Herdeiras de Silvio Santos vão à Justiça por herança de R$ 429 milhões em paraíso fiscal

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A fortuna bilionária de Silvio Santos se tornou alvo de uma ação judicial encabeçada pelas herdeiras do apresentador. Segundo informações do site TV Pop, as filhas e a viúva abriram um processo contra a Justiça de São Paulo para não arcarem com um imposto milionário, obrigatório a pessoas que ganham herança.

 

Segundo a publicação, Silvio tinha R$ 429.947.843,54 em contas bancárias no exterior quando morreu, em agosto do ano passado. As herdeiras teriam que pagar R$ 17.197.913,74 de Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD). Elas avaliam, porém, que a cobrança é indevida, pois o dinheiro está nos Estados Unidos e nas Bahamas, logo não deveria ser considerada a legislação do Brasil.

 

Ainda de acordo com o portal, a Justiça de São Paulo foi intimada e, em sua defesa, fez diversos questionamentos sobre a fortuna de Silvio. O procurador Paulo Gonçalves da Costa Júnior se mostrou espantado com o fato do apresentador ter deixado uma fortuna tão grande em um paraíso fiscal como as Bahamas.

 

"Senor Abravanel era pessoa notoriamente conhecida cujo patrimônio e atividades econômicas conhecidas situavam-se no Brasil, causando surpresa e estranheza que a maior parte de sua herança seja atribuída a determinada participação societária em 'entidade' sediada no paraíso fiscal das Bahamas, cuja existência era até então desconhecida do público", disse Gonçalves.

 

As herdeiras, responsáveis pela coordenação do espólio do apresentador, entraram com a ação em 13 de dezembro. A Justiça de São Paulo quer marcar uma audiência de conciliação para saber se é possível um acordo entre as partes. Ainda não há uma data para quando isso possa acontecer.

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Vídeos que circulam nas redes sociais esta semana mostram o mar da praia de Porto Belo, em Santa Catarina, próximo a Balneário Camboriú e Bombinhas, com ondas neon no período noturno.

O fenômeno não é tão incomum na região. É provocado pela bioluminescência, quando organismos vivos emitem luz fria (leia mais abaixo). No ano passado, foram registrados vídeos parecidos na região também no mês de julho.

De acordo com um artigo do Laboratório de Sistema Bioluminescentes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a bioluminescência ocorre em variados organismos vivos (bactérias, fungos, algas, celenterados, moluscos, artrópodes, peixes), mas principalmente no ambiente marinho.

O fenômeno é causado por reações químicas exotérmicas, quando moléculas chamadas de "luciferinas" são oxidadas pelo oxigênio, produzindo moléculas eletronicamente excitadas que decaem e emitem luz. "Serve principalmente para finalidades de comunicação biológica", diz o laboratório.

Marcos Yuri Amorim, o namorado suspeito de assassinar a estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, tinha feito inscrição para participar de um concurso público para oficial da Polícia Militar. O nome dele consta no edital.

Segundo o delegado Miguel Rocha, essa é mais uma prova do relacionamento dele com o policial ambiental da reserva Roberto Carlos de Oliveira, suspeito de ser cúmplice do crime.

O delegado aponta um triângulo amoroso entre a vítima e os dois suspeitos. O advogado Miguel Micas, que defende Roberto, afirma que seu cliente se diz inocente e que a defesa ainda não teve amplo acesso ao inquérito. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Yuri.

A aluna da Universidade Estadual Paulista (Unesp) está desaparecida desde o dia 12 de junho e a polícia aponta Marcos Yuri Amorim e Roberto Carlos de Oliveira como responsáveis pela morte dela - o corpo ainda não foi encontrado. Os dois estão presos temporariamente. Yuri foi levado para uma cadeia pública da região. O policial está no presídio militar Romão Gomes, em São Paulo.

Relação de 'sugar daddy'

De acordo com o delegado, Yuri mantinha um triângulo amoroso com Carmen e o ex-policial. No caso com o PM, haveria um interesse financeiro, pois Oliveira bancava algumas despesas do Yuri.

"A investigação toda aponta neste sentido. O Yuri é extremamente frio e manipulador. Ele e Carmen se conhecem há 15 anos, estudaram juntos na Unesp e o Yuri se aproveitava da Carmen, ele foi sendo arrastado pela Carmen nos estudos", diz.

O delegado descreve a relação de Yuri com o policial com uma relação típica de sugar daddy, quando o mais velho, melhor dotado financeiramente, banca o mais novo.

"A relação de sugar daddy encaixa como uma luva. O Roberto tem poder econômico e o Yuri não tem. Ele trabalhava como entregador de yaksoba em um bairro aqui e fazia bicos. O Roberto se aposentou como segundo tenente, oficial da PM, com uma boa aposentadoria, e recentemente recebeu uma herança."

De acordo com o delegado, a investigação apontou o militar como cúmplice de Yuri no assassinato de Carmen. Eles teriam matado a estudante e ocultado o corpo. "O Yuri e o Roberto contaram aqui que dormiram juntos várias vezes. No dia 16 de junho, dias após o desaparecimento, eles vieram aqui espontaneamente, juntos, com o mesmo advogado, e contaram a mesma história. Isso chamou a atenção, porque o Roberto apareceu na história e a coisa foi escalando."

Para o delegado, a inscrição de Yuri no concurso para a PM é mais uma prova da relação entre os dois. O policial teria influenciado o rapaz que sustentava para que se inscrevesse no certame - a prova de conhecimentos foi realizada nesta segunda-feira, 14. Segundo o edital, o salário básico inicial é de R$ 4,8 mil. "Os dois estavam ligados e fizeram tudo juntos. Temos imagens do Roberto se deslocando para o sítio do Yuri. Temos a geolocalização do celular dele que bate com a geolocalização da vítima, a Carmen. Isso fundamentou a prisão temporária dos dois."

Desaparecida desde o Dia dos Namorados

Carmen foi vista pela última vez após sair do campus da Unesp em Ilha Solteira, onde cursava o último ano de zootecnia. Ela havia feito uma prova e saiu em sua bicicleta elétrica de cor preta. Como não foi para casa, a família denunciou o desaparecimento à polícia.

O rastreamento do seu celular apontou que o último lugar em que ela esteve foi na casa do namorado, em um assentamento de Ilha Solteira. Câmeras de segurança mostram a jovem se deslocando de bicicleta para a casa de Yuri.

Relacionamento escondido

A motivação do crime, segundo a investigação, seriam as pressões de Carmen para que Yuri assumisse o relacionamento com ela. Nada apontou ainda que ela soubesse da relação dele com o ex-policial Ela também havia preparado um dossiê apontando supostos crimes, como furtos, praticados pelo namorado. O dossiê seria divulgado se o rapaz não assumisse o relacionamento, que não seria bem visto pela família dele.

A polícia tenta localizar o corpo. "Está sendo difícil porque eles (os suspeitos presos) negam, falam que não sabem de nada. Como na localização do celular dela um dos últimos pontos foi no lote que o Yuri cuida, fizemos buscas lá e achamos coisas estranhas", disse o delegado. Segundo ele, havia uma fogueira com ossos, que foram recolhidos e encaminhados para pericia a fim de saber se são restos humanos. Nesta quarta-feira, será realizada uma nova perícia com luminol na casa para detectar eventuais resíduos de sangue. Uma perícia já realizada foi prejudicada pela entrada de luz no local.

Segundo o delegado, a polícia obteve um sonar para vasculhar o rio que passa no fundo do sítio de Yuri. "A gente vai passar o sonar para tentar achar a bicicleta elétrica e, quem sabe a arma. Já fizemos buscas em poços que existem lá, com resultado negativo." A psicóloga de Carmen também foi ouvida e disse que ela estava feliz, de bem com a vida e não tinha nada que indicasse a intenção de se matar.

Caso é investigado como feminicídio

O caso é investigado como feminicídio, crimes de violência doméstica cometido contra a mulher geralmente por namorados, maridos ou ex-companheiros. As decisões mais recentes da justiça têm entendido como feminicídio os homicídios cometidos contra pessoas trans por companheiro ou namorado.

A Unesp Ilha Solteira se manifestou sobre o caso prestando solidariedade à família e amigos da vítima e informou que a comunidade universitária acompanha as investigações com a expectativa de que os fatos sejam plenamente esclarecidos.

Mãe e filha foram resgatadas dentro do próprio apartamento neste sábado, 12, em Pinhais (PR), região metropolitana de Curitiba, após serem mantidas em cárcere privado por dois dias. O suspeito foi preso em flagrante.

De acordo com a Polícia Militar do Paraná, as equipes foram acionadas por um vizinho após ele encontrar bilhetes das vítimas pedindo ajuda. Elas eram moradoras do edifício e indicaram no papel em qual apartamento estavam.

"Quero pedir socorro, pois estou em cárcere privado deste quinta (10 de julho) pela manhã. Eu e minha mãe", diz um dos bilhetes. "Se a polícia vier, sem alarde, por favor. É melhor entrarem pela sacada." "Ajude-nos, pois não nosso usar o celular."

Após entrar à força no apartamento, a polícia encontrou as duas mulheres amarradas em um quarto. Elas informaram, então, que o suspeito havia fugido, pulando para o apartamento vizinho.

Com o apoio de outro morador do condomínio, também policial militar, os agentes conseguiram entrar no imóvel ao lado do das vítimas e encontraram o suspeito. Ele foi preso em flagrante.

Não foi divulgado se ele era conhecido das vítimas, nem a possível motivação do crime. "Durante a ação, uma mochila contendo cintas plásticas, fitas adesivas, ferramentas, o celular de uma das vítimas e R$ 2,7 mil em dinheiro foi apreendida", diz a PM.

As mulheres foram atendidas por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), acionado para o local, e encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pinhais.

Após serem liberadas pela equipe média, foram acompanhadas até a delegacia da Polícia Civil do Paraná (PCPR), onde prestaram depoimento.