Outras vítimas teriam relatado agressões de Otávio Mesquita após acusação de estupro

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Alerta: o texto abaixo aborda temas sensíveis como estupro, violência doméstica e violência contra a mulher. Se você se identifica ou conhece alguém que está passando por esse tipo de problema, ligue 180 e denuncie.

Após a denúncia de estupro de Juliana Oliveira contra Otávio Mesquita, outras duas vítimas também teriam relatado agressões por parte do apresentador. A informação foi confirmada por Hédio Silva Jr., advogado de Juliana, ao Estadão nesta quinta-feira, 24.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Otávio, que afirmou não ter tomado conhecimento de novos relatos. "Seguimos atentos aos desdobramentos do caso, com total confiança na condução da Justiça", diz trecho de nota enviada ao Estadão assinada pelo advogado Roberto Campanella. Leia o comunicado completo abaixo.

Segundo Hédio, as vítimas teriam procurado Juliana para relatar agressões "com modus operandi muito parecidos" ao caso que envolveu a ex-assistente de palco do programa The Noite. O advogado afirmou que pretende encaminhar as novas denúncias ao delegado responsável pelo inquérito "nos próximos dias".

Na quarta, 23, Juliana prestou um depoimento por 2h contra o apresentador. Ela o acusa de estupro por um episódio ocorrido durante uma edição de 2016 do The Noite, apresentado por Danilo Gentili. Saiba mais aqui.

Em contato com a reportagem, os advogados de Otávio afirmaram que o apresentador ainda não foi intimado a prestar depoimento.

Nota da defesa de Otávio Mesquita

"Não temos conhecimento de qualquer nova manifestação formal envolvendo outras pessoas ou relatos. Seguimos atentos aos desdobramentos do caso, com total confiança na condução da Justiça.

Nesse contexto, é importante esclarecer que, no caso envolvendo o apresentador Otávio Mesquita, o Ministério Público instaurou um inquérito policial - medida prevista no ordenamento jurídico - com o objetivo de apurar os fatos narrados. O inquérito é uma fase pré-processual, destinada à coleta de informações sob a supervisão da autoridade policial.

Importa ressaltar que a instauração do inquérito não implica o oferecimento de denúncia, mas sim o início da apuração formal dos fatos. Após a conclusão dessa etapa, com todas as partes ouvidas, caberá ao Ministério Público avaliar se há fundamentos jurídicos para dar seguimento ao caso.

Do ponto de vista técnico, há diversos elementos que podem levar ao arquivamento do inquérito, considerando tanto a legislação vigente à época dos fatos, em 2016, quanto o prazo legal transcorrido e, especialmente, a ausência de qualquer ato que configure violência ou grave ameaça por parte do meu cliente, conforme previsto na legislação.

Como já noticiado, inclusive, diante da gravidade e desproporcionalidade da acusação, já ingressamos com a medida judicial reparatória.

Seguimos acompanhando o caso com serenidade e total confiança na Justiça, confiando no devido processo legal e na atuação responsável das instituições."

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Roberto Loscalzo, fundador da pizzaria Veridiana, em São Paulo, teve sua morte anunciada na noite de sábado, 26, aos 81 anos de idade. A informação foi divulgada no perfil do restaurante no Instagram. A causa não foi informada.

Segundo o estabelecimento, Loscalzo "foi o criador de todo o estilo" da pizzaria, com foco em ambiente e hospitalidade acolhedores. "Roberto acompanhava as unidades todas as noites, com olhar atento e generoso. Foi nossa principal referência e deixa um legado que levaremos adiante com muito amor".

O comunicado informa que as três unidades da pizzaria Veridiana serão mantidas abertas "em sua homenagem, exatamente como ele gostava de ver". "Seguiremos honrando sua memória, com o coração cheio de gratidão".

Roberto Loscalzo e a Veridiana Pizzaria

Com o conceito de ser um "restaurante que serve pizzas", a Veridiana Pizzaria completou 25 anos na capital, onde tem três unidades, no último mês de junho. Em média, são 35 mil pizzas assadas todos os meses. A instituição também chegou à 11ª posição no Top 50 Pizzas da América Latina.

A Veridiana Pizzaria foi fundada por Roberto Loscalzo e Tonino Grieco no bairro de Higienópolis. Mas, recentemente, a gestão estava a cargo de Jeremias Pereira e Nina Loscalzo.

A Justiça de Minas Gerais decretou neste domingo, 27, a prisão preventiva de Matteos França Campos, homem acusado de matar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana Bonfim, de 56 anos, em Belo Horizonte. O crime aconteceu no último dia 18, mas o suspeito foi detido pela polícia na última sexta-feira, 25.

A decisão foi determinada pela juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto, que "decretou a prisão preventiva do réu", informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O processo tramita em segredo de justiça. A reportagem ligou e enviou mensagens para a defesa de Matteos França Campos, que não retornou aos questionamentos.

Conforme a Polícia Civil, Campos confessou ter matado a mãe por esganadura após uma discussão acalorada, motivada por dívidas que ele teria acumulado em apostas online e em pedidos de empréstimos consignados. As investigações apontam que Campos, após esganar a professora, jogou o corpo da vítima embaixo de um viaduto em Vespasiano, cidade da Grande BH. Soraya foi encontrada dois dias depois, no dia 20.

O suspeito ainda viajou com amigos na sexta-feira à noite, momentos depois do crime, mas voltou no dia seguinte para a capital mineira alegando estar preocupado com a mãe, visto que Soraya não respondia às suas tentativas de contato. Os dois moravam na mesma residência.

Na terça, 22, quando a professora foi sepultada, ele chegou a postar nas redes sociais uma homenagem à vítima. Na última sexta, Campos foi detido pela polícia na casa do pai. Ele estava afastado do trabalho por conta de uma licença concedida em razão da morte da mãe. Na abordagem, ele confessou o crime, de acordo com os investigadores. Por ora, o caso é investigado como feminicídio.

Matteos Campos era funcionário público e trabalhava como assessor na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, desde 2021. Após a ser detido, ele foi exonerado do cargo. A saída foi confirmada em publicação no Diário Oficial Eletrônico de Minas Gerais (DOE-MG) de sábado, 26.

A polícia ainda investiga a motivação para o crime - não há a confirmação ainda de que Matteos Campos estava com problemas financeiros - e se ele foi premeditado. Imagens de monitoramento também estão sendo analisadas.

Um homem vestido com camisa e bermuda da seleção brasileira de futebol foi encontrado morto na manhã deste sábado, 26, no Lago Paranoá, próximo à Ponte das Garças, no Deck Sul, em Brasília.

O 11º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado às 10h02 e enviou duas viaturas e uma lancha de resgate. No local, testemunhas relataram ter visto o corpo boiando no lago.

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