento, porém, se mantêm.

No Paraná, ao menos seis pessoas morreram e 750 ficaram feridas após a passagem de um tornado na tarde de sexta-feira, 7, na região centro-oeste do Estado.

A previsão era de que a chuva seguisse em direção a São Paulo, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Até houve registros de fortes chuvas na capital durante a madrugada deste sábado, mas a situação não se prolongou. No fim da tarde, os termômetros marcavam 25°C, com umidade relativa em torno dos 73%, segundo o CGE.

O boletim divulgado no meio da tarde, às 15h, apontou que as instabilidades que atingiram a capital e a região metropolitana durante a madrugada já se afastaram em direção ao Sul de Minas e do Rio de Janeiro.

"Não são mais esperadas chuvas significativas ao longo do dia, mas ainda há potencial para a ocorrência de rajadas de vento de até 80km/h durante todo o dia e noite, o que vai favorecer a acentuada queda da temperatura", diz o CGE.

Climatempo alertou para ventania em São Paulo

Na sexta-feira, 7, a Climatempo alertou para o risco de ventos fortes inicialmente na Região Sul e, ao longo deste sábado, no Sudeste.

"No decorrer da tarde do sábado, o ciclone se desloca pelo oceano, indo em direção à costa de São Paulo e do Rio de Janeiro", afirmou, em nota.

Na madrugada e manhã de domingo, 9, a previsão é de que o ciclone se afaste em alto mar, na altura do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Defesa Civil emitiu alerta para os riscos de ciclone

Desde quinta-feira, 6, a Defesa Civil do Estado de São Paulo alerta para os riscos do ciclone extratropical, seguido por uma frente fria, que começou a se formar na sexta sobre o Sul.

O ciclone e a frente fria começaram a se formar a partir de uma área de baixa pressão atmosférica e ganharam força entre o Norte da Argentina e o Paraguai durante a tarde e a noite de quinta.

Os estados do Sul do País são os mais afetados, mas o fenômeno também fez o tempo ficar instável em São Paulo e outras regiões.

O Paraná viveu, nesta sexta-feira, 7, um dos eventos meteorológicos mais severos de sua história recente. Ao menos seis pessoas morreram e 773 ficaram feridas após a passagem de um tornado na região centro-oeste do Estado. Os fortes ventos deixaram um rastro de destruição na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, município de cerca de 14 mil habitantes localizado a aproximadamente 380 quilômetros de Curitiba.

O Estadão conversou com Sheila Paz, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), que detalhou as causas, a dimensão e as implicações climáticas do tornado. Ela explicou que a passagem de uma frente fria associada à formação de um ciclone na costa do Rio Grande do Sul deu origem a supercélulas de tempestade que levaram à formação do tornado.

O Simepar ainda investiga a ocorrência exata, mas a meteorologista confirma que três tornados foram registrados no Estado entre as 18h e as 20h de sexta-feira. O mais intenso atingiu Rio Bonito do Iguaçu, com ventos estimados em 250 km/h, o que corresponde à categoria F3 na escala Fujita, usada para medir a intensidade de tornados.

"É um tornado extremamente violento e devastador, o pior evento de tempestade da história recente do Paraná", afirmou Sheila, acrescentando que cerca de 80% da cidade foi afetada. Registros mostram que as rajadas provocaram destelhamento de residências, além de quedas de árvores e postes.

Apesar do impacto, Sheila explicou que tornados não são fenômenos desconhecidos na região. "Eles fazem parte da nossa climatologia. O que aconteceu foi que esse passou exatamente sobre uma cidade pequena, o que fez o estrago ser amplamente sentido", disse. Ela destacou que muitos eventos semelhantes ocorrem em áreas rurais, sem deixar registros visíveis ou danos significativos.

Segundo a meteorologista, a primavera é uma estação especialmente crítica, marcada pela passagem de frentes frias e tempestades intensas. "Nos últimos dois meses, tivemos várias tempestades severas no Paraná e em toda a região Sul. Estamos vivendo uma temporada muito movimentada", afirmou.

O que causou a formação do tornado?

Conforme o Simepar, os temporais na região estão associados a uma combinação de fenômenos que incluem o deslocamento de uma frente fria impulsionada por um sistema de baixa pressão atmosférica formado entre o Paraguai e o sul do Brasil, ao mesmo tempo que um ciclone extratropical se desloca do continente para o oceano.

"Observamos o avanço de uma frente fria associada a um ciclone bem estruturado entre o litoral gaúcho e o Atlântico. À frente dessa frente fria, se formaram células de tempestade que evoluíram para supercélulas. Dentro delas, houve a formação dos tornados", explicou Sheila.

O evento desta semana foi agravado por um ambiente atmosférico altamente instável, com "grande corredor de umidade e temperaturas elevadas" no interior do Estado, favorecendo o surgimento de supercélulas. "O ciclone trouxe umidade e energia em excesso e, quando encontrou calor no interior, criou as condições ideais para a formação desses sistemas", explicou.

Diferença entre tornado, ciclone e furacão

Um dos principais pontos de confusão entre o público é a diferença entre tornado, ciclone e furacão. Sheila explica que são fenômenos distintos, tanto em escala quanto em duração.

"O furacão é um sistema gigantesco, com centenas de quilômetros de extensão, formado sobre oceanos tropicais. Ele mantém ventos muito fortes por horas ou dias, como o furacão Melissa, que passou pela Jamaica recentemente", afirmou.

"Já o tornado tem dezenas de metros de diâmetro, forma-se dentro de uma supercélula e dura poucos segundos ou minutos. No caso do Paraná, a destruição observada ocorreu em cerca de 30 segundos."

O ciclone, por sua vez, é uma área de baixa pressão atmosférica, e pode ser o ponto de partida para uma frente fria e tempestades severas, como as que atingiram o Paraná. "O ciclone que se formou na costa do Rio Grande do Sul ajudou a organizar a frente fria, que por sua vez criou o ambiente propício às supercélulas. Dentro delas, surgiram os tornados", explicou.

Sheila lembra que o Brasil só registrou um furacão verdadeiro em sua história: o Furacão Catarina, em 2004, que atingiu o litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. "Furacões não pertencem à nossa climatologia, mas supercélulas e tornados sim", explicou.

Mudanças climáticas

Embora tornados façam parte da climatologia do Sul, Sheila reconhece que há sinais de mudança. "Os estudos mais recentes indicam aumento da intensidade e da frequência. Esses fenômenos sempre existiram, mas hoje acontecem com mais força e são registrados com mais facilidade. Essa chavinha já virou."

Para a meteorologista, a situação observada no Paraná se soma a um quadro mais amplo de eventos extremos na região. "O que vimos no Rio Grande do Sul no ano passado mostra que o clima está mudando. Temos tempestades mais severas, mais destrutivas, e isso exige preparo e investimento em monitoramento", disse.

A meteorologista reforça que, diante de um cenário climático mais severo, a educação da população e o fortalecimento dos sistemas de alerta são fundamentais. "É essencial que as pessoas saibam como agir diante de uma tempestade. Alertas precisam chegar com antecedência e a população precisa entender a gravidade desses eventos. Só assim conseguiremos reduzir o impacto humano e material."

O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), assinou neste sábado, 8, um acordo de cooperação técnica com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, para realizar um intercâmbio de projetos de sustentabilidade e urbanismo em meio aos trabalhos da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30, na capital paraense.

A cerimônia foi realizada na sede da prefeitura de Belém. Depois da assinatura, a prefeita de Paris foi levada para conhecer um museu que funciona no local.

"A prefeita é uma referência no que diz respeito a cidades caminháveis, cidades arborizadas e resilientes, e uma referência também em urbanismo sustentável, então para nós é um motivo de satisfação e um momento em que Belém dá uma grande virada de chave e entra no mapa do planeta, tendo hoje essa oportunidade de assinar esse termo de cooperação técnica que vai fazer com que nossa cidade possa se capacitar ainda mais para os desafios pós Cop30", afirmou o prefeito.

Anne Hidalgo lembrou que Belém era conhecida como a Paris da América Latina e ressaltou a arquitetura e a riqueza cultural da cidade. No final do século 19, em uma época de prosperidade econômica por causa do ciclo da borracha, Belém ganhou esse apelido devido à realização de reformas inspiradas na capital francesa.