Zoe Saldaña diz que está 'processando' as consequências de polêmica com Karla Sofía Gascón

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Zoe Saldaña se pronunciou sobre a polêmica envolvendo sua colega de elenco em Emilia Pérez, Karla Sofía Gascón, cujas postagens antigas no X (Twitter) foram resgatadas, gerando críticas devido ao discurso ofensivo. A repercussão negativa ofuscou a produção, que recebeu 13 indicações ao Oscar, incluindo a primeira nomeação de Saldaña ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante.

Em uma entrevista ao Variety Awards Circuit Podcast, a atriz expressou sua tristeza pela situação, destacando que o filme foi criado com a intenção de promover inclusão e amor.

"Estou triste. Essa é a palavra porque esse é o sentimento que vive no meu peito desde que tudo aconteceu", disse Saldaña. "Também estou decepcionada. Não posso falar pelas ações de outras pessoas. Tudo o que posso atestar é minha experiência, e nunca em um milhão de anos acreditei que estaríamos aqui", completou a atriz.

A produção espanhola, dirigida por Jacques Audiard, fez história ao se tornar o filme de língua não inglesa com mais indicações ao Oscar. No entanto, a polêmica sobre as publicações de Gascón complicou a campanha do filme.

Saldaña, que divide o elenco com Karla Sofía, Selena Gomez, Adriana Paz e Édgar Ramírez, evitou comentar se conversou com Gascón desde o início da polêmica. "Sinto que já falei o suficiente sobre isso", afirmou, explicando que ainda está processando os eventos. "Não é algo que precisamos resolver de imediato."

Em entrevista para a CNN Espanhol, Gascón afirmou que Saldaña e Gomez a apoiam "200%". Quando questionada sobre isso, a atriz fez uma pausa antes de não confirmar a declaração e se referiu a um posicionamento anterior, no qual denunciou discursos de ódio e racismo. "Não apoio nenhum tipo de retórica negativa, de racismo e intolerância contra qualquer grupo de pessoas", reiterou.

Apesar da controvérsia, Saldaña segue otimista quanto ao legado do filme, esperando que o público reconheça o trabalho de todos os envolvidos. "Sempre fui uma pessoa esperançosa. Fui criada para não ter julgamentos negativos contra nenhum grupo ou comunidade. Enquanto sou essa pessoa, ainda posso defender um conjunto de trabalhos dos quais posso me orgulhar", afirmou.

A atriz finalizou destacando que a pessoa retratada nas redes sociais de Gascón não foi a mesma que ela conheceu no set. No entanto, ela ressaltou: "Não posso atestar o que as pessoas fazem no tempo privado delas com suas redes pessoais".

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A venda de áreas de pesquisa no Estado de São Paulo pode colocar em risco o que resta do bioma do Cerrado, considerado o 'berço das águas', em território paulista, estimado hoje em apenas 3% da vegetação original. A afirmação é da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), que monitora 39 áreas de experimentação ligadas à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), todas com vocação para pesquisa e conservação do bioma.

"O atual governo já confirmou, em resposta a um ofício da Assembleia Legislativa, que realiza um estudo para vender essas áreas. São fazendas fundamentais para a pesquisa científica, a produção de conhecimento, e, mais do que isso, essenciais para conservar o pouco que nos resta do bioma do Cerrado no Estado", afirmou em comunicado a presidente da APqC, Helena Dutra Lutgens.

O Cerrado é reconhecido pela capacidade de absorver água da chuva e liberar lentamente ao longo de todo ano. No Estado de São Paulo, segundo cientistas, ele cumpre um papel ainda mais relevante, o de proteger o aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea do mundo.

"Diante do atual cenário de mudanças climáticas, o Estado mais rico da nação deveria estar preocupado em buscar investimentos para desenvolver pesquisas sobre como enfrentar a escassez hídrica, que já afeta muitos municípios do interior paulista, ou estudos para evitar que os mananciais sejam contaminados pela exploração agrícola, algo que também já ocorre em diferentes regiões do Estado", destacou Lutgens.

Segundo a APqC, os 16 institutos públicos de pesquisa de São Paulo têm realizado estudos para identificar variedades mais resistentes às mudanças climáticas, em diferentes culturas. Mas, segundo a APqC, os esforços dos pesquisadores dependem de maior investimento, além da contratação de mais cientistas.

"A segurança alimentar das próximas gerações depende do investimento em pesquisa que fazemos hoje. O uso sustentável da água e a descoberta de novas variedades de alimentos adaptadas ao novo clima dependem da ciência e não há como produzir conhecimento sem áreas de pesquisa, sem ter onde experimentar essas descobertas. Vender áreas de pesquisa diante do quadro que vivemos é um crime contra as futuras gerações", finalizou Lutgens.

A ministra Marina Silva deve se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, para tratar sobre o processo de licenciamento da exploração de petróleo na área da Margem Equatorial da Foz do Rio Amazonas quando retornar da viagem da comitiva presidencial ao Japão.

Marina acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país asiático a partir deste sábado, 22, e retornará ao Brasil no dia 30. Segundo a ministra, inicialmente, Silveira havia pedido uma agenda apenas com o Ibama, mas depois incluiu sua pasta.

A análise desse pedido tem virado uma dor de cabeça para o governo. De um lado, Lula tem apontado os potenciais econômicos do novo empreendimento. Mas, por outro, ambientalistas apontam incoerência do presidente ao defender um projeto que envolve mais queima de combustíveis fósseis, o principal motor do aquecimento global. O petista afirma que a bandeira climática é uma das prioridades da sua gestão.

Nos últimos dias, Silveira subiu o tom contra a área ambiental do governo e sugeriu que falta coragem por parte do Ibama no processo. Disse também que seria "covardia" adiar a decisão sobre liberar ou não o plano. Questionada sobre um racha interno acerca do tema, a ministra minimizou a questão.

Marina disse também que o órgão lida com milhares de pedidos do tipo e se atém a questões técnicas. "Não é o Ibama que decide quais os projetos estratégicos para infraestrutura ou matriz energética brasileira. Ele analisa os projetos do ponto de vista da qualidade do licenciamento", disse a ministra.

Em fevereiro, a equipe técnica do Ibama recomendou negar o pedido da Petrobras para perfurar o bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial. A área de exploração não fica na floresta, mas a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas. A decisão agora ficou nas mãos de Agostinho, que poderia autorizar o processo à revelia da área técnica.

O presidente do Ibama tem sido alvo de pressões para ceder ao pedido da empresa. O próprio Lula já deu declarações públicas criticando o órgão ambiental. No mês passado, ele classificou a postura do Ibama como "lenga-lenga" e disse que o órgão parecia ser "contra o governo".

Nesta sexta-feira, 21, a ministra do Meio Ambiente afirmou que o órgão cuida de vários projetos para que apresentem "viabilidade ambiental".

Recuperação de florestas

Marina Silva lançou nesta sexta o projeto "Restaura Amazônia", com um financiamento de R$ 150 milhões destinado a assentamentos que promovam a recuperação de florestas. O recurso é totalmente oriundo do Fundo Amazônia.

A expectativa do governo é alcançar 182 mil famílias nessa fase do projeto, que pretende recuperar áreas do chamado "Arco da Restauração", território crítico de desmatamento, que vai do leste do Maranhão ao Acre.

O objeto do edital é apoiar 27 projetos de restauração na região. Entre os critérios para pleitear o financiamento, estão a exigência de que a área tenha mais de mil hectares degradados; e que os assentamentos tenham de 50% a 80% de cobertura nativa.

O governo de São Paulo anunciou uma redução de 19,8% a 35,5% nas tarifas de pedágio em rodovias dos lotes Sorocabana e Nova Raposo, concedidas recentemente à iniciativa privada. A redução atinge principalmente as rodovias Castello Branco e Raposo Tavares. A revisão nas tarifas atuais estava prevista, já que essas rotas vão ganhar um número maior de pedágios ao longo da concessão, passando a ter cobrança por trecho percorrido.

A gestão estadual afirma que, embora o número de pedágios vá aumentar, o custo da tarifa vai diminuir, uma vez que os valores por pórtico serão menores e a soma dará um valor inferior ao cobrado atualmente.

A mudança tarifária será publicada no Diário Oficial do Estado na segunda-feira, 24. Os novos valores entram em vigor no próximo dia 30. A data coincide com a entrada em operação das novas concessões do lote Rota Sorocabana, que será operado pela CCR Sorocabana, e do lote Nova Raposo, concedido à Ecovias Raposo-Castelo. Os leilões foram realizados, respectivamente, em outubro e novembro do ano passado. As duas concessões têm prazos de 30 anos.

- No lote Rota Sorocabana, os dois primeiros pórticos serão instalados até o final de abril de 2026. Outros três pórticos operam no primeiro semestre de 2027;

- No Nova Raposo, os dois primeiros pórticos do free flow serão instalados até abril de 2027. Os demais, após a conclusão dos investimentos previstos para os primeiros cinco anos do contrato, a partir de 2030.

De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o fim da tarifa por sistema, aplicada anteriormente na concessão da ViaOeste, resultou em uma redução no valor das tarifas quilométricas de pedágio. A mudança reflete também a depreciação dos ativos, que corresponde à perda gradual de valor devido ao uso e desgaste ao longo do tempo, segundo a agência.

A Artesp lembra que, nas novas concessões, houve a inclusão dos descontos contratuais, como 5% para usuários das cabines automáticas e até 20% para aqueles que aderirem ao Desconto para Usuário Frequente (DUF).

Ainda segundo a agência, a redução tarifária nos novos lotes 'Rota Sorocabana' e 'Nova Raposo' foi definida pelo Poder Concedente (governo estadual) como parte da política tarifária, com base nos estudos de viabilidade técnica dos projetos.

"Além disso, a implementação do sistema free-flow distribuirá a cobrança de forma mais proporcional ao longo das rodovias, garantindo uma melhor relação entre distância percorrida e valor pago", diz.

As praças atuais operam no modelo tradicional, com cabines, e o desconto será maior para usuários das cabines automáticas (sem parar). Os novos valores terão redução entre 23,8% e 25,4% nas cabines automáticas e entre 19,8% e 21,4% nas cabines manuais do lote Sorocabana. No Nova Raposo, os descontos variam de 24,3% a 35,5% nas automáticas e de 20,3% a 32,2% nas manuais.

Nas estradas incluídas no lote Sorocabana, o contrato de concessão prevê o funcionamento de 23 pedágios, incluindo os que já existem. Nas rodovias do lote Nova Raposo haverá um total de 13 postos de cobrança, incluindo as praças já existentes.

Os pedágios futuros serão do sistema free flow, no qual os veículos passam pelos pórticos instalados na rodovia sem reduzir a velocidade. Câmeras e sensores registram a placa e as características do veículo e emitem a cobrança da tarifa. Veículos com tag (adesivo) têm a cobrança na fatura do tag. Os demais precisam pagar pelo site da concessionária.

Os pedágios que operam no sistema convencional, como estes que terão a tarifa reduzida, serão gradativamente transformados em free flow, segundo a Artesp.

Veja os valores atuais e os que vigoram a partir do dia 30:

Lote Sorocabana:

- Rodovia Castello Branco (SP-280):

No pedágio em Itu (km 72,8), a tarifa atual de R$ 15,80 cairá para R$ 11,97 nas cabines automáticas (-24,2%) e para R$ 12,60 nas cabines manuais (-20,2);

Na praça de São Roque (km 47,5), a tarifa reduz de R$ 12,60 para R$ 9,59 cabines automáticas (-23,8%) e para R$ 10,10 nas manuais (-19,8%)

- Rodovia José Ermírio de Moraes (SP-075):

No pedágio de Sorocaba (km 13,3), os valores mudam de R$ 9,00 para R$ 6,74 nas cabines automáticas e para R$ 7,10 nas manuais (-21,1%);

- Rodovia Raposo Tavares (SP-270):

No pedágio de Alumínio (km 79,1) a tarifa cai de R$ 12,60 para R$ 9,40 nas cabines automáticas (-25,4%) e para R$ 9,90 nas manuais (-21,4%);

Em Araçoiaba da Serra (km 111,8), a tarifa reduz de R$ 5,30 para R$ 3,99 nas cabines automáticas (-24,7%) e para R$ 4,20 nas manuais (-20,7%).

Lote Nova Raposo:

- Rodovia Castello Branco (SP-280):

Em Osasco (km 18,9), a tarifa passa de R% 5,90 para R$ 3,80 nas cabines automáticas (-35,5%) e para R$ 4,00 nas cabines manuais (-32,2%).

Na praça de Barueri (km 20,5), o valor reduz de R$ 5,90 para R$ 3,80 nas automáticas (-35,5%) e para R$ 4,00 nas manuais (-32,2%).

Em Itapevi (km 33,4) a tarifa será reduzida de R$ 11,80 para R$ 8,93 nas cabines automáticas (-24,3%) e para R$ 9,40 nas manuais (-20,3%).