Por que o Lanterna Verde está no trailer do novo 'Superman'? Entenda o novo universo da DC

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O primeiro trailer do novo filme do Superman foi lançado nesta quinta-feira, 19, e apresentou uma série de novidades da nova encarnação do Homem de Aço. Além de termos os primeiros vislumbres dos atores David Corenswet como Kal-El, Nicholas Hoult como Lex Luthor e Rachel Brosnahan como Lois Lane, outros personagens dos quadrinhos também deram as caras. Guy Gardner, um dos Lanternas Verdes mais famosos da DC, apareceu brevemente em uma das cenas divulgadas.

O papel será vivido pelo ator Nathan Fillion, que já colaborou com o diretor James Gunn em outros projetos. Outra aparição que chamou atenção dos fãs foi a da Mulher-Gavião, interpretada pela atriz Isabela Merced. Encerrando as surpresas, dois personagens mais obscuros dos gibis também ganharam tempo de tela: o Sr. Incrível, interpretado por Edi Gathegi, e o Metamorfo, vivido por Anthony Carrigan.

O longa, que será lançado em 2025, é o início de um novo universo cinematográfico compartilhado da DC - o DCU (DC Universe, em inglês). A continuidade antiga, estruturada pelo cineasta Zack Snyder ao longo de filmes como Batman vs Superman: A Origem da Justiça, Mulher-Maravilha e a Liga da Justiça, foi abandonada após seguidas decepções nas bilheterias.

O controle criativo do novo universo foi dado ao produtor Peter Safran e ao diretor James Gunn. O cineasta foi responsável pela criação e o sucesso da trilogia de filmes dos Guardiões da Galáxia na Marvel. Em 2021, ele já havia dirigido um filme para a DC - O Esquadrão Suicida -, mas agora é o responsável por todos os longas do estúdio.

Além de novos filmes e personagens, Gunn promete uma nova abordagem em relação aos super-heróis. Se o antigo universo se preocupou em estabelecer as histórias de origens de cada herói, o diretor planeja pular essa parte e ir direto para a ação. "Eu não vou contar novamente as origens do Batman ou do Superman, porque todo mundo já as conhece", afirmou o cineasta em suas redes sociais. Com isso, o novo filme do Homem de Aço começa com o protagonista já estabelecido como um super-herói.

Em outras entrevistas, o cineasta também afirmou que planeja contar histórias que não se preocuparão em estabelecer uma grande conexão entre filmes. "Eu nunca vou sacrificar um momento da narrativa para preparar algo para uma obra futura", afirmou ao site norte-americano Screen Rant. A estratégia é diametralmente oposta aos planos da Marvel, que se consolidou em Hollywood ao lançar dezenas de filmes interconectados.

"Estamos construindo um mundo compartilhado, não uma narrativa compartilhada. Não é uma história que tenha começo, meio e fim, mas sim um universo que as pessoas podem entrar e vivenciar", afirmou o diretor ao site norte-americano IGN. Com isso, a expectativa do cineasta é de que as obras do novo universo explorem abordagens e temas diferentes e não se limitem a um denominador comum compartilhado pelo DCU. "Cada projeto trará uma visão diferente dos artistas que estão trabalhando nele."

Quem é Guy Gardner?

A aparição de Nathan Fillion no trailer empolgou os fãs dos quadrinhos. O ator viverá Guy Gardner, importante membro dos Lanternas Verdes - um grupo de patrulheiros intergalácticos que mantém a paz no universo dos quadrinhos da DC. Ao longo das décadas, diferentes personagens assumiram o manto do Lanterna Verde, mas Gardner talvez seja um dos mais polêmicos.

Diferentemente de nomes como Hal Jordan e John Stewart - guerreiros esmeraldas que foram adaptados para mídias como filmes, séries, animações e video games -, o personagem de Fillion não é tão conhecido do público. Explosivo, temperamental e violento, Gardner é um contraponto a postura mais comedida de boa parte da Tropa dos Lanternas Verdes.

Em suas redes sociais, James Gunn revelou que o personagem "se encaixa" na história que ele planeja contar no novo filme do Superman. O papel dele na trama ainda não foi detalhado, mas deve ser substancial. Uma série dos Lanternas Verdes está sendo desenvolvido para HBO e Max. A produção conta com os atores Kyle Chandler, que viverá Hal Jordan, e Aaron Pierre, que será John Stewart. Ainda não há data de estreia, mas as filmagens estão previstas para se iniciarem em janeiro de 2025.

Confira o trailer aqui

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A mãe do jovem Lucas da Silva Santos, morto no último domingo, 20, aos 19 anos, em São Bernardo do Campo (região metropolitana de São Paulo) depois de comer um bolo supostamente envenenado, está sendo investigada pela polícia.

Conforme a delegada Liliane Lopes Doretto, do 8.° DP do município, que está à frente do caso, a mãe da vítima teria sido responsável por comprar o suposto veneno a pedido do padrasto, Ademilson Ferreira dos Santos, preso na semana passada.

Segundo Liliane, a mãe teria sido enganada e foi convencida pelo companheiro de que a compra do material tóxico seria para "matar cachorros da região". A informação foi publicada pelo portal g1 e confirmada pelo Estadão.

A mãe da vítima deverá ser submetida a um exame psiquiátrico para avaliar a sua capacidade mental e saber se ela agiu com "discernimento ou sob eventual condição psíquica incapacitante", informa Liliane.

Laudos periciais que informam a substância que matou Lucas ainda não foram concluídos.

O padrasto de Lucas encontra-se em prisão temporária e vai responder por homicídio consumado. A depender dos resultados destes laudos, a polícia deverá pedir pela prisão preventiva do suspeito. De acordo com a delegada, o inquérito está em fase final e aguarda a conclusão destes exames.

O homem responsável por vender a substância também foi preso em flagrante no dia 17 de julho, informou a Secretaria de Segurança Pública. Ele confessou vender o produto sem autorização dos órgãos competentes. Em audiência de custódia, o homem foi liberado após decisão judicial.

Vítima morreu no domingo

Lucas da Silva Santos foi internado no dia 13 de julho na unidade de terapia intensiva do Hospital de Urgência em São Bernardo do Campo, horas depois de consumir bolinhos supostamente envenenados. Ele começou a passar mal após a ingestão dos alimentos.

No último domingo, 20, o estado de saúde do jovem se agravou e evoluiu para morte encefálica. A suspeita é de que a comida tenha sido entregue por Ferreira dos Santos, padrasto do garoto, preso na última quarta-feira, 16.

Segundo a delegada Liliane Doretto, do 8.° Distrito Policial de São Bernardo, o pedido de prisão ocorreu após contradições em depoimentos dados à investigação. Ela acredita que o crime pode ter sido motivado por razões passionais.

Liliane afirmou ainda que Lucas e o padrasto tinham uma relação próxima, mas que o jovem estaria perto de mudar de endereço após conhecer uma pessoa.

"Isso acarreta, dispara algum alerta no Ademilson de posse e acho que ele se viu desesperado ao ver que poderia perdê-lo", diz a delegada. "Eu creio que seja um crime passional. Eu não sei se ele queria dar um susto ou evitar a ida do Lucas para outra cidade. Fato é que Lucas foi, sim, envenenado", disse em entrevista à imprensa no dia da prisão.

O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC) identificou 1.260 alunos milionários que usufruíram do programa Universidade Gratuita, lançado pelo governo do Estado em 2023 para conceder bolsas de estudo no ensino superior. Do total, 19 são estudantes pertencentes a famílias com patrimônio superior a R$ 200 milhões. Um deles faz parte de uma família cuja fortuna ultrapassa os R$ 855 milhões, segundo relatório divulgado no Diário Oficial catarinense nesta segunda-feira, 21.

O relatório do Tribunal de Contas foi encomendado pela Secretaria de Estado da Educação (SED) para identificar e apurar as inconsistências no programa entre os anos de 2023 e 2024. Segundo o levantamento, o prejuízo do governo de Santa Catarina com as bolsas concedidas de forma irregular chega a base dos R$ 250 milhões.

Em um primeiro momento, o Tribunal de Contas havia identificado 858 alunos milionários no programa, com bens declarados que vão desde lanchas e carros de luxo até empresas com capital social maior que R$ 10 milhões. O primeiro relatório foi votado pelos conselheiros e encaminhado ao governo do Estado.

No dia 11 de junho, um dia após a divulgação das fraudes, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), determinou a abertura de um inquérito da Polícia Civil para investigar os suspeitos de uso indevido do programa, conforme informou o governo ao Estadão.

Já nesta segunda-feira, o Tribunal divulgou um novo levantamento, corrigindo dados inconsistentes na primeira fase. Nessa nova apuração, o número de alunos milionários no programa chega a 1.260. Somados, o patrimônio das famílias dos 19 alunos com renda superior a R$ 200 milhões chega aos R$ 7 bilhões.

Ainda segundo o novo relatório, 15.281 alunos beneficiários do programa teriam omitido bens de suas famílias para conseguirem aprovação do programa educacional. Outros 4.430 alunos declararam renda incompatível com a que realmente têm.

Para chegar a esses dados, o Tribunal de Contas do Estado cruzou as informações declaradas pelos estudantes e seus familiares com diversas bases públicas e governamentais, com o objetivo de verificar vínculos empregatícios, renda, naturalidade, residência e até mesmo se havia pessoas falecidas entre os membros do grupo familiar. Os resultados foram encaminhados ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

"Em suma, o detalhamento dos bens patrimoniais permitirá que a SED tenha controle efetivo e centralizado, seja para atuar na fase de concessão, seja para auxiliar as comissões de fiscalização das instituições universitárias e solicitar providências quando cabíveis", informou o conselheiro do TCE-SC Gerson dos Santos Sicca, relator do levantamento.

Governo de SC ainda não recebeu o relatório

A Secretaria de Estado da Educação afirmou que, até o momento da publicação deste texto, ainda não havia sido notificada oficialmente sobre a conclusão do novo relatório do TCE. A pasta aguarda o envio dos nomes dos alunos com inconsistências para cruzar as informações com os dados do governo e identificar as fraudes.

"É fundamental ressaltar a relevância social destes programas, que atualmente apoiam mais de 50 mil estudantes em instituições de ensino superior catarinenses. Os dados demonstram o claro alinhamento com seus objetivos: 82% dos beneficiários são egressos de escolas públicas estaduais e 85% dos contemplados trabalham enquanto estudam, evidenciando o perfil de estudantes que necessitam deste apoio para acessar e permanecer na universidade", diz a nota.

O rapper Oruam, nome artístico do cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, se entregou nesta terça-feira, 22, à polícia no Rio de Janeiro. O cantor se apresentou na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, acompanhado da mãe e da namorada.

O cantor teve a prisão decretada pela Justiça pelos crimes de resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que o rapper é investigado também por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A decisão foi dada após um ataque a policiais civis que tentavam apreender um adolescente na casa do cantor, na vila do Joá, na zona oste do Rio.

A defesa do cantor afirma que não foram encontradas drogas ou produtos ilícitos durante as buscas realizadas na casa de Oruam, na madrugada desta terça-feira, 22. Segundo a defesa, a resistência aconteceu devido a abuso de autoridade por parte dos policiais.

A ordem de prisão emitida pela juíza Ane Cristine Scheele Santos, faz menção explícita ao artigo 129, parágrafo 12, do Código Penal, que trata das lesões corporais. Oruam é acusado de atirar pedras contra um policial que resultou em ferimentos. O próprio Oruam admitiu o ato, alegando que atirou pedras porque os policiais apontaram armas contra ele e os amigos.

O processo contra o rapper está em segredo de Justiça. O crime de lesão corporal é agravado pelo fato de ter sido praticado contra agente público no exercício de atribuição legal. O policial cumpria mandado de busca e apreensão contra um menor que estaria escondido na casa do cantor.

Por ter dificultado a ação policial, ele vai responder também pelo crime de resistência. O crime previsto no Código Penal ocorre quando alguém se opõe ou resiste à execução de um ato legal utilizando violência ou ameaça contra o servidor - no caso, os policiais.

O crime de desacato, também atribuído ao rapper, ocorre por meio de palavras, gestos ou atitudes que humilhem, desprestigiem ou ofendam o policial. Além da reação no momento da abordagem, Oruam utilizou as redes sociais para xingar e ofender os policiais. Como jogou pedras que atingiram as viaturas policiais, ele vai responder também pelo crime de dano ao patrimônio público.

O Ministério Público do Rio havia pedido a prisão temporária (30 dias) do rapper, mas a juíza entendeu que era o caso de prisão preventiva (sem prazo determinado).

A Polícia Civil do Rio de Janeiro diz que Oruam é investigado também por associação para o tráfico. Ele estaria ligado a traficantes do Comando Vermelho (CV) - o pai do rapper, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado como um dos principais líderes da facção. Marcinho cumpre pena em penitenciária federal, de onde comandaria o tráfico.

Segundo a Polícia Civil, agentes estavam cumprindo um mandado de busca e apreensão contra um adolescente acusado de roubo de veículos que estava escondido na casa do rapper. Quando ele saiu e foi abordado pelos policiais, houve forte reação das pessoas que o acompanhavam. Oruam e mais oito pessoas passaram a atacar os policiais com xingamentos e pedras.

Um dos homens que participou do ataque correu para dentro de casa e foi perseguido pelos policiais, já que havia uma situação de flagrante, segundo a polícia. O suspeito foi preso e algemado, mas Oruam não foi detido.

Depois da ação, o secretário da PCERJ, Felipe Curi, se referiu ao rapper como "um criminoso faccionado, ligado à facção criminosa Comando Vermelho."