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Le Monde: após críticas a Fernanda Torres, brasileiros invadem perfil do jornal francês

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O perfil do Le Monde - um dos jornais mais tradicionais da França - no Instagram foi invadido por brasileiros após o periódico publicar uma crítica negativa sobre o filme Ainda Estou Aqui. No texto, assinado pelo crítico cinematográfico Jacques Mandelbaum, a atuação de Fernanda Torres foi classificada como "monocórdica" e o longa de Walter Salles recebeu apenas uma estrela, em uma escala que vai até quatro.

 

Os comentários do público nacional estão espalhados pelas postagens mais recentes do jornal francês e não fazem distinção de tema ou formato. Seja em posts sobre política, alimentação ou cultura, os brasileiros tomaram conta do perfil do Instagram. Ao todo, cerca de 20 postagens do jornal francês foram invadidas até a publicação deste texto. "Nós podemos ser pobres, terceiromundistas, mas somos milhões e amamos a internet! Mexeram com o país errado!", escreveu um internauta brasileiro. "Respeita o cinema brasileiro!", complementou outra pessoa.

 

Entre os comentários mais replicados, as piadas com uma suposta falta de banho dos franceses são as mais repetidas. "Respeitem o Brasil, seus sem banho", afirmou outro internauta. Há, no entanto, aqueles que comparam patrimônios culturais do Brasil com o da França. "A Torre Eiffel é bonita, mas o Farol da Barra iluminado pelo pôr do sol é uma obra-prima", afirmou uma das usuárias brasileiras. "Pão de queijo é melhor que croissant!", continuou outro internauta.

 

"E vocês só viram a Fernanda Torres no papel de Eunice…. Porque se fosse a Vani, dava na cara de vocês!", afirmou outro usuário, se referindo ao papel da atriz brasileira na série Os Normais. "Não adianta ficar postando pro feed rolar não. Ainda estamos aqui", continuou outra pessoa.

 

Sobrou até mesmo para Emilia Pérez, longa francês que, ao lado de Ainda Estou Aqui, pleiteia uma vaga para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar. "Pelo menos nós somos brasileiros e fazemos filmes brasileiros", criticou um usuário. Apesar de ser rodado em espanhol e se passar no México, o longa dirigido Jacques Audiard é uma produção europeia.

 

Entre os milhares de comentários brasileiros, alguns franceses tentam entender o que está acontecendo sem muito sucesso. "Por que os brasileiros invadiram os comentários?", questionou uma francesa. Todas as respostas, no entanto, estão em português e pouco explicam. "Não responda em francês, deixe que eles traduzam e descubram", afirmou um brasileiro.

 

Recepção na França

 

Outros veículos franceses, porém, foram mais elogiosos a Ainda Estou Aqui. O jornal Liberátion disse que "Walter Salles narra com força e emoção o luto impossível que atingiu os Paiva". O Le Figaro classificou o filme como "uma cativante e poderosa narrativa histórica".

 

A revista especializada em cinema Première, por sua vez, o definiu como "uma obra dilacerante". Outra publicação tradicional, a Cahiers du Cinemà, o chamou de "um filme realizado com sutileza, que reafirma a necessidade da transmissão".

 

Os indicados ao Oscar serão revelados no próximo dia 23.

Em outra categoria

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que a COP30 em Belém reforçou a mensagem de que é preciso acelerar a transição limpa, mas também usá-la para impulsionar crescimento e prosperidade. Em discurso no Parlamento Europeu, ela destacou que a descarbonização "anda de mãos dadas com a competitividade".

A líder do braço executivo da União Europeia (UE) lembrou que, 10 anos após o Acordo de Paris, o mundo saiu de uma trajetória de aquecimento de 4ºC para mais perto de 2,3ºC, o que mostra que "a curva está se inclinando". Sobre o mercado de carbono, afirmou que o sistema europeu já reduziu emissões em 50%, enquanto o PIB cresceu 27%, seguindo o princípio de que "se você polui, você paga. Se não quer pagar, inove".

Von der Leyen reiterou que preços elevados de energia seguem como entrave à competitividade, mas disse que a transição limpa abre espaço para inovação e expansão industrial. Segundo ela, as conclusões do Conselho Europeu e os debates na COP30 apontam para a mesma direção: a necessidade de agir "rápida e flexivelmente, pragmática e adaptativamente" para garantir que a transição climática seja motor de crescimento - não um freio - para a economia europeia.

O empresário Thiago Brennand, condenado a mais oito anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de estupro, foi transferido na quarta-feira, 12, para a Penitenciária I de Guarulhos, localizada na região metropolitana de São Paulo. Procurada, a defesa não foi localizada.

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, o pedido foi feito por Brennand e sua defesa. O empresário está preso desde 2023, tendo passado pelo Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na capital paulista, e de lá foi transferido para o Presídio Tremembé II, no interior do Estado, onde estava cumprindo a pena antes de ser transferido.

Brennand foi condenado a mais 8 anos de prisão por estupro

Em setembro deste ano, Brennand foi condenado pelo crime de estupro a uma pena de oito anos de prisão, em regime fechado. Ele também foi condenado a pagar indenização de ao menos R$ 200 mil. Na ocasião, a defesa também não se manifestou.

O processo, que era o nono pelo qual ele respondeu, era também o último em aberto, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Como tramita em segredo de Justiça, não há mais detalhes sobre esta condenação. Ele foi condenado em cinco processos e chegou a acordos extrajudiciais em outros dois, em todos respondendo por crimes que variam entre agressões, violência contra a mulher e estupros.

Com a nova sentença, as penas do empresário somam mais de 30 anos de prisão. Ele já havia sido condenado por agredir a modelo Helena Gomes em uma academia na zona sul de São Paulo, por estuprar uma mulher norte-americana em sua mansão e por forçar sexo sem preservativo com uma ex.

Um caminhão atravessado na pista paralisou o Rodoanel Mário Covas, na região de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, por quase cinco horas na manhã desta quarta-feira, 12. O motorista, que estava com as mãos amarradas, afirmou que havia sido sequestrado e que havia uma bomba no veículo. No entanto, os policiais confirmaram que o artefato era falso e resgataram o homem.

O caso foi registrado como tentativa de roubo e localização/apreensão de objeto no Setor de Investigações Gerais (SIG) de Taboão da Serra.

Quem é o motorista?

O caminhão era conduzido pelo motorista Dener Laurito dos Santos, de 52 anos. Ele é natural de Ribeirão Pires e trabalha para a transportadora Sitrex.

Como foi o sequestro?

Santos disse aos policiais que havia feito uma entrega no Acre e voltava para a matriz da Sitrex, em São Bernardo do Campo, quando foi abordado por três criminoso, por volta das 6h desta quarta-feira.

Na altura do quilômetro 45 do Rodoanel, os suspeitos o obrigaram a atravessar o veículo na pista e bloquear a via, segundo o homem. Ele teve as mãos amarradas e foi deixado sozinho na cabine do caminhão.

O motorista conseguiu entrar em contato com o Centro de Controle Operacional da rodovia e relatou que havia sido sequestrado e que os criminosos haviam deixado explosivos na carreta.

Como foi o resgate?

Devido aos supostos explosivos que estavam no caminhão, o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar foi acionado e chegou ao local por volta das 9h. Cerca de uma hora depois, um dos especialistas da equipe identificou que o artefato não estava preso a Santos e conseguiu retirá-lo do veículo.

O motorista chegou a desmaiar e estava em estado de choque, mas foi colocado em uma ambulância e levado para o Hospital Geral de Itapecerica da Serra, onde recebeu atendimento e foi liberado.

Como era o artefato falso?

Os policiais não demoraram para perceber que o explosivo era falso, de acordo com Gustavo Packer Mercadante, comandante do Batalhão de Operações Especiais, que abriga o Gate. "Era até meio tosco, batendo o olho mais de perto já deu para perceber que não era uma bomba", disse Mercadante. Segundo o policial, o simulacro de bomba foi feito a partir de um galão d'água, dois tubos de aerossol e papel alumínio.

O que disse o motorista?

Santos prestou depoimento após sair do hospital. Ele relatou aos policiais como foi o sequestro e disse que o grupo pretendia usar o caminhão para transportar armas de fogo até o Rio de Janeiro.

O que diz a empresa responsável pela carreta?

A Sitrex informou, em nota, que o caminhão estava vazio no momento da tentativa de assalto e afirmou que Santos cumpriu "todos os procedimentos legais e de segurança" durante a viagem, incluindo respeitar horários de descanso e dirigir dentro dos limites de velocidade.

Quais são os próximos passos?

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o motorista e outros profissionais envolvidos no atendimento da ocorrência já foram ouvidos. O caminhão, que foi apreendido, passou por perícia e coleta de impressões digitais.

Ainda segundo a pasta, imagens de câmeras de segurança serão coletadas para ajudar no esclarecimento dos fatos. "No momento, nenhuma linha de investigação é descartada", disse.