Justiça aceita denúncia de Neymar contra Luana Piovani por difamação e injúria

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A Justiça de São Paulo aceitou nesta quinta-feira, 21, a queixa-crime do jogador Neymar contra a atriz Luana Piovani por difamação e injúria.

Em maio do ano passado, a artista chamou o esportista de "mau-caráter, estrupício, mau pai, péssimo cidadão, péssimo pai, péssimo exemplo, escroto e ignóbil".

À época, os dois protagonizaram uma briga pública nas redes sociais por conta de um suposto apoio do atacante ao projeto de privatização das praias brasileiras.

Ainda na denúncia, as falas de Luana dizendo que Neymar "traía uma mulher grávida três vezes durante a gestação" e que "ele está fazendo mal pro filho" também estão sendo avaliadas.

A pena para os crimes de difamação e injúria pode variar entre detenção de um mês a um ano ou uma multa. Até o momento, nenhum dos envolvidos se pronunciou sobre o caso.

Relembre briga entre Neymar e Luana Piovani

A confusão entre ambos começou após Piovani publicar um vídeo criticando a PEC das Praias, que propõe retirar da União a exclusividade sobre os terrenos de áreas costeiras, como praias e contornos de ilhas.

"Lembrá-los que todos têm que votar contra a privatização das praias. É, senhoras e senhores, 2024 e a gente já chegou nesse lugar. Lembra que eu falei que é difícil ser cidadã no Brasil. É a mesma coisa, é o que eu estou querendo dizer. Como é que a gente tem que batalhar por não privatizar praia?", afirmou no Instagram.

Nas redes sociais, internautas resgataram um vídeo onde Neymar anunciava uma parceria com uma incorporadora para a criação de um projeto anunciado como "Caribe brasileiro", com imóveis de alto padrão em uma área de 100 quilômetros entre os litorais de Pernambuco e Alagoas.

Piovani, então, criticou o empreendimento do jogador. "Ele é um péssimo cidadão, péssimo exemplo como pai e péssimo exemplo como homem, como marido, como companheiro, péssimo!", afirmou nas redes.

O atacante do Santos respondeu, chamando a atriz de "louca" em um vídeo. "Acho que soltaram a porta do hospício e soltou uma louca que não solta o meu nome da boca", disse. "Quer ser famosa, filha? Seu tempo já foi." Depois, Neymar publicou no X, o antigo Twitter, uma nota em que alegava não ter relação entre a construção no litoral nordestino e a PEC.

Piovani contra-atacou um dia depois. "Sei que estão todos esperando a gostosa aqui responder o sem vocabulário e limítrofe. Contra fatos não há argumentos. Então, vou seguir chique daqui, criando meus filhos, fazendo meu esporte e criando meu stand up (olha que assunto bom pra virar piada)", afirmou no Stories.

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Quatro pessoas continuam internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) após o tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, na última sexta-feira, 7. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR), nenhum dos pacientes está em estado grave.

Ao todo, 32 vítimas permanecem hospitalizadas e 835 atendimentos aconteceram desde o início das ocorrências. A maioria dos casos está concentrada em Laranjeiras do Sul, cidade que conta com a melhor estrutura de saúde da região.

Segundo a Sesa, a Unidade Básica de Saúde Dr. Felipe de Sio recebeu 143 pacientes, o Hospital São Lucas, 138, o Instituto São José, 455, a Faculdade Campo Real cuidou de 18 pessoas e o Samu teve 81 registros.

Socorro às vítimas do tornado no Paraná

Porta-voz do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, a capitã Luisiana Guimarães Cavalca afirmou ao Estadão neste domingo, 8, que pelo menos nove pessoas precisaram passar por cirurgias em decorrência dos ferimentos causados durante a passagem do tornado.

"As estruturas das casas foram totalmente destruídas e houve desmoronamento total. Tivemos vítimas embaixo dos escombros, mas foi possível retirá-las facilmente. As pessoas foram jogadas para cima e arremessadas para longe. Nove precisaram de cirurgia devido à gravidade das lesões", contou.

O Estadão apurou que os pacientes internados em leitos de UTI estão todos no Instituto São José, a cerca de 16 quilômetros de Rio Bonito do Iguaçu. Duas crianças e sete gestantes chegaram a ser atendidas no Hospital São Lucas, conforme o último balanço obtido pela reportagem. O tornado, que gerou ventos de mais de 250 km/h, matou ao menos seis pessoas.

Os corpos das seis vítimas fatais do tornado já foram liberados, sendo quatro pelo Instituto Médico Legal de Pato Branco e dois pelo IML de Guarapuava.

Para reforçar a rede de atendimento, o governo estadual enviou 14 mil itens hospitalares e mais de 2 mil frascos de soro e soluções intravenosas. A operação foi realizada neste sábado, 8, com apoio aéreo da Casa Militar, que mobilizou seis aeronaves para levar os insumos de Curitiba até Laranjeiras do Sul.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, acompanhou o recebimento do material e destacou a rapidez na resposta. "O Paraná se mobilizou rapidamente para garantir que nenhuma unidade ficasse sem condições de atender. É um esforço conjunto que envolve logística, solidariedade e o compromisso de toda a rede de saúde com as famílias atingidas", afirmou.

Com o encerramento das buscas por desaparecidos, as equipes agora concentram o trabalho na reorganização dos serviços essenciais, como o restabelecimento da água, energia elétrica e a distribuição de alimentos e água potável.

O BNDES está se juntando a um grande banco nacional e outras instituições na criação de uma certificadora de carbono. Conforme revelou com exclusividade ao Estadão/Broadcast o presidente da instituição pública, Aloizio Mercadante, o anúncio será feito na próxima terça-feira, 11, em evento paralelo durante a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30).

Para Mercadante, a certificadora é de enorme importância pois "não se pode comparar um hectare de floresta da Amazônia com um hectare de pinus, como querem nesse mercado". Ele lembra que a biodiversidade na floresta tropical é muito maior e defende que o restauro com plantas nativas preserva uma biodiversidade fundamental para o futuro da humanidade.

"É importante tanto para pesquisa farmacológica, quanto para alimentação quanto para os serviços ambientais que a floresta presta para a sociedade", afirma. "A certificadora é uma disputa dura com os países do Norte", acrescenta.

O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), André Corrêa do Lago, afirmou, em tom convocatório, que os participantes devem acelerar as respostas às mudanças climáticas. "Quase lá, ao nos prepararmos para abrir juntos a COP30 em Belém. Quase lá, com o livro de Regras do Acordo de Paris. Estamos quase lá, enquanto a ambição global finalmente começa a curvar a trajetória das emissões e a transição climática se torna uma tendência irreversível", escreveu Corrêa do Lago.

"Mas 'quase' não é suficiente. Precisamos ir mais rápido - para alcançar cada país, cada comunidade, cada membro da nossa família humana antes que impactos climáticos mais severos o façam", escreveu o presidente, em sua décima e última carta.

O presidente da COP30 afirmou que a tomada de decisões globais em Belém, no Pará, "na foz do Amazonas", lembra ao mundo que a liderança climática deve "brotar de suas raízes". "Ao fazê-lo, o Brasil convida todas as nações a deslocarem não apenas o local das negociações, mas o próprio lócus da esperança - do cume do poder à fonte da vida", escreveu. Ele lembrou que os Estados-membros retornam ao Brasil, onde a Convenção foi aberta à assinatura há 33 anos. "O Brasil está pronto para recebê-los", disse o embaixador.

Na carta, ele sugere a força do multilateralismo, afirmando que os países-membros irão honrar a capacidade de nossa espécie de cooperar, renovar-se e agir em conjunto diante da incerteza. "Este é o momento de honrar nossa ancestralidade - em linhagem e em direito internacional. Na COP30, nossa ambição deve ser preencher lacunas pela implementação da união e da cooperação", escreveu.

Nesse sentido, Corrêa do Lago voltou a usar a palavra "mutirão", que introduziu na primeira carta. "Convidamos as Partes a enxergarem o Mutirão Global como um experimento no qual cooperamos primeiro - buscando soluções em conjunto como forma de construir confiança e criar espaços de consenso", escreveu.

Nessa última carta, o presidente da COP30 relembra as outras nove que publicou e menciona que convidou "Partes e não-Partes a utilizarem as negociações, a Agenda de Ação, a Cúpula de Líderes e um processo inédito de mobilização global em torno de três prioridades interconectadas: (1) reforçar o multilateralismo e o regime climático; (2) conectar o regime climático à vida real das pessoas e à economia real; e (3) acelerar a implementação do Acordo de Paris para além da UNFCCC".

Ele reforçou que a "COP30 será a COP da Verdade", neste atual momento delicado em que menos da metade dos países signatários do Acordo de Paris apresentaram as suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) mesmo com o prazo dilatado de fevereiro para o segundo semestre. "Ou decidimos mudar por escolha, juntos, ou seremos forçados a mudar pela tragédia", disse.

"A COP30 pode marcar o momento em que a humanidade recomeça - restaurando nossa aliança com o planeta e entre gerações. Somos privilegiados por ter sido destinado a nós o dever de fazer história como aqueles que escolheram a coragem em vez da omissão, para virar o jogo na luta climática", escreveu. "Devemos abraçar esse privilégio como responsabilidade", afirmou o presidente da COP30.