Barry Jenkins lembra gafe no Oscar com 'Moonlight' e celebra cultura africana de 'Mufasa'

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A onda de spin-offs e sequências que inundou Hollywood nos últimos anos acaba de atingir um novo estágio ao arrastar um dos mais promissores diretores da atualidade para o cinema mainstream. Barry Jenkins foi recrutado para capitanear Mufasa, projeto da Disney derivado do live-action de O Rei Leão (2019), com estreia nos cinemas brasileiros em 19 de dezembro.

Jenkins venceu o Oscar de Melhor Filme pelo introspectivo drama Moonlight (2016) e foi nomeado pelo sutil romance Se a Rua Beale Falasse (2018) - que rendeu a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante a Regina King -, além de também ter sido indicado ao Emmy pela minissérie The Underground Railroad, criada por ele para o streaming.

Em uma transição de carreira surpreendente, agora ele faz sua primeira imersão nas produções de massa, altamente comerciais. O novo filme infanto-juvenil conta a história de origem do leão personagem-título, pai de Simba, e adota a avançada tecnologia de efeitos visuais capaz de deixar os animais com aparência próxima do mundo real, diferentemente do desenho clássico lançado em 1994.

"A maneira de fazer um filme desses é diferente da maioria dos filmes. Talvez cinco ou sete filmes tenham sido feitos com essa tecnologia. Como cineasta, isso é algo muito empolgante. As ferramentas eram diferentes, e eu estava muito ansioso para explorá-las. E a história parecia muito com todas as outras histórias que eu contei: um personagem realmente interessante que está tentando encontrar seu lugar no mundo", disse Jenkins, ao Estadão, durante o mega evento D23 em São Paulo, onde promoveu o longa-metragem.

O cineasta se mostrou empolgado com sua primeira visita ao Brasil. "Há alguns fãs realmente fervorosos de Moonlight e Beale Street no Rio de Janeiro, na Bahia e em São Paulo. Eles falam comigo nas redes sociais o tempo todo", relatou, antes de comentar a vitória de Donald Trump nas últimas eleições norte-americanas. "Nunca vi um presidente ganhar, perder, e depois voltar. É uma experiência nova. O governo dos EUA tem o que chamamos de freios e contrapesos. Acho que de alguma forma, entre os três níveis diferentes de governo [Executivo, Legislativo e Judiciário], encontraremos uma maneira de navegar sobre o que a nova administração decidir e quiser fazer", opinou.

O olhar afro-americano

Mesmo com apenas 44 anos, Jenkins soube estabelecer um estilo próprio e imprimir personalidade à sua filmografia, marcada pelo olhar crítico às injustiças contra os grupos marginalizados e o interesse em transcender os estereótipos do amor sob a perspectiva afro-americana.

Perguntado sobre como conseguiu dar sua cara ao novo blockbuster, ele explicou: "Logo de início, eu disse à Disney que só faria este filme se pudesse colocar minha marca e trabalhar com as mesmas pessoas com quem sempre faço meus filmes. Então, o diretor de fotografia é o mesmo de Moonlight e Beale Street, assim como a editora, o designer de produção. Quando você se cerca de todas essas diferentes pessoas, que têm uma voz muito específica, é quase impossível remover essa voz da criação da coisa. E a Disney abraçou isso. Eles não queriam que eu fizesse um filme da Disney, mas sim um filme de Barry Jenkins."

Por mais que sua obra indique tal propósito, o realizador evitou afirmar que tenha tido a intenção de iluminar temas pouco discutidos na história da sétima arte. "Isso nunca foi algo que eu pensei. Como uma pessoa negra, tento apenas destacar a minha experiência. Com O Rei Leão, sinto uma conexão com a história. Há tanto dialeto africano, tanta cultura africana, coisas que foram muito significativas para mim."

A gafe no Oscar

Há quase 8 anos, Barry Jenkins foi protagonista de uma das maiores gafes da história do show business - da qual ele não teve nenhuma culpa, diga-se. Em 2017, no final da cerimônia do Oscar, as lendas da atuação Warren Beatty e Faye Dunaway anunciaram o vencedor errado da categoria de Melhor Filme.

Quando os produtores do musical La La Land (2016) foram chamados para receber o prêmio, logo se descobriu que o envelope errado havia sido entregue aos apresentadores. O ganhador, na verdade, era Moonlight. A confusão ao vivo chocou os telespectadores e, principalmente os presentes no Dolby Theater, em Los Angeles. Ninguém conseguia esconder o olhar incrédulo diante de um erro tão grotesco.

Jenkins, porém, acredita que o momento bizarro ajudou a aumentar o legado de seu filme. "Vai ser difícil apagar o fato de que Moonlight ganhou Melhor Filme. Sempre que vou a um país estrangeiro, passo pela alfândega e me perguntam: 'O que você está fazendo aqui?'. Digo que estou a trabalho, sou cineasta e cito o nome do filme. Às vezes as pessoas entendem, ou digo: 'lembra daquela coisa no Oscar com o envelope? Aquele filme era o meu, o que ganhou!'. Então, eu acho que a natureza caótica do momento não diminuiu o legado do filme, pelo contrário, expandiu."

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Um jovem de 25 anos morreu e outras duas ficaram feridas após acidente entre dois carros de luxo na Rodovia dos Bandeirantes, no km 40, sentido capital paulista. A colisão aconteceu na madrugada desta quinta-feira, 9, na região de Cajamar.

O Centro de Controle da CCR AutoBAn foi acionado por volta da 1h32 para atendimento da ocorrência. Foram registradas uma vítima em estado grave e outras duas em condições moderadas. As três foram encaminhadas para o Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí.

"A vítima em estado grave teve o óbito constatado às 3h06", disse a concessionária.

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"O passageiro de um dos automóveis não resistiu aos ferimentos. Os condutores estavam com as documentações em dia e realizaram teste de etilômetro, que resultou negativo", disse a SSP.

Por volta das 8 horas desta quinta-feira, os veículos ainda permaneciam no acostamento para a realização da perícia. Havia um quilômetro de lentidão no sentido da capital.

O caso está sendo registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e colisão na Delegacia de Cajamar.

Um avião de pequeno porte caiu na manhã desta quinta-feira, 9, na orla da praia do Cruzeiro, próximo à pista de skate, em Ubatuba, no litoral de São Paulo.

A Defesa Civil, Guarda Civil Municipal, Secretaria de Segurança, bombeiros e Polícia Militar já estão no local, isolando e fazendo a retirada das vítimas.

Até o momento, há informação é de que há oito vítimas, sendo cinco dentro da aeronave - 2 adultos, 2 crianças e o piloto) e três pessoas que passavam na pista de skate.

Às 10h58, foram confirmados dois óbitos, um deles, o piloto, que estava preso às ferragens.

As outras pessoas foram resgatadas e encaminhadas para atendimento médico.

A Rede VOA confirmou o acidente com a aeronave prefixo PR GFS - modelo Cessna Citation 525 CJ1 - nas proximidades do Aeroporto de Ubatuba, administrado pela concessionária.

A aeronave saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás (SWME), com cinco pessoas e tentou pousar em Ubatuba. As condições meteorológicas eram ruins, com chuva e pista molhada.

Imagens mostram a aeronave caindo dentro do mar. Ao explodir, uma nuvem de fumaça tomou conta do céu.

Segundo Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), equipes permanecem no local para acompanhar a ocorrência.

Um avião de pequeno porte caiu na manhã desta quinta-feira, 9, na orla da Praia do Cruzeiro, próximo à pista de skate, em Ubatuba, no litoral de São Paulo. A Defesa Civil, Guarda Civil Municipal, Secretaria de Segurança, bombeiros e Polícia Militar permanecem no local, isolando e fazendo a retirada das vítimas.

Até o momento, a informação é de que havia cinco pessoas dentro da aeronave - 2 adultos, 2 crianças e o piloto. Três pessoas que passavam na pista de skate também foram atingidas.

Por volta das 11 horas, a prefeitura havia confirmado dois óbitos, um deles, do piloto, que estava preso às ferragens. Posteriormente, o município corrigiu a informação dizendo que apenas o piloto faleceu.

Os sobreviventes foram encaminhados para hospital da região.

A Rede VOA confirmou o acidente com a aeronave prefixo PR GFS - modelo Cessna Citation 525 CJ1 - nas proximidades do Aeroporto de Ubatuba, administrado pela concessionária. Esse é um modelo fabricado em 2008 pela empresa Cessna Aircraft.

A aeronave saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás (SWME), com cinco pessoas e tentou pousar em Ubatuba. As condições meteorológicas eram ruins, com chuva e pista molhada.

Após o pouso, a aeronave ultrapassou a pista, atravessou o alambrado da cabeceira 09 e atingiu outras pessoas que estavam nas proximidades. Ao explodir, uma nuvem de fumaça tomou conta do céu.

Segundo o sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava com operação negada para táxi aéreo.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência.

"Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação', disse, em nota.