Os tornados estão entre os fenômenos naturais mais impressionantes — e também mais temidos — da atmosfera. Embora sejam mais comuns nos Estados Unidos, também ocorrem no Brasil, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Com ventos que podem ultrapassar os 320 km/h, essas colunas giratórias de ar e poeira podem causar estragos severos em questão de minutos.
Como eles se formam
O ponto de partida de um tornado é o encontro de massas de ar com características opostas: uma quente e úmida, vinda geralmente das regiões tropicais, e outra fria e seca, vinda de áreas de maior altitude ou de frentes frias. Quando essas massas se chocam, o resultado é uma tempestade violenta.
Durante o processo, ventos em diferentes níveis da atmosfera começam a soprar em direções e velocidades distintas, criando um movimento em espiral. Essa rotação dá origem a um funil de ar, que se estende das nuvens até o solo — o chamado funil do tornado.
A força do redemoinho
O tornado se forma de maneira extremamente rápida e afeta uma área relativamente estreita, mas sua intensidade pode ser devastadora. O funil, ao tocar o solo, suga tudo ao redor — desde partículas de poeira até veículos e estruturas inteiras —, deixando um rastro visível de destruição.
A duração costuma ser curta, variando de poucos segundos a alguns minutos, mas o suficiente para alterar completamente uma paisagem. Após a passagem, os objetos deslocados costumam indicar o sentido do redemoinho.
Por que o Brasil também registra tornados
No território brasileiro, as condições climáticas do Sul e Sudeste favorecem o surgimento desses fenômenos, principalmente durante a primavera e o verão, quando há maior contraste entre massas de ar quente e frio. Estados como Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são os mais afetados, embora eventos já tenham sido registrados em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Nos últimos anos, a intensificação das mudanças climáticas tem aumentado a frequência de tempestades severas, criando um ambiente mais propício para formações desse tipo.
A importância da prevenção
Mesmo que os tornados brasileiros sejam, em geral, de menor escala que os norte-americanos, ainda assim representam risco real à população. A ampliação dos sistemas de alerta, o monitoramento meteorológico e a educação ambiental são essenciais para reduzir danos.
Saber reconhecer sinais — como nuvens em rotação, ventos fortes repentinos e ruídos intensos — pode ser decisivo para salvar vidas. Afinal, quando o céu escurece e a natureza começa a girar, cada segundo faz diferença.