Mauricio de Sousa aparece de cadeira de rodas em pré-estreia de cinebiografia

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Na noite dessa terça-feira, 21, ocorreu a pré-estreia da cinebiografia Mauricio de Sousa - O Filme. Em rara aparição, de cadeira de rodas, o quadrinista de 89 anos comemorou, ao lado do filho Mauro Sousa, a chegada da obra que destrinchará sua vida.

 

Mauro interpreta o pai na trama e também esteve presente no evento, que ocorreu na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, na 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O filme acompanha a jornada de Mauricio de Sousa desde a infância até a invenção dos famosos personagens da Turma da Mônica e chega aos cinemas na quinta-feira, 23.

 

O criador dos quadrinhos mais famosos do Brasil foi ovacionado durante sua chegada ao evento. O filho, Mauro, se emocionou com a realização da obra e com o carinho do público: "Nesse processo do filme, tive que resgatar minhas melhores memórias com meu pai, de abraços, de carinho, de beijos, de viagens, e foi um processo muito especial para mim e de muita aproximação com o meu pai."

 

"Já achava que admirava ele, mas passei a admirá-lo e amá-lo ainda mais [...] É uma honra ser filho desse cara e uma honra maior ainda poder vivenciar isso com ele neste momento", completou Mauro.

 

Em entrevista ao Estadão, o diretor do longa, Pedro Vasconcelos, relatou mais sobre a obra. "Conhecemos o Maurício grande, com toda essa obra difundida pelo mundo todo. Como é que isso começou? Como é que foi o processo inicial? Um cara, uma folha de papel em branco, um lápis na mão. De repente, essa simplicidade se transforma numa obra com um impacto tão grande em tantas gerações, em milhões de brasileiros", afirmou.

 

O longa mostra o início da paixão de Mauricio pelos quadrinhos, sua relação com o pai, a mãe, as irmãs e a avó Dita, uma figura formativa em sua vida. Também são retratadas a ida à capital para seguir o sonho de ganhar a vida com os desenhos e as dificuldades no meio do caminho.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na quinta-feira, 23, a suspensão da comercialização, manipulação, divulgação e uso de todos os medicamentos manipulados da Elmeco Serviços Farmacêuticos e Treinamento Profissional.

O hormônio Nesterone e os implantes de testosterona manipulados, conhecidos como "chips da beleza", também foram proibidos.

Em nota, a Elmeco informou que fez as adequações exigidas e que, no último dia 15, enviou à vigilância sanitária regional um plano de ação para comprovar que suas operações estão dentro das normas.

A empresa também declarou que discorda da decisão da Anvisa e que pretende tomar todas as medidas necessárias para esclarecer o caso e comprovar a regularidade de suas atividades.

Medicamentos manipulados

Segundo a Anvisa, a suspensão dos medicamentos manipulados foi determinada após a "comprovação da manipulação irregular e da adulteração generalizada de todos as preparações estéreis da empresa, causadas por falhas nas boas práticas de manipulação".

De acordo com a agência, essas falhas representam um grande risco de contaminação cruzada e microbiana. As preparações, diz a Anvisa, precisam ser feitas em um ambiente totalmente esterilizado para evitar contaminações e garantir a segurança de quem vai usá-las. Qualquer impureza ou microrganismo pode representar risco à saúde.

Hormônios

No caso do Nesterone, hormônio usado para inibir a menstruação e seus efeitos, como cólicas intensas, sangramentos excessivos e tensão pré-menstrual, a suspensão foi determinada porque o produto é considerado irregular. Segundo a Anvisa, "ele nunca teve a sua eficácia e segurança comprovadas".

Já os implantes de testosterona estão suspensos porque foram embalados de forma inadequada, em frasco-ampola, sem estudos que comprovem a limpeza e esterilização corretas dos recipientes e tampas. Sem essa validação, a agência entende que há alto risco de contaminação por substâncias bacterianas.

Os implantes, conhecidos como "chips da beleza", são dispositivos de silicone inseridos sob a pele - geralmente nos glúteos ou no abdômen - para liberar substâncias de forma contínua.

Em outubro do ano passado, a Anvisa chegou a proibir a venda desse tipo de implante. Um mês depois, voltou atrás e autorizou a comercialização com restrições. Ainda assim, a própria agência mantém ressalvas, deixando claro que esses produtos não possuem eficácia comprovada e não estão isentos de riscos.

O papa Leão XIV recebeu nesta quinta-feira, 23, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros mais de 130 movimentos sociais no Vaticano. Eles participaram da quinta edição do Encontro Mundial de Movimentos Populares; o primeiro foi realizado em 2014.

Ao discursar diante dos participantes, Leão XIV destacou que "a terra, o teto e o trabalho são direitos sagrados pelos quais vale a pena lutar". Ele também afirmou que os movimentos sociais exercem um papel essencial na construção da solidariedade e defendeu que a Igreja mantenha proximidade com essas causas.

"A Igreja deve estar com vocês: uma Igreja pobre para os pobres, uma Igreja que se inclina, que assume riscos, que é valente, profética e alegre", declarou, segundo o portal Vatican News.

O pontífice comparou acompanhar os movimentos populares ao apoio da Igreja para a criação de sindicatos no passado. "Suas lutas em prol da terra, da moradia e do trabalho por um mundo melhor merecem encorajamento", disse.

"Quando cooperativas e grupos de trabalho são formados para alimentar os famintos, abrigar os sem-teto, ajudar os náufragos, cuidar de crianças, criar empregos, ter acesso à terra e construir casas, devemos lembrar que não estamos promovendo ideologia, mas sim vivendo verdadeiramente o Evangelho", continuou.

Durante a audiência, a representante do MST, Ayala Ferreira, presenteou o papa com uma bandeira com imagem do orixá Ossanha, também chamado de Ossain, associado à medicina natural nas religiões afro-brasileiras.

Além do MST, o Brasil também teve no encontro representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab).

O encontro integra uma série de diálogos entre o Vaticano e organizações populares que antecedem o Jubileu dos Movimentos Populares, marcado para o próximo fim de semana com uma missa na Praça de São Pedro. A iniciativa dá continuidade ao processo de aproximação com pautas sociais e ambientais iniciado pelo papa Francisco em 2014.

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 24, um plano de contingenciamento que prevê restrição de até 16 horas no pressão nos encanamentos de distribuição de água na região metropolitana de São Paulo, além de medidas mais drásticas como o rodízio no abastecimento e uso do volume morto dos mananciais em casos extremos. O objetivo é combater a crise hídrica afeta o Estado.

O planejamento irá se pautar em 7 faixas de restrição, que serão ativadas a depender do avanço ou não do desabastecimento.

Entenda a metodologia

As 7 faixas de atuação representam etapas de criticidade e vão orientar as medidas de contingências que serão adotadas. Segundo o governo, as restrições só vão acontecer após sete dias consecutivos dos índices em uma mesma faixa, com relaxamento após 14 dias consecutivos de retorno ao cenário imediatamente mais brando.

Faixas 1 e 2: estabelecem o Regime Diferenciado de Abastecimento (RDA) e a gestão de demanda noturna de 8 horas, respectivamente;

Faixa 3: prevê gestão de demanda noturna de 10 horas por dia e intensificação de campanhas de conscientização;

Faixas 4, 5 e 6: contingência controlada, com períodos ampliados de redução da pressão na rede, por 12, 14 e 16 horas;

Faixa 7: cenário mais grave. prevê o rodízio de abastecimento entre regiões, com obrigação de fornecimento de caminhões-pipa para apoio a serviços essenciais.

"O rodízio é uma medida de caráter excepcional e de impacto muito alto. Ele só será considerado quando todas as medidas anteriores se revelarem insuficientes para garantir a preservação dos reservatórios", explicou o diretor-presidente da Arsesp.

A divulgação das medidas foi feita após o Sistema Cantareira registrar o nível mais baixo do reservatório dos últimos dez anos. A medição é realizada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e divulgada diariamente no site da companhia.

Hoje, o nível de reservação hídrica está em 28,7%, o menor patamar desde a crise que afetou São Paulo entre 2014 e 2015. Com isso, o Estado está na faixa 3, com diminuição da pressão por 10 horas.

Histórico da crise hídrica

O Sistema Cantareira é o maior produtor de água da Região Metropolitana de São Paulo, utilizando 33 m3/s de água para abastecer, aproximadamente, 46% da população da RMSP.

Ele é formado por cinco reservatórios: Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro, os quais estão conectados por túneis subterrâneos e canais.

Durante todo o ano de 2014 e 2015, as vazões afluentes ao sistema foram bem menores do que a média histórica, registradas desde 1930, inclusive abaixo do pior ano da série, que até então havia sido 1953.

Em 2014, em média o Sistema Cantareira recebeu 23% da média histórica das afluências e em 2015, 50%.

Com o agravamento da estiagem ocorrida em 2014 e 2015, foi autorizado o uso da reserva técnica do Sistema Cantareira, conhecido como "volume morto", que soma cerca de 480 bilhões de litros de água localizados abaixo das estruturas de operação dos reservatórios e acessíveis apenas por bombeamento.

A gestão do Sistema Cantareira é de responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE). Apesar de o Sistema estar localizado integralmente em território paulista, recebe água de uma bacia hidrográfica de gestão federal.

Conforme mostrou o Estadão, uma das razões do esgotamento do Sistema Cantareira é o desmatamento. A região possui 93.932 hectares de remanescentes de vegetação nativa, 35,5% do território, de acordo com o governo estadual.

Se a água é o centro da crise, as árvores são uma espécie de "amortecedor climático" do ambiente urbano. A arborização urbana reduz a temperatura, resultado da absorção de energia solar para a fotossíntese, purifica o ar, como consequência da retenção de material particulado nas folhas e da absorção de determinados gases. Além disso, diminui o impacto das chuvas sobre o solo, reduzindo a velocidade das águas.