Lady Gaga no Rio: veja íntegra de carta que cantora leu em Copacabana

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Lady Gaga leu, durante seu show em Copacabana, no Rio de Janeiro, uma carta em que justificou o porquê de sua demora em voltar a fazer um show no Brasil - ela cantou por aqui em 2012, e desmarcou, em cima da hora, uma apresentação em 2017.

Durante o segundo ato de seu show, após a música Paparazzi, Lady Gaga surgiu em uma estrutura no palco e recebeu um fã, que a abraçou.

Os dois colocaram uma bandeira do Brasil e, em seguida, a cantora passou a ler a carta. Nicolas, que a acompanhava, leu uma tradução para o português, na sequência.

Ao término, foi possível ouvir o público gritando, em coro: "Gaga eu te amo!". A cantora falou, em português: "Obrigada!".

Confira abaixo a íntegra da carta lida por Lady Gaga durante sua apresentação em Copacabana, conforme a tradução feita simultaneamente no próprio palco.

A carta de Lady Gaga lida em show no Rio

"Esta noite estamos fazendo história. Mas ninguém faz história sozinha. Sem todos vocês, o povo incrível do Brasil, eu não teria este momento. Obrigado por fazerem história comigo.

O povo do Brasil é a razão pela qual eu posso brilhar. Hoje vocês estão tão vibrantes e lindos quanto o sol e a lua surgindo sobre o oceano, bem aqui na praia de Copacabana.

Mas de todas as coisas pelas quais eu poderia agradecer, a que mais me toca é esta: vocês esperaram por mim. Vocês esperaram mais de 10 anos.

Talvez vocês estejam se perguntando por que demorei tanto para voltar. A verdade é que eu estava me curando, me fortalecendo. Mas, enquanto eu me curava, algo poderoso acontecia. Vocês continuavam lá, torcendo por mim, pedindo para eu voltar quando estivesse pronta. Brasil: eu estou pronta!

Eu amo vocês. Obrigada por esperarem. Obrigada por me receberem de volta com tanta gentileza e de braços abertos. Esta noite eu quero ajudar vocês a brilhar junto comigo, quero que o mundo veja o tamanho do coração de vocês e se inspire com seu espírito.

Hoje eu vou dar tudo de mim. Vamos fazer deste o maior show que já fizemos juntos. Vamos fazer com que cada segundo de espera tenha valido à pena. Eu amei vocês há 10 anos e eu amo vocês esta noite. Obrigada, Brasil. Amo vocês para sempre!"

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Os 15 influenciadores digitais que foram alvos de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 17, somam mais de 30 milhões de seguidores em suas múltiplas redes digitais. Segundo a polícia, eles fazem parte de um esquema de promoção ilegal do "jogo do tigrinho" e outros jogos proibidos. A polícia afirma que o grupo realizou movimentações bancárias suspeitas que ultrapassam a soma de R$ 4 bilhões. A reportagem tenta contato com as defesas dos investigados.

Anna Beatriz Miranda, a Bia Miranda, tem 6,2 milhões de seguidores apenas em dois perfis no Instagram. Ela se apresenta como figura pública e se define como 'boladona não, posturada!". A modelo carioca ficou conhecida por ter ficado em segundo lugar no reality show A Fazenda, da Record.

Samuel Sant'Anna da Costa, o Gato Preto, compartilhou em rede social o momento em que foi preso pela polícia nesta quinta. Conforme a publicação, um policial manda ele colocar as mãos na parede e pergunta se ele está com arma. "Temos um mandado de prisão, você está preso, entendeu. Vai até a delegacia conversar com o delegado", diz um policial. Em vídeos, ele ostenta carros de luxo.

Maurício Martins Junior, o Maumau, é influenciador digital e humorista conhecido como "príncipe da ousadia". Sua página no Instagram é seguida por 3,4 milhões de pessoas. Ele é dono da empresa especializada em eventos, Maumauzk. O influenciador se tornou conhecido após postar um vídeo sobre sua experiência como gari em Osasco, na Grande São Paulo.

Paola de Ataíde Rodrigues, a Paola Ataíde, se apresenta como criadora de conteúdo digital. Ela dá dicas de bem estar e autocuidado. Somadas, suas páginas têm quase 6 milhões de seguidores

Irmã de Paola, Paullina Attaide, com mais de 4 milhões de seguidores, se diz criadora de conteúdo digital. "Gravo minha vida divertida (às vezes louca), enquanto cuido de mim e da @lauraataide (filha)", diz, na apresentação.

Rafael da Rocha Buarque, o Dj Buarque, é ex de Bia Miranda, com quem teve um filho. Ele é conhecido por compor e apresentar músicas de funk.

Lavagem de dinheiro e organização criminosa

De acordo com a polícia do Rio, os influenciadores usavam as redes sociais com milhões de seguidores para promover jogos de azar e cassinos online, entre eles o "jogo do tigrinho". A operação investiga também fintechs ligadas aos influenciadores.

A investigação da Operação Desfortuna apontou indícios de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo a apuração, os influenciadores digitais usam as redes sociais para incentivar o jogo, com promessas enganosas de lucros fáceis, com o intuito de atrair seguidores para estas plataformas de apostas, que são proibidas no país.

Conforme a polícia, foram identificados sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declaradas pelos influenciadores. A investigação aponta que eles ostentam nas redes sociais estilos de vida luxuosos, com viagens internacionais, carros de luxo e imóveis de alto padrão. Relatórios de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelaram movimentações bancárias suspeitas que ultrapassam a soma de R$ 4 bilhões.

Além da promoção de jogos ilegais, os influenciadores investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro. Foram identificadas conexões entre alguns envolvidos e suspeitos de ligação com o crime organizado.

A operação, realizada nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, cumpriu 31 mandados de busca e apreensão. Na casa de Maumau, em Arujá, na Grande São Paulo, foi encontrada uma arma - o influenciador foi preso e levado para a delegacia da Polícia Civil.

A Operação Desfortuna foi realizada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio.

Para o chair da Sustainable Business da COP30 (SB COP30), Ricardo Mussa, a solução climática virá do setor privado. A declaração foi feita no painel "A iniciativa SB COP30 e a ponte com o setor produtivo", durante a Climate Week 2025, em São Paulo.

Mussa afirma que uma de suas funções é levar aos governos que estarão na COP30, em Belém do Pará, sugestões de temas, mas considera mais importante mostrar o que já acontece no mundo. "Tem muita coisa boa acontecendo ao redor do mundo; estou mais empolgado em mostrar os exemplos do que apenas levar as recomendações para os negociadores da COP30."

Ele observa que muitos projetos apresentados em COPs recebem grande visibilidade, mas não avançam. Seu objetivo é destacar iniciativas que já funcionam, entender porque deram certo e replicá-las.

O policial militar da reserva Roberto Carlos de Oliveira disse em depoimento à polícia que Carmen de Oliveira Alves, estudante trans da Unesp de Ilha Solteira (SP), desaparecida desde 10 de junho, foi assassinada e que o crime teria sido cometido por Marcos Yuri Amorim, então namorado da vítima e suposto amante de Oliveira.

De acordo com o delegado Miguel Gomes da Rocha Neto, responsável pelas investigações, o PM ainda apresentou um álibi, relatando que estaria em uma loja com outra pessoa no momento em que a estudante foi assassinada.

"Porém, isso não significa que ele não participou do crime", disse o delegado à reportagem, na manhã desta quinta-feira, 7. "Ele pode ter colaborado, sim, de alguma forma, para o resultado da morte". A defesa de Marcos Yuri não foi localizada. Conforme Rocha, o suspeito tem permanecido em silêncio e não desejou se manifestar após o depoimento de Roberto.

Marcos Yuri e o policial militar estão presos preventivamente desde o dia 10 de julho. Nenhum dos dois confessa o crime, mas jogam a responsabilidade do desaparecimento e morte de Carmen sobre o outro, conforme o delegado. Eles teriam um relacionamento afetivo e também financeiro, já que o PM da reserva também sustentava Amorim, como uma espécie de "Sugar Daddy".

Carmen de Oliveira Alves desapareceu em 10 de junho, em Ilha Solteira, cidade do interior de São Paulo e a polícia acredita que ela tenha sido vítima de um feminicídio dois dias depois, no dia 12. O corpo dela ainda não foi encontrado. Na semana passada, as investigações localizaram o que seria um aparelho celular usado pela vítima e também possíveis restos mortais, que estão sendo analisados pelo Instituto Médico Legal (IML). Os laudos ainda não foram concluídos. "Na minha opinião são ossos de animal", disse Rocha.

De acordo com o delegado, a dupla teria tramado a morte de Carmen devido às pressões que ela vinha fazendo para que Yuri assumisse o relacionamento entre os dois. Segundo a investigação, ela preparou um dossiê contra o rapaz, que teria praticado alguns furtos, e ameaçava denunciá-lo se não a assumisse. Carmen cursava o último ano de Zootecnia no campus de Ilha Solteira da Unesp.

No dia do desaparecimento, ela deixou a universidade em sua bicicleta elétrica, após fazer uma prova. O rastreamento do celular indica que ela foi para a casa do namorado.Desde o desaparecimento, familiares da vítima, colegas de universidade e moradores vêm cobrando o esclarecimento do caso. Em vários pontos da cidade, a frase "Onde está a Carmen" aparece pichada em muros, bancos de praças e paredes. (Colaborou José Maria Tomazela)