Prêmio Jabuti Acadêmico 2025 especifica regras para uso de IA

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A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou as novidades para o Prêmio Jabuti Acadêmico, que chega a sua segunda edição em 2025. O prêmio - irmão mais novo do tradicional Jabuti - busca reconhecer e valorizar a produção acadêmica, científica, técnica e profissional brasileira.

Como informou a CBL na última quinta-feira, 30, a principal novidade deste ano é a inclusão da categoria Tradução, que vai avaliar livros em tradução inédita de qualquer idioma para o português e publicados em nova edição no Brasil. Nessa nova categoria, incluída entre os Prêmios Especiais, os jurados terão de ficar atentos a critérios específicos como: relação com a elocução original; domínio do português como língua de chegada, precisão vocabular e conceitual e preservação da ética, da diferença e mediação da diversidade cultural.

Outra novidade é a inclusão de novos critérios para os livros que concorrem no eixo Ciência Cultura, que abrange 27 categorias. Neles, os jurados terão de avaliar quatro novos quesitos: relevância e pertinência científica; qualidade editorial; inovação e potencial de impacto.

O físico Marcelo Knobel, que acaba de assumir como diretor executivo da Academia Mundial de Ciências (TWAS), será novamente o curador do prêmio. O ex-reitor da Unicamp disse que o Jabuti Acadêmico 2025 vem com outras melhorias decorrentes do aprendizado com a primeira edição.

USO DE IA

Uma delas foi barrar o uso de inteligência artificial na produção textual das obras concorrentes, a menos que trechos gerados por ferramentas de IA estejam claramente indicados e tenham sido utilizados no contexto da obra, como exemplos, estudos, debates ou críticas aos modelos. Medida semelhante foi adotada pelo Prêmio Jabuti em 2024.

No ano anterior, a edição do clássico Frankenstein, de Mary Shelley, ilustrado com ajuda do Midjourney, apareceu entre os finalistas na categoria Ilustração. Depois de polêmicas, o livro foi desclassificado.

Outra medida adotada foi a possibilidade de desabilitar uma categoria inteira, caso ela não receba um mínimo de 20 obras inscritas. Neste caso, não haverá disputa. O professor Marcelo lembra que situação semelhante ocorreu - sem revelar a categoria - em 2024.

As inscrições para o Jabuti Acadêmico estão abertas até 20 de março e podem ser feitas pelo site do Prêmio Jabuti Acadêmico. Por lá também será possível fazer indicações ao Livro Acadêmico Clássico do Ano, premiação especial a ser dada a uma obra atemporal, que se mantém relevante e na memória de estudantes de diferentes segmentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Um homem de 59 anos foi preso em flagrante neste domingo, 3, suspeito de matar a companheira no apartamento em que vivia com ela, em Barueri, na Grande São Paulo. Ele acionou o serviço de resgate alegando que a mulher, a empresária Bruna Martello Carvalho, de 35 anos, estava tendo convulsões.

Agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) encontraram sinais de violência no local. Levado à Delegacia da Mulher (DDM), ele foi autuado por feminicídio. Até a publicação deste texto, a reportagem não havia conseguido contato com a defesa do suspeito. À polícia, ele negou o crime.

De acordo com Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), os guardas municipais foram acionados para atender a ocorrência e, chegando ao local, encontraram a vítima sem vida, com sinais de agressão. O companheiro dela estava no imóvel e foi conduzido à DDM de Barueri. Foi constatado um mandado de prisão contra ele emitido pela justiça de Blumenau (SC) por descumprimento à medida protetiva em um caso anterior de violência doméstica.

Fábio Seoane Soalheiro foi indiciado por feminicídio e, em audiência de custódia realizada no domingo, 3, foi mantido preso.

De acordo com o registro policial, os guardas municipais constataram que Bruna tinha ferimentos na cabeça, nos braços e na perna. O homem também apresentava ferimentos nas mãos, nas costas e nas pernas. O apartamento estava revirado, tinha mechas de cabelo pelo chão e sinais de sangue, denotando episódio de violência.

Segundo a GCM, Soalheiro negou agressão à vítima e disse que os ferimentos eram decorrentes da convulsão que ela sofreu, mas os guardas consideraram que os sinais eram incompatíveis com um quadro convulsivo. A Polícia Civil enviou perícia ao local.

O corpo de Bruna foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e a polícia aguarda o laudo da necropsia.

Bruna morava no apartamento com o companheiro e uma filha de cinco anos, que não estava no local no momento da morte da mãe. O relacionamento do casal começou há pouco mais de um ano.

O corpo da mulher foi sepultado nesta segunda-feira, 4, no cemitério Parque das Garças, em Santana de Parnaíba, cidade vizinha a Barueri. A empresária era de Concórdia (SC), onde ainda tinha familiares.

Um marsupial "fluorescente" da espécie Dasyurus viverrinus, conhecida como quoll oriental, foi flagrado "brilhando" no ano passado em uma floresta na Tasmânia, na Oceania. Agora, o registro rendeu um prêmio internacional ao fotógrafo australiano de paisagens naturais Ben Alldridge, responsável pela captura.

Trata-se de uma imagem rara - possivelmente a primeira fotografia de um marsupial exibindo biofluorescência em habitat natural. O prêmio Beaker Street de 2025 de Fotografia Científica reconheceu a importância da imagem, e por isso foi entregue a Alldridge neste mês de julho.

A espécie está ameaçada de extinção e, para fazer o registro, foi necessário utilizar uma tecnologia de iluminação ultravioleta invisível. Dessa forma, as manchinhas características do animal, parecidas com pintas, ganharam novos tons.

"'Qualquer cor que você quiser...' Mais de doze meses de trabalho resultaram em duas visões muito diferentes: a mesma espécie, o mesmo local, as mesmas ferramentas, mas totalmente diferentes", publicou o fotógrafo em sua página no Instagram.

"O quoll oriental da Tasmânia (Dasyurus viverrinus) é amplamente reconhecido por ter duas cores... mas apague as luzes e isso vai por água abaixo", disse o australiano.

De acordo com o fotógrafo, a espécie está próxima da extinção por conta da perda de seu habitat natural. Mudanças climáticas, acidentes em estradas e novas espécies introduzidas no local em que vivem estão "levando-os à beira do abismo", alertou ele no Dia das Espécies Ameaçadas da Austrália.

Um grupo formado por ao menos quinze criminosos armados invadiu um condomínio residencial no bairro Indianópolis, na região de Moema, zona sul da cidade de São Paulo no último sábado, 2. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado, a quadrilha rendeu moradores e roubou pertences, dinheiro e um veículo.

A ocorrência foi registrada por volta das 23 horas na Alameda dos Anapurus. "As vítimas, com idades entre 18 e 63 anos, contaram que os assaltantes, utilizando máscaras, luvas e armas de fogo, acessaram o condomínio com um controle remoto cadastrado para um dos apartamentos", disse a SSP.

Conforme a investigação, os bandidos renderam o porteiro, desligaram as câmeras e aguardaram a chegada de moradores para abordá-los. "As vítimas foram levadas a seus apartamentos, onde foram subtraídos celulares, joias, relógios, dinheiro, talões de cheques, um capacete e um veículo Fiat Argo preto", acrescentou a secretaria da Segurança.

Durante a ação, os moradores foram mantidos sob ameaça com os criminosos exigindo transferências via PIX, que não foram concluídas. Ainda segundo a SSP, alguns celulares foram descartados pelos assaltantes na Avenida Interlagos, onde a Polícia Militar localizou nove aparelhos e uma luva preta.

O caso foi registrado como roubo pelo 27º Distrito Policial (Ibirapuera), que requisitou perícia no local. A ocorrência segue em andamento.

Alta da criminalidade na região

Conforme o Radar da Criminalidade do Estadão, na Alameda dos Anapurus foi registrado o aumento de 6,3% na incidência de crimes. Foram registrados 17 ocorrências nas proximidades em junho deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Sendo a principal incidência, com oito casos, a de roubo de celular.