UE avalia oferta de US$ 775 milhões da Universal Music Group pela Downtown

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A Universal Music notificou a Comissão Europeia sobre planos de comprar a Downtown Music por US$ 775 milhões, levando o órgão regulatório de concorrência da União Europeia a iniciar uma investigação sobre a oferta.

A comissão estabeleceu prazo até 22 de julho para decidir se aprova a fusão ou levanta questões de concorrência.

O acordo foi submetido para sua aprovação na segunda-feira, 16.

A Virgin Music, uma divisão da Universal Music, anunciou a compra da norte-americana Downtown Music em dezembro do ano passado. A empresa espera concluir o negócio no segundo semestre deste ano.

Gravadoras independentes criticaram o anúncio, com o argumento de que a compra tornaria ainda mais difícil concorrer com a Universal Music. Fonte: Dow Jones Newswires.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na tarde desta quinta-feira, 26, que conversou por telefone com o pai da brasileira Juliana Marins, de 27 anos, morta após cair em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.

O presidente disse que determinou ao Ministério das Relações Exteriores que realize o translado do corpo de Juliana ao Brasil. A declaração ocorre um dia após o Itamaraty afirmar que não faria o serviço, já que a legislação brasileira "proíbe expressamente" que isso seja pago com recursos públicos.

"Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil", escreveu o presidente.

A negativa do Itamaraty no dia anterior causou revolta na internet, principalmente ventilada por oposicionistas do governo. Publicações chegaram a comparar o caso de Juliana com o asilo diplomático que Lula deu à ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, para a qual enviou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ao Peru para trazer a mulher do ex-presidente Ollanta Humala.

Outros ainda relembraram da mobilização da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no resgate do cavalo Caramelo, preso em um telhado durante as enchentes do Rio Grande do Sul no ano passado.

Natural de Niterói (RJ), Juliana caiu de um penhasco durante trilha em um vulcão na Indonésia, na última sexta-feira, 20, e foi encontrada sem vida na terça-feira, 24. Após o Itamaraty informar que não faria o translado do corpo, o prefeito Rodrigo Neves (PDT) disse que a prefeitura de Niterói pagaria pelo transporte.

A compreensão da legislação brasileira é de que esse tipo de translado é de interesse e responsabilidade individual e familiar, contrariando interesses coletivos. Por isso não deve demandar dinheiro público.

O alpinista voluntário Agam Rinjani, que participou do resgate da brasileira Juliana Marins no monte Rinjani, na Indonésia, afirmou que as condições climáticas na região realmente eram desafiadoras e extremas, como informou o governo da Indonésia e a embaixada brasileira no país.

Em live feita na sua conta no Instagram, ele contou que o terreno em que o corpo da jovem foi encontrado era instável e colocou até mesmo a sua vida, do outro voluntário, Tyo Survival, e da equipe oficial de resgate da Indonésia em risco. Além disso, fazia muito frio e chovia na região.

Com a ajuda de uma tradutora, Agam disse que "não sabe como eles conseguiram resistir" e que estava "muito, muito frio". "Se chovesse um pouco mais, morreríamos junto. Podíamos cair a qualquer momento", afirmou.

"A situação é muito trágica e ficou na memória do Agam. Foi muito duro. Várias vezes, o suporte de quem estava lá no topo (do penhasco) desabou. Isso provocou a queda de pedras e areia. Só por misericórdia de Deus eles não morreram", disse a tradutora.

O grupo conseguiu chegar até Juliana e constatar a morte na terça-feira, 24. Eles precisaram dormir no local para que o corpo fosse içado e eles pudessem retornar na quarta, 25, já que as condições climáticas não eram favoráveis para a subida.

"Nós passamos a noite inteira na beira de um penhasco íngreme de 590 metros, com (o corpo da) Juliana, por uma noite. Instalamos uma âncora para não deslizarmos mais 300 metros", afirmou Agam.

O outro voluntário, Tyo Survival, publicou um vídeo deles deitados no penhasco. "Depois de confirmar que a vítima havia morrido, nossa equipe de voluntários a protegeu e passou a noite em um penhasco vertical íngreme com condições rochosas instáveis a três metros da vítima, enquanto esperava outra equipe para retirá-la de cima", escreveu.

Em suas redes sociais, Agam Rinjani se diz guia de trilha em montanha e especialista em resgate em terrenos verticais e em cavernas. Já Tyo Survival se apresenta como especialista em manejo de répteis e em abrigos de emergência.

Também no Instagram, a família de Juliana agradeceu aos voluntários. "Somos extremamente gratos aos voluntários que, com coragem, se dispuseram a colaborar para que o resgate de Juliana fosse agilizado", publicaram.

Anteriormente, a família acusou o Parque Nacional do Monte Rinjani, de responsabilidade do governo da Indonésia, de "negligência". "Se a equipe tivesse chegado até ela dentro de um prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva", afirmou a família. "Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece."

O acidente ocorreu na sexta-feira, 20, mas o socorro só chegou ao local onde a brasileira estava, com a ajuda dos voluntários, na terça, 25. Ela, que em primeiras imagens captadas por turistas via drone aparecia se movendo, ficou quase quatro dias à espera.

Segundo relatos de testemunhas, Juliana foi deixada para trás pelo guia que havia contratado para o passeio. Ele seguiu com o grupo e ela ficou sozinha. Ela caiu e o desaparecimento foi notado somente horas depois.

O governo da Indonésia justificou a demora dizendo que "a evacuação envolveu a colaboração entre diversas agências e voluntários, trabalhando em terreno extremo com clima imprevisível". Diversas vezes, o trabalho precisou ser interrompido por conta do mau tempo.

"O Ministério Florestal da República da Indonésia expressa profundo pesar pelo falecimento de Juliana De Souza Pereira Marins, uma alpinista originária do Brasil que morreu em uma trilha do Parque Nacional do Monte Rinjani. Oferecemos nossas mais profundas condolências à família, amigos e colegas da vítima. Que sejam dados força e perseverança para enfrentar esta tragédia", disse o parque nacional em nota.

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, a brasileira tinha 27 anos e viajava para diversos continentes e países. Entre os registros em seu perfil no Instagram, constam viagens para Espanha, Holanda, Vietnã, Alemanha, Uruguai e Egito, onde fez um intercâmbio.

A irmã de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu após cair em um penhasco durante trilha ao cume do monte Rinjani, na Indonésia, publicou no Instagram uma carta aberta de despedida. No texto, Mariana Marins fala sobre a personalidade de Juliana, a união entre as duas e a falta que ela fará.

"Você sempre foi a maior parceira do mundo, mesmo sendo avoadinha de tudo, sempre acreditando que todas as coisas sempre iam dar certo", escreveu Mariana. "A gente sempre dizia que moveria montanhas uma pela outra, e daqui do Brasil, tentei mover uma lá na Indonésia por você. Desculpa não ter sido suficiente, irmã."

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana tinha 27 anos e viajava para diversos países. Entre os registros em seu perfil no Instagram, constam viagens para Espanha, Holanda, Vietnã, Alemanha, Uruguai e Egito, onde fez um intercâmbio.

A publicitária, que já trabalhou em empresas do grupo Globo, como Multishow e Canal Off, além da agência de marketing Mynd e do evento Rio2C, estava há pelo menos quatro meses "mochilando" quando caiu no monte Rinjani. O resgate demorou quatro dias para alcançá-la e, quando o fez, Juliana já estava morta.

"Você seria uma excelente tia. Seus sobrinhos vão saber tudo sobre você. Não se preocupe com isso. Mas eles não terão o privilégio de conviver com você. E isso tem acabado comigo. Como vou ser velha sem você? Como terei 60 anos sem você do meu lado? Quem usará um gorro de natal comigo?", afirmou Mariana na carta publicada.

Leia a carta na íntegra:

"Aos 4 anos de idade, falei pros meus pais que eu queria 10 irmãs. Aos 5 anos, quando você nasceu, não quis mais nenhum, vc já valia pelos 10! Hahaha!

Você sempre foi doidinha de tudo, de ter as melhores tiradas, um humor típico Marins. Ensinei você a andar de bicicleta, a tocar violão, a gostar de 30 seconds to mars só pra ir ao show comigo.

Você sempre foi a maior parceira do mundo, mesmo sendo avoadinha de tudo, sempre acreditando que todas as coisas sempre iam dar certo. E o pior: elas sempre davam certo!

Você sempre esteve comigo em todos os momentos, inclusive nos piores deles. A gente sempre dizia que moveria montanhas uma pela outra, e daqui do Brasil, tentei mover uma lá na Indonésia por você. Desculpa não ter sido suficiente, irmã.

Do nada me pego pensando no fato de que agora não tenho mais minha madrinha de casamento... ainda bem que eu consegui casar bem antes de você sair de casa pra ir realizar o seu sonho! E ainda bem que vc também amava o amor da minha vida. Era incrível o amor de vocês! Escolhi muito bem né, como você já cansou de me falar.

Outra coisa que tem me incomodado muito é que meus filhos não terão a tia Ju por perto. Seu relógio biológico bateu errado e você - semana sim, semana não - me pedia logo uma sobrinha. Você seria uma excelente tia. Seus sobrinhos vão saber tudo sobre você. Não se preocupe com isso. Mas eles não terão o privilégio de conviver com você. E isso tem acabado comigo.

Como vou ser velha sem você? Como terei 60 anos sem você do meu lado? Quem usará um gorro de natal comigo em qualquer dia de dezembro? Inclusive, não sei como serão os natais sem você, irmã. Minha data preferida. Em que você fazia questão de usar um gorrinho junto comigo porque você sabia que eu amava.

Minha irmã gêmea, com 5 anos de diferença, que me amou, me protegeu, me incentivou, me acolheu. Vai ser muito difícil não te ter por perto, irmã. Vai ser muito difícil seguir sem você. A vida vai ser muito difícil sem você."

Outros textos

Além de Mariana, o pai das irmãs, Manoel Marins, também publicou textos sobre a morte da filha. A família chegou a embarcar para a Indonésia para acompanhar o resgate. Juliana caiu do penhasco na última sexta-feira, 20, e teve sua morte constatada na terça-feira, 24.

Autópsia

O içamento do corpo aconteceu nesta quarta, 25. O corpo da brasileira deve ser autopsiado nesta quinta-feira, 26. Autoridades indonésias informaram que o corpo de Juliana seria transferido para uma ilha vizinha a Bali, capital do país, para a realização dos exames que indicarão a causa e o horário da morte. Só depois haverá liberação para ser translado ao Brasil.