Diretor Breno Silveira morreu durante as filmagens de 'Vitória', filme com Fernanda Montenegro

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Fernanda Montenegro volta às telas de cinema nesta quinta-feira, 13, como protagonista do filme Vitória, baseado em uma história real. De certa forma, o lançamento celebra a longínqua carreira da dama da dramaturgia nacional, de 95 anos, mas é também acompanhado por uma triste lembrança: o longa começou a ser dirigido pelo cineasta Breno Silveira, que morreu no início das gravações em decorrência de um ataque cardíaco, em 14 de maio de 2022, aos 58 anos de idade.

 

O filme, então intitulado Dona Vitória, estava sendo rodado desde o começo daquele mês, em Limoeiro, no interior de Pernambuco. Eram cenas que retratavam a infância da protagonista. As filmagens haviam sido paralisadas por um tempo, quando Silveira foi diagnosticado com covid-19 em 3 de maio.

 

Ao retomar o trabalho, ele se sentiu mal no set, percebeu estar com taquicardia leve e verificou que a pressão estava alta, mas, como era hipertenso, optou por seguir o dia normalmente. Pouco depois, o cineasta sofreu um enfarte agudo do miocárdio, também chamado de enfarte fulminante. Ele foi socorrido no local e levado para um hospital, onde já chegou morto.

 

A direção de Vitória foi assumida por Andrucha Waddington, amigo de Silveira e um de seus sócios na produtora Conspiração Filmes. Waddington é genro de Montenegro, casado com a atriz Fernanda Torres. O roteiro do filme é assinado por Paula Fiuza, mulher de Breno.

 

Quem foi Breno Silveira?

 

Conhecido por importantes títulos da filmografia nacional, Breno Silveira começou sua carreira como diretor de fotografia, em projetos como Carlota Joaquina (1995) de Carla Camurati, que deu início ao período conhecido como "retomada do cinema brasileiro". Trabalhou também com o lendário documentarista Eduardo Coutinho.

 

A estreia na direção ocorreu com 2 Filhos de Francisco, filme biográfico da dupla Zezé Di Camargo e Luciano e do pai dos cantores, lançado em 2005. Na época, o longa foi escolhido para representar o Brasil no Oscar, mas não chegou a figurar entre os finalistas ao prêmio. Outro destaque é Era Uma Vez... (2008), sobre o romance entre um jovem de uma favela carioca e uma moradora da parte rica do Rio.

 

Também fazem parte da filmografia do diretor os filmes Gonzaga: De Pai Para Filho (2012), À Beira do Caminho (2012), e Entre Irmãs (2017). Em 2021, comandou os episódios de Dom, série do Amazon Prime Video protagonizada por Gabriel Leone. Silveira morreu pouco depois de encerrar as gravações da segunda temporada da produção, que foi concluída na terceira.

 

Breno Silveira deixou uma obra baseada na emoção

 

Vitória, com Fernanda Montenegro interpretando a personagem-título, é baseada na história real de Joana da Paz, a mulher responsável por desmascarar uma quadrilha de traficantes e policiais corruptos na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, nos anos 2000.

 

Aos 80 anos, da janela de sua casa, filmou toda a movimentação, a fim de denunciar às autoridades. Quando o caso ganhou repercussão na mídia, em 2005, ela se tornou Dona Vitória, nome escolhido pelo programa de proteção a testemunhas. Viveu escondida até a sua morte, em 2023.F

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A prefeitura de Niterói (RJ) pagou R$ 55 mil pelo traslado do corpo de Juliana Marins da Indonésia ao Brasil. O valor foi repassado à família da publicitária de 26 anos na quinta-feira, 26.

Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia, no sábado passado, dia 21, quando caiu na cratera do vulcão. Quando as equipes de socorro chegaram até ela, dias depois, constataram que já havia morrido.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), recebeu na quinta-feira a família de Juliana, que mora na cidade. Neves firmou na ocasião compromisso de arcar com o traslado do corpo e anunciou batizar o mirante e a trilha da Praia do Sossego, em Camboinhas, com em homenagem à publicitária.

"Ontem a gente encontrou com o prefeito Rodrigo Neves. Para quem tem dúvida, a prefeitura de Niterói vai pagar o traslado do corpo da Juliana para o Brasil. Niterói está fazendo questão muito grande pela Juliana. Ela amava Niterói, ela apaixonada pelas praias. Ela amava de paixão. Então é muito bonito ver essa atitude da prefeitura", declarou a irmã de Juliana, Mariana Marins, numa publicação nas redes sociais.

No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha afirmado que vai substituir o decreto que impede que o governo brasileiro custeie o traslado do corpo de Juliana Marins por uma nova norma que autorize a operação.

Durante evento na Favela do Moinho, em São Paulo, o presidente esclareceu que um decreto de 2017 proíbe que o Ministério das Relações Exteriores pague o traslado de brasileiros mortos no exterior. Diante disso, ele afirmou que vai revogar o texto, além de editar um novo decreto permitindo o custeio.

"Vou revogar esse decreto e vou fazer outro decreto para que o governo brasileiro possa custear a vinda dessa jovem. Hoje pela manhã eu falei com o pai dela", disse Lula. "Sei que muita gente está acompanhando pela internet o sofrimento dessa moça e o sofrimento da família. Portanto, nós vamos cuidar de todos os brasileiros, esteja ele onde estiver", completou.

Para além da comoção do caso Juliana Marins, o risco de enfrentar mais uma crise de popularidade foi um fator que pesou na decisão do presidente Lula para mudar as regras.

Nas redes sociais, adversários do petista questionavam por que o governo havia usado a Força Aérea Brasileira "para importar corrupto" mas não podia arcar com gastos para trazer a turista que morreu tragicamente na Indonésia. O tema ganhou tração no debate virtual nos últimos dois dias.

A indagação era uma referência ao fato de o governo ter autorizado, em abril, o transporte da ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro. A mulher do ex-presidente Ollanta Humala conseguiu asilo político no Brasil.

A região Sul do País deve ter um final de semana chuvoso, com a formação de um sistema de baixa pressão, aponta a Climatempo em boletim meteorológico.

O destaque é para a faixa que vai do centro do Rio Grande do Sul, especialmente na região das Missões, norte e centro, além da Região Metropolitana de Porto Alegre, onde a chuva deve ser mais volumosa.

Por outro lado, as duas áreas que devem ficar fora da rota da chuva são o oeste e a Campanha, sul do Rio Grande do Sul, além do norte do Paraná.

Há previsão de frio na área da Campanha Gaúcha, onde há possibilidade de geada devido ao avanço da massa de ar polar e rajadas de vento entre 51 e 70 quilômetros (km) por hora entre o centro do Rio Grande do Sul e o oeste do Paraná, e alcançando todo o Estado de Santa Catarina.

Para domingo, 29, a previsão é que a chuva siga intensa sobre o norte do Rio Grande do Sul, com volumes elevados no litoral e no norte do Estado, e a Grande Porto Alegre segue em estado de alerta para temporais ao longo do dia. As pancadas de chuva continuam no oeste catarinense e no sudoeste paranaense, mas perdem força em todo o Estado e em Curitiba.

Um ato em homenagem às vítimas do acidente de balão do último sábado, 21, em Praia Grande, Santa Catarina, no qual morreram oito pessoas, ocorreu neste sábado, 28, no campo de decolagem Três Irmãos, localizado na cidade.

O evento foi organizado pela Associação de Pilotos e Empresas de Balonismo (Avibaq), com apoio da secretaria de turismo da prefeitura local. Houve a presença de um pastor chamado Giovani, que disse palavras de conforto para os presentes. Os participantes, de mãos dadas, soltaram oito balões brancos, cada um com o nome de uma das vítimas fatais.

Segundo informações da Prefeitura de Praia Grande, participaram do ato "balonistas, empresários do setor e representantes do trade turístico".

O acidente

Um balão de ar quente com 21 pessoas a bordo pegou fogo durante um voo turístico. Segundo o depoimento feito pelo piloto à Polícia Civil, ao perceber o início das chamas, houve uma descida de emergência, com passageiros sendo ordenados a pular para se salvar.

Além do piloto, outras 12 pessoas conseguiram saltar quando o balão ainda estava próximo ao solo. Com menos peso, ele passou a ganhar altitude e depois se incendiou, e os oito ocupantes restantes morreram.