Livraria de SP sai dos Campos Elísios e vai para o Bixiga; reinauguração é sábado

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A Livraria Na Nuvem, que até o fim de 2024 dividia espaço com o Café Colombiano, no bairro dos Campos Elísios, está de endereço novo. A partir deste sábado, 1º, a livraria passa a funcionar dentro do Espaço Cultural Farofa do Bixiga (Rua Treze de Maio, 744), em frente à Praça Dom Orione, no Bixiga.

A livreira Renata Costa é quem está à frente do negócio. Ela tem no currículo mais de 15 anos na extinta Saraiva e passagem pela carioca Blooks, em que foi gerente da unidade do Shopping Frei Caneca, também já fechada.

"Antes nós tínhamos um espaço pequeno, pois lá éramos parceiros, nós o sublocávamos - a livraria em si era pequena, mas era uma livraria muito bem abastecida e com uma curadoria bem pensada. Não tinha tanta coisa em quantidade, mas tínhamos de tudo o que seria interessante para uma pessoa que gosta de literatura e humanidades; tínhamos o melhor da literatura brasileira, o melhor da literatura estrangeira, o que era pertinente a áreas como gênero, raça, para as discussões sobre povos originários, sobre feminismo, porque é essa a nossa proposta. Agora, além disso, temos muito mais títulos - aumentamos em 10% a quantidade de títulos", disse Renata ao Estadão.

Para marcar a reinauguração, uma programação com música, debates, sarau e até uma oficina de escrita criativa ocorre neste sábado. Às 14h, o Bloco Piranha faz uma apresentação musical que será seguida por um bate-papo com a escritora Luciany Aparecida, autora de Mata Doce (Alfaguara).

Às 16h, acontece uma oficina de escrita criativa com a jornalista Daniela Urquidi e às 18h, o Sarau Poesia de Esquina de Volta ao Ninho faz uma apresentação. A cantora Nana Pastorello encerra a programação com show de voz e violão.

A casa receberá programações gratuitas sempre aos sábados no período da tarde. Já estão previstos um bate-papo com João Anzanello Carrascoza, no dia 8 de fevereiro, e outro sobre cordel, no dia 15.

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Um homem de 46 anos que mora em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, está sumido desde a tarde de quarta-feira, 29, quando a cidade foi atingida por um intenso temporal.

Ele tentava atravessar uma ponte quando teria caído em um rio. Bombeiros fazem buscas desde a manhã de quinta-feira, 30, mas até a noite não o localizaram.

Segundo os bombeiros, Vagner Espinosa foi visto pela última vez iniciando a travessia da ponte enviesada que liga os bairros de Heliópolis e Areia Branda, sobre o rio Botas. A suposição é que ele caiu no rio. Belford Roxo atingiu nível 4 de alerta das chuvas, em uma escala que vai de zero a 5.

Os bombeiros informaram que nesta quinta-feira, 30, demarcaram um trecho do rio, perto do local onde ele teria caído, e fizeram buscas por Espinosa, mas não o encontraram. As buscas vão continuar nesta sexta-feira, 31.

O Rio Botas costuma transbordar sempre que há chuvas intensas em Belford Roxo. Em janeiro do ano passado, o curso d'água inundou casas na vizinhança, causando muitos estragos.

A Defesa Civil de Belford Roxo alerta que as pessoas não devem tentar atravessar pontes ou lugares alagados, durante temporais, porque a correnteza se torna mais forte e pode arrastar pessoas, como pode ter ocorrido com Espinosa.

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), anunciou na noite desta quinta-feira, 30, um reajuste de 6,27% no piso salarial dos professores da educação básica em todo o Brasil. O piso, válido para jornadas de 40 horas semanais, passou de R$ 4.580 para R$ 4.867,77.

O reajuste é retroativo a 1º de janeiro, como prevê a Lei do Magistério, de 2008. A cada início de ano, o Ministério da Educação (MEC) define e anuncia qual é o reajuste e o valor do piso para aquele ano. A educação básica é aquela que engloba a creche, a pré-escola e os ensinos fundamental e médio.

Em resposta ao anúncio do ministro na rede X (antigo Twitter), a maioria das respostas publicadas por internautas eram reclamações de que muitos Estados e municípios não respeitam essa remuneração mínima.

"A gente quer é uma alteração na lei do piso para que os Estados e municípios que não paguem o piso sofram punição", escreveu um internauta. "De que adianta aumentar a nível federal se Estados e municípios não cumprem o piso salarial?", questionou outro.

Por outro lado, gestores dos governos locais, sobretudo prefeituras, reclamam que a Lei do Piso pressiona o orçamento das pequenas cidades.

O som das sirenes de emergência da Defesa Civil levou dezenas de pessoas a deixarem as suas casas na noite desta quinta-feira, 30, em Guarujá, na Baixada Santista, litoral de São Paulo. Mensagens de alerta de nível extremo também foram enviadas aos celulares de moradores. A chuva forte que atingiu a cidade durante a madrugada causou vários deslizamentos, destruiu uma moradia e deixou uma criança ferida.

As sirenes foram acionadas às 22h20 por determinação da prefeitura, após alerta emitido pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Defesa Civil. A cidade registrou 108 milímetros de chuva em 24 horas. Segundo a prefeitura, 22 pessoas passaram a noite na Escola Municipal Sergio Pereira, na Barreira do João Guarda, transformada em abrigo provisório.

Uma família com oito pessoas permanecia no local nesta quinta-feira, 30. Os demais desalojados foram transferidos para o albergue de uma unidade de acolhimento.

Durante o temporal, foram registradas 11 ocorrências, sendo três deslizamentos de terra: dois no Morro da Vila Baiana e um na Barreira do João Guarda. Na Vila Baiana, uma criança foi socorrida com ferimentos leves. Uma moradia em palafitas foi arrastada pelas águas na Rua Chafariz. A moradora foi resgatada pelos vizinhos.

A prefeitura informou que a escola continuará disponível para abrigar a população das áreas de risco. "Reforçamos que a Defesa Civil continua em alerta, com previsão de chuvas fortes a partir da tarde de hoje (quinta). Dada a situação do solo já muito encharcado, qualquer volume de chuva representa risco", disse, em rede social.

Além da Sérgio Pereira, as escolas municipais Paulo Freire, na Vila Santa Clara, e Paulo Clemente Santini, no Jardim Praiano, estão preparadas para receber os desalojados.

Mortes há cinco anos

Em março de 2020, a Baixada Santista foi atingida por fortes temporais que causaram inundações e deslizamentos, deixando 45 mortos. Destes, 34 eram moradoras do Guarujá e a maioria morreu durante um grande deslizamento de terra no Morro da Barreira do João Guarda, onde fica a escola que agora serve como abrigo para os desalojados. Segundo a prefeitura, a encosta do morro recebeu obras de contenção para reduzir os riscos de novos deslizamentos.

Aviso vermelho

Nesta quinta, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o aviso vermelho (grande perigo) para o Litoral Norte de São Paulo. A previsão é de que, até a manhã desta sexta, 31, a chuva pode superar 100 milímetros na região. Pode chover com a mesma intensidade em todo o Vale do Paraíba, em áreas do Rio de Janeiro (Costa Verde e sul do estado) e no sul de Minas Gerais.

Já a Defesa Civil paulista emitiu o alerta para fortes chuvas em todo o Estado até domingo, 2. Estão em alto risco para alagamentos e deslizamentos todo o litoral paulista, de Ubatuba a Cananéia, além das regiões de São José dos Campos, Registro, Campinas, Sorocaba, Itapeva e a Grande São Paulo.