Sequência de 'Barbie' está em 'estágios iniciais', diz revista

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Barbie, o maior fenômeno dos cinemas em 2023, está mais perto de ganhar sua sequência. De acordo com a revista The Hollywood Reporter, a diretora Greta Gerwig e o roteirista Noah Baumbach -- ambos responsáveis pelo filme original -- estão trabalhando em uma ideia para um novo longa-metragem da boneca, vivida por Margot Robbie.

A publicação afirma que Gerwig e Baumbach, que são casados, encontraram um fio condutor para a nova trama e já levaram a ideia à Warner Bros. O projeto ainda está nos "estágios iniciais", segundo fontes, mas já foram abertas portas para a negociação.

Procurados pela The Hollywood Reporter, a cineasta e o estúdio negaram a informação, mas o veículo sustentou sua apuração, afirmando ter ouvido fontes com conhecimento das tratativas. Não há informações sobre qual seria a trama do novo filme, caso ele se concretize.

Barbie foi o primeiro filme dirigido por uma mulher a superar a marca de US$ 1 bilhão em arrecadação nas bilheterias ao redor do mundo. A produção está disponível na Max.

Em outra categoria

A Polícia Federal prendeu nesta terça, 14, o contador Rodrigo de Paula Morgado, apontado como doleiro que lavava fortunas do tráfico de cocaína enviada para a Europa a bordo de veleiros. Morgado é o principal alvo da Operação Narco Bet que prendeu também o influencer Bruno Alexssander Souza Silva, vulgo 'Buzeira' ou 'Hermano', que figura como um dos maiores destinatários de recursos provenientes do esquema de Morgado e ligação com o PCC.

O Estadão busca contato com as defesas do contador e do influencer. O espaço está aberto.

A Narco Bet é desdobramento da Operação Narco Vela que, em abril passado, prendeu 27 investigados por ligação com a remessa de toneladas da droga também para a África.

O contador, formalmente estabelecido na cidade de Santos, no litoral paulista, entrou na mira da Polícia Federal após alerta do DEA (Drug Enforcement Agency, núcleo anti-drogas dos EUA) sobre uma partida de três toneladas no veleiro Lobo IV interceptado em fevereiro de 2023 pela Marinha americana próximo ao continente africano. A embarcação é do contador, segundo a PF.

O esquema supostamente liderado por Morgado movimentou R$ 313 milhões do tráfico, segundo a PF.

A Narco Bet tem cooperação da Polícia Criminal Federal da Alemanha (Bundeskriminalamt - BKA), responsável pela prisão de um dos investigados em território alemão.

As investigações revelam que o grupo criminoso utilizava 'técnicas sofisticadas de lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras em criptomoedas e remessas internacionais, voltadas à ocultação da origem ilícita dos valores e à dissimulação patrimonial'.

Segundo a PF, parte dos valores movimentados teria sido direcionada para estruturas empresariais vinculadas ao setor de apostas eletrônicas, as bets.

Estão sendo cumpridas onze ordens de prisão e 19 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas.

A Justiça Federal decretou o bloqueio de bens e valores que somam mais de R$ 630 milhões, 'visando à descapitalização da organização criminosa e à reparação de danos decorrentes das atividades ilícitas'.

Casas de apostas

Os autos da Operação Narco Bet indicam que a investigação mergulhou no esquema de lavagem da organização criminosa e rastreou os passos de Morgado via transações de grande valor. O contador, segundo a PF, 'participa de esquema de lavagem de capitais, concretizado por intermédio de empresas de fachada, casas de apostas e holdings familiares'.

A investigação mostra que a Secretaria de Finanças e Gestão do Município de Santos informou que Morgado 'tem promovido a abertura de diversas empresas com sócios oriundos de outras unidades da Federação, na maioria jovens residentes em comunidades de difícil localização e sem adequada comprovação de endereço'.

Essas empresas foram formalizadas com sede e em endereço da empresa de coworking em que o contador figura como único sócio, e possuem registros de atividades similares entre si, 'sendo verificados indícios de fraudes documentais concretizadas, ao que parece, pela empresa de contabilidade desse investigado, e sob sua inteira responsabilidade'.

Na 'nuvem'

A análise de dados recuperados na 'nuvem' do aparelho celular do contador - apreendido no bojo da Operação Narco Vela - e da conta icloud Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. revelou que ele atuou como contador das empresas Saito Construtora Ltda. e Caetano da Silva Construtora Eireli, ambas envolvidas na aquisição do veleiro Lobo IV, apreendido com mais de três toneladas de cocaína.

O inquérito da PF registra 'a prática de fraudes em larga escala, o envolvimento (de Morgado) com o tráfico internacional de entorpecentes objeto de investigações, corrupção de policiais e de servidores do Poder Judiciário, manipulação de provas e intimidação de subordinados'.

"Atua em esquema de golpe pela internet, e é investigado em ação de tráfico de entorpecentes onde também figura pessoa conhecida como 'Pen-Drive' 7", diz relatório da PF.

Morgado já é investigado em inquérito que apura tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, 'atua como doleiro, bem como na falsificação de documentos, no uso de documentos falsos, e na lavagem de capitais e ocultação de patrimônio próprio e de terceiros'.

A quebra de sigilos fiscal e bancário e diligências resultaram na 'obtenção de elementos probatórios que, somados com as provas obtidas no Inquérito original, sinalizaram a prática de tráfico internacional de entorpecentes, e a ligação dos representados em atos necessários para o branqueamento do lucro apurado com essa prática ilícita'.

Segundo a PF, os alvos da Operação Narco Bets se valem de operações financeiras e transações patrimoniais atípicas para lavagem de capitais relacionados a lucros provenientes do tráfico transnacional de drogas.

'Buzeira Digital'

O inquérito destaca que 'Buzeira' é citado também na investigação sobre desvio de recursos do Corinthians, 'onde foram apurados indícios de possível lavagem de dinheiro, existindo informações de possuir ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital-PCC.

O influencer é sócio da empresa Buzeira Digital que tem Morgado como contador.

O levantamento de dados bancários mostra que a Buzeira Digital recebeu R$ 19,7 milhões, 'transferidos diretamente por Rodrigo de Paula Morgado'.

Chamou a atenção dos investigadores o fato de Morgado ter sido responsável pela transferência de 'tão expressivo valor' à empresa Buzeira Digital, 'e não o contrário, visto ele ser prestador de serviços à empresa do influencer'.

Sócia

Em meio às investigações, o Ministério Público Federal descobriu que Morgado utiliza a empresa Brxnet, de propriedade de 'Buzeira' para a 'prática de lavagem de capitais'. A mulher do contador, Clara Ramos de Souza Morgado, é uma das sócias da Brxnet.

"Ou seja, mais uma indicação de forte vínculo entre os negócios desse influenciador digital e o contador investigado (...)", aponta a PF.

O inquérito da Operação Narco Bet indica, ainda, 'indícios veementes da participação de Ingrid Ohara Silva Nogueira e Tácio Leonardo Costa Dominguez, vulgo 'T10', nas práticas ilícitas em apuração voltadas à lavagem de capitais obtidos com a prática de tráfico internacional de substâncias entorpecentes e possíveis outros ilícitos".

Ingrid e 'T10' já são investigados por lavagem de dinheiro, Ingrid figura como quarta maior beneficiária de recursos de Morgado tendo recebido no período de um ano o total de R$ 9,45 milhões distribuídos em vinte e três transações. Ela também realizou transferências de criptoativos para 'conta vinculada a Morgado via Exchange'.

No dia 23 de outubro de 2023 Ingrid enviou o valor equivalente à época a R$ 300 mil para carteira digital identificada como pertencente ao contador. Na mesma data ingressaram R$ 303.945,09 na conta de Morgado, quantia que foi restituída de forma pulverizada para contas de Ingrid e de 'T10'.

Segundo apurado, 'T10' se apresenta como influenciador digital e atua no segmento de apostas digitais. É companheiro de Ingrid Ohara e titular da empresa 'T10' Cursos e Treinamentos Ltda que, conforme informação da Secretaria de Finanças de Santos, figura como empresa aberta pela Quadri Contabilidade Ltda, constituída por Morgado.

"Há sinais de que 'T10' atua de forma coordenada com Ingrid Ohara e Morgado em transações financeiras realizadas de forma fracionada para o fim de dissimulação da origem dos valores", alega a PF.

Os investigadores identificaram também envolvimento de Davidson Praça Lopes, Guilherme Brasil Barcellos e Fernando Silva Abreu Costa em ações relacionadas à lavagem de capitais. Davidson Praça Lopes figura como responsável pela empresa Ápice Desenvolvimento e Liderança Eireli, registrada no coworking de Rodrigo Morgado.

Davidson Praça e a Ápice Liderança realizaram transações com Morgado que alcançaram cifra aproximada a R$ 2 milhões. Também fizeram transferência de R$ 80 mil para empresa vinculada à aquisição do veleiro Lobo IV.

"Dos trabalhos investigativos até o momento realizados foi verificado que, ao menos em tese, por meio intermédio da empresa Ápice, Davidson integra rede de movimentações financeiras estruturadas em torno de Rodrigo de Paula Morgado para o fim de lavagem de capitais de origem ilícita", sustenta a PF.

Em outro trecho do relatório da PF ao qual o Estadão teve acesso, são citados Guilherme Brasil Barcelos, o 'Gebê', e Fernando Silva Abreu Costa, sócios da empresa FLG Negócios Digitais Ltda.

Há registros de que Gebê teria recebido transferências diretas de valores de Morgado. Foi verificado, ainda, que Fernando Abreu é sócio da empresa FSA Negócios Digitais Ltda. Entre junho de 2023 e março de 2024 essa empresa realizou transações que alcançaram a cifra de R$13 milhões e recebeu R$636.899,64 de Morgado.

Fernando Abreu, por seu lado, em transação única, recebeu R$ 180 mil do contador.

Para os investigadores, 'as ações até o momento descortinadas, de inconteste gravidade, fomentam o tráfico internacional de cocaína, importam evasão fiscal e indevida infiltração em setores da economia'. "Comprometem a ordem pública e econômica, pelo que devem ser o quanto antes possível estancadas", diz documento ao qual o Estadão teve acesso. "A ordem pública encontra-se ameaçada diante de um esquema criminoso que movimentou mais de R$ 313 milhões em apenas cinco anos, com recursos provenientes do tráfico internacional de drogas. A permanência dos investigados em liberdade significa a manutenção da engrenagem criminosa, permitindo a continuidade de práticas ilícitas de altíssimo impacto social e econômico."

A Polícia Civil de São Paulo localizou um laboratório clandestino usado para adulterar bebidas em São José dos Campos, no interior de São Paulo. De acordo com as investigações, o suspeito comprava garrafas de uísque de até R$ 4 mil, adulterava manualmente e vendia por preço similar para não gerar suspeita.

"Esse indivíduo adquiria garrafas de bebidas de renome, marcas que custam de R$ 3 a 4 mil. Então, ele comprava por 10% do valor da garrafa original. Eram enviados também os lacres, as tampinhas falsas, tudo isso. A partir disso, ele tinha as bombonas de uísque e de outras bebidas falsas e ele fazia de uma forma manual, botava o funil, colocava aquela bebida falsa, fechava, lacrava e revendia", explicou a delegada Leslie Caran Petrus.

Ele foi preso nesta terça-feira, 14, durante operação contra rede criminosa envolvida na produção e venda de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A ação é coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Ao todo, foram seis prisões e 20 mandados de busca e apreensão cumpridos nas cidades de São Paulo, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara.

O objetivo é localizar e apreender produtos, maquinários e materiais utilizados para a produção de bebidas falsificadas, além de celulares, documentos e outros objetos que possam auxiliar na identificação dos envolvidos e na comprovação dos crimes.

O Brasil registra 32 casos confirmados de intoxicação por metanol, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira, 13. Há ainda 181 ocorrências em investigação e 320 suspeitas descartadas. Cinco mortes pelo consumo da substância foram confirmadas, todas no Estado de São Paulo - três na capital, uma em São Bernardo do Campo e outra em Osasco.

Com 100 casos em investigação, São Paulo continua sendo também o Estado com o maior número de ocorrências confirmadas para a intoxicação da substância, com 23 notificações.

Um laudo da Polícia Técnico-Científica de São Paulo confirmou que a sustância encontrada na casa de Ana Paula Veloso Fernandes, apontada como responsável pela morte de ao menos quatro pessoas durante cinco meses no Rio de Janeiro e em São Paulo, é um veneno inseticida usado no controle de pragas na agricultura.

O documento do Instituto de Criminalística (IC) confirmou a presença do veneno na casa da suspeita em São Paulo, de acordo com o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito Policial de Guarulhos. A Polícia Civil trabalha para elucidar se a substância foi utilizada no suposto assassinato de quatro vítimas.

As investigações apontam Ana Paula como a principal suspeita da morte de quatro pessoas por envenenamento. A estudante ficou conhecida nas redes sociais como "menina veneno".

Entre as vítimas, estariam o proprietário da casa onde ela morava, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo; uma amiga também de Guarulhos; o pai de uma amiga, no Rio de Janeiro; e um homem de nacionalidade tunisiana, que teria conhecido em um grupo de redes sociais.

Ela também teria envenenado dez cachorros para testar o efeito do veneno. Procurada, a defesa de Ana Paula e de sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, disse, em nota enviada ao Estadão, que tem a intenção de "colaborar com a correta apuração dos fatos e zelar pela proteção dos direitos e garantias fundamentais das investigadas".

Primeiro caso: Marcelo Hari Fonseca

De acordo com a Polícia Civil, Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, foi encontrado morto no dia 31 de janeiro deste ano nos fundos da casa onde Ana Paula morava em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Foi a própria estudante de Direito quem acionou a Polícia Militar após, segundo ela ter sentido um forte odor na residência em que alugava de Marcelo. O imóvel teria sido alugado por Ana Paula e por Roberta Cristina Veloso Fernandes, sua irmã gêmea, que também está presa.

Segundo caso: Maria Aparecida Rodrigues

Em 11 de abril, Maria Aparecida Rodrigues foi encontrada morta em casa, também em Guarulhos. De acordo com o MP, a suspeita de envenenamento surgiu quando a filha da vítima, Thayná Rodrigues Felipe, relatou à polícia que a mãe havia saído, na véspera, com Ana Paula. A suspeita utilizava outro nome ao se apresentar para Maria Aparecida.

Um dia antes da morte, Maria Aparecida visitou a estudante em sua casa, onde teria sido convidada para tomar um café e comer um bolo. No dia seguinte, a filha da vítima encontrou o corpo da mãe e suspeitou do encontro com Ana Paula um dia antes.

Ainda de acordo com as investigações, Ana Paula teria envenenado Maria Aparecida para tentar incriminar um policial militar casado com quem mantinha relacionamento. De acordo com as investigações do 1º Distrito Policial de Guarulhos, após envenenar Maria Aparecida, Ana Paula passou a insinuar por mensagens em redes sociais que a vítima mantinha um relacionamento com o PM.

Terceiro caso: Neil Corrêa da Silva

No dia 7 deste mês, a polícia prendeu Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, acusada de matar o próprio pai, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, com a ajuda de Ana Paula. Michelle foi detida por policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e agentes da Polícia Civil de São Paulo, quando chegava a uma universidade no bairro Engenho Novo.

As investigações apontam que o pai da suspeita morreu após ser envenenado, em abril deste ano, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O homicídio, segundo a polícia, tem relação com outros três assassinatos em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Michele teria financiado a ida de Ana Paula de Guarulhos para o Rio para que fosse cometido o crime contra Neil Corrêa.

Quarto caso: Hayder Mhazres

No dia 23 de maio, a quarta vítima, identificada como o tunisiano Hayder Mhazres, de 21 anos, com quem Ana Paula mantinha um relacionamento amoroso, passou mal em um apartamento no bairro do Brás, na capital paulista.

O corpo não foi exumado e foi transportado para a Tunísia, onde o jovem mantinha laços familiares. Para os investigadores, ele também teria sido envenenado.