Rodrigo Faro cai em golpe e exibe extrato bancário a estelionatário em videochamada

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O apresentador Rodrigo Faro foi alvo de um golpe ao realizar uma videochamada com um estelionatário que se passou por um advogado. Durante a ligação, ele chegou a exibir seu extrato bancário ao criminoso, que solicitou o compartilhamento da tela do celular.

O caso foi revelado nesta quinta-feira, 20, no programa Fofocalizando, do SBT, e, até o momento, não há informações sobre eventuais prejuízos financeiros.

O golpista, cuja identidade ainda é desconhecida, utilizou a imagem do advogado Lucas Collantoni, de Santos (SP), para cometer o crime. Durante a abordagem, o criminoso alegou que Faro teria vencido um processo judicial e deveria acessar sua conta bancária para conferir um suposto valor.

As imagens divulgadas mostram um celular conectado à chamada com o aparelho do apresentador. No vídeo, é possível ver Faro acessando sua conta bancária no Itaú Unibanco e exibindo o extrato ao estelionatário, enquanto buscava pelo montante mencionado.

O advogado Lucas Collantoni, que teve sua identidade utilizada indevidamente, afirmou que já tomou providências legais para responsabilizar os envolvidos. Segundo ele, um boletim de ocorrência foi registrado pela internet, e medidas cabíveis estão sendo adotadas junto às autoridades competentes.

Especialistas orientam que não se compartilhe dados bancários ou a tela do celular com terceiros sem verificação prévia da identidade do interlocutor.

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Pesquisadores da China descobriram um novo tipo de coronavírus que, assim como o SARS-CoV-2 - o vírus que provocou a pandemia da covid-19 -, possui alta afinidade para se conectar e infectar células humanas. O HKU5-CoV-2, uma segunda linhagem da família dos merbecovírus (uma subfamília dos coronavírus), foi identificado e localizado em morcegos pelo Instituto de Virologia de Wuhan.

Transformado em um artigo publicado na revista científica Cell, o estudo explica que esse novo vírus possui uma alta afinidade para se ligar a células humanas por meio do receptor ACE2 (sigla em inglês para Enzima Conversora de Angiotensina 2), a mesma porta de entrada usada pelo vírus da covid-19.

"Os coronavírus da família merbecovírus eram considerados capazes de entrar nas células utilizando o receptor DPP4 da célula hospedeira. Este estudo identifica um merbecovírus de morcegos Pipistrellus que é capaz de entrar nas células de outros mamíferos via ACE2 e descreve a base estrutural para a interação do HKU5 com o ACE2 humano", diz a pesquisa.

O HKU5-CoV-2 pertence a grande família dos coronavírus, mais especificamente dos merbecovírus, a mesma que gerou a epidemia de Mers (sigla em inglês para Síndrome Respiratória do Oriente Médio), entre 2012 e 2015, em países da Ásia. Já o SARS-CoV, por exemplo, também é um tipo de coronavírus, mas integrante da subfamília sarbecovírus, responsável pela epidemia de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no início dos anos 2000 e da pandemia de covid-19.

Conforme o estudo chinês, os merbecovírus presentes nos morcegos do gênero Pipistrellus infectados mostraram um alto risco de spillover (adaptação para outras espécies) para humanos, seja por transmissão direta ou facilitada por hospedeiros intermediários - como os animais pangolins ou visons.

Na avaliação do infectologista Alexandre Naime Barbosa, chefe de Departamento de Infectologia da Unesp, a recente descoberta do HKU5-CoV-2 "desperta atenção", uma vez que existe a possibilidade deste novo vírus sofrer mutações futuras e levar ao surgimento de linhagens capazes de ameaçar a saúde humana.

"O HKU5-CoV-2 ainda não se liga às células humanas com a mesma eficiência que o SARS-CoV-2, mas ele já demonstrou a capacidade de infectar células de órgãos humanos cultivadas em laboratório. Esse fato sugere que, com o tempo e sob as condições certas, o vírus pode evoluir e aumentar sua capacidade de transmissão para as pessoas", afirma.

No entanto, o infectologista explica que é cedo para soar qualquer tipo de alarme, uma vez que não há comprovação ainda de que o HKU5-CoV-2, apesar de transmissível, seja patogênico. "Não é possível afirmar, ainda, que esse novo tipo de coronavírus seja capaz de causar uma doença grave ou até mesmo um simples resfriado", diz o especialista, que também é coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia.

No caso de uma evolução deste novo coronavírus, as vacinas usadas contra a covid-19, produzidas para combater o SARS-Cov-2, não teriam efeito contra HKU5-CoV-2. "Essa nova linhagem é completamente diferente dos vírus anteriormente identificados, e provavelmente não sofrerá ação pela resposta imune criada pelas vacinas já existentes", afirma o especialista.

Para Naime, o mais importante e fundamental é fazer o trabalho de vigilância genômica contínua dos vírus respiratórios em animais. O processo de vigilância genômica consiste em monitorar os genomas de agentes infecciosos, analisar semelhanças e diferenças de cepas que estão em circulação e coletar dados para o controle dos patógenos de uma possível doença antes que a situação se torne um problema de saúde pública.

"A pandemia de covid-19 deixou claro o quanto é essencial contar com sistemas de alerta precoce para novas doenças, além da necessidade de aprofundar pesquisas sobre vírus zoonóticos e fortalecer a cooperação internacional na vigilância de patógenos emergentes. O acompanhamento rigoroso dessas mutações virais é essencial para prevenir futuras pandemias e proteger a população global", afirmou.

O Programa de Transferência de Renda (PTR) instituído em Brumadinho após o acidente com uma barragem da Vale, em 2019, reduzirá os valores dos pagamentos em 50% a partir de março, informaram, em nota, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG). A perspectiva de queda nos valores tem gerado descontentamento aos atingidos, conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Voltado às famílias afetadas pela tragédia, o PTR faz parte do acordo judicial celebrado após o desastre e é financiado com R$ 4,4 bilhões, valor que a Vale depositou em juízo em 2021. O programa é operacionalizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Procurada, a fundação não comentou.

"O encerramento do programa é uma consequência do limite de recursos previstos no acordo celebrado, da conclusão do ciclo planejado de execução do programa e do cumprimento das disposições previstas no acordo celebrado, no edital e em seu respectivo termo de referência", disseram as instituições.

"A redução dos valores e o posterior encerramento do programa foram expressamente previstos no edital do ptr e se devem, ressaltamos, à distribuição da totalidade dos recursos destinados a ele, conforme estabelecido no acordo de reparação", reforçaram. a redução no valor marca a transição para o fim do programa, explicam.

Procurada, a Vale frisou em nota que o PTR foi instituído como solução definitiva para o pagamento emergencial e foi acordado como uma "obrigação de pagar" da Vale, ou seja, a Vale faz o pagamento e não participa da gestão dos recursos nem da execução do programa.

"Em outubro de 2021, a empresa realizou o depósito de R$ 4,4 bilhões previstos para esta obrigação e, desde novembro de 2021, o Programa foi implementado e é gerido pelas Instituições de Justiça, e gerenciado pela Fundação Getúlio Vargas (sem a participação da Vale). Com o depósito em juízo do valor correspondente ao PTR, foi encerrada a obrigação da Vale referente ao tema", concluiu a companhia.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta sexta-feira, 21, que pretende mudar o nome da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para "Polícia Metropolitana" ou Polícia Urbana". A afirmação foi feita durante evento em que Nunes entregou a chave da cidade para a Corte do Carnaval 2025, ato que marca o início das festividades.

Em entrevista, Ricardo Nunes classificou como uma "pancada contra a criminalidade" a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que entendeu que guardas municipais podem realizar policiamento urbano. Ele acredita que a mudança vai trazer à corporação "uma condição muito melhor".

Para a mudança de nome, a Procuradoria do Município estuda se será preciso enviar um projeto de lei à Câmara Municipal de São Paulo ou se a troca poderia ocorrer por meio de um decreto do prefeito.

Nesta quinta-feira, 20, o STF decidiu que os municípios brasileiros têm competência para instituir que as guardas civis municipais atuem em ações de segurança urbana.

Na prática, a corporação pode atuar de forma semelhante à Polícia Militar, realizando policiamento ostensivo, patrulhamento e buscas pessoais (revista a suspeitos), desde que não realizem atividades de investigação criminal.

A atuação fica limitada às instalações municipais, em cooperação com os demais órgãos de segurança pública e sob a fiscalização do Ministério Público.

O recurso extraordinário analisado pelo STF foi, inclusive, referente a uma lei municipal da capital paulista que concedia à Guarda Civil Metropolitana (GCM) o poder de fazer policiamento preventivo e comunitário e prisões em flagrante.

Segundo a própria Corte, a falta de clareza sobre as atribuições da corporação era motivo de questionamentos no Judiciário. O prefeito de São Paulo exemplificou a questão: "Já tivemos situações da GCM efetuar prisões em flagrante, conduzir a pessoa ao Judiciário e o juiz soltar. Agora isso não acontece mais", disse.

Nunes afirmou que, na prática, a atuação da guarda na capital não deve se modificar. "Nossos guardas civis metropolitanos já têm pistola automática e usam muita tecnologia em seus veículos". Para ele, a cidade já tem uma "polícia municipal". "Só faltava o STF dirimir essa dúvida com relação às suas atribuições", disse.