Os piores filmes, atores e diretores do ano: veja lista de quem ganhou o Framboesa de Ouro 2025

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Já é tradição: antes da cerimônia do Oscar escolher os melhores filmes do ano, o Framboesa de Ouro escolhe os piores. Desta vez, a honraria máxima (ou seria mínima?) ficou com Madame Teia, longa dirigido por S.J. Clarkson que ganhou três troféus na premiação menos desejada de Hollywood.

O derivado do universo de Homem-Aranha foi eleito pior filme e pior roteiro do ano. Sua protagonista, Dakota Johnson, foi escolhida pior atriz. Em ocasiões anteriores, a filha de Melanie Griffith e Don Johnson chegou a falar de forma muito honesta sobre o longa, dizendo que nunca havia feito nada parecido - e que provavelmente nunca fará novamente.

Além de Madame Teia, outros filmes que foram "honrados" com o Framboesa de Ouro são Coringa: Delírio a Dois e Megalópolis. Coppola, que veio ao Brasil em 2024 divulgar seu épico, agradeceu pelo prêmio nas redes sociais e disse que estar indicado era "uma honra".

"Neste mundo naufragado de hoje, onde a arte recebe pontuações como se fosse uma luta profissional, escolhi não seguir as regras covardes estabelecidas por uma indústria aterrorizada pelo risco que, apesar do enorme grupo de jovens talentos à sua disposição, pode não criar filmes que serão relevantes e vivos daqui a 50 anos", escreveu.

Veja abaixo a lista de vencedores do Framboesa de Ouro 2025:

Pior filme

'Borderlands'

'Coringa: Delírio a dois'

'Madame Teia' (VENCEDOR)

'Megalópolis'

'Reagan'

Ator

Jack Black - 'Querido Papai Noel'

Zachary Levi - 'Harold e o lápis mágico'

Joaquin Phoenix - 'Coringa: Delírio a dois'

Dennis Quaid - 'Reagan'

Jerry Seinfeld - 'A batalha do biscoito Pop-Tart' (VENCEDOR)

Atriz

Cate Blanchett - 'Borderlands'

Lady Gaga - 'Coringa: Delírio a dois'

Bryce Dallas Howard - 'Argylle'

Dakota Johnson - 'Madame Teia' (VENCEDORA)

Jennifer Lopez - 'Atlas'

Ator coadjuvante

Jack Black (apenas a voz) - 'Borderlands'

Kevin Hart - 'Borderlands'

Shia LaBeouf (travestido) - 'Megalópolis'

Tahar Rahim - 'Madame Teia'

Jon Voight - 'Megalópolis', 'Reagan', 'Shadow Land' e 'Strangers' (VENCEDOR)

Atriz coadjuvante

Ariana DeBose - 'Argylle' e 'Kraven, O Caçador'

Leslie Anne Down (como Margaret Thatcher) - 'Reagan'

Emma Roberts - 'Madame Teia'

Amy Schumer - 'A Batalha do Biscoito Pop-Tart' (VENCEDORA)

FKA twigs - 'O Corvo'

Diretor

S.J. Clarkson - 'Madame Teia'

Francis Ford Coppola - 'Megalópolis' (VENCEDOR)

Todd Phillips - 'Coringa: Delírio a dois'

Eli Roth - 'Borderlands'

Jerry Seinfeld - 'A Batalha do Biscoito Pop-Tart'

Combo em tela

Quaisquer dois personagens detestáveis (Mas especialmente Jack Black) - 'Borderlands'

Quaisquer dois 'atores cômicos' sem graça - 'A Batalha do Biscoito Pop-Tart'

O elenco inteiro de 'Megalópolis'

Joaquin Phoenix & Lady Gaga - 'Coringa: Delírio a dois' (VENCEDORES)

Dennis Quaid & Penelope Ann Miller (como 'Ronnie e Nancy') - 'Reagan'

Prequela, refilmagem, cópia ou sequência

'O Corvo'

'Coringa: Delírio a dois' (VENCEDOR)

'Kraven, O Caçador'

Mufasa: O Rei Leão'

'Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes'

Roteiro

'Coringa: Delírio a dois'

'Kraven, O Caçador'

'Madame Teia' (VENCEDOR)

'Megalópolis'

'Reagan'

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O Ministério da Saúde notificou a empresa GlobalX, fornecedora de canetas reutilizáveis de aplicação de insulina usadas no cuidado de pacientes com diabetes no Sistema Único de Saúde (SUS), após constatar defeitos em milhares de unidades.

As falhas foram comunicadas ao ministério em uma carta com dados de secretarias de Saúde de Estados e municípios de todo o País, conforme informou a Coluna do Estadão em setembro.

De acordo com o documento, 23 secretarias estaduais relataram "quebras ou falhas" das canetas reutilizáveis e sete Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde disseram usar seringas para aplicar insulina como alternativa à "indisponibilidade ou falha dos aplicadores".

Também em setembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou o ministério sobre uma falha de transparência na licitação de R$ 570 milhões para a compra das canetas. Os ministros consideraram que a falha não foi da empresa, mas de um servidor do governo, na decisão de assinar o contrato em dólar. O TCU decidiu alertar o ministério para que o episódio não se repita e não haverá punições.

Falhas

O ministério afirma que "notificou a fornecedora sobre dispositivos que apresentaram defeitos e a empresa prontamente encaminhou uma remessa de 42 mil unidades para reposição nos estoques". Segundo a pasta, o montante representa 1,41% das canetas distribuídas em todo o País.

Em nota, a Globalx afirma que substituiu todas as unidades com defeitos. "A empresa ainda doou, sem custo extra aos cofres públicos, mais 1,4 milhão de canetas além do originalmente previsto em edital", diz.

"Para contemplar as necessidades do mercado brasileiro e sensível às notificações feitas pelo Ministério da Saúde, a GlobalX mantém contato permanente com a pasta para promover adequações no dispositivo - algo que já está em curso", acrescenta a empresa.

Desabastecimento

Na carta ao ministério, as secretarias de Saúde apontaram também o risco de desabastecimento das canetas de insulina.

"O quantitativo de canetas reutilizáveis enviado pelo Ministério da Saúde é considerado insuficiente pela maioria das SES (Secretarias Estaduais de Saúde) e Cosems (Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde)", afirma o documento, acrescentando: "Algumas Secretarias Estaduais de Saúde não conseguem atender sequer 30% dos usuários".

Segundo o ministério, até o mês de setembro, mais de 2,9 milhões de canetas reutilizáveis foram entregues aos Estados e uma nova remessa com 494 mil unidades está prevista para ser entregue ainda em outubro.

O número de casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil subiu de 32 na última segunda-feira, 13, para 41 nesta quarta-feira, 15, de acordo com o boletim do Ministério da Saúde.

As mortes por intoxicação pela substância no País subiram de cinco para oito, informou o boletim. Duas novas mortes foram registradas em Pernambuco e uma em São Paulo. Com isso, o Estado paulista chegou a seis óbitos por intoxicação por metanol.

Outras 10 mortes continuam em investigação, sendo quatro em São Paulo, três em Pernambuco, uma em Mato Grosso do Sul, uma na Paraíba e uma no Paraná.

Em relação aos casos, o ministério informou que ainda existem 107 em investigação. Outras 489 notificações foram descartadas.

São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 sendo investigados.

Até o boletim anterior, havia confirmações da intoxicação por metanol em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul. No boletim divulgado nesta quarta-feira, foi incluso o estado de Pernambuco - além das duas mortes já citadas, o Estado tem 3 casos de intoxicação confirmados e 31 em investigação.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) anunciou na tarde desta quarta-feira, 15, que "adotará as medidas jurídicas cabíveis" contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de anular a condenação de Francisco Mairlon Barros Aguiar, sentenciado a 47 anos de prisão por homicídio qualificado e furto qualificado no caso conhecido como Crime da 113 Sul.

O MPDFT questiona os argumentos dos ministros da Corte de que Mairlon teria sido coagido em depoimento a assumir participação no crime na fase de investigação do caso. De acordo com o ministério público, "não foi constatada qualquer violação à integridade física ou psicológica do investigado pelos agentes públicos responsáveis pela condução do procedimento".

"A confissão extrajudicial do acusado Francisco Mairlon foi integralmente registrada em áudio e vídeo, com acompanhamento de profissional regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), garantindo o pleno exercício do direito à ampla defesa", diz o MPDFT.

O MPDFT diz que aguardará a publicação do acórdão referente à decisão para adotar as medidas cabíveis. De acordo com o órgão, a decisão do STJ não trata do mérito da acusação e a análise meritória, "de fato, ocorreu em um julgamento solene em que acusação e defesa tiveram igualdade de oportunidades para apresentar suas razões".

"Ao final desse rito legal e após aprofundada análise das provas, a decisão soberana dos jurados, em todas as oportunidades, foi pela condenação dos réus, em plena conformidade com a Constituição Federal", diz.

Entenda o caso

Francisco Mairlon Barros Aguiar deixou o presídio da Papuda na madrugada desta quarta-feira, após ficar 15 anos preso. Em 2013, ele foi condenado pelo Tribunal do Júri a 55 anos de prisão por participação no crime que ficou conhecido como 113 da Sul. A pena foi reduzida para 47 anos na segunda instância. A soltura ocorreu por determinação do STJ, que na terça-feira, 14, anulou a condenação por conta de irregularidades no processo.

O STJ classificou a condenação de Mairlon como um "erro judiciário gravíssimo". Para o relator do recurso, ministro Sebastião Reis Júnior, a decisão que levou Mairlon a ser julgado pelo Tribunal do Júri em 2013 revela que o acusado foi julgado apenas com base na confissão apresentada pela polícia e no relato dos corréus, sem que o juízo tenha aliado a esses elementos qualquer outro decorrente da ampla investigação instaurada para apurar os crimes.

Na avaliação de Reis Junior, houve violação dos princípios da presunção de inocência e do devido processo legal, o que justifica a aplicação de entendimento firmado pelo STJ em 2022, segundo o qual não é possível submeter o acusado a julgamento pelo júri com base apenas em elementos de convicção da fase extrajudicial.