Coreanos fazem petição para aumento de idade de consentimento após morte de Kim Sae-ron

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Os desdobramentos continuam diante de alegações de que o namoro do ator Kim Soo-hyun com Kim Sae-ron poderia ter relação com a morte da atriz, aos 24 anos. Após o ator realizar uma coletiva de imprensa e negar ter namorado Sae-ron quando ela era menor de idade, uma petição pública pede o aumento das proteções legais para vítimas de 16 a 19 anos na Coreia do Sul.

A petição, que ficou conhecida como Lei de Prevenção Kim Soo-hyun, foi publicada na segunda-feira, 31, no site de petições eletrônicas da Assembleia Nacional do País.

"Solicitamos que a faixa etária atual de 13 a menos de 16 anos para proteção contra estupro seja aumentada para 13 a menos de 19 anos, e que as penalidades sejam reforçadas", lê o texto do peticionário. O argumento cita o caso de Kim Soo-hyun como um dos motivos por trás do pedido.

"Recentemente, foi revelado que Kim Soo-hyun cometeu crimes sexuais de aliciamento contra a atriz mirim Kim Sae-ron quando ela era menor de idade, o que enfureceu o público. Infelizmente, a atual lei de estupro protege apenas crianças de 13 a 16 anos, tornando impossível processar legalmente Kim Soo-hyun", continua o texto.

O ator, de 37 anos, confirmou na entrevista coletiva que teve um relacionamento com Sae-ron, mas disse que isso só aconteceu quando ela atingiu a maioridade, aos 19 anos. Segundo ele, o romance não se tornou público porque, na época, ele promovia o k-drama Tudo Bem Não Ser Normal, da Netflix.

Anteriormente, familiares da atriz divulgaram algumas conversas entre eles de quando ela ainda era menor de idade, além de uma carta que ela escreveu sobre o término e o pagamento de uma quantia de dinheiro para a empresa do ator. Ele alega que a atriz possuía uma dívida milionária com a empresa, a Gold Medalist, devido a um acidente de carro em 2022.

O texto da petição continua: "Embora a lei sul-coreana defina claramente menores como aqueles abaixo de 18 anos, a restrição de idade de 13 a 16 anos na lei de estupro permite que pedófilos evitem consequências legais. Para evitar que tais incidentes aconteçam novamente, peticionamos pela revisão da lei de estupro sob o nome Lei de Prevenção Kim Soo-hyun."

A petição acumulou 19 mil assinaturas em um dia, segundo o portal 10asia. Caso a petição chegue a 50 mil assinaturas em 30 dias, o pedido será encaminhado a um comitê da Assembleia Nacional, e poderá ser submetido a uma sessão plenária para consideração.

A petição acumulou 19 mil assinaturas em um dia, segundo o portal 10asia. Caso a petição chegue a 50 mil assinaturas em 30 dias, o pedido será encaminhado a um comitê da Assembleia Nacional, e poderá ser submetido a uma sessão plenária para consideração.

Entenda o caso

A atriz sul-coreana Kim Sae-ron foi encontrada sem vida no dia 16 de fevereiro, aos 24 anos.

Posteriormente, a tia da atriz concedeu uma entrevista ao Garosero Research Institute e acusou Kim Soo-hyun, de 37 anos, de envolvimento com o caso. Ele é conhecido pelas séries da Netflix Rainha das Lágrimas e Hotel de Luna.

Segundo a familiar, os dois teriam iniciado um relacionamento em 2015, quando Sae-ron tinha apenas 15 anos e Kim Soo-hyun, 27. O namoro teria durado seis anos e, durante esse período, a atriz teria abandonado sua agência para se juntar à Gold Medalist, empresa fundada por Soo-hyun em 2019.

A tia afirma que a jovem atuou na companhia sem remuneração, ajudando no gerenciamento de talentos e dando aulas de atuação.

Segundo ela, o relacionamento chegou ao fim após Sae-ron ser flagrada dirigindo embriagada. A Gold Medalist teria pago uma quantia para reparar os danos à imagem da atriz, e a dívida não foi cobrada na época. Em 2024, quando recebeu uma notificação exigindo o reembolso, ela teria ficado abalada.

Para a família, a pressão emocional e financeira foram fatores determinantes para que a atriz tirasse a própria vida. A tia enfatizou que o suicídio ocorreu justamente no dia 16 de fevereiro, aniversário de 37 anos de Kim Soo-hyun, sugerindo uma ligação entre os acontecimentos.

Onde buscar ajuda

Se você está passando por sofrimento psíquico ou conhece alguém nessa situação, veja abaixo onde encontrar ajuda:

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188.

Canal Pode Falar

Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato pode ser feito pelo WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

SUS

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. Há unidades específicas para crianças e adolescentes. Na cidade de São Paulo, são 33 Caps Infantojuventis e é possível buscar os endereços das unidades nesta página.

Mapa da Saúde Mental

O site traz mapas com unidades de saúde e iniciativas gratuitas de atendimento psicológico presencial e online. Disponibiliza ainda materiais de orientação sobre transtornos mentais.

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A prefeitura de Niterói (RJ) pagou R$ 55 mil pelo traslado do corpo de Juliana Marins da Indonésia ao Brasil. O valor foi repassado à família da publicitária de 26 anos na quinta-feira, 26.

Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia, no sábado passado, dia 21, quando caiu na cratera do vulcão. Quando as equipes de socorro chegaram até ela, dias depois, constataram que já havia morrido.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), recebeu na quinta-feira a família de Juliana, que mora na cidade. Neves firmou na ocasião compromisso de arcar com o traslado do corpo e anunciou batizar o mirante e a trilha da Praia do Sossego, em Camboinhas, com em homenagem à publicitária.

"Ontem a gente encontrou com o prefeito Rodrigo Neves. Para quem tem dúvida, a prefeitura de Niterói vai pagar o traslado do corpo da Juliana para o Brasil. Niterói está fazendo questão muito grande pela Juliana. Ela amava Niterói, ela apaixonada pelas praias. Ela amava de paixão. Então é muito bonito ver essa atitude da prefeitura", declarou a irmã de Juliana, Mariana Marins, numa publicação nas redes sociais.

No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha afirmado que vai substituir o decreto que impede que o governo brasileiro custeie o traslado do corpo de Juliana Marins por uma nova norma que autorize a operação.

Durante evento na Favela do Moinho, em São Paulo, o presidente esclareceu que um decreto de 2017 proíbe que o Ministério das Relações Exteriores pague o traslado de brasileiros mortos no exterior. Diante disso, ele afirmou que vai revogar o texto, além de editar um novo decreto permitindo o custeio.

"Vou revogar esse decreto e vou fazer outro decreto para que o governo brasileiro possa custear a vinda dessa jovem. Hoje pela manhã eu falei com o pai dela", disse Lula. "Sei que muita gente está acompanhando pela internet o sofrimento dessa moça e o sofrimento da família. Portanto, nós vamos cuidar de todos os brasileiros, esteja ele onde estiver", completou.

Para além da comoção do caso Juliana Marins, o risco de enfrentar mais uma crise de popularidade foi um fator que pesou na decisão do presidente Lula para mudar as regras.

Nas redes sociais, adversários do petista questionavam por que o governo havia usado a Força Aérea Brasileira "para importar corrupto" mas não podia arcar com gastos para trazer a turista que morreu tragicamente na Indonésia. O tema ganhou tração no debate virtual nos últimos dois dias.

A indagação era uma referência ao fato de o governo ter autorizado, em abril, o transporte da ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro. A mulher do ex-presidente Ollanta Humala conseguiu asilo político no Brasil.

A região Sul do País deve ter um final de semana chuvoso, com a formação de um sistema de baixa pressão, aponta a Climatempo em boletim meteorológico.

O destaque é para a faixa que vai do centro do Rio Grande do Sul, especialmente na região das Missões, norte e centro, além da Região Metropolitana de Porto Alegre, onde a chuva deve ser mais volumosa.

Por outro lado, as duas áreas que devem ficar fora da rota da chuva são o oeste e a Campanha, sul do Rio Grande do Sul, além do norte do Paraná.

Há previsão de frio na área da Campanha Gaúcha, onde há possibilidade de geada devido ao avanço da massa de ar polar e rajadas de vento entre 51 e 70 quilômetros (km) por hora entre o centro do Rio Grande do Sul e o oeste do Paraná, e alcançando todo o Estado de Santa Catarina.

Para domingo, 29, a previsão é que a chuva siga intensa sobre o norte do Rio Grande do Sul, com volumes elevados no litoral e no norte do Estado, e a Grande Porto Alegre segue em estado de alerta para temporais ao longo do dia. As pancadas de chuva continuam no oeste catarinense e no sudoeste paranaense, mas perdem força em todo o Estado e em Curitiba.

Um ato em homenagem às vítimas do acidente de balão do último sábado, 21, em Praia Grande, Santa Catarina, no qual morreram oito pessoas, ocorreu neste sábado, 28, no campo de decolagem Três Irmãos, localizado na cidade.

O evento foi organizado pela Associação de Pilotos e Empresas de Balonismo (Avibaq), com apoio da secretaria de turismo da prefeitura local. Houve a presença de um pastor chamado Giovani, que disse palavras de conforto para os presentes. Os participantes, de mãos dadas, soltaram oito balões brancos, cada um com o nome de uma das vítimas fatais.

Segundo informações da Prefeitura de Praia Grande, participaram do ato "balonistas, empresários do setor e representantes do trade turístico".

O acidente

Um balão de ar quente com 21 pessoas a bordo pegou fogo durante um voo turístico. Segundo o depoimento feito pelo piloto à Polícia Civil, ao perceber o início das chamas, houve uma descida de emergência, com passageiros sendo ordenados a pular para se salvar.

Além do piloto, outras 12 pessoas conseguiram saltar quando o balão ainda estava próximo ao solo. Com menos peso, ele passou a ganhar altitude e depois se incendiou, e os oito ocupantes restantes morreram.