Comentários sobre Camilla no 'BBB 25' geram debate sobre racismo

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Durante um almoço especial do Big Fone no BBB 25, Renata e Maike fizeram comentários sobre Camilla, que foram apontados como um exemplo de racismo estrutural pela equipe da participante. O episódio provocou choro, discussões dentro do reality e notas de posicionamento das equipes envolvidas.

Tudo começou quando Eva atendeu ao Big Fone e escolheu seis participantes para um almoço especial comandado por Ana Maria Braga. Durante a refeição, os brothers e sisters debateram sobre o jogo e precisaram tomar decisões que afetariam os demais confinados.

Em determinado momento, ao discutirem quais participantes deveriam ficar amarrados por tempo indeterminado, Eva sugeriu separar Camilla e Thamiris, mas Renata ponderou que não fazia sentido amarrar pessoas do mesmo quarto. Foi então que Maike comentou que Camilla era responsável por cozinhar para a Xepa, e Renata concordou, afirmando que isso prejudicaria o grupo que dependia da Sister.

"Pro meu jogo, é mais interessante separar Camilla e Thamiris", disse Eva. "Mas a gente se lasca também, porque a gente tá na Xepa e ela cozinha pra gente", completou Renata.

O diálogo foi transmitido para os demais participantes, que acompanhavam a conversa sem que o grupo soubesse.

Reação de Camilla e posicionamento da equipe

A reação de Camilla foi imediata e a sister não segurou as lágrimas. "A leitura que elas estão fazendo do jogo é covardia", disse.

A equipe da sister se manifestou publicamente repudiando as falas. Em nota, afirmou que, mesmo sem intenção, expressões como essa reforçam a ideia de que pessoas negras ocupam posições de servidão, algo que precisa ser desconstruído. "O papel da mulher não se limita à cozinha. Essa visão reducionista perpetua desigualdades e apaga a diversidade de capacidades, sonhos e conquistas femininas", destacou o texto.

Pedido de desculpas

Com o retorno das bailarinas para a casa, Diogo as chamou para conversar e destacou suas impressões sobre o que foi dito.

Após a repercussão, Renata e Eva procuraram Camilla para conversar. A bailarina afirmou que não teve intenção de ofender e justificou que quem iniciou o comentário sobre a cozinha foi Maike. "Ficou parecendo que fui eu quem insinuou, mas foi um consenso", disse Renata.

Renata reforçou que, ao saber do impacto de suas palavras, quis pedir desculpas imediatamente. "Assim que falaram para a gente que você chorou, que ficou ofendida, a primeira coisa que pensamos foi em nos desculpar", declarou.

Fora da casa, a equipe de Renata também emitiu um comunicado, afirmando que a fala ocorreu no contexto da rotina do programa, sem conotação discriminatória. No entanto, reconheceu que o tema é sensível e pediu desculpas.

Em outra categoria

Um homem de 46 anos que mora em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, está sumido desde a tarde de quarta-feira, 29, quando a cidade foi atingida por um intenso temporal.

Ele tentava atravessar uma ponte quando teria caído em um rio. Bombeiros fazem buscas desde a manhã de quinta-feira, 30, mas até a noite não o localizaram.

Segundo os bombeiros, Vagner Espinosa foi visto pela última vez iniciando a travessia da ponte enviesada que liga os bairros de Heliópolis e Areia Branda, sobre o rio Botas. A suposição é que ele caiu no rio. Belford Roxo atingiu nível 4 de alerta das chuvas, em uma escala que vai de zero a 5.

Os bombeiros informaram que nesta quinta-feira, 30, demarcaram um trecho do rio, perto do local onde ele teria caído, e fizeram buscas por Espinosa, mas não o encontraram. As buscas vão continuar nesta sexta-feira, 31.

O Rio Botas costuma transbordar sempre que há chuvas intensas em Belford Roxo. Em janeiro do ano passado, o curso d'água inundou casas na vizinhança, causando muitos estragos.

A Defesa Civil de Belford Roxo alerta que as pessoas não devem tentar atravessar pontes ou lugares alagados, durante temporais, porque a correnteza se torna mais forte e pode arrastar pessoas, como pode ter ocorrido com Espinosa.

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), anunciou na noite desta quinta-feira, 30, um reajuste de 6,27% no piso salarial dos professores da educação básica em todo o Brasil. O piso, válido para jornadas de 40 horas semanais, passou de R$ 4.580 para R$ 4.867,77.

O reajuste é retroativo a 1º de janeiro, como prevê a Lei do Magistério, de 2008. A cada início de ano, o Ministério da Educação (MEC) define e anuncia qual é o reajuste e o valor do piso para aquele ano. A educação básica é aquela que engloba a creche, a pré-escola e os ensinos fundamental e médio.

Em resposta ao anúncio do ministro na rede X (antigo Twitter), a maioria das respostas publicadas por internautas eram reclamações de que muitos Estados e municípios não respeitam essa remuneração mínima.

"A gente quer é uma alteração na lei do piso para que os Estados e municípios que não paguem o piso sofram punição", escreveu um internauta. "De que adianta aumentar a nível federal se Estados e municípios não cumprem o piso salarial?", questionou outro.

Por outro lado, gestores dos governos locais, sobretudo prefeituras, reclamam que a Lei do Piso pressiona o orçamento das pequenas cidades.

O som das sirenes de emergência da Defesa Civil levou dezenas de pessoas a deixarem as suas casas na noite desta quinta-feira, 30, em Guarujá, na Baixada Santista, litoral de São Paulo. Mensagens de alerta de nível extremo também foram enviadas aos celulares de moradores. A chuva forte que atingiu a cidade durante a madrugada causou vários deslizamentos, destruiu uma moradia e deixou uma criança ferida.

As sirenes foram acionadas às 22h20 por determinação da prefeitura, após alerta emitido pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Defesa Civil. A cidade registrou 108 milímetros de chuva em 24 horas. Segundo a prefeitura, 22 pessoas passaram a noite na Escola Municipal Sergio Pereira, na Barreira do João Guarda, transformada em abrigo provisório.

Uma família com oito pessoas permanecia no local nesta quinta-feira, 30. Os demais desalojados foram transferidos para o albergue de uma unidade de acolhimento.

Durante o temporal, foram registradas 11 ocorrências, sendo três deslizamentos de terra: dois no Morro da Vila Baiana e um na Barreira do João Guarda. Na Vila Baiana, uma criança foi socorrida com ferimentos leves. Uma moradia em palafitas foi arrastada pelas águas na Rua Chafariz. A moradora foi resgatada pelos vizinhos.

A prefeitura informou que a escola continuará disponível para abrigar a população das áreas de risco. "Reforçamos que a Defesa Civil continua em alerta, com previsão de chuvas fortes a partir da tarde de hoje (quinta). Dada a situação do solo já muito encharcado, qualquer volume de chuva representa risco", disse, em rede social.

Além da Sérgio Pereira, as escolas municipais Paulo Freire, na Vila Santa Clara, e Paulo Clemente Santini, no Jardim Praiano, estão preparadas para receber os desalojados.

Mortes há cinco anos

Em março de 2020, a Baixada Santista foi atingida por fortes temporais que causaram inundações e deslizamentos, deixando 45 mortos. Destes, 34 eram moradoras do Guarujá e a maioria morreu durante um grande deslizamento de terra no Morro da Barreira do João Guarda, onde fica a escola que agora serve como abrigo para os desalojados. Segundo a prefeitura, a encosta do morro recebeu obras de contenção para reduzir os riscos de novos deslizamentos.

Aviso vermelho

Nesta quinta, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o aviso vermelho (grande perigo) para o Litoral Norte de São Paulo. A previsão é de que, até a manhã desta sexta, 31, a chuva pode superar 100 milímetros na região. Pode chover com a mesma intensidade em todo o Vale do Paraíba, em áreas do Rio de Janeiro (Costa Verde e sul do estado) e no sul de Minas Gerais.

Já a Defesa Civil paulista emitiu o alerta para fortes chuvas em todo o Estado até domingo, 2. Estão em alto risco para alagamentos e deslizamentos todo o litoral paulista, de Ubatuba a Cananéia, além das regiões de São José dos Campos, Registro, Campinas, Sorocaba, Itapeva e a Grande São Paulo.