Datena se recusa a negociar com sequestrador durante programa ao vivo

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O apresentador José Luiz Datena se recusou a participar de uma negociação de liberação de reféns nessa quinta-feira, 20. Durante um sequestro em Cuiabá, no Mato Grosso, o bandido solicitou a presença da equipe do Tá na Hora, programa do Datena no SBT, no local.

 

O homem, que portava duas facas, mantinha uma mulher e uma criança de seis anos como refém. O pedido ocorreu durante o programa ao vivo e foi comunicado ao apresentador pelo repórter Arthur Garcia, que estava no local. Datena, no entanto, negou a possibilidade de prontidão.

 

"Ele [sequestrador] está aqui há mais de duas horas. Ele pediu a nossa presença, ele gostaria de ver no Datena a situação para que ele se entregue para a polícia", afirmou o repórter em conversa com Datena. "Ele está com a televisão ligada, assistindo neste momento. Ele pediu para acompanhar ao vivo. Se você puder auxiliar e conversar com ele", explicou Garcia.

 

O apresentador do SBT, no entanto, foi firme em sua resposta. "Eu queria que o rapaz entregasse a vítima, mas eu não posso fazer negociação porque não é o meu papel", disse. "Eu acho que é melhor você entregar a moça. A gente vai garantir a sua segurança, mas eu não posso negociar com você, quem tem que negociar é a polícia. Eu não tenho capacidade para isso, posso colocar em risco a operação."

 

Datena continuou a pedir para o sequestrador se entregar e escutar a polícia, reforçando que não iria se intrometer na negociação por falta de preparo. "Eu não posso fazer negociação com ele, não sou preparado para isso. Já fiz algumas vezes, mas é uma coisa muito arriscada. É a polícia que tem que agir", finalizou.

 

Após alguns momentos de tensão, o sequestrador optou por liberar os reféns e se entregar. Ele, no entanto, pediu para que a equipe do programa jornalístico lhe acompanhasse até a delegacia. "Eu quero pagar para a Justiça, eu não quero que me matem. Eu chego lá e vão me matar", afirmou o homem, antes de entrar na viatura e ser preso.

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A Polícia Civil do Amazonas apreendeu, na madrugada de sexta-feira, 25, no Rio Solimões, uma carga de 1,5 tonelada de drogas avaliada em cerca de R$ 50 milhões. Quatro homens estrangeiros - um peruano e três colombianos - foram presos em flagrante.

Após uma semana de investigação, os policiais descobriram o momento em que o grupo criminoso começou a descer o rio com a carga de entorpecentes, de cocaína e maconha.

"Imediatamente acionamos a Core (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais) e a Delegacia Fluvial, e conseguimos localizar e interceptar o grupo nas proximidades de Manacapuru (município localizado a 68 quilômetros de Manaus)", disse o delegado Mário Paulo Telles, diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).

De acordo com Juan Valério, coordenador da Core, foi necessário o uso de equipamentos eletrônicos de visão noturna e termal para localizar os criminosos. "Eles estavam em uma canoa de grande porte, conhecida como 'rabetão'. Eram quatro indivíduos, que estavam no barco, que foram presos e conduzidos ao DRCO, onde foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico", acrescentou Telles.

Os entorpecentes eram originários do Peru e seriam levados para abastecer o mercado interno de Manaus. Os suspeitos não resistiram à abordagem, segundo a polícia.

Eles responderão por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Todos passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.

"As investigações continuam para que possamos chegar até os responsáveis pela logística do material aqui em Manaus", afirmou Bruno Fraga, delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas.

Quase dois meses após ter suas obras suspensas por decisão judicial, uma churrascaria conseguiu reverter o impedimento e iniciou suas atividades dentro do Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo. A inauguração ocorreu no dia 18. O restaurante "Fazenda Churrascada" vai operar por seis meses nas cocheiras centenárias do parque, erguidas no início do século 20. O funcionamento é "reversível e respeita o valor histórico do local", conforme o Heat Group, grupo que controla o restaurante.

A concessionária Reserva Novos Parques Urbanos, responsável pela gestão do espaço desde 2022, diz que "todas as questões técnicas foram devidamente esclarecidas com apresentação dos documentos pertinentes, inclusive no âmbito judicial". Dentro do parque, dois edifícios são totalmente tombados e outros 58 têm conservação da fachada, conforme o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp).

Os órgãos de preservação confirmaram a concessão a abertura da churrascaria. O Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat) informou que "aprovou o projeto após análise técnica que concluiu não haver prejuízo ao bem tombado e estar de acordo com critérios legais". Resposta semelhante foi enviada pelo Conpresp.

Embora possa receber o público, o empreendimento foi multado pelo Conpresp por "intervenção realizada antes da autorização do órgão". O valor da multa está em análise pela área técnica do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). Desde o início do ano, a ocupação de espaços tombados no Água Branca vem despertando entre os moradores e frequentadores o receio de danos ou descaracterizações.

Obras foram suspensas em maio

As obras da churrascaria haviam sido suspensas pela Justiça em maio depois que a vereadora Luna Zarattini (PT) questionou a autorização do órgão municipal de tombamento. A ação da parlamentar, por sua vez, partiu de denúncia do Conselho Orientador do Parque da Água Branca. O órgão afirma que a intervenção provocou mudanças no piso e nos jardins, além de retiradas de peças originais, como portas de madeira que teriam sido substituídas por outras de aço.

Conselheiros reagiram com indignação à abertura da churrascaria. "É uma sucessão de inconveniências, a começar pela concessionária, que aceita um locador-churrascaria e trata o edifício das baias de cavalos como um imóvel qualquer", critica Regina Lima, moradora de Perdizes, bairro vizinho, e uma das quatro representantes da sociedade civil no conselho orientador do parque. "Os poderes municipal e estadual não veem qualquer problema nessa descaracterização e desvio de finalidade do bem público; Conpresp e Condephaat aprovam projetos inadequados e regularizam irregularidades", opina.

A fiscalização do empreendimento é contínua, de acordo com a Arsesp, agência que regula os serviços públicos no Estado. "A agência acompanha o contrato de concessão por meio de fiscalizações contínuas, com o objetivo de assegurar o cumprimento das obrigações contratuais e a preservação dos espaços públicos".

Evento de arquitetura foi marcado por polêmicas

A inauguração da churrascaria está inserida na mudança de perfil do parque. Conhecido como um local com ares de fazenda no meio de São Paulo, a área tem abrigado eventos de grande público, como a CasaCor 2025, que funciona no local até 3 de agosto.

O evento de arquitetura também foi marcado por polêmicas. As obras mobilizaram entidades, moradores e conselheiros do parque, que falam em impactos, incluindo a área de proteção ambiental. Sua realização também modificou a rotina de circulação dentro do parque, com aumento significativo de veículos nas áreas próximas do estacionamento - a entrada principal fica na Rua Dona Ana Pimentel.

A Casacor afirmou que tem autorização para uso dos prédios 12, 22 e 23, assim como dos jardins do entorno. Nos prédios 22 e 23, estão sendo executadas benfeitorias, como limpeza, manutenção e implantação de acessibilidade, segundo os organizadores. O prédio 12 não recebeu intervenções estruturais.

Um homem foi preso após espancar a namorada com mais de 60 socos no rosto em Natal, no Rio Grande do Norte. O crime foi registrado no sábado, 26, dentro de um elevador de um condomínio em Ponta Negra, zona sul da cidade. O agressor foi identificado como Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, estudante e ex-jogador de basquete. A defesa não foi localizada.

A agressão foi flagrada por meio das câmeras de segurança dentro do elevador. Segundo relatos, o porteiro do condomínio viu as imagens e acionou a Policia Militar. Quando o elevador parou no térreo, moradores contiveram o homem até a chegada da PM.

Conforme o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, o homem passou por audiência de custódia ainda no fim de semana e foi decretada a prisão preventiva dele. O caso está em segredo de justiça para resguardar a vítima.

Em depoimento a Policia Civil, Cabral disse que foi até a casa da vítima para buscar seus pertences, alegando que descobriu uma suposta traição. Ao chegar ao local, a mulher teria se recusado a abrir a porta da casa, o que teria irritado o agressor. Já a vítima diz que houve uma crise de ciúmes.

A vítima foi encaminhada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, principal unidade pública do Rio Grande do Norte, onde aguarda por cirurgia. Ela vai precisar do procedimento de reconstrução do seu rosto, pois teve o maxilar fraturado.