Cena de 'The Office' é comparada ao discurso de Elon Musk em comício de Trump

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O bilionário sul-africano Elon Musk está sendo bastante criticado por seu discurso em um comício de Donald Trump, realizado nesta segunda-feira, 20, em Washington. Celebrando a posse do novo presidente dos Estados Unidos, o dono do X, da Tesla e da SpaceX fez uma fala enérgica, mas um dos seus gestos chamou atenção do público: uma movimentação de braço que lembra a saudação nazista popularizada por Adolf Hitler.

Enquanto as redes sociais debatiam qual foi a intenção de Musk, os fãs da série norte-americana The Office relembraram uma cena do seriado que remete à situação: o discurso de Dwight Schrute após ganhar o prêmio de Melhor Vendedor do Ano da Dunder Mifflin, empresa de papel onde a trama do programa se passa.

No décimo sétimo episódio da segunda temporada, a série acompanha o evento de premiação. Quando Dwight é anunciado como o grande vencedor da noite, o personagem interpretado por Rainn Wilson sobe ao palanque e começa a discursar para as pessoas presentes. O que ele não sabia, no entanto, era que suas falas foram baseadas em um discurso do ditador italiano Benito Mussolini.

Jim Halpert (John Krasinski), rival de Dwight na série, pregou uma peça no colega de trabalho e sugeriu as falas fascistas para o discurso. O que ele não esperava, no entanto, era que a apresentação de Dwight fosse fazer sucesso com o público do evento, levando o vendedor a ser aplaudido efusivamente ao final do seu agradecimento.

Ao longo do discurso, Dwight repete gestos que se assemelham à saudação de Hitler e dos nazistas. A comparação com Musk, então, se tornou piada nas redes sociais. Durante sua fala, o bilionário também gesticulou bastante. Nos últimos anos, Musk tem se posicionado a favor da extrema-direita mundial.

Além do apoio a Trump, o empresário também declarou apoio ao partido de extrema-direita alemão Alternativa para a Alemanha (AfD), que reúne elementos neonazistas e já foi investigado pelo governo local por associação ao nazismo e por representar um risco à democracia alemã.

O discurso de Dwight Schrute pode ser conferida aqui e o de Musk por ser assistido aqui.

Em outra categoria

A Corregedoria da Polícia Militar prendeu na noite desta terça-feira, 21, o segundo suspeito de matar o delator do PCC, Antônio Vinicius Gritzbach. O empresário foi executado no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Segundo apurado pelo Estadão, o cabo da PM foi preso no 20º Batalhão da Polícia Militar e será encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.

Outros 16 policiais militares já tinham sido presos por envolvimento no caso na semana passada. No sábado, 18, uma ação do DHPP prendeu o tenente Fernando Genauro da Silva, suspeito de dirigir o carro usado na execução. Conforme revelado pelo Estadão, ele era amigo de Gritzbach e frequentava a casa do delator. O tenente foi identificado com base em dados de geolocalização, que o colocaram na cena do crime após a polícia receber uma denúncia contra ele. A reportagem tenta contato com a defesa de Genauro da Silva.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o PM foi preso por policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no Jardim Umuarama, em Osasco, em cumprimento a um mandado de prisão temporária. O suspeito foi conduzido à sede do DHPP e será encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes (PMRG).

Na sexta, 17, um estudante de Direito suspeito de ter auxiliado na fuga de um dos olheiros do PCC foi preso. Marcos Soares Brito, de 23 anos, foi encontrado no Tatuapé, zona leste da capital paulista. Ele teria colaborado com Kauê Amaral Coelho, de 29 anos, apontado como olheiro do PCC. Também na sexta, foi detida a modelo Jackeline Moreira, de 28 anos, tida como namorada de Kauê.

Na quinta-feira, 16, um homem suspeito de ser um dos atiradores, um policial militar da ativa, de 40 anos, foi preso em operação da Corregedoria da PM. Outros 14 agentes também foram presos na operação, incluindo dois tenentes. Eles integrariam um esquema de escolta para Gritzbach. Todos os policiais tiveram a prisão mantida nesta sexta após passar por audiência de custódia.

Quem era o delator Antônio Vinícius Gritzbach?

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção na região do Tatuapé, zona leste paulistana.

Sua trajetória está associada à chegada do dinheiro do tráfico internacional de drogas ao PCC. Ele fechara acordo de delação premiada em abril. Em reação, a facção pôs um prêmio de R$ 3 milhões pela sua cabeça.

Gritzbach era um jovem corretor de imóveis da construtora Porte Engenharia quando conheceu o grupo de traficantes de drogas de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta. Vinícius Gritzbach foi demitido pela empresa em 2018.

Foi a acusação de ter mandado matar Cara Preta, em 2021, que motivou a primeira sentença de morte contra ele, decretada pela facção.

Para a polícia, Gritzbach havia sido responsável por desfalque em Cara Preta de R$ 100 milhões em criptomoedas e, quando se viu cobrado pelo traficante, decidira matá-lo. O empresário teria contratado Noé Alves Schaum para matar o traficante.

O crime foi em 27 de dezembro de 2021. Além de Cara Preta, o atirador matou Antonio Corona Neto, o Sem Sangue, segurança do traficante. Conforme as investigações, Schaum foi capturado pelo PCC em janeiro de 2022, julgado pelo tribunal do crime e esquartejado por um criminoso conhecido como Klaus Barbie, referência ao oficial nazista que atuou na França ocupada na 2ª Guerra, onde se tornou o Carniceiro de Lyon.

Um motorista atropelou uma pessoa e, na sequência, colidiu em uma moto na madrugada desta terça-feira, 21, na Marginal Pinheiros, em São Paulo. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, motociclista não resistiu ao impacto da batida e morreu no local. A polícia tenta identificar o responsável pelo acidente.

"Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, foram informados que um veículo aparentando ser uma SUV de cor preta teria atropelado um homem e prosseguiu sem prestar socorro, quando colidiu contra uma moto", disse a pasta.

Conforme a SSP, a ocorrência foi registrada por volta das 5 horas da manhã. A vítima atropelada foi encaminhada para atendimento no Pronto-Socorro do Hospital Geral de Pedreira, onde permanece internada.

A Polícia Civil permanece investigando o caso. A ocorrência está sendo registrada no 98° Distrito Policial (Jardim Mirna).

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), vai vetar integralmente o projeto de lei (PL) complementar 18/2024 que alterava o sistema ambiental do Estado, informou o governo em nota. O projeto aprovado na Assembleia Legislativa do Estado em 8 de janeiro permitia a reclassificação de áreas do bioma amazônico em Cerrado de acordo com a altura da vegetação.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 20, por Mendes. De acordo com o governador, um novo projeto será apresentado em 90 dias. "Após ver o parecer técnico e ouvir os setores, decidi vetar 100% o projeto. Vamos constituir um grupo de trabalho nos próximos dias e, em até 90 dias, apresentaremos um novo projeto de lei, consistente, técnico, que respeite as legislações ambientais do País e traga mais segurança jurídica na interpretação e aprovação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Estado", afirmou na nota.

Para a secretária de Meio Ambiente do Estado, Mauren Lazzaretti, a atualização do sistema ambiental do Estado é necessária, mas precedida de análise técnica. "A mudança de legislação tem de trazer mais simplicidade no processo, porém com segurança jurídica e técnica. Então, acredito que o grupo de trabalho vai estudar não apenas essa alteração, mas com regras de transição e também garantindo a proteção ambiental e a produção sustentável", disse Lazzaretti.

O projeto foi apresentado inicialmente pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa e modificado pelos parlamentares. O projeto gerou controvérsias e insegurança entre ambientalistas e produtores rurais por supostos desalinhamentos com a legislação ambiental federal.

A reclassificação da vegetação do Estado acarretaria, consequentemente, a definição das áreas de reserva legal em propriedades rurais. Conforme as diretrizes do projeto, seriam classificadas como floresta as áreas com vegetação com a média das alturas totais a partir de 20 metros e com altura máxima de 30 a 50 metros. Quanto ao Cerrado, estariam classificadas dentro do bioma áreas com vegetação de altura máxima até 20 metros.