Morre Edy Star, o primeiro artista glam brasileiro

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O cantor, compositor, dançarino e produtor Edy Star, de 87 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira, 25, no Hospital Heliópolis, na zona sul de São Paulo. Star estava internado em estado grave, depois de sofrer uma queda em casa, na semana passada.

Star foi transferido para o Hospital Heliópolis na quarta-feira, 23, depois de esperar mais de 30 horas pela remoção na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Mariana, na região central da cidade. Durante esse período, o biógrafo do cantor, o historiador Ricardo Santhiago, promoveu uma mobilização nas redes sociais para conseguir uma vaga para Star em um hospital que tivesse condições de cuidar de seu estado delicado de saúde o mais rápido possível.

De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa do cantor, Star morreu de insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda. O texto diz ainda que o cantor morreu "de forma serena, sem dor, enquanto recebia tratamento médico".

Nascido em Juazeiro, na Bahia, Edivaldo Souza, nome de batismo de Star, começou a carreira na adolescência se apresentando no programa A Hora da Criança, da Rádio Sociedade da Bahia. Nos anos 1960, se aproximou, assim como outros artistas de sua geração, do eixo Rio-São Paulo em busca de novas possibilidade artísticas. Ainda nos anos 1960, compôs com Gil a toada Procissão, que está no repertório da turnê de despedida de Gil, Tempo Rei.

Ganhou destaque ao participar do álbum Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, de 1971, ao lado de Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada. Nessa época, já contestava normas da sociedade, sobretudo as sexuais, em shows na Praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro.

Em 1974, lançou seu álbum primeiro álbum solo, Sweet Edy, para o qual ganhou músicas inéditas de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Mautner e da dupla Roberto e Erasmo Carlos.

Na capa, a imagem de um artista glam, com inspiração em nomes como David Bowie, T. Rex, e Alice Cooper. Gil, aliás, compôs para ele a canção Edith Cooper. O movimento, que o tornou o primeiro artista do gênero no Brasil, veio da esteira de sua participação na versão brasileira do musical The Rocky Horror Show. Star também foi o primeiro cantor brasileiro a assumir homossexual.

Nos anos 1990, Star se mudou para a Espanha onde atuou no teatro e como produtor de boates. De volta ao Brasil, passou a ser cultuado por uma nova geração. Em 2017, lançou seu segundo álbum, Cabaré Star, com produção musical de Zeca Baleiro e Sergio Fouad.

Atualmente, divulgava um projeto de financiamento coletivo para lançar um álbum só com músicas do amigo Raul Seixas.Também movimenta as redes sociais com postagens em que abria seu baú, ou, "bolsinha", como ele costumava chamar, para mostrar fotos ao lado de grandes nomes da música brasileira.

Recentemente, o historiador Ricardo Santhiago lançou a biografia Eu Só Fiz Viver - A História Oral Desavergonhada de Edy Star (Editora Popessuara). Star também foi tema do documentário Antes que Me Esqueçam, Meu Nome é Edy Star, dirigido por Fernando Moraes.

Em sua última entrevista ao Estadão, em dezembro de 2024, por ocasião do lançamento de seu documentário, Star, mais uma vez, reafirmou sua vocação para a alegria. "Eu estou aqui para me divertir. Vim ao mundo só para isso e eu continuo me divertindo."

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Um homem vestido com camisa e bermuda da seleção brasileira de futebol foi encontrado morto na manhã deste sábado, 26, no Lago Paranoá, próximo à Ponte das Garças, no Deck Sul, em Brasília.

O 11º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado às 10h02 e enviou duas viaturas e uma lancha de resgate. No local, testemunhas relataram ter visto o corpo boiando no lago.

Os bombeiros localizaram a vítima, ainda sem identificação e sem idade estimada, já às margens do lago. Segundo a corporação, as Polícias Militar e Civil foram chamadas para acompanhar a ocorrência.

A Polícia Civil do Distrito Federal informou que o caso foi registrado pela 1ª Delegacia de Polícia. A perícia esteve no local e as investigações ficarão a cargo da seção responsável. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu temporariamente o uso, a distribuição e a venda no Brasil do remédio Elevidys, terapia genética da farmacêutica Sarepta Therapeutics para distrofia muscular de Duchenne, uma doença rara. O preço do produto pode chegar a R$ 20 milhões.

A decisão foi tomada após a Administração de Alimentos e Medicamentos americana (FDA, equivalente à Anvisa) divulgar dados sobre três mortes associadas a terapias genéticas dessa tecnologia. Um dos óbitos, de um criança, foi reportado no Brasil.

A Roche, responsável pela comercialização do produto no Brasil, afirma que o médico avaliou que o caso não teve elo com o uso do remédio.

A farmacêutica ainda diz não houve mortes ligadas ao tratamento entre os cerca de 760 pacientes deambuladores (que conseguem andar) que já receberam a terapia e que, com base nos dados atuais, o benefício-risco segue positivo. Diz ainda dialogar com a Anvisa e autoridades globais.

A Anvisa, por sua vez, destaca que todas mortes estavam ligadas a indicações não autorizadas por aqui.

No País, o remédio foi autorizado em dezembro de 2024, em caráter excepcional, exclusivamente para pacientes pediátricos que conseguem caminhar, na faixa etária de 4 a 7 anos, com mutação confirmada no gene DMD.

Ainda assim, a suspensão foi tomada "de forma prudente e preventiva", enquanto novas análises de segurança são conduzidas em parceria com reguladores internacionais.

Segundo o comunicado do FDA na sexta-feira, 25, a investigação mais recente envolve a morte de uma criança de oito anos, ocorrida no dia 7 de junho. O órgão pediu a suspensão voluntária da distribuição do produto enquanto investiga se há problemas com segurança do produto. Houve outras duas mortes - de um adulto e de uma criança.

Conforme o FDA, os três relatos de falência hepática aguda com morte envolvendo terapias genéticas da Sarepta baseadas no vetor AAVrh74 são em dois meninos não deambuladores (não caminham) com Duchenne e tratados com Elevidys e de um adulto com Distrofia Muscular de Cinturas que participava de ensaio clínico com terapia experimental.

Em nota, a farmacêutica Sarepta Therapeutics, desenvolvedora do produto, ressalta que a segurança dos pacientes é sua prioridade e disse colaborar com a agência reguladora, reforçando a importância da Elevidys como a única terapia gênica aprovada para a distrofia muscular de Duchenne.

A Elevidys é uma terapia genética administrada em dose única intravenosa. A distrofia muscular de Duchenne é uma condição genética rara caracterizada por fraqueza muscular progressiva e ocorre devido a um gene defeituoso.

Em outro desdobramento, o Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), ligado à Agência Europeia de Medicamentos (EMA), recomendou não conceder autorização de comercialização para a Elevidys, segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira. A Roche lamentou a decisão. A substância foi aprovada pelo FDA em junho de 2023.

Uma frente fria chega nesta segunda-feira, 28, com ventos fortes e ressaca e todo o litoral paulista. O alerta de ventania da Defesa Civil Estadual se estende para outras regiões, como a cidade de São Paulo, a região metropolitana, Itapeva, Sorocaba e Campinas.

A Faixa Leste do Estado será a mais afetada, segundo o alerta divulgado no último final de semana. Pode chover, mas a previsão dos meteorologistas aponta pancadas isoladas com volumes pouco expressivos.

A Defesa Civil aponta risco para queda de árvores, destelhamentos e prováveis danos a estruturas por conta dos ventos intensos. A orientação é para que as pessoas não se abriguem sob estruturas metálicas frágeis, como tendas e coberturas improvisadas.

São indicadas ainda medidas preventivas, como reforçar o fechamento de janelas e remoção de objetos soltos em áreas externas, como vasos, bicicletas, lonas e mobiliário e jardim.

A Defesa Civil recomenda ainda evitar deixar veículos próximos a postes ou árvores e manter distância de fiações elétricas caídas.

Em casos de emergência, a orientação é acionar o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199).

As ondas no litoral paulista podem atingir até 3 metros de altura, segundo o comunicado de alerta à população. E recomenda atenção especial aos condutores de embarcações de pequeno porte, pescadores, praticantes de esportes aquáticos e turistas nas praias.

A frente fria se afasta do Estado na terça-feira, 29, dando lugar a uma massa de ar polar que provoca queda nas temperaturas.